Questões Militares

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Q3074753 Geografia
No Brasil, a referência para notificações de desastres pelos organismos de Proteção e Defesa Civil é a Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). Originária dos padrões estabelecidos pela Organização das Nações Unidas propõe uma identificação dos desastres por números, o que possibilita melhor comunicação dos eventos ocorridos no Brasil. Foi adotada em 2012 e reafirmada pela Instrução Normativa n° 36, de dezembro de 2020 (BRASIL, 2020). A Cobrade organiza os desastres em duas categorias, cada uma com cinco grupos, que são pormenorizados em subgrupos, tipo e subtipo, cujos códigos permitem que sejam feitos o registro de informações sobre ocorrências e a solicitação de recursos para seu enfrentamento. As referidas categorias estão corretamente inculcadas apenas em
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Q3074744 Meio Ambiente
De acordo com a Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o impacto ambiental é definido no artigo 1º da Resolução Conama-001 como: "[...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam o bem-estar e a saúde da população; as atividades socioeconômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais".
Na mineração, os impactos ambientais podem ser gerados desde o planejamento do projeto, perpassando as etapas de implantação, operação e desativação. Por isso é necessário, antes de qualquer implementação da atividade mineradora, avaliar quais são os possíveis impactos negativos que podem ser causados ao meio ambiente na área a ser explorada.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-problemas gerados-pela-mineracao.htm
Ainda, para realizar a mineração de lavra a céu aberto, a primeira etapa refere-se à retirada da cobertura vegetal. Diversas áreas são afetadas, provocando possíveis alterações climáticas e causando prejuízos à fauna e à flora, em um processo danoso corretamente chamado         
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Q3074740 História
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), o então presidente Getúlio Vargas, instituiu e implementou em Minas Gerais uma medida econômica que visava promover a industrialização do estado. Assinale a alternativa que corretamente corresponde à medida que fora adotada.
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Q3074739 Biologia
A Mata Atlântica foi o primeiro bioma explorado durante a colonização europeia no Brasil e constitui uma das maiores florestas tropicais do planeta. Os sucessivos ciclos econômicos e a contínua expansão da população humana na região durante os últimos cinco séculos comprometeram seriamente a integridade ecológica dos ecossistemas singulares da Mata Atlântica. Mais de 75% de sua área era formada por florestas, com enclaves de campos rupestres, caatingas, matas secas xeromórficas e cerrados, assim como mangues e restingas.
Acerca das características da vegetação das sub-regiões biogeográficas da Mata Atlântica do Brasil, assinale a alternativa correta.
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Q3074738 Medicina
De acordo com o Global Report on Birth Defects, cerca de 7,9 milhões de bebês − 6% do total de nascimentos − nascem com alguma malformação congênita de origem genética ou parcialmente genética, enquanto outras centenas de milhares nascem com malformações congênitas desenvolvidas por causas evitáveis. A prevalência das causas de malformações não-genéticas é estipulada em torno de 5 a 10%, principalmente, associadas à exposição materna a agentes teratogênicos, como drogas ilícitas, micro-organismos, medicamentos, álcool, tabaco, radiação, poluição ambiental, entre outros. Acerca dos estudos sobre teratogênese e desenvolvimento anormal em bebês, assinale a alternativa correta.
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Q3074736 Química
No contexto da química, as ligações podem ser classificadas como iônicas, covalentes e metálicas, cada uma com características específicas. Enquanto as ligações iônicas são formadas pela transferência de elétrons entre átomos, resultando em íons que se atraem por forças eletrostáticas, as ligações covalentes envolvem o compartilhamento de pares de elétrons entre átomos. Já as ligações metálicas são caracterizadas pela "nuvem" de elétrons que se movem livremente entre os átomos metálicos. Dado esse panorama, assinale a alternativa que corretamente descreve a relação entre a força de ligação e a estrutura do material formado.
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Q3074735 Química
