Questões Militares
Para médico psiquiatra
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Q422153
História e Geografia de Estados e Municípios
O Brasil vem tentando desenvolver uma série de políticas públicas nacionais como intuito de equilibrar desenvolvimento socioeconômico e preservação do meio ambiente. O Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (Sinima) é um exemplo desse tipo de políticas públicas, mas que necessita da contribuição dos estados e municípios. Com base na legislação federal, Rondônia, bem como as demais unidades da federação, está realizando principalmente a seguinte ação que contribui com o Sinima.
Q422152
História e Geografia de Estados e Municípios
O estado de Rondônia já possuiu outras denominações, como Território do Guaporé. A mudança na denominação de Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia ocorreu na seguinte década do século XX:
Q422149
História e Geografia de Estados e Municípios
Militar do Exército brasileiro, mato-grossense nascido em Mimoso, em cinco de maio de 1865, Cândido Mariano da Silva Rondon chefiou as principais iniciativas de desenvolvimento da região amazônica durante a Primeira República, com o objetivo de construir instalações militares que garantissem a integridade territorial do Brasil.
(BIGIO, Elias dos Santos. Cândido Rondon e a integração nacional. Rio de Janeiro: Nuseg – contraponto, 2000, p. 5 – Adaptado).
Além da questão militar, Cândido Rondon esteve diretamente associado a outros setores no processo de integração territorial. O setor no qual Rondon chefiou a Comissão no interior do país, incluindo onde atualmente está o estado de Rondônia, foi:
(BIGIO, Elias dos Santos. Cândido Rondon e a integração nacional. Rio de Janeiro: Nuseg – contraponto, 2000, p. 5 – Adaptado).
Além da questão militar, Cândido Rondon esteve diretamente associado a outros setores no processo de integração territorial. O setor no qual Rondon chefiou a Comissão no interior do país, incluindo onde atualmente está o estado de Rondônia, foi:
Q422148
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Em “Guedes, UM POLICIAL ADEPTO DO PRINCÍPIO DA SINGELEZA, de Ferguson [...] jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfina Delamare.” (§ 1), o trecho em destaque tem, sintaticamente, a função de:
Q422147
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Assinale a alternativa em que está devidamente classificada a forma verbal composta destacada em “O local já HAVIA SIDO isolado pelos policiais.”
Q422146
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
As palavras SAÍRA e POSSUÍA, retiradas do texto, recebem acento porque, de acordo com a norma culta, deve-se acentuar:
Q422145
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Assinale a alternativa em que o termo destacado introduz uma oração cuja função sintática é objeto direto.
Q422144
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Por meio da anáfora, estabelece-se uma relação coesiva de referência que nos permite interpretar um item ou toda uma ideia anteriormente expressa no texto. Exemplo desse mecanismo pode ser identificado na palavra destacada em:
Q422141
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Analise as afirmativas a seguir, a respeito do segundo parágrafo.
I. Nas quatro ocorrências, a classe gramatical do UM é artigo indefinido.
II. Na segunda ocorrência, o QUE é um pronome relativo.
III. O verbo HAVER, na oração, é impessoal e está no pretérito perfeito do indicativo.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
