Questões de Concurso
Sobre filosofia e conhecimento em filosofia
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“O filósofo alemão Edmund Husserl diz saber o que é filosofia, ao mesmo tempo que assume desconhecê-la. E completa afirmando que apenas os pensadores secundários estão contentes com suas definições” (ARANHA, M. L. A. MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2016).
O trecho acima pode ser interpretado de que forma?
Cabe à filosofia da educação explicar e explorar o significado da condição humana no mundo, contribuindo o profissional da educação na formação de uma visão da totalidade do ser humano. Com base na filosofia da educação, assinale a alternativa incorreta.
Muitos filósofos referem-se ao pensamento como capacidade reflexiva de elaboração crítica; nesse sentido, esse pensamento é bem elaborado e cuidadoso na escolha de critérios e na construção da argumentação. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.
John Dewey, em Educação e Democracia, reforça seu apelo à educação, entendida como investigação científica, enfatizando a necessidade do pensar reflexivo em educação. A respeito desse assunto, julgue os itens que se seguem.
I Dewey aproveitou-se do método desenvolvido por Charles Sanders Peirce, aplicando-o à ciência, à arte, à lógica e à educação.
II Os estudantes devem tornar-se investigadores, aprendendo a lidar com problemas.
III Dewey distingue o pensamento comum do pensamento reflexivo.
IV O significado das ideias encontra-se, em seu aspecto prático, nos efeitos que exerce sobre o mundo.
V O indivíduo pensante é tão importante quanto a sociedade que questiona.
A quantidade de itens certos é igual a
Sílvio Gallo afirma: “Estou convencido de que é possível ensinar Filosofia, que é possível aprender Filosofia. Que é possível socializar este exercício de solidão...”
Américo Piovesan et al. Filosofia e ensino em debate. Ijuí: Unijuí, 2002, p. 194 (com adaptações).
Acerca desse pensamento, assinale a alternativa correta.
Nascemos fracos, precisamos de força; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo que não temos ao nascer, e de que precisamos quando adultos, é-nos dado pela educação.
Rousseau. O Emílio ou da Educação. São Paulo: Bertrandbrasil, 1995, p. 10 (com adaptações).
A respeito do tema educação em Rousseau, assinale a alternativa correta.
A nova legislação educacional brasileira parece reconhecer, afinal, o próprio sentido histórico da atividade filosófica e, por esse motivo, enfatiza a competência da filosofia para promover, sistematicamente, condições indispensáveis para a formação de cidadania plena. Em que pese essa competência, entretanto, cumpre destacar que, embora imprescindíveis, os conhecimentos filosóficos não são suficientes para o alcance dessa finalidade. Aliás, constitui quase um truísmo pedagógico afirmar que todos os conhecimentos, disciplinas e componentes curriculares da educação básica são necessários e importantes na formação de cidadania do educando. Nesse sentido, embora restaurando para a filosofia o papel que lhe cabe no contexto educacional, a legislação tratou igualmente de indicar como se deve corretamente dimensioná-la no ensino médio: a rigor, portanto, o texto refere-se aos conhecimentos da filosofia que são necessários para o fim proposto. Destarte, a fim de atender à demanda legal, devemos fazer um esforço para recortar, do vasto universo dos conhecimentos filosóficos, aqueles que imediatamente precisam e podem ser trabalhados no ensino médio, o que, convenhamos, não é tarefa fácil.
Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Parte IV: ciências humanas, p. 45 (com adaptações).
Acerca do assunto abordado no texto acima, assinale a opção correta.
Uma das figuras privilegiadas na adoção do poder pastoral pelo Estado moderno, nas instituições educacionais, é a figura do professor-pastor. Ele assume a responsabilidade pelas ações e pelo destino da turma e de cada um de seus integrantes. Ele se encarrega de cuidar do bem e do mal que possam acontecer dentro da sala de aula. Ele responde por todos os pecados que possam ser cometidos no seu espaço. Embora assuma modalidades leves e participativas, entre o professor e a turma há uma relação de submissão absoluta; sem o professor os alunos não saberiam o que fazer, como aprender, de qual maneira comportar-se. O professor ganhará a confiança de cada aluno para que ele lhe confie seus desejos, angústias e ilusões. Por último, lhe ensinará que sem alguma forma de sacrifício ou renúncia seria impossível desfrutar de uma vida feliz e de uma sociedade justa.
Walter Kohan. Infância: entre educação e filosofia. Belo Horizonte. Autêntica, 2003, p. 87-8 (com adaptações).
A partir das idéias desenvolvidas no texto acima, assinale a opção correta.
Para que se possa falar realmente de história da filosofia, em sua completude, parece-me necessário estabelecer uma relação teorética, isto é, um diálogo com o clássico: pondo a ele perguntas (as nossas, as de sempre) e avaliando suas respostas às mesmas. Sem esta relação vital com o clássico a história da filosofia se torna passatempo de colecionador e o professor de filosofia, antiquário de loja de antiguidades. Especialmente para este diálogo torna-se necessária a superação de uma pretensa postura de neutralidade do historiador da filosofia (no nosso caso, do professor): será preciso declarar explicitamente sua postura filosófica para que essa mesma possa ser avaliada e colocada “na mesa”.
G. Cornelli. A lição dos clássicos: algumas anotações sobre a história da filosofia na sala de aula. In: S. e Danelon G. M. Gallo e G. Cornelli. Ensino de filosofia: teoria e prática. Unijuí, 2004, p. 194 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência, assinale a opção correta acerca da história da filosofia.
