Rafael Botelho
"(...) tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira v
ez q lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso q saía delas, como um corpo ressequido q se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe q entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!" Eça de Queiroz
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