I. Nas quatro ocorrências, a classe gramatical do UM é artigo indefinido.
II. Na segunda ocorrência, o QUE é um pronome relativo.
III. O verbo HAVER, na oração, é impessoal e está no pretérito perfeito do indicativo.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
Ano: 2014
Banca:
FUNCAB
Órgão:
PM-RO
Provas:
FUNCAB - 2014 - PM-RO - Primeiro Tenente - Psiquiatra
|
FUNCAB - 2014 - PM-RO - Primeiro Tenente - Clínico Geral |
Q422140
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
Em “NA VERDADE ela não gostava muito de viajar.” (§ 3) a locução em destaque expressa, no contexto, ideia de:
Ano: 2014
Banca:
FUNCAB
Órgão:
PM-RO
Provas:
FUNCAB - 2014 - PM-RO - Primeiro Tenente - Psiquiatra
|
FUNCAB - 2014 - PM-RO - Primeiro Tenente - Clínico Geral |
Q422139
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
Guedes, um policial adepto do Princípio da Singeleza, de Ferguson - se existem duas ou mais teorias para explicar um mistério, a mais simples é a mais verdadeira jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfína Delamare. Ela, por sua vez, nunca havia visto um policial em carne e osso. O tira, como todo mundo, sabia quem era Delfina Delamare, a cinderela órfã que se casara com o milionário Eugênio Delamare, colecionador de obras de arte, campeão olímpico de equitação pelo Brasil, o bachelor mais disputado do hemisfério sul. Os jornais e revistas deram um grande destaque ao casamento da moça pobre que nunca saíra de casa, onde tomava conta de uma avó doente, com o príncipe encantado; e desde então o casal jamais deixou de ser notícia.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
Houve um tempo em que os tiras usavam paletó, gravata e chapéu, mas isso foi antes de Guedes entrar para a polícia. Ele possuía apenas um terno velho, que nunca usava e que, de tão antigo, já entrara e saíra de moda várias vezes. Costumava vestir um blusão sobre a camisa esporte, a fim de esconder o revólver, um Colt Cobra 38, que usava sob o sovaco. [...]
Delfina Delamare nem sempre acompanhava o marido nas viagens. Na verdade ela não gostava muito de viajar. [...] Ela preferia ficar no Rio, trabalhando em suas obras filantrópicas.
O encontro entre Delfina e Guedes deu-se numa das poucas circunstâncias possíveis de ocorrer. Foi na rua, é claro, mas de maneira imprevista, para um e outro. Delfina estava no seu Mercedes, na rua Diamantina, uma rua sem saída no alto do Jardim Botânico. Quando chegou ao local do encontro Guedes já sabia que Delfina não estava dormindo, como chegaram a supor as pessoas que a encontraram, devido à tranqüilidade do seu rosto e à postura confortável do corpo no assento do carro. Guedes, porém, havia tomado conhecimento, ainda na delegacia, do ferimento letal oculto pela blusa de seda que Delfina vestia.
O local já havia sido isolado pelos policiais. A rua Diamantina tinha árvores dos dois lados e, naquela hora da manhã, o sol varava a copa das árvores e refletia na capota amarelo-metáfico do carro, fazendo-a brilhar como se fosse de ouro.
Guedes acompanhou atentamente o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística. Havia poucas impressões digitais no carro, colhidas cuidadosamente pelos peritos da polícia. Foram feitas várias fotos de Delfina, alguns closes da mão calibre 22. No pulso da mão esquerda, um relógio de ouro. Dentro da bolsa, sobre o banco do carro, havia um talão de cheques, vários cartões de crédito, objetos de maquiagem num pequeno estojo, um vidro de perfume francês, um lenço de cambraia, uma receita de papel timbrado do médico Pedro Baran (hematologia, oncologia) e um aviso de correio do Leblon para Delfina Delamare apanhar correspondência registrada, Esses dois documentos Guedes colocou no bolso. Havia no porta-luvas, além do documento do carro, um livro, Os Amantes, de Gustavo Flávio, com a dedicatória “Para Delfina que sabe que a poesia é uma ciência tão exata quanto a geometria, G.F.” A dedicatória não tinha data e fora escrita com uma caneta de ponta macia e tinta preta. Guedes colocou o livro debaixo do braço. Esperou a perícia terminar o seu lento trabalho no local; aguardou o rabecão chegar e levar o corpo da morta numa caixa de metal amassada e suja para ser autopsiado no Instituto Médico Legal. Delfina recebeu dos homens do rabecão o mesmo tratamento dos mendigos que caem mortos na sarjeta.
FONSECA, Rubem. Bufo & Spailanzani. 24a ed. rev. pelo autor. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 13-14.
“Guedes [...] jamais supôs que um dia iria encontrar a socialite Delfina Delamare.” / “Na verdade ela não gostava muito de viajar.” Esses trechos, situados, respectivamente, no início do primeiro e no terceiro parágrafos, sugerem que o narrador:
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346246
Psiquiatria
Julgue os próximos itens, acerca das técnicas utilizadas para diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos.
A TC em pacientes que apresentam início de crises parciais complexas na infância, adolescência ou no meio da vida adulta tem maior probabilidade de mostrar imagem normal.
