Questões de Geografia para Concurso

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I. Sobre o território brasileiro, é correto afirmar que é formado por estruturas geológicas antigas. Excetuando-se as bacias de sedimentação recente, como a do Pantanal Matogrossense, parte ocidental da bacia amazônica e trechos do litoral nordeste e sul, que são do Terciário e do Quaternário (Cenozóico), o restante das áreas têm idades geológicas que vão do Paleozóico ao Mesozóico, para as grandes bacias sedimentares, e ao Pré-cambriano (Arqueozóico-Proterozóico), para os terrenos cristalinos.

II. No território brasileiro, as estruturas e as formações litológicas são recentes, mas as formas do relevo são antigas. Estas foram produzidas pelos desgastes erosivos que sempre ocorreram e continuam ocorrendo, e com isso sendo reafeiçoadas permanentemente. Dessa maneira, as formas grandes e pequenas do relevo brasileiro têm como mecanismo genético, de um lado, as formações litológicas e os arranjos estruturais antigos, de outro os processos mais recentes associados à movimentação das placas tectônicas.

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I. O conflito entre a teoria do comércio e a teoria do desenvolvimento acontece por causa da diferença entre as pressuposições básicas de cada modelo e à inclusão, por uma das abordagens de fenômenos que a outra exclui. A teoria do desenvolvimento assume, ou pelo menos dá particular atenção, algumas características básicas das economias subdesenvolvidas: os preços dos fatores não refletem adequadamente seu valor social, os fatores de produção podem sofrer modificações substanciais com o tempo — tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, muitas vezes como resultado do próprio processo de produção.

II. As nações modernas estão se afastando continuamente do intervencionismo estatal doméstico: companhias controladas pelo Estado estão sendo vendidas ao setor privado e os ideais do sistema de iniciativa privada estão recuperando a respeitabilidade de outrora. Por toda parte, recomendam-se a abolição de regulamentações e as soluções de mercado em vez da mediação pelo Estado. Mas isto acontece principalmente quando se trata do mercado interno. A presença do Estado como negociador, mediador e retaliador parece ficar mais forte quando se trata de relações internacionais.

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I. Bacia sedimentar e planície são termos não raro confundidos pelos alunos no estudo das singularidades das regiões brasileiras. Importante discernir que a bacia sedimentar se refere à estrutura, e a planície se refere à forma. A estrutura geológica sedimentar indica a origem, a formação e a composição do terreno, ocorrida ao longo do tempo geológico. Durante sua formação, a bacia sedimentar é sempre uma planície, enquanto a sedimentação supera os processos.

II. Uma bacia sedimentar que no passado foi uma planície pode estar atualmente sofrendo um processo de desgaste e, portanto, corresponder a um planalto ou a uma depressão, como as da Amazônia. Por outro lado, bacias sedimentares que hoje estão em processo de formação correspondem às planícies, a planície do pantanal pode ser citada como um exemplo. Uma outra forma do relevo brasileiro é a Cuesta, declive acentuado que aparece em bordas de planalto.

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I. A dinâmica transnacional ora se serve da territorialidade estatal-nacional, ora a nega. Sua característica fundamental consiste na transferência de investimentos de um Estado-nação a outro, por conta de empresas que possuem estabelecimentos ou passam a se instalar em outros países. O espalhamento mundial da empresa transnacional favorece a criação de mecanismos de ordenamento do comércio e do sistema financeiro de âmbito internacional. Para Olivier Dollfus, não pertencem ao campo transnacional, os contrabandos, as migrações clandestinas e o tráfico de drogas e armas

II. A Globalização produz expressões geográficas que lhe são pertinentes: a crescente importância das redes em relação aos territórios, o surgimento da cidade global, mudanças na Divisão Internacional do Trabalho em função da deslocalização de departamentos das grandes companhias industriais e, como sugeriu Georges Benko, o surgimento da globalidade dinâmica local.

III. A formação da territorialidade moderna compreende a estruturação de uma geografia de continentes, sob a qual se desenvolvem os processos que vão lhe propiciar seus princípios fundadores, como a estruturação do sistema internacional, a transnacionalidade e, finalmente, a Globalização. Entretanto, essa geografia permanece, retroalimentada. Tanto as três dinâmicas repercutem umas nas outras, como também há uma autêntica articulação delas em diferentes escalas.

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I. Por décadas, a ampla participação dos demógrafos fez com que componentes populacionais fossem apresentados como essenciais nas abordagens sobre uso e cobertura da terra, sendo as causas principais de naturezas econômica e política. Quando trazidos para discussão, o crescimento e volume populacional foram elementos demográficos tidos como explicativos, determinando a relação dicotômica entre "volume da população versus recursos naturais". De uma perspectiva ampla, tais modelos tinham pouca ênfase na compreensão dos impactos das ações individuais - ou dos domicílios, limitando a percepção do papel da população a um plano regional.

II. Reconhecendo o amadurecimento do campo no Brasil, em 1992, o comitê de População e Ambiente da International Union of the Scientific Study of Population (IUSSP) organizou, em Campinas-SP, o seminário considerado uma das primeiras iniciativas de demógrafos no tema "desmatamento", aproximando a discussão na arena nacional. O livro que levou o nome do evento, Population and deforestation in the humid tropic, não teve condições de compilar discussões do seminário quanto aos efeitos das variáveis populacionais na expansão agrícola e no desmatamento em diversas regiões do planeta. O crescimento populacional e a intensificação da densidade são realçados na relação população-desmatamento, reafirmando a percepção dicotômica característica do início do campo.

III. Compondo o grupo que estuda a relação população-ambiente, os demógrafos brasileiros foram os últimos em iniciar esse debate, incorporando, na base da discussão, o contexto urbano contemporâneo. Novas perspectivas derivadas dessa discussão permitiram incluir elementos ausentes na agenda investigativa da relação populaçãoambiente, tais como mobilidade populacional e distribuição espacial. Apesar da participação mais modesta dos demógrafos brasileiros nos estudos das dinâmicas do uso e cobertura da terra, tal atuação foi importante por fomentar novas maneiras de pensar a temática, trazendo outros elementos para os modelos.

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