As ligações químicas são fundamentais para a estrutura e as propriedades dos compostos, especialmente nos químicos orgânicos, onde a variedade e a complexidade das ligações influenciam suas reações e interações. Em um contexto onde as ligações covalentes, as forças intermoleculares e as propriedades físicas estão interligadas, é correto afirmar que, quando um composto orgânico apresenta características como maior solubilidade em solventes apolares, geralmente está associado         
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Q3074734 Ciências
Um sistema de multiplicação de força exige o emprego de polias para redirecionar e dividir forças e é o ângulo formado entre as cordas, uma vez que essas polias estão fixas ao sistema elas não acompanham a carga, apenas desviam a força. O sistema "T" é um tipo de sistema multiplicador de força onde as polias se movem em sentido inverso, proporcionando vantagem mecânica de qualquer tipo de classe. A respeito do funcionamento do sistema "T", assinale a alternativa correta.
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Q3074733 Enfermagem
Para que ocorra a cicatrização de feridas, é necessária uma cascata de eventos perfeita e coordenada levando a completa reconstituição tecidual. Independente do agente causador, o processo de cicatrização é comum a todas as feridas, sendo ele dividido em três fases: inflamatória, proliferação ou granulação e remodelamento ou maturação. Acerca dos seus conhecimentos sobre a cicatrização, assinale a alternativa correta.
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Q3074730 Biologia
O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais. Esse crescimento descontrolado pode resultar de várias transformações celulares que comprometem os mecanismos normais de regulação do ciclo celular e a resposta a danos no DNA. As células cancerígenas podem adquirir características que as permitem invadir tecidos vizinhos e se espalhar para outras partes do corpo, processo conhecido como metástase. Considere as operações celulares descritas a seguir e assinale a alternativa que melhor define o tipo de característica que as células cancerígenas apresentam para promover a invasão tecidual.
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Q3074727 Direitos Humanos
Na forma do Decreto Federal nº 678 (06/11/1992), que promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969, assinale a alternativa correta.
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Q3074726 Direito Constitucional
Constitucionalmente, a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e também ao corretamente ilustrado apenas no seguinte item:
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Q3074723 Direito Constitucional
À luz da Constituição da República Federativa do Brasil (05/10/1988), temos que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos do art. 5º da própria CF. Tomando por base os regramentos ali contidos, marque a alternativa correta.
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Q3074722 Direitos Humanos
Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos, em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, entrou em vigor internacional em 18 de julho de 1978, na forma do segundo parágrafo de seu art. 74; Considerando que o Governo brasileiro depositou a Carta de Adesão a essa Convenção em 25 de setembro de 1992; Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) entrou em vigor, no Brasil, na forma do Decreto Federal nº 678, de 25 de setembro de 1992, de conformidade com o disposto no segundo parágrafo de seu artigo 74; E quanto ao complexo tema da Escravidão e da Servidão tratado no art. 6º da legislação em destaque, não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios o(s)
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Q3074719 Matemática
Pedro tinha uma coleção de figurinhas. Ele deu um terço de suas figurinhas a um amigo e, em seguida, vendeu metade das figurinhas restantes. Depois disso, Pedro comprou mais 6 figurinhas e ficou com um total de 220 figurinhas. Calcule quantas figurinhas Pedro tinha inicialmente.
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Q3074715 Raciocínio Lógico
Um engenheiro está analisando o padrão de desgaste de uma peça em uma máquina, no qual o desgaste é registrado como uma sequência de números. Ele observa que os registros de desgaste são: 0, 7, 26, 63, 124, ... Ele percebe que esses números seguem um padrão matemático. Determine qual é o próximo número da sequência.
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Q3074714 Português
Contra o monopólio da IA, uma parceria global para aquisição de chips

