Questões de Filosofia - A Política para Concurso
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A dimensão referente aos sentimentos e emoções provocados no trânsito, como estresse, agressividade e impaciência, pode ser entendida a partir da análise do dilema do trânsito, onde se constitui uma contradição entre a concepção de rua como um espaço construído para todos e indivíduos com uma mentalidade marcada pela hierarquia aristocrática. Além disso, há no Brasil uma crença compartilhada por condutores de veículos, motociclistas e pedestres: a de que os problemas do trânsito estão relacionados a fatores externos - ausência de estrutura física adequada de funcionamento das vias públicas. A partir disso pode-se destacar a falta de conscientização em relação aos direitos e, principalmente, aos deveres de cada um ao sair de casa.
(PITANGA, C. V. Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil. Horiz. antropol., Porto Alegre, v. 18, n. 37, June 201. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arte&pid=S0104-71832012000100021&Ing=en&nrm=iso>. Acesso em 18/01/2015.)
Depreende-se da leitura do texto que os problemas do trânsito no Brasil, além de aspectos relacionados à engenharia de trânsito (fatores externos), dizem respeito também a outros fatores. Em relação a esses fatores, considere:
I - Civilidade e respeito às leis.
II - Igualdade de todos perante a lei.
III - Convivência no espaço público e social.
Integram esses outros fatores:
A moral é solitária (ela só vale na primeira pessoa); toda política é coletiva. É por isso que a moral não poderia fazer as vezes de política, do mesmo modo que a política não poderia fazer as vezes de moral: precisamos das duas, e da diferença entre as duas! Uma eleição, salvo excepcionalmente, não opõe bons e maus, mas opõe campos, grupos sociais ou ideológicos, partidos, alianças, interesses, opiniões, prioridades, opções, programas... Que a moral também tenha uma palavra a dizer é bom lembrar (há votos moralmente condenáveis). Mas isso não nos poderia fazer esquecer que ela não faz as vezes nem de projeto nem de estratégia. O que a moral propõe contra o desemprego, contra a guerra, contra a barbárie? Ela nos diz que é preciso combatê-los, claro, mas não como temos maiores oportunidades de derrotá-los. Ora, politicamente, é o como que importa.
(COMTE-SPONVILLE, A. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.)
A partir do texto acima, analise as afirmativas.
I - Moral e política constituem diferentes campos de ação do ser humano.II - Existem aspectos morais na política.
III - Política e moral são idênticas.
Está correto o que se afirma em
Segundo o antropólogo Da Matta, a nossa impaciência no trânsito é evidente. “Se o nosso carro enguiça e promove um congestionamento; se encontramos um velho amigo dirigindo ao nosso lado e batemos um papo; se paramos na porta da escola para nossos filhos, não tem problema, pois os outros são invisíveis, não estamos atrapalhando ninguém, mas realizando algo normal (e legítimo). Daí nossa indignação quando alguém buzina e chama nossa atenção para o abuso; daí a nossa repulsa com a ‘falta de educação’ de quem reclama e deveria compreender e esperar não por sua vez, mas por nós.” Mas quando nos transformamos no “outro” tudo muda de figura. “A ausência de paciência, a pressa tão amiga da imprudência e irmã do acidente, faz parte do estilo brasileiro de dirigir. Ela trai a consciência e a incapacidade para negociar cordialmente e põe a nu a incapacidade que revela a ausência de uma educação, de uma preparação para a igualdade”.
(HAAG, C. Fé na modernidade e pé na tábua. In Revista Pesquisa Fapesp, nº 179, Janeiro, 2011.)
Depreende-se da leitura do texto que alguns dos problemas do trânsito no Brasil referem-se a fatores relacionados ao estilo brasileiro de dirigir e ao comportamento dos condutores de veículos nas vias públicas. Sobre esse comportamento, considere:
I - Falta de estilo, pouca pressa, incapacidade motora.II - Falta de cordialidade, individualismo, imprudência.
