Questões de Concurso
Sobre distribuição de renda em economia
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O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os rendimentos dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos.
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.)
A respeito do Índice de Gini, analise o gráfico a seguir:
Considerando as informações do gráfico, assinale a afirmativa INCORRETA.
Os textos abaixo, extraídos de pesquisas realizadas, respectivamente, por Pedro Ferreira de Souza e Marcelo Medeiros, especialistas em desigualdade socioeconômica, referem-se à fração média da renda nacional recebida pelo 1% mais rico da população no Brasil:
Texto I
As comparações corroboram que o Brasil é um dos países com maior concentração no topo, quiçá o que apresenta a maior. Por aqui, o 1% mais rico recebe em torno de 23% da renda total. Em outros países muito desiguais, esse percentual fica próximo a 20%, como nos Estados Unidos e na Colômbia. Nos países mais igualitários, ele não ultrapassa os 10%, como na França e no Japão [...]. O caráter inercial da desigualdade e sua tendência a mudar depressa apenas em situações de crise e ruptura podem ser vistos em muitos outros países. É raro observar mudanças prolongadas, graduais e profundas na fatia apropriada pelo topo da distribuição.
SOUZA, P. G. F. Uma história de desigualdade: a concentração de renda entre os ricos no Brasil – 1926-2013. São Paulo: Hucitec, 2018. p. 262. Adaptado.
Texto II
Quem quer entender desigualdade no Brasil tem que olhar para a desigualdade racial. Quem quer entender desigualdade racial tem que olhar para os ricos. Uma parte muito grande da desigualdade racial nos salários é dada pela diferença entre os trabalhadores de renda alta e os demais trabalhadores. As portas do mundo dos ricos são muito estreitas, mas para os negros elas estão praticamente fechadas e não vão se abrir sozinhas [...]. Os negros são uma minoria no grupo dos ricos e, entre eles, são os menos ricos. Não é simples explicar essa desigualdade sem passar seriamente pela ideia de racismo estrutural. Fatores que são tomados como determinantes da desigualdade em geral não conseguem predizer muito bem as chances de negros e brancos estarem entre os ricos. A raça, no entanto, ganha importância à medida que se vai para partes mais altas da pirâmide social. Ou seja, raça é uma barreira crescente, a qual se torna mais difícil de superar conforme as pessoas vão ficando mais ricas.
MEDEIROS, M. Os ricos e os pobres: o Brasil e a desigualdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2023. p.96-97. Adaptado.
Com o propósito de integrar a macroeconomia à teoria do desenvolvimento econômico, desde o início dos anos 2000, o professor Luiz Carlos Bresser-Pereira e outros autores têm formulado um conjunto de proposições teóricas, acompanhadas de evidências empíricas, com o objetivo de explicar por que muitos países em desenvolvimento, como o Brasil, após percorrerem uma trajetória inicialmente exitosa de crescimento econômico e alcançarem níveis de renda per capita em torno da média mundial, recaem em processos crônicos e persistentes de estagnação econômica. O conjunto dessas proposições forma o chamado novo-desenvolvimentismo.
De acordo com o novo-desenvolvimentismo, o principal obstáculo à superação da estagnação em países em desenvolvimento de renda média, como o Brasil, está relacionado à
O Coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de renda, varia entre 0 e 100, onde 0 indica completa igualdade e 10 indica máxima desigualdade de renda.
No que se refere à dinâmica e aos desafios do investimento público no Brasil e aos impactos da pandemia de covid-19 na administração pública, julgue o próximo item.
Obras públicas de infraestrutura abandonadas ou paralisadas
impactam a geração de melhorias econômicas e a promoção
de mudanças que poderiam diminuir as desigualdades
regionais.
Sobre o milagre econômico no que se refere aos aspectos sociais, é incorreto afirmar que:
Brasil tem 2ª maior concentração de renda do mundo, diz relatório da ONU
O 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país, conforme ranking sobre o desenvolvimento humano. Brasil perde apenas para o Catar em desigualdade de renda, onde 1% mais rico concentra 29% da renda.
Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/09/brasil-temsegunda-maior-concentracao-de-renda-do-mundo-diz-relatorio-da-onu.ghtml>. Acesso em: 28 nov. 2023.
Qual índice é responsável por medir a concentração de renda?
Esse pesquisador consegue obter o valor da área A (entre a linha de igualdade e a curva de Lorenz), igual a 0,32. Mesmo sem o valor da área B, ele percebe que é possível calcular o coeficiente de Gini da desigualdade de renda, que será igual a
Com relação a essas políticas redistributivas, considere as afirmativas a seguir.
I. Os programas de transferência de renda mencionados são motivados pelo reconhecimento de que mesmo pessoas que têm capacidade de trabalhar podem não obter renda suficiente para sair da situação de pobreza.
II. Tais programas baseiam-se na ideia de focalização, representando uma abordagem alternativa ao modelo universalista que emergiu da Constituição de 1988.
III. Esse tipo de programa sofre críticas de algumas correntes teóricas que o consideram uma fonte de ineficiência, por distorcer a dinâmica do mercado de trabalho.
Está correto o que se afirma em
( ) A queda expressiva do coeficiente de Gini se deu principalmente pela recuperação dos salários na renda e pela queda da desigualdade da renda do trabalho.
( ) Um fator determinante para a melhoria da distribuição de renda foi a melhora dos indicadores educacionais, com ampliação significativa do acesso à educação básica.
( ) O aumento dos benefícios previdenciários, decorrente da política de valorização do salário mínimo, foi um fator que contribuiu para amenizar a redução da desigualdade, visto que os idosos se concentram nos estratos intermediários de renda.
As afirmativas são, respectivamente,
A partir da organização dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) municipal per capita para o período entre 1920 e 2016, foi estimada a dinâmica da desigualdade da riqueza intermunicipal no Brasil, pelo cálculo do coeficiente de Gini.
Sobre a trajetória de crescimento da desigualdade intermunicipal no período de 1920 e 2016, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Nas décadas de 1940 e 1960 observa-se um aumento na desigualdade da riqueza intermunicipal no Brasil.
( ) Entre 1970 e 1980 observa-se uma redução da desigualdade da riqueza intermunicipal no Brasil.
( ) Em 2016 observa-se um retorno da desigualdade da riqueza intermunicipal no Brasil ao valor alcançado em 1970.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
I. Mede o grau de concentração de renda em determinado grupo, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos.
II. Numericamente, varia de zero a um.
III. Quanto mais perto de zero é o índice de Gini de um grupo, mais concentrada nas mãos de poucos é a renda do grupo.
As afirmativas são respectivamente
O quadro atual de deficiência de cobertura em saneamento básico impõe pesados custos ao sistema econômico na forma de horas não trabalhadas, despesa fiscal no sistema de saúde, bem como o próprio custo organizacional do setor público na gestão de um sistema ultrapassado.
Sobre a deficiência de cobertura, é correto afirmar:
No que se refere a política fiscal, distribuição de renda, transferências voluntárias e destinação de recursos ao setor privado, julgue o próximo item.
A criação de imposto progressivo para redistribuir a renda
dos mais ricos para os mais pobres pode implicar redução
da renda nacional, devido ao risco de essa medida reduzir
o incentivo ao trabalho e à poupança.