Questões de Enfermagem - Hanseníase para Concurso
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A Hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, que atinge pele e nervos periféricos, podendo levar a muitas incapacidades físicas. Como integrante da equipe de saúde, e visando à prevenção, ao diagnóstico e/ou tratamento da Hanseníase, cabe ao técnico de enfermagem, EXCETO:
A Hanseníase é uma doença que era conhecida na antiguidade pelo nome de Lepra e era de grande prevalência nas regiões onde as condições de vida da população e falta de políticas condizentes favoreciam a continuidade da doença como problema de saúde pública. Analise as afirmações abaixo e em seguida assinale a opção que indica a sequência correta.
I. ( ) A hanseníase é ocasionada pelo Mycobacterium Leprae ou Bacilo de Hansen;
II.( ) Manifesta-se principalmente através de sinais e sintomas dermato-neurológicos como lesões da pele e dos nervos periféricos;
III. ( ) Atinge principalmente pessoas na faixa etária de 20 a 45 anos, com vida sexual ativa;
IV. ( )Doença infectocontagiosa de evolução lenta;
V. ( )Transmissão materno fetal por via placentária.
A classificação operacional do caso de Hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios:
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que tem grande importância para a saúde pública, em virtude da sua magnitude. É proveniente da infecção causada pela Mycobacterium leprae. Classifique como Verdadeiro ou Falso as seguintes proposições e depois assinale a ÚNICA opção correta:
( ) A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta, transmitida pelo contato íntimo e prolongado com o doente sem tratamento, através das vias aéreas (respiração, espirro, tosse, fala).
( ) As principais manifestações clínicas da doença são aquelas relacionadas ao comprometimento neurológico periférico, que resulta em um grande potencial para provocar incapacidades físicas.
( ) Todas as formas clínicas da hanseníase são consideradas contagiantes e, portanto, passíveis de transmissão, quando o doente ainda não iniciou o tratamento.
( ) Para o tratamento da hanseníase, é recomendado o uso dos medicamentos rifampicina e dapsona para todos os pacientes durante seis meses.
( ) O bacilo da hanseníase apresenta alta infectividade e alta patogenicidade.
A ÚNICA opção correta é:
Segundo o Boletim Epidemiológico, volume 49 n° 4 de 2018, “a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. A magnitude e o alto poder incapacitante mantêm a doença como um problema de Saúde Pública. Em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 143países reportaram214.783 casos novos de hanseníase, o que representa uma taxa de detecção de 2,9 casos por 100 mil habitantes. No Brasil, no mesmo ano, foram notificados 25.218 casos novos, perfazendo uma taxa de detecção de 12,2/100 mil hab. Esses parâmetros classificam o país como de alta carga para a doença, sendo o segundo com o maior número de casos novos registrados no mundo” (BRASIL, 2018). Nesse contexto, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) A hanseníase é transmitida por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com um doente com hanseníase que não está sendo tratado. A bactéria é transmitida pelas vias respiratórias (pelo ar) e pelos objetos utilizados pelo paciente.
( ) São sinais e sintomas da hanseníase: áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas); pele infltrada (avermelhada), com aumento de suor no local; alteração ou surgimento de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose).
( ) Ao abordar um paciente com sinais e sintomas de hanseníase, é importante enfatizar que o tratamento é gratuito pelo SUS, alertando-o sobre a importância da adesão ao tratamento para evitar a resistência e a falência, informando-o sobre a transmissão e sobre as reações medicamentosas mais comuns, ressaltando que é uma doença sem cura, mas tratável.
( ) O doente deve ser classificado em Paucibacilar ou Multibacilar. Sendo classificado como Paucibacilar (PB) quando é Hanseníase Tuberculóide ou Indeterminada (doença localizada em uma região anatômica e/ou um tronco nervoso comprometido).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
As pessoas portadoras de doenças como hanseníase, diabetes mellitus, alcoolismo e outras patologias, que acometem os nervos periféricos, têm maior risco de desenvolver lesões das fibras autonômicas, sensitivas e motoras, podendo resultar em lesões primárias, como “mão em garra”, “pé caído” e anquilose; e secundárias, como as paralisias musculares, fissuras, úlceras plantares e lesões traumáticas.
Conforme seus conhecimentos em integridade da pele e cuidados de feridas, a imagem a seguir corresponde a que tipo de ferida?
As reações hansênicas são fenômenos inflamatórios agudos que cursam com exacerbação dos sinais e sintomas da doença, podendo ocorrer antes, durante ou após o final do tratamento com a poliquimioterapia. Acometem um percentual elevado de casos e são divididas em reação hansênica tipo 1 e tipo 2.