A partir da compreensão do uso da história da filosofia para o ensino apresentada no texto acima, assinale a opção correta.
“Não é possível desunir Filosofia de filosofar, pois os dois são uma mesma coisa. O filosofar é uma disciplina no pensamento que, ao ser operada, vai produzindo Filosofia e a Filosofia é a própria matéria que gera o filosofar. São indissociáveis. A matéria Filosofia separada do ato de filosofar é matéria morta, recheio de livro de estante. Para ser Filosofia ela tem que ser reativada, reoperada, assim reaparecendo a cada vez. Como a malha tricotada que só aparece se houver o ato do tricotar”.
(ASPIS, R. P. L. “O professor de Filosofia: o ensino de Filosofia no ensino médio como experiência filosófica”. In: Cadernos Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 305-320, set./dez. 2004.)
A posição teórica sustentada no trecho acima – a de que não há propriamente uma dissociação entre a História da Filosofia e o filosofar –, aplicada ao ensino de Filosofia, pode ser executada com diversas estratégias.
Com relação à perspectiva de vinculação entre história da Filosofia e o filosofar no ensino de Filosofia, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Essa perspectiva permite recuperar a superioridade epistemológica do ensino universitário em relação à educação básica, ao garantir, para essa última, a certeza e a autenticidade do conteúdo filosófico a ser transmitido aos alunos das escolas.
( ) Essa perspectiva cria condições para que o licenciando em Filosofia consiga traduzir, de modo autônomo e produtivo, sua convivência com as questões e os textos clássicos da Filosofia para o contexto de sala de aula.
( ) Essa perspectiva possibilita superar o distanciamento entre a atividade pedagógica e a pesquisa especializada, proporcionando ao estudante de Filosofia uma inserção efetiva no seio da tradição filosófica.
As afirmativas são, respectivamente,
Os PCN’s de Filosofia identificam uma série de habilidades e competências necessárias na realização do processo de ensinoaprendizagem do saber filosófico. Nesse sentido, o professor que aborda um novo tema ainda não conhecido pelos alunos, em um primeiro momento, introduz o panorama histórico no qual a temática se desenvolveu.
Para essa abordagem inicial, pela orientação dos PCNs, o professor realiza a habilidade/competência de
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre objetivos da Filosofia no Ensino Fundamental.
( ) Entender a responsabilidade de pertencer a um grupo.
( ) Refletir sobre os valores morais e éticos.
( ) Sedimentar conceitos basilares para se tornar um futuro filósofo.
( ) Aprender a ser tolerante com as ideias dos outros.
( ) Conhecer as diferenças humanas naturais de raça, cor e gênero.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
“[...] Nas aulas de filosofia onde se promove experiência filosófica o professor não professa. Ele não apregoa, não é depositário de verdades. O professor de filosofia é um super-herói às avessas: ele cria problemas. Mas também é ele quem vai orientar sua solução. Seus poderes mágicos são sua convicção filosófica e educacional. Esse professor tem a chave de um espaço singular onde os alunos poderão entrar para ter ali sua experiência filosófica. O modo de relacionar-se consigo mesmo, com os outros, com texto, dentro desse espaço, será um modo diferente, será um modo filosófico”. (ASPIS, Renata Pereira Lima. O professor de Filosofia: O Ensino de Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica.
Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 02 de setembro de 2018. Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 305-320, set/dez. 2004, p. 310).
Partindo do entendimento do texto, citado anteriormente, e do papel da Filosofia no Ensino Médio, considere as afirmações abaixo.
I - A experiência filosófica é o momento no qual os alunos não somente conhecem a história da filosofia, mas colocam em dúvida seus pensamentos e ações.
II - O Ensino de Filosofia que contribuí para a autonomia dos sujeitos é aquele em que o professor ensina o aluno a memorizar as frases filosóficas.
III - O professor que busca a emancipação de seus alunos sempre apresenta a verdade de forma provisória, enquanto uma construção histórica.
IV - O espaço singular, que se refere Aspis, é aquele onde o aluno se apresenta como o sujeito que não tem conhecimento para contribuir no processo de construção do saber.
V - A relação que se constrói no espaço da sala de aula é mediada por uma verticalidade em que os alunos estão apenas para aprender.
Estão corretas:
Edmund Husserl buscou construir, por meio da fenomenologia, um entendimento sobre a intencionalidade do ser, afirmando que toda a consciência tende para algo. Não havendo, segundo ele, pura consciência como acreditavam os racionalistas. Considerando o pensamento husserliano, analise as afirmativas abaixo.
I - Partindo da redução fenomenológica Husserl identifica vários graus de depuração da consciência, o que exige a desconexão do que é estranho ao “eu”, inclusive a dimensão social dos “outros eus”.
II - Husserl orienta uma investigação fenomenológica que nega a subjetividade transcendental.
III - Segundo Husserl, todo o filósofo deve virar-se para si próprio, tentando derrubar todas as ciências até conseguir reconstruí-las.
IV - A epoché suspende todos os nossos valores, tendo em seu horizonte sempre a atitude espontânea das nossas vivências.
V - A aplicação da epoché é a negação da atitude natural, essa negação busca a reorientação do sentido de que a atitude natural é o ser absoluto.
Assinale a alternativa que contempla todas as afirmações corretas.