Questões de História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura para Concurso

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Q1770947 História
“Em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes muito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações. (...) Não se trata de cuidar do corpo, em massa, grosso modo, como se fosse uma unidade indissociável mas de trabalhá-lo detalhadamente; de exercer sobre ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao nível mesmo da mecânica - movimentos, gestos, atitude, rapidez. (...) Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade. (FOUCAULT, 1987, p. 126).
O texto acima possibilita algumas reflexões sobre o pensamento de Michel Foucault:
I- As relações de poder e o conceito de disciplina são aspectos da análise de Michel Foucault que enriqueceram o conhecimento histórico ao destacar o poder como algo que ultrapassa o governo e se encontra em todas as relações humanas. II- O conceito de disciplina pode ser utilizado apenas nos estudos sobre a história das prisões e se trata de um tipo específico de poder que age apenas sobre os corpos dos presos. III- Os escritos de Foucault estão voltados ao conceito de disciplina como um tipo de poder que assujeita os corpos e fez parte dos seus estudos sobre a história das prisões, da medicina e da sexualidade.
É CORRETO o que se apresenta em:
Alternativas
Q1767612 História
Numa guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias... (Christian Boltanski) Considerando o tema a que se refere a citação acima, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1767611 História
Que possibilidades restavam para os historiadores quando o passado passava a se reduzir a discursos, os documentos a monumentos, a temporalidade se dissolvia e os objetos históricos tradicionais já não se sustentavam com tanta obviedade quanto antes? E o que fazer com os sujeitos, com as classes sociais e principalmente com a classe operária, aliás, responsável pelo conflituado, mas seguro curso da história em direção ao prometido “reino da liberdade”. (...) Como ficava, então, a tarefa do historiador, comprometido, sobretudo desde os anos 60, com as tarefas da revolução e com a revelação da missão histórica do proletariado? (RAGO, 1995, p. 69)
Analise as proposições e coloque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas, tendo por base a citação acima.
( ) As historiadoras e historiadores do Brasil, sob a influência de Michel Foucault, não subsidiarão a revolução da classe trabalhadora no país. ( ) O discurso sobre o passado não é comprometido com a verdade e o passado não está mais acessível ao conhecimento histórico. ( ) A epistemologia histórica não defende a inocência do documento e o reconhece como monumento.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.
Alternativas
Q1767610 História
“As narrativas históricas são ficções verbais, cujos conteúdos são tanto inventados quanto descobertos e cujas formas têm mais em comum com os seus equivalentes na literatura do que os seus correspondentes nas ciências.” (WHITE, 1994) Assinale as alternativas que melhor representam o debate entre história e ficção na contemporaneidade.
I- A história não pode ser chamada de ciência porque não lida com a verdade e, sim, com a ficção porque trabalha com a imaginação e a invencionice. II- A História é uma “ficção controlada” por autores, fontes e temas de pesquisa partindo do pressuposto que a noção de verdade não é uma exclusividade do conhecimento histórico, mas está presente nos contos da ficção. III- A proximidade da história com a literatura está presente em narrativas clássicas como a história de Cinderela porque não deixa de apresentar verdades sobre as sociedades humanas em diferentes épocas e lugares.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q1767609 História
Após leitura atenta da letra desta citação extraída do livro “Teoria da História”, de José D'Assunção de Barros (2011, p 390), analise as sentenças.
“Vivemos sob o cambiante signo das múltiplas identidades, isto quando não vemos algumas dessas mesmas identidades se tornarem fluidas e ambíguas, voláteis, tendentes a desmanchar no ar. Um ser humano no século XXI dificilmente poderia ser definido através de um único traço. Se as últimas décadas do século XX assistiram à dificuldade de apreender qualquer conjunto de fenômenos da realidade a partir de um "Paradigma Único", assistimos, talvez hoje, à extensão desse paradoxo ao nível atomizado: um só paradigma parece ser insuficiente para definir e apreender a realidade complexa pertinente a um único ser humano, dedicado a um campo que seja do saber, ou quem sabe a uma prática qualquer.” (Barros, 2011)
I- Na produção do conhecimento histórico, é viável utilizar apenas um paradigma de análise quando esta produção for inspirada no pensamento marxista, uma vez que o marxismo explicou a história humana. II- A história, filha do seu tempo, é elaborada, na atualidade, a partir das inquietações do tempo presente invalidando as metanarrativas unificadoras da experiência histórica. III- Uma única teoria da história pode ser aplicada aos estudos sobre as identidades fluidas, tendo em vista que o caráter da multiplicidade está no objeto de estudo e não no campo do saber que o analisa.
É CORRETO o que se alega apenas em:
Alternativas
Respostas
521: B
522: E
523: A
524: B
525: D