Em 1999 um grupo de 34 pesquisadores internacionais se reuniu na Itália, na vila de Bellagio, para discutir o acesso à vacinação. Vacinas eram caras e inacessíveis. O grupo teve então uma ideia revolucionária: criar um consórcio de vários países para agregar poder de compra ("procurement") e com isso conseguir preços mais baixos, grandes quantidades e velocidade de entrega. Surgia então o Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização), que logo teve adesão da ONU e de doadores privados. Hoje, 50% das crianças do planeta são vacinadas por causa da iniciativa. Na Covid, essa aliança teve também um papel crucial.

Corte para 2024. Um grupo de pesquisadores internacionais se reuniu em Bellagio na semana passada para discutir outro problema: tecnodiversidade. Assegurar que o desenvolvimento da tecnologia e da inteligência artificial seja plural e não excludente. Estamos atravessando um intenso processo de concentração. Por causa da IA, a demanda por computação explodiu. Uma IA atual usa 10 bilhões de vezes mais computação do que em 2010. A cada 6 meses esse uso computacional dobra.

O problema é que o poder computacional usado para a inteligência artificial é hoje controlado por um pequeno grupo de países e empresas. Em outras palavras, toda a "inteligência" do planeta pode ficar nas mãos de um clube exclusivo. Isso pode ser a receita para um desastre epistêmico, colocando em risco linguagens, cosmologias e modos de existir presentes e futuros. Tanta concentração limita a existência de modelos de IA diversos, construídos localmente.

Em outras palavras, a infraestrutura necessária para a inteligência artificial precisa estar melhor distribuída. Quanto mais países, setores da sociedade e comunidades tiverem a possibilidade de participar do desenvolvimento da IA, inclusive sem fins lucrativos, melhor. Um exemplo: há 10 anos, 60% da pesquisa sobre inteligência artificial era feita pelo setor acadêmico. Hoje esse percentual é próximo de 0%.

Esse curso precisa mudar. A solução proposta no encontro em Bellagio foi a criação de uma aliança similar ao GAVI, só que para a aquisição dos GPUs (chips) usados para treinar inteligência artificial. Os três pilares para treinar IA são: dados, capital humano e chips. O maior gargalo, de longe, está no acesso aos chips. Para resolver isso, os países podem se reunir para agregar seu poder de compra, integrando-se novamente a organizações internacionais e doadores interessados na causa. Tal como nas vacinas, seria possível derrubar os preços dos chips, assegurar sua quantidade e velocidade de entrega.

 Isso permitiria a criação de polos nacionais, regionais e multinacionais para o treinamento de IA, capazes de cultivar diversidades. Por exemplo, uma IA da língua portuguesa, da América Latina e além. Permitiria a construção de infraestruturas acessíveis para a comunidade acadêmica e para outros atores no desenvolvimento da tecnologia. Essa proposta, vocalizada por Nathaniel Heller e refinada pelo grupo de Bellagio, pode ter um impacto profundo no futuro do desenvolvimento tecnológico.

O Brasil pode ser crucial na formulação dessa aliança. Seja atuando dentro do G20, seja incluindo o tema como parte do excelente Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, publicado na semana passada, que prevê 23 bilhões de investimentos em 4 anos. Pode ser a chance de o país se tornar mais uma vez protagonista na articulação do futuro do desenvolvimento tecnológico.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/
Em relação às possíveis inferências realizadas com a leitura do texto, assinale a alternativa correta.
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Q3074713 Português
Contra o monopólio da IA, uma parceria global para aquisição de chips

Em 1999 um grupo de 34 pesquisadores internacionais se reuniu na Itália, na vila de Bellagio, para discutir o acesso à vacinação. Vacinas eram caras e inacessíveis. O grupo teve então uma ideia revolucionária: criar um consórcio de vários países para agregar poder de compra ("procurement") e com isso conseguir preços mais baixos, grandes quantidades e velocidade de entrega. Surgia então o Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização), que logo teve adesão da ONU e de doadores privados. Hoje, 50% das crianças do planeta são vacinadas por causa da iniciativa. Na Covid, essa aliança teve também um papel crucial.

Corte para 2024. Um grupo de pesquisadores internacionais se reuniu em Bellagio na semana passada para discutir outro problema: tecnodiversidade. Assegurar que o desenvolvimento da tecnologia e da inteligência artificial seja plural e não excludente. Estamos atravessando um intenso processo de concentração. Por causa da IA, a demanda por computação explodiu. Uma IA atual usa 10 bilhões de vezes mais computação do que em 2010. A cada 6 meses esse uso computacional dobra.

O problema é que o poder computacional usado para a inteligência artificial é hoje controlado por um pequeno grupo de países e empresas. Em outras palavras, toda a "inteligência" do planeta pode ficar nas mãos de um clube exclusivo. Isso pode ser a receita para um desastre epistêmico, colocando em risco linguagens, cosmologias e modos de existir presentes e futuros. Tanta concentração limita a existência de modelos de IA diversos, construídos localmente.

Em outras palavras, a infraestrutura necessária para a inteligência artificial precisa estar melhor distribuída. Quanto mais países, setores da sociedade e comunidades tiverem a possibilidade de participar do desenvolvimento da IA, inclusive sem fins lucrativos, melhor. Um exemplo: há 10 anos, 60% da pesquisa sobre inteligência artificial era feita pelo setor acadêmico. Hoje esse percentual é próximo de 0%.