III - Falta de educação, desconsideração com o outro, impaciência.
Caracterizam o comportamento desses condutores:
Montesquieu (1689 – 1755), na obra O espírito das Leis, afirma: “Quando os poderes legislativo e executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a liberdade desaparece [...] Não haveria também liberdade se o poder judiciário se unisse ao executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa ou instituição do Estado exercesse os três poderes: o de fazer leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.”.
A partir dessas informações sobre a filosofia política de Montesquieu e a divisão que propõe do poder, é correto afirmar:
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.
Segundo Locke, não existe nada na mente humana que possa, de algum modo, conduzir ou auxiliar a produção de conhecimento.
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.
A noção de ideia é um importante conceito para a filosofia de John Locke.
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.
De acordo com Locke, não existe conhecimento humano seguro.
Apesar de criticar as perspectivas liberais contratualistas, Hegel explica, com a utilização da dialética do senhor e do escravo, o trajeto histórico da consciência-de-si que, percorrendo a dominação e o reconhecimento, corresponderia ao estado de natureza teorizado pelos contratualistas.
Com referência ao ideário liberal, representado por Locke e Rousseau, Hegel defende a ideia de que o Estado tem precedência sobre o indivíduo e que este é parte de um todo, de modo que o indivíduo só adquire sua própria individualidade em função do coletivo do Estado.
Para Marx, o Estado busca, apesar da sua ideologia, promover o bem comum, incentivando a superação das contradições da sociedade civil, embora ele deva ser destruído para a destituição do poder da burguesia.
Na perspectiva de Marx, a ideologia é o conjunto de falsas representações da realidade que ocultam as dinâmicas de expropriação e exploração e, também, o fenômeno da alienação dos indivíduos em função do trabalho.
Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.
Para Rousseau, o estado de natureza é definido pela propriedade privada, visto que esta leva os indivíduos a se tornarem livres para trabalhar em suas terras e a produzir aquilo de que necessitam para viver, evitando-se assim guerra ou egoísmo. Essa percepção faz que Rousseau sustente que, no estado natural, os seres humanos são todos bons e solidários e que a função do contrato social é fundar a sociedade e o Estado capazes de proteger o caráter bom do estado de natureza.
Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações).
Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.
John Locke, um dos primeiros teóricos do liberalismo, concebia a propriedade privada como um direito natural, portanto, de acordo com o seu pensamento, o papel do Estado deveria ser o de garantir essa propriedade, assim como a liberdade e a vida.
Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações).
Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.
John Locke, que seguia a imagem hobbesiana de natureza humana, entendia que, no estado de natureza, os seres humanos são todos violentos e egoístas, agindo como juízes em causa própria, em função de sua liberdade radical. Segundo Locke, esta não é prejudicada, mesmo na vigência do contrato social, e deveria ser utilizada pelo povo de modo a limitar o poder do Estado, fiscalizando-o.
Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações).
Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.
De acordo com Thomas Hobbes, o ser humano, no estado de natureza, tem direitos ilimitados, podendo usar sua liberdade como lhe aprouver, sem restrições, o que significa, em termos práticos, que, nesse estado, não é possível garantir a paz ou a segurança.
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.
A expressão "os fins justificam os meios", citada textualmente na obra O príncipe, de Maquiavel, indica que a legitimidade de um governo deve ser garantida, mesmo que sejam utilizadas estratégias impopulares, para que, ao fim, sejam garantidos os melhores resultados ao povo. Nesse sentido, a ideia de que é melhor ser temido que ser amado busca garantir que os efeitos do uso da força para o governo sejam constantemente vinculados à soberania do governante, associado fundamentalmente ao poder econômico e religioso.
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.
Com relação à postura do governante diante da ideia de fortuna, Maquiavel afirma que é melhor ser impetuoso que cauteloso, pois o ímpeto é uma virtude política, enquanto a cautela é uma virtude econômica.