Questões de Economia para Concurso
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No modelo IS/LM/BP, os agentes tomam suas decisões levando em consideração comportamento futuro da taxa de câmbio e de juros.
No modelo keynesiano simples, a condição Mashall-Lerner pressupõe, ceteris paribus, que a desvalorização do câmbio real só aumenta o saldo comercial se a soma absoluta das elasticidades-preço das demandas por exportação e por importação for menor que 1.
Acerca dos modelos teóricos de macroeconomia aberta, julgue o próximo item.
O enfoque monetário do balanço de pagamento e o modelo
Mundell-Fleming pressupõem que os ativos financeiros,
domésticos e os externos podem ser substituídos um pelo
outro.
Desde a ruptura do Acordo de Bretton Woods, o mundo tem um “não-sistema” monetário internacional, no qual as taxas de câmbio e os preços dos principais ativos financeiros flutuam livremente em mercados cada vez mais profundos e integrados internacionalmente.
A política de desvalorização do dólar do governo Nixon, no início dos anos 70 do século passado, para fazer face às despesas crescentes com a guerra do Vietnã ficou conhecida como política de negligência benigna.
A cláusula da moeda escassa que autorizava a adoção de restrições à importação dos países com grandes excedentes em transações correntes foi invocada inúmeras vezes pelos países-membros do Fundo Monetário Internacional.
A posição do dólar como moeda-chave do sistema criava um dilema e acentuava as contradições da ordem monetária internacional, ao mesmo tempo em que gerava privilégios para os EUA.
Uma das principais diferenças entre os planos White e Keynes na conferência de Bretton Woods refere-se à idéia, defendida pelo primeiro, da criação de uma moeda supranacional.
Ao contrário do padrão internacional do ouro clássico, sob hegemonia britânica, Bretton Woods representou um compromisso, ainda que ambíguo, entre os princípios do multilateralismo e o intervencionismo doméstico.
Rússia e China também aderiram ao Consenso de Washington e realizaram amplas reformas liberalizantes na década de 90 do século passado e na atual.
Os países em desenvolvimento que mais cresceram nas últimas duas décadas se integram na economia mundial pela via financeira, com abertura da conta capital.
Seguindo as orientações das agências multilaterais, como FMI e Banco Mundial, e dos economistas ortodoxos, expressas no Consenso de Washington, todos os principais países em desenvolvimento realizaram amplas reformas econômicas, promoveram a liberalização comercial e financeira de suas economias e reduziram o peso do Estado.
Atuando como elo entre a organização política e a econômica do sistema mundial, os banqueiros internacionais contribuíam para a manutenção da duradoura Pax Britannica.
Para os países menos desenvolvidos, a adesão ao padrão ouro, era bastante benéfica, pois, além de os termos de troca de suas commodities se manterem estáveis, o ônus do ajustamento do balanço de pagamento em caso de desequilíbrio era igualmente distribuído.
Para a sustentação do padrão ouro, foi fundamental a existência de convergência de interesse entre a Inglaterra e países como Alemanha, França e EUA, que se beneficiavam da eficiência e estabilidade do padrão ouro.
A ordem monetária mundial não era nem automática, impessoal ou mesmo politicamente simétrica, pois a Inglaterra, usufruindo de sua posição dominante, impunha as regras do padrão internacional do ouro, na prática padrão ouro/libra esterlina, às demais nações.
Durante o padrão ouro, os movimentos internacionais de capital desempenhavam papel fundamental no processo de ajuste dos desequilíbrios dos balanços de pagamentos.
Do ponto de vista teórico, os mecanismos centrais do padrão ouro — fixação dos valores das moedas nacionais em relação ao ouro, livre mobilidade através das fronteiras nacionais e convertibilidade das moedas em ouro — baseavam-se no enfoque do ajuste automático dos balanços de pagamentos.
De acordo com as conclusões centrais da TEH, a competição entre os estados nacionais europeus só não degenerou em caos político e econômico graças ao comando, desde o século XVI, de três potências hegemônicas que teriam sido capazes de organizar o funcionamento do World Economic System.
TEH compreende que a experiência histórica sugere que, na ausência de uma potência liberal dominante, a cooperação econômica internacional mostrou-se extremamente fácil de ser alçada ou mantida.