Esse curso precisa mudar. A solução proposta no encontro em Bellagio foi a criação de uma aliança similar ao GAVI, só que para a aquisição dos GPUs (chips) usados para treinar inteligência artificial. Os três pilares para treinar IA são: dados, capital humano e chips. O maior gargalo, de longe, está no acesso aos chips. Para resolver isso, os países podem se reunir para agregar seu poder de compra, integrando-se novamente a organizações internacionais e doadores interessados na causa. Tal como nas vacinas, seria possível derrubar os preços dos chips, assegurar sua quantidade e velocidade de entrega.

 Isso permitiria a criação de polos nacionais, regionais e multinacionais para o treinamento de IA, capazes de cultivar diversidades. Por exemplo, uma IA da língua portuguesa, da América Latina e além. Permitiria a construção de infraestruturas acessíveis para a comunidade acadêmica e para outros atores no desenvolvimento da tecnologia. Essa proposta, vocalizada por Nathaniel Heller e refinada pelo grupo de Bellagio, pode ter um impacto profundo no futuro do desenvolvimento tecnológico.

O Brasil pode ser crucial na formulação dessa aliança. Seja atuando dentro do G20, seja incluindo o tema como parte do excelente Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, publicado na semana passada, que prevê 23 bilhões de investimentos em 4 anos. Pode ser a chance de o país se tornar mais uma vez protagonista na articulação do futuro do desenvolvimento tecnológico.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/
Um grupo de pesquisadores internacionais se reuniu em Bellagio na semana passada para discutir outro problema: tecnodiversidade.
O termo destacado no período acima, em relação ao que se enuncia anteriormente, apresenta valor semântico         
Alternativas
Q3074712 Português
Contra o monopólio da IA, uma parceria global para aquisição de chips

Em 1999 um grupo de 34 pesquisadores internacionais se reuniu na Itália, na vila de Bellagio, para discutir o acesso à vacinação. Vacinas eram caras e inacessíveis. O grupo teve então uma ideia revolucionária: criar um consórcio de vários países para agregar poder de compra ("procurement") e com isso conseguir preços mais baixos, grandes quantidades e velocidade de entrega. Surgia então o Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização), que logo teve adesão da ONU e de doadores privados. Hoje, 50% das crianças do planeta são vacinadas por causa da iniciativa. Na Covid, essa aliança teve também um papel crucial.

Corte para 2024. Um grupo de pesquisadores internacionais se reuniu em Bellagio na semana passada para discutir outro problema: tecnodiversidade. Assegurar que o desenvolvimento da tecnologia e da inteligência artificial seja plural e não excludente. Estamos atravessando um intenso processo de concentração. Por causa da IA, a demanda por computação explodiu. Uma IA atual usa 10 bilhões de vezes mais computação do que em 2010. A cada 6 meses esse uso computacional dobra.

O problema é que o poder computacional usado para a inteligência artificial é hoje controlado por um pequeno grupo de países e empresas. Em outras palavras, toda a "inteligência" do planeta pode ficar nas mãos de um clube exclusivo. Isso pode ser a receita para um desastre epistêmico, colocando em risco linguagens, cosmologias e modos de existir presentes e futuros. Tanta concentração limita a existência de modelos de IA diversos, construídos localmente.

Em outras palavras, a infraestrutura necessária para a inteligência artificial precisa estar melhor distribuída. Quanto mais países, setores da sociedade e comunidades tiverem a possibilidade de participar do desenvolvimento da IA, inclusive sem fins lucrativos, melhor. Um exemplo: há 10 anos, 60% da pesquisa sobre inteligência artificial era feita pelo setor acadêmico. Hoje esse percentual é próximo de 0%.

Esse curso precisa mudar. A solução proposta no encontro em Bellagio foi a criação de uma aliança similar ao GAVI, só que para a aquisição dos GPUs (chips) usados para treinar inteligência artificial. Os três pilares para treinar IA são: dados, capital humano e chips. O maior gargalo, de longe, está no acesso aos chips. Para resolver isso, os países podem se reunir para agregar seu poder de compra, integrando-se novamente a organizações internacionais e doadores interessados na causa. Tal como nas vacinas, seria possível derrubar os preços dos chips, assegurar sua quantidade e velocidade de entrega.

 Isso permitiria a criação de polos nacionais, regionais e multinacionais para o treinamento de IA, capazes de cultivar diversidades. Por exemplo, uma IA da língua portuguesa, da América Latina e além. Permitiria a construção de infraestruturas acessíveis para a comunidade acadêmica e para outros atores no desenvolvimento da tecnologia. Essa proposta, vocalizada por Nathaniel Heller e refinada pelo grupo de Bellagio, pode ter um impacto profundo no futuro do desenvolvimento tecnológico.

