Questões de Concurso Comentadas sobre interacionismo simbólico e antropologia urbana. estigma e desvio. cultura e arte: corpo, roupa, festas rituais, dança, música, gastronomia, literatura. antropologia e cultura no brasil em antropologia

Foram encontradas 85 questões

Q2929818 Antropologia

Texto VII, para responder às questões 34 e 35.

Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?

Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”

R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).

Com relação às informações do texto VII, é correto afirmar que,

Alternativas
Q2929815 Antropologia

Texto VII, para responder às questões 34 e 35.

Agora se pode ver que cada sociedade tem meios privilegiados de expressão — veículos que, em certos momentos, englobam a tudo e a todos. Isso não significa que outros problemas sejam esquecidos, mas apenas que a atenção coletiva se desloca. Seriam os franceses alienados porque gostam de literatura? Estaríamos alienados porque nos voltaremos, vidrados, para as eleições, em breve?

Concordo que o futebol nos apaixona e nos enlouquece. Mas há lógica nessa loucura. Principalmente porque o futebol inverte um dos princípios básicos da nossa conhecida mentalidade colonial. Se essa lógica afirma que tudo o que vem de fora é bom, mas não é para nós; se ela garante que seremos sempre o país da bagunça e da incompetência, lugar da roubalheira e do apadrinhamento, o espaço onde o trabalho e o talento não contam, o reino da inferioridade moral e racional, o futebol inverte e subverte tudo isso. Primeiro, porque veio "lá de fora", de um dos centros do nosso mundo colonial, a velha Inglaterra, que foi a primeira nação moderna a nos explorar. Mas, em vez de o futebol continuar sendo uma instituição inatingível, que nos envergonha, como o funcionalismo público, o sistema partidário, a moeda, a universidade, a literatura e tudo o mais em que, no entendimento de nossas elites, somos inferiores, fracos ou infantis — e que também foram “importados” —, ele nos revelou fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões.”

R. Damatta. Torre de Babel. Rio de Janeiro, 1996, p.144 (com adaptações).

A respeito da cultura e da identidade brasileiras, julgue os itens a seguir.

I O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal deixou marcas profundas na mentalidade e na cultura nacionais, que inviabilizam uma assimilação das normas e valores das instituições sociais, em vista de uma excelência, como ocorre em países como a Inglaterra, os Estados Unidos e outros.

II O fato de o Brasil ter sido colonizado por Portugal não deixou marcas na mentalidade e na cultura nacionais.

III O autor questiona uma visão elitista e preconceituosa das elites, que inferioriza a cultura brasileira.

IV O futebol revelou os brasileiros fortes e excepcionais, elegantes e corajosos, virtuosos e campeões, porque veio de uma outra cultura diferente da brasileira, que é disciplinada e organizada.

A quantidade de itens certos é igual a

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Ano: 2009 Banca: FUNRIO Órgão: MJSP Prova: FUNRIO - 2009 - MJ - Sociólogo |
Q2905412 Antropologia

Para a afirmação da Antropologia Social ou Cultural enquanto matriz disciplinar no campo das Ciências Sociais, alguns conceitos como “cultura” e “estrutura” foram particularmente demarcadores. Roberto Cardoso de Oliveira explicita quatro grandes paradigmas a partir das matrizes conceituais e que correspondem respectivamente a tradições alemã, norte-americana, britânica e francesa. São eles os seguintes:

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Q2777669 Antropologia

O corpo é a expressão máxima da identidade. É no corpo, por meio de gestos, linguagens, comportamentos, que se pode dizer quem se é. No que diz respeito à relação entre corpo e identidade, assinale a opção correta.

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Q2777659 Antropologia

Segundo Eduardo Viveiros Castro, as interpretações socioantropológicas da contemporaneidade reafirmam que há uma crise que se impõe aos modelos explicativos da sociologia e da antropologia em face da globalização. Essa crise fundamenta-se em fatores

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Q2772259 Antropologia
A Lei n° 11.906, de 20 de outubro de 2009, que cria o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), transfere à autarquia “todos os acervos, as obrigações e os direitos, bem como a gestão orçamentária, financeira e patrimonial, dos recursos destinados às atividades finalísticas e administrativas da Diretoria de Museus e das Unidades Museológicas a que se refere o Art. 7º dessa Lei, unidades atualmente integrantes da estrutura básica do Instituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional – IPHAN”. De acordo com a referida Lei é atribuição do IBRAM:
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Q2772256 Antropologia
Aprovado por unanimidade na 15ª Assembleia Geral do ICOM, realizada em Buenos Aires, Argentina, em 4 de novembro de 1986, o Código de Ética Profissional do ICOM estabelece que:
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Q2772254 Antropologia
A Declaração de Quebec (1984) sistematizou os princípios básicos da nova museologia. Assim, a declaração teve, entre suas metas:
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Q2772251 Antropologia
A Mesa Redonda de Santiago do Chile (1972) marcou a tomada de consciência sobre a necessidade de uma renovação no papel dos museus na América Latina. O encontro recomendou de uma maneira geral:
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Q2772245 Antropologia
A Lei n° 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, estabelece que:
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Q2495930 Antropologia
O pesquisador Roberto Conduro, no livro Arte Afro-Brasileira (2007), entende o termo “Afro-brasilidade” como:
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Q2495929 Antropologia
A citação “Arte não é adorno, palavra não é absoluta, som não é ruído, e as imagens falam, convencem e dominam. A estes três Poderes – Palavra, Som e Imagem – Não podemos renunciar, sob pena de renunciarmos a nossa condição humana” é de autoria de:
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Q2494483 Antropologia
Comentando sobre as dificuldades inerentes às afirmações sobre a continuidade histórica de grupos indígenas, muitas vezes demandadas pelos operadores do direito ao antropólogo, João Pacheco de Oliveira afirma:

"A única continuidade que talvez possa ser possível de sustentar é aquela de, recusando o processo histórico vivido por tal grupo, mostrar como ele refabricou constantemente sua unidade e diferença face a outros grupos com os quais esteve em interação.”