Acerca das reações tipo 2, assinale a afirmativa correta.
As doenças transmissíveis são tratáveis e, quanto antes forem detectadas, maiores serão os índices de sucesso do tratamento. Nesse sentido, uma das maneiras mais efetivas de prevenir a transmissão e erradicar a doença se dá por diagnóstico e tratamento precoce. A respeito desse assunto e de aspectos vários a ele relacionados, julgue o item seguinte.
A hanseníase do tipo paucibacilar não tem cura, e o seu
diagnóstico clínico se dá pela presença de mais de cinco
lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade,
associada ou não a comprometimento de nervos periféricos.
Acerca da atuação de enfermagem na assistência a pessoas com hanseníase, analise as afirmativas a seguir.
I. No plano de cuidados de enfermagem deve conter ações que abranjam reabilitação de incapacidades físicas e cuidados relativos às consequências de neuropatias instaladas. II. A clofazimina é um medicamento que faz parte da poliquimioterapia aplicada em casos de hanseníase. Um efeito colateral observado é a pigmentação da pele, que deve ser informado ao paciente em um plano de educação em saúde que visa encorajá-lo a permanecer com o tratamento. III. Crianças com peso entre 30 e 50kg não podem receber tratamento medicamentoso quando diagnosticadas com hanseníase, cabendo a elas apenas cuidados complementares e paliativos, até que alcancem o peso ideal. IV. Pela especificidade das lesões provenientes de hanseníase, não se recomenda fazer curativos, pois o manuseio mecânico da ferida pode prejudicar o processo de cicatrização. V. A talidomida aplica-se ao tratamento da reação hansênica tipo 2 por via oral, sendo de uso exclusivo em adultos e nunca deve ser administrada em mulheres grávidas.
Está correto o que se afirma em
A doença que o texto faz referência é:
Texto para a questão
HANSENÍASE
A discussão sobre a origem da hanseníase no continente asiático ou africano ainda se mantém entre os especialistas, todavia, sabe-se que é conhecida há mais de quatro mil anos na Índia, China, Japão e Egito. No decorrer dos séculos, ainda de forma imprecisa, a hanseníase era agrupada juntamente com outras dermatoses como a psoríase, escabiose e impetigo pela designação de lepra. A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. As lesões neurais decorrentes conferem à doença um alto poder de gerar deficiências físicas e configuram-se como principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória. A partir da década de 1980 o Brasil dispõe de iniciativas institucionais que modificam a estratégia de cuidado as pessoas acometidas pela hanseníase, com o fechamento dos hospitais colônia que pressupunham a internação compulsória daqueles acometidos pela doença. Em 1995, como iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determina através da Lei nº 9.010, que o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos estados. Esses passos foram importantes para ampliar a compreensão da história da hanseníase enquanto uma trajetória que não é do bacilo, mas de pessoas e famílias acometidas pela doença.
(https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase)
Texto para a questão
HANSENÍASE
A discussão sobre a origem da hanseníase no continente asiático ou africano ainda se mantém entre os especialistas, todavia, sabe-se que é conhecida há mais de quatro mil anos na Índia, China, Japão e Egito. No decorrer dos séculos, ainda de forma imprecisa, a hanseníase era agrupada juntamente com outras dermatoses como a psoríase, escabiose e impetigo pela designação de lepra. A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. As lesões neurais decorrentes conferem à doença um alto poder de gerar deficiências físicas e configuram-se como principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória. A partir da década de 1980 o Brasil dispõe de iniciativas institucionais que modificam a estratégia de cuidado as pessoas acometidas pela hanseníase, com o fechamento dos hospitais colônia que pressupunham a internação compulsória daqueles acometidos pela doença. Em 1995, como iniciativa inovadora para ressignificação social da doença, o Brasil determina através da Lei nº 9.010, que o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados na linguagem empregada nos documentos oficiais da Administração centralizada e descentralizada da União e dos estados. Esses passos foram importantes para ampliar a compreensão da história da hanseníase enquanto uma trajetória que não é do bacilo, mas de pessoas e famílias acometidas pela doença.
(https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hanseniase)
I. Consiste em uma doença infecciosa, insidiosa e progressiva causada pelo bacilo da espécie Mycobacterium leprae.
II. Acomete a pele, o sistema nervoso periférico e os olhos, podendo evoluir para neuropatia e incapacidades funcionais.
III. O período de incubação é em torno de 2- 7 anos, com possibilidade de períodos curtos (7 meses) a longos (10 anos).