Questões de Concurso
Sobre globalização, reestruturação produtiva e mudanças recentes do trabalho em sociologia
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Sobre a globalização e suas características, assinale a alternativa INCORRETA:
(Fonte: WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. O mundo rural como espaço de vida: reflexões sobre a propriedade da terra, agricultura familiar e ruralidade. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2009.)
Sobre esse assunto, analise as afirmativas a seguir:
I. Caio Prado Jr. argumenta que as relações de produção no Brasil são pré-capitalistas, de modo que o trabalhador rural tem a autonomia do camponês, estando fora da lógica capitalista.
II. Maria de Nazareth Wanderley argumenta que a permanência do campesinato está diretamente relacionada ao seu papel na reprodução do capital, seja por meio da grande propriedade ou da propriedade familiar.
III. Para Caio Prado Jr., o campesinato teve um papel central na resistência à formação do capitalismo no Brasil, devido à sua organização interna de subsistência e autonomia frente ao latifúndio.
IV. Wanderley destaca que o Estado teve um papel importante na reprodução da grande propriedade e na manutenção de relações de exploração que envolvem tanto o campesinato quanto a força de trabalho assalariada.
V. Tanto Caio Prado Jr. quanto Maria de Nazareth Wanderley reconhecem a função do campesinato como um sujeito de resistência política e econômica, capaz de subverter o sistema capitalista agrário.
Estão corretas as afirmativas
(ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho: Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 11ª ed. São Paulo: Cortez. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006, p. 09).
Tomando como base o texto acima, analise as afirmativas a seguir:
I. As transformações atuais no mundo do trabalho geraram uma nova configuração das relações sociais de produção, caracterizada pela perda de relevância da classe trabalhadora como agente de transformação social.
II. Quando concebemos a forma contemporânea do trabalho, é fundamental considerar o processo de criação de valores de troca, indispensável para a sustentação das relações de produção capitalistas.
III. Há uma diferença muito grande entre conceber, de um lado, o fim do trabalho abstrato que gera valor mercantil e, de outro, o fim do trabalho concreto que cria coisas socialmente úteis.
IV. As novas condições do desenvolvimento capitalista geram uma interação complexa entre o saber científico e o trabalho, de modo que a ciência se torna a principal força de produção do valor.
Considerando o pensamento de Ricardo Antunes, estão corretas as seguintes afirmativas
Observe a imagem a seguir.
Fonte: https://gilmaronline.blogspot.com/2017/10/uber.html
Na imagem, três personagens são apresentados: O primeiro, à esquerda, diz “sou engenheiro, mas perdi o emprego”. A segunda, no centro, comenta: “sou jornalista e o jornal fechou e fui para a rua”. O terceiro, à direita, afirma “sou metalúrgico, mas fui demitido”. Na parte inferior da imagem, os três personagens estão em seus carros e, juntos, dizem: “agora somos motoristas do uber”.
É correto afirmar que a imagem ilustra
I. A situação descrita reflete um problema global onde o crescimento econômico é frequentemente priorizado em detrimento das condições de trabalho e da proteção ambiental.
II. As empresas multinacionais que operam em países em desenvolvimento muitas vezes adotam padrões ambientais e de trabalho mais rígidos do que em seus países de origem, visando melhorar a imagem corporativa global.
III. A poluição causada pela fábrica tem consequências locais e globais, pois os resíduos tóxicos podem afetar tanto a saúde das comunidades próximas quanto contribuir para a degradação ambiental global.
IV. A legislação trabalhista e ambiental, em muitos países em desenvolvimento, é insuficiente ou inadequadamente aplicada, permitindo práticas de trabalho exploratórias e danos ambientais significativos.
Está correto o que se afirma apenas em
Texto extraído de: POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens de nossa época; tradução: Fanny Wrobel. 2ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000, p. 211.
Sobre as relações entre a classe trabalhadora e a consolidação dos Estados Europeus, conforme análise de Polanyi, é CORRETO afirmar:
“Tudo aponta para o fato de que o Estado está se redefinindo, em função não só de seus problemas estruturais, herdados da tradição da dominação patrimonial e oligárquica. A propósito dessas mudanças, fala-se muito, condenando, em Estado mínimo no Brasil como se fosse o Estado da ideologia econômica neoliberal. No meu modo de ver, são coisas diferentes. O que está acontecendo no Brasil, com a reforma do Estado, é sobretudo a desoligarquização do Estado, ou seja, uma modernização do Estado.”
MARTINS, José de Sousa. A Sociedade vista do abismo. Novos estudos sobre exclusão, pobreza e classes sociais. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 176.
O texto acima acaba se opondo a uma corrente interpretativa majoritária na sociologia brasileira a respeito dessa temática, que define o novo Estado brasileiro como “neoliberal”. A posição de Martins pode ser denominada “modernizadora” e a dos que ele contesta como sendo “neoliberal”. Essas duas posições expressam, respectivamente:
Esse documento é denominado termo de