A TC em pacientes que apresentam início de crises parciais complexas na infância, adolescência ou no meio da vida adulta tem maior probabilidade de mostrar imagem normal.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346245
Psiquiatria
Julgue os próximos itens, acerca das técnicas utilizadas para diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos.
Na síndrome de Wernicke, a TC e a RM podem parecer normais, embora sejam observados floridos hemorrágicos circundando o terceiro e o quarto ventrículo.
Na síndrome de Wernicke, a TC e a RM podem parecer normais, embora sejam observados floridos hemorrágicos circundando o terceiro e o quarto ventrículo.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346244
Psiquiatria
Julgue os próximos itens, acerca das técnicas utilizadas para diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos.
A tomografia por emissão de prótons (PET) é uma técnica bastante invasiva por usar radionuclídeos que emitem uma radiação de alta energia.
A tomografia por emissão de prótons (PET) é uma técnica bastante invasiva por usar radionuclídeos que emitem uma radiação de alta energia.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346243
Psiquiatria
Julgue os próximos itens, acerca das técnicas utilizadas para diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos.
Os agentes marcadores com 123 I que se ligam a receptores específicos estão sendo usados para se estudar a capacidade funcional dos receptores muscarínicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos.
Os agentes marcadores com 123 I que se ligam a receptores específicos estão sendo usados para se estudar a capacidade funcional dos receptores muscarínicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346242
Psiquiatria
Julgue os próximos itens, acerca das técnicas utilizadas para diagnóstico de transtornos neuropsiquiátricos.
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) devem ser usadas no acompanhamento de pacientes com demência para excluir doenças estruturais do cérebro, como tumores, doenças cerebrovasculares e hidrocefalia.
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) devem ser usadas no acompanhamento de pacientes com demência para excluir doenças estruturais do cérebro, como tumores, doenças cerebrovasculares e hidrocefalia.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346241
Psiquiatria
Uma mãe queixa-se que seu filho, de sete anos de idade, não consegue ficar quieto, não escuta o que ela diz e é muito impulsivo. Na escola, é tido como um bom menino. A professora não reclama do comportamento da criança e diz que ele é um pouco agitado, mas não chega a atrapalhar a aula.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Como tratamento complementar do TDAH são indicadas psicanálise e equoterapia. Esportes são contra-indicados porque poderão deixar a criança mais agitada.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Como tratamento complementar do TDAH são indicadas psicanálise e equoterapia. Esportes são contra-indicados porque poderão deixar a criança mais agitada.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346240
Psiquiatria
Uma mãe queixa-se que seu filho, de sete anos de idade, não consegue ficar quieto, não escuta o que ela diz e é muito impulsivo. Na escola, é tido como um bom menino. A professora não reclama do comportamento da criança e diz que ele é um pouco agitado, mas não chega a atrapalhar a aula.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Deve ser solicitado, como exame complementar, EEG com mapeamento cerebral para identificar alguma alteração.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Deve ser solicitado, como exame complementar, EEG com mapeamento cerebral para identificar alguma alteração.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346239
Psiquiatria
Uma mãe queixa-se que seu filho, de sete anos de idade, não consegue ficar quieto, não escuta o que ela diz e é muito impulsivo. Na escola, é tido como um bom menino. A professora não reclama do comportamento da criança e diz que ele é um pouco agitado, mas não chega a atrapalhar a aula.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Caso se confirme TDAH, deverá ser indicado para o paciente, o quanto antes, o uso de lítio, 0,5 mg a 1,5 mg por quilo de peso.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Caso se confirme TDAH, deverá ser indicado para o paciente, o quanto antes, o uso de lítio, 0,5 mg a 1,5 mg por quilo de peso.
Ano: 2007
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
PM-DF
Prova:
CESPE - 2007 - PM-DF - 1° Tenente - Médico Psiquiatria |
Q346238
Psiquiatria
Uma mãe queixa-se que seu filho, de sete anos de idade, não consegue ficar quieto, não escuta o que ela diz e é muito impulsivo. Na escola, é tido como um bom menino. A professora não reclama do comportamento da criança e diz que ele é um pouco agitado, mas não chega a atrapalhar a aula.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é o diagnóstico mais provável.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.
Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é o diagnóstico mais provável.
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