O pressuposto antropológico que fundamenta esse princípio norteador das pesquisas sobre grupos indígenas é o de que:
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Q2494479 Antropologia
A antropóloga Mariana Ramos de Morais, em um texto publicado em 2017, afirma:

“Trata-se de uma expressão adotada para nomear os grupos praticantes das religiões afro-brasileiras no âmbito das políticas públicas ancoradas no debate acerca da diversidade cultural no Brasil. A preservação da diversidade cultural seria uma das armas contra os assombros da globalização, como preconiza a Unesco ao incentivar seus Estados membros a desenvolverem ações que favoreçam a inclusão e a participação de todos os cidadãos com vistas a garantir a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e, sobretudo, a paz. O Brasil, sendo um desses Estados membros, buscou se pautar nessa orientação na criação de certas políticas públicas, especialmente, a partir de 2003.”

A expressão, extensivamente mobilizada em políticas públicas no Brasil, a que a antropóloga se refere é:
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Q2494474 Antropologia
Leia o trecho abaixo, extraído do verbete “Quilombo”, escrito por José Maurício Arruti e publicado no livro "Raça: Perspectivas Antropológicas”:

“O tema dos quilombos coloca em pauta, enfim, o poder de nominação (que cria o nome) e nomeação (que o atribui) de que é instituído o Direito e o seu garantidor, o Estado, detentor da palavra autorizada por excelência. O poder de se atribuir uma identidade garantida aos agentes e grupos, por meio da qual se distribuem direitos, deveres, encargos, sanções e compensações. É a nomeação oficial que põe um termo ou ao menos um limite à luta travada no mundo social em torno das identidades e, por meio delas, das qualidades dos grupos – que está na origem desses próprios grupos.”

Nesse trecho, o autor discute o seguinte aspecto do debate sobre quilombos no Brasil:
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Q2494470 Antropologia
O antropólogo brasileiro Sergio Baptista, em seu texto "Repensando objetos, arte e cultura material”, publicado em 2011, afirmou:

“(…) A arte e a cultura material nos coletivos indígenas das terras baixas da América do Sul têm sido trabalhadas ultimamente desde as lógicas nativas, com a tendência de refutar a noção de estética como categoria transcultural, utilizando-se das categorias êmicas presentes nessa arte e em alguns desses objetos, singularmente concebidos como presentificações de relações estabelecidas com alteridades extra-humanas e suas potências, especialmente divindades e demais habitantes do cosmos (animais, plantas, minerais, etc.), dotados de atributos humanos, ponto de vista, subjetividade e intencionalidade. Nesse sentido, tais ‘objetos’ são sujeitos, possuem agência e não são meras representações de protótipos: são eles próprios. Essa orientação não pretende deslegitimar as análises que enfatizam as manifestações artísticas e os sistemas de objetos como sistemas de representações, indicadores de processos identitários, de afirmação de sujeitos de direitos, de discursos variados e de importantes mensagens culturais neles contidos.”


A perspectiva teórica que tem contribuído para ressituar o debate sobre objetos, coisas e materialidades na antropologia contemporânea é a:
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Q2494467 Antropologia
O texto “As técnicas do corpo”, de Marcel Mauss, é um marco no debate antropológico sobre o corpo. Leia o trecho abaixo:

“Entendo por essa expressão [as técnicas corporais] as maneiras pelas quais os homens, de sociedade a sociedade, de uma forma tradicional, sabem servir-se de seu corpo. Em todo caso, convém proceder do concreto ao abstrato, não inversamente.”

A afirmativa que expressa corretamente a perspectiva do autor é:
Alternativas
Q2494464 Antropologia
No livro "Ritual e performance: estudos clássicos”, a antropóloga Maria Laura Cavalcanti diz:

“Em um sentido mais estrito, portanto, designamos como rituais esses agregados de condutas e ações simbólicas que, sempre feitos e refeitos no curso do tempo, permeiam a experiência social, conferindo-lhe graça, intensidade e ritmo próprios.”

O autor que fez contribuições para a antropologia dos rituais foi:
Alternativas
Q2494463 Antropologia
Em seu artigo “Além da natureza e da cultura”, Philippe Descola discute alguns modos de identificação, entre os quais o animismo e o totemismo.

“Nos sistemas animistas, a continuidade das relações entre humanos e não humanos permitida por suas interioridades comuns supera as descontinuidades apresentadas por suas diferenças físicas. […] Em contraste, o totemismo australiano é uma estrutura simétrica caracterizada por uma dupla identidade interna a cada classe de seres – identidade ontológica dos componentes humanos e não humanos da classe devido ao compartilhamento de elementos de interioridade e fisicalidade e identidade das relações estabelecidas entre eles, seja de origem, afiliação, similaridade ou inerência à classe.”

O autor concebe esses modos de identificação como:
Alternativas
Q2245626 Antropologia
O inglês Alfred Gell é uma importante referência da antropologia contemporânea nos estudos sobre arte e objetos. Parte de sua produção está traduzida para o português e seus trabalhos têm sido tema de resenhas e artigos de sistematização publicados no Brasil.
Assinale a opção que contém quatro destacados conceitos desenvolvidos por Alfred Gell.

Alternativas
Respostas
21: E
22: B
23: C
24: D
25: D
26: D
27: C
28: B
29: E
30: C
31: A
32: C
33: A
34: A
35: A
36: C
37: B
38: E
39: B
40: E