O Brasil pode ser crucial na formulação dessa aliança. Seja atuando dentro do G20, seja incluindo o tema como parte do excelente Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, publicado na semana passada, que prevê 23 bilhões de investimentos em 4 anos. Pode ser a chance de o país se tornar mais uma vez protagonista na articulação do futuro do desenvolvimento tecnológico.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/
O texto, em relação à sua tipologia, se classifica eminentemente como
Alternativas
Q3074711 Português
Contra o monopólio da IA, uma parceria global para aquisição de chips

Em 1999 um grupo de 34 pesquisadores internacionais se reuniu na Itália, na vila de Bellagio, para discutir o acesso à vacinação. Vacinas eram caras e inacessíveis. O grupo teve então uma ideia revolucionária: criar um consórcio de vários países para agregar poder de compra ("procurement") e com isso conseguir preços mais baixos, grandes quantidades e velocidade de entrega. Surgia então o Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização), que logo teve adesão da ONU e de doadores privados. Hoje, 50% das crianças do planeta são vacinadas por causa da iniciativa. Na Covid, essa aliança teve também um papel crucial.

Corte para 2024. Um grupo de pesquisadores internacionais se reuniu em Bellagio na semana passada para discutir outro problema: tecnodiversidade. Assegurar que o desenvolvimento da tecnologia e da inteligência artificial seja plural e não excludente. Estamos atravessando um intenso processo de concentração. Por causa da IA, a demanda por computação explodiu. Uma IA atual usa 10 bilhões de vezes mais computação do que em 2010. A cada 6 meses esse uso computacional dobra.

O problema é que o poder computacional usado para a inteligência artificial é hoje controlado por um pequeno grupo de países e empresas. Em outras palavras, toda a "inteligência" do planeta pode ficar nas mãos de um clube exclusivo. Isso pode ser a receita para um desastre epistêmico, colocando em risco linguagens, cosmologias e modos de existir presentes e futuros. Tanta concentração limita a existência de modelos de IA diversos, construídos localmente.

Em outras palavras, a infraestrutura necessária para a inteligência artificial precisa estar melhor distribuída. Quanto mais países, setores da sociedade e comunidades tiverem a possibilidade de participar do desenvolvimento da IA, inclusive sem fins lucrativos, melhor. Um exemplo: há 10 anos, 60% da pesquisa sobre inteligência artificial era feita pelo setor acadêmico. Hoje esse percentual é próximo de 0%.

Esse curso precisa mudar. A solução proposta no encontro em Bellagio foi a criação de uma aliança similar ao GAVI, só que para a aquisição dos GPUs (chips) usados para treinar inteligência artificial. Os três pilares para treinar IA são: dados, capital humano e chips. O maior gargalo, de longe, está no acesso aos chips. Para resolver isso, os países podem se reunir para agregar seu poder de compra, integrando-se novamente a organizações internacionais e doadores interessados na causa. Tal como nas vacinas, seria possível derrubar os preços dos chips, assegurar sua quantidade e velocidade de entrega.

 Isso permitiria a criação de polos nacionais, regionais e multinacionais para o treinamento de IA, capazes de cultivar diversidades. Por exemplo, uma IA da língua portuguesa, da América Latina e além. Permitiria a construção de infraestruturas acessíveis para a comunidade acadêmica e para outros atores no desenvolvimento da tecnologia. Essa proposta, vocalizada por Nathaniel Heller e refinada pelo grupo de Bellagio, pode ter um impacto profundo no futuro do desenvolvimento tecnológico.

O Brasil pode ser crucial na formulação dessa aliança. Seja atuando dentro do G20, seja incluindo o tema como parte do excelente Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, publicado na semana passada, que prevê 23 bilhões de investimentos em 4 anos. Pode ser a chance de o país se tornar mais uma vez protagonista na articulação do futuro do desenvolvimento tecnológico.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/
Um exemplo: há 10 anos, 60% da pesquisa sobre inteligência artificial era feita pelo setor acadêmico.
Assinale a alternativa em que a alteração do segmento destacado acima tenha sido feita em respeito à norma culta. Não leve em conta as alterações de sentido
Alternativas
Respostas
1: B
2: B
3: C
4: C
5: A
6: C
7: A
8: A
9: B
10: D
11: B
12: D
13: C
14: A
15: D
16: D
17: C
18: D
19: D
20: A