Questões de Jornalismo - Checagem para Concurso
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Acerca da produção técnica do jornalista, julgue o item seguinte.
Por carecerem de uma análise mais aprofundada dos fatos,
notícias que abordem assuntos inesperados ou
acontecimentos muito recentes são consideradas frias.
Dentro deste contexto, o primeiro texto escrito e publicado pelo repórter, poucos minutos depois do acidente, e o que o será entregue daqui a duas semanas são, respectivamente:
I. São intencionalmente falsas e deturpadas, mas não distorcem a realidade factual.
II. Espalham desinformação; mentiras; fraudes; e, teorias da conspiração.
III. São impulsionadas apenas de forma orgânica em redes sociais, motores de busca e grupos de WhatsApp/Telegram.
IV. Devem ser associadas ao contexto mais amplo: a desinformação não é verdadeira, mas necessita parecer verdadeira.
V. Além da verossimilhança, outro componente indissolúvel da desinformação é o chamado viés de reforço.
Está correto o que se afirma apenas em
Levando em conta os critérios de apuração e a deontologia da profissão, qual deverá ser a atitude do jornalista?
Leia com atenção os dois trechos retirados do livro de Costa (2014):
O jornalismo é um ofício. Um ofício tão banal quanto trágico e glorioso. Numa perspectiva moral, nele cabem, vale redundar, simultaneamente, tanto o sentido ético quanto o seu contrário – além do seu avesso, a hipocrisia. As novas mídias, anabolizadas pela possibilidade de participação individual ou institucional, se fundam nessa possibilidade e isso fez mudar a comunicação. Queiramos ou não, com resistência ou sem resistência das mídias tradicionais, as instituições e os indivíduos – cidadãos ou solipsistas – agora têm mais poder.
Não é o jornalismo que muda, mas sim a forma de comunicação. Não muda o modo de se fazer jornalismo, mas a importância que o jornalista tinha, e que não tem mais, nos elos da comunicação – e isso sim tem importância. Por isso ele precisa se acostumar com a ideia de um concorrente na contramão do despejar informações assimétricas de forma unilateral nas pessoas. Um indivíduo qualquer agora consegue produzir informação, ao menos alguma informação, não importa se ela segue os cânones da imprensa tradicional ou não. Idem para qualquer instituição, particular ou pública. A via agora é de mão dupla, tripla, infinita. E a possibilidade de qualquer um ter nas mãos uma ferramenta de comunicação capaz de atingir milhões de pessoas é que é inédita e por isso espantosa.
I. As fontes hoje têm mais poder e podem veicular informações de seu interesse em canais próprios de informação.
II. As novas mídias não trouxeram novas discussões sobre ética, antiética e hipocrisia, permitindo o exercício de uma “moral provisória”.
III. O jornalista não é mais o único produtor de informação.
IV. O dado desafiador no jornalismo é que ele começa a perder sua identidade numa realidade saturada de informações assimétricas (o maior indício do problema ético) e refém do sensacional desenvolvimento de múltiplos meios eletrônicos de comunicação.
V. Um indivíduo qualquer não pode despejar informações assimétricas de forma unilateral nas pessoas.
A partir da interpretação desses trechos, as afirmativas CORRETAS são, apenas: