Questões de História - História do Brasil para Concurso
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Texto extraído de: CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 6ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004, p. 200.
Sobre o período da Nova República brasileira, conforme análise de José Murilo de Carvalho, é CORRETO afirmar:
Texto extraído de: CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 6ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004, p. 18.
Sobre o período colonial brasileiro, conforme análise de José Murilo de Carvalho, é CORRETO afirmar:
“[...] a ação política [...] desenvolvida pelos saquaremas, a busca de uma restauração dos quadros de uma defensividade ganhou, quase sempre, a formulação da garantia da soberania nacional. Sem embargo, os saquaremas não apenas impuseram a questão da soberania nacional e sobrepuseram a questão da escravidão à questão nativista. No momento da consolidação do Estado imperial, eles articularam a soberania nacional à questão da escravidão [...]”
Texto extraído de: MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, 2004, p. 233.
Sobre a escravidão no período imperial brasileiro e suas dinâmicas sociais, políticas e econômicas, de acordo com a análise de Ilmar Mattos, é CORRETO afirmar:
Texto extraído de: MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, 2004, p. 124.
Sobre as relações e os conflitos sócio-políticos no Império brasileiro, tendo como perspectiva a análise de Ilmar Mattos, é CORRETO afirmar:
Texto extraído de: MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, 2004, pp. 32, 37, 38, 40).
Sobre os contextos e sujeitos envolvidos na relação entre Brasil e Portugal, na era colonial, conforme análise de Ilmar Mattos, é CORRETO afirmar:
Texto extraído de: PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. História da educação: de Confúcio a Paulo Freire. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2021, p.251.
Sobre a relação da Unesco com o Brasil, conforme Piletti e Piletti, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:
( ) O Brasil é membro da Unesco desde 1946, tendo sido um dos primeiros vinte países a ratificar sua constituição. Desde 1964, pleiteia uma representação oficial da organização em seu território, uma unidade administrativa descentralizada, para elaborar estratégias, programas e atividades em maior sintonia com as diversidades nacionais.
( ) No Brasil, a Unesco utiliza-se de recursos tais como publicações, instrumentos normativos, avaliações, pesquisas e estatísticas para realizar diversas ações através de projetos e programas tais como Criança Esperança, Brasil Alfabetizado, programa Nacional de Educação Ambiental, gestão de Transformações Sociais, entre outros.
( ) Entre 1964 e 1985, a Unesco afastou-se dos governos brasileiros, pois condenou os abusos cometido durante o Regime Militar contra os direitos humanos. Após a redemocratização do Brasil, houve a retomada da cooperação entre ambos, com a celebração do Acordo Básico de Assistência Técnica, via aperfeiçoamento de pessoal técnico do Ministério da Educação.
( ) As elaboração do Plano Decenal Brasileiro, coordenado pela Secretaria de Ensino Fundamental do MEC, contou com o apoio direto da Unesco. O texto final, que seguiu as orientações do chamado “Compromisso Nacional de Educação para Todos”, assinado pelo MEC e pela Unesco, foi apresentado e aprovado em Nova Delhi, Índia, em 1993.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:
Texto de apoio: ACHIAMÉ, Fernando A.M. O Espírito Santo na Era Vargas (1930-1937): Elites políticas e reformismo autoritário. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
Texto extraído de: JALES, Luanna. Visibilidade histórica para mulheres, negros e indígenas. In: PINSKY, Jaime;
PINSKY, Carla Bassanezi. Novos combates pela história: desafios-ensino. São Paulo: Contexto, 2021, p. 201.
O parágrafo acima do capítulo escrito pela historiadora Luanna Jales traduz seu diagnóstico quanto à forma como os grupos minoritários foram vistos por longo período por historiadores. Sobre essa questão, conforme o olhar da autora, julgue as afirmativas abaixo:
I. Os grupos minoritários (ou sub-representados) têm em comum o fato de, por longos períodos, não terem sido vistos como cidadãos ou terem sido considerados apenas cidadãos de segunda classe. Trata-se, hoje, de pessoas que raramente ocupam um número significativo de posições políticas, profissões consideradas de elite e protagonismo em peças publicitárias e produções midiáticas.
II. A visão de que apenas pessoas vitoriosas, de grandeza, de importância e de genialidade incomparável merecem ser estudadas na escola dificulta a percepção de que todos, independentemente de posição social e capacidade de liderança, podem ser agentes históricos e influenciar de alguma forma o meio em que vivem.
III. Estudar as minorias nas escolas deve ocorrer não apenas por uma questão de representatividade, mas porque elas são historicamente importantes. Por isso, é primordial identificar a força de atuação dos grupos minoritários dentro da história do país e mostrar que as minorias são mais do que ícones eleitos por essa ou aquela militância.
IV. É importante estudar as minorias de modo a reforçar o conhecimento das habilidades extraordinárias de personagens que emergiram de camadas sociais consideradas inferiores, possibilitando ao aluno compreender que personagens protagonistas emergem não apenas das camadas sociais mais abastadas.
Estão CORRETAS:
Se o movimento operário pode ser considerado um movimento social de classe, isso significa que, historicamente, a ação reivindicativa da classe trabalhadora é inseparável dos objetivos políticos de longo prazo que animaram as suas lutas. Acresce que o sindicalismo foi, desde sempre, pautado pela diversidade das suas lógicas de atuação. O objetivo de conciliar a luta por melhorias salariais e de condições de trabalho com a missão de solidariedade internacionalista só em certas circunstâncias históricas teve algum sucesso. A penetração da doutrina marxista nos meios operários, designadamente na sequência das Internacionais Operárias, contribuiu para desenvolver uma identidade coletiva – “de classe” –, que se propunha a guiar os trabalhadores e a humanidade para uma sociedade liberta de injustiças: o socialismo.
(PANNEKOEK, A., 1936. O sindicalismo. Disponível em: Arquivo Marxista na Internet. Acesso em: 02/06/2024.)
Além do socialismo, uma outra concepção se inseriu nos meios operários, mudando muitas perspectivas de ação entre eles
e no âmbito político: o anarquismo. Ambos, socialismo e anarquismo, tinham pontos semelhantes, mas algumas peculiaridades, tais como:
As décadas de 60 e 70 do século XX manifestaram intensas movimentações nos países do hemisfério Sul da América: de um lado a consolidação da participação política e econômica das multinacionais e dos capitais estrangeiros, e de outro as mobilizações populares em resposta às novas dinâmicas, com petições de manutenção dos direitos trabalhistas, reforma agrária e melhor distribuição das riquezas. Em meio a esse cenário, olhando por uma perspectiva global, as duas maiores potências da época evidenciavam a geopolítica no qual o mundo estava submetido. O bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos buscava frear a ampliação da influência política e econômica da socialista União Soviética, configurando-se um período de tensão pela disputa tecnológica e armamentista, que não resultou em um conflito direto entre eles, mas na participação dos conflitos entre os seus aliados e governos satélites do Terceiro Mundo. Diante desse contexto é que se inserem os golpes militares nos países da América Latina.
(VIZENTINI, Paulo G. F., 2000, p. 195-226.)
Os Estados Unidos já mantinham relações econômicas e diplomáticas com os países latino-americanos desde a Segunda Guerra Mundial, pelo fornecimento de armas em troca da defesa do continente e treinamentos militares dos exércitos desses países, durante o período beligerante. Em relação aos governos militares latino-americanos:
Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, começou lentamente a tomar corpo no Brasil um movimento, conhecido como nacional-desenvolvimentismo, que tinha como objetivo tornar a economia nacional em algo mais sofisticado do que uma simples fornecedora de produtos primários para o mercado internacional. Libertar o país da dependência da agricultura e torná-lo uma nação industrializada não seria uma tarefa fácil, nem rápida, mas até certo ponto, tal pretensão foi alcançada. [...]
(Disponível em: https://www.abphe.org.br/arquivos/2015. Acesso em julho de 2024.)
O período desenvolvimentista costuma ser dividido em dois. O primeiro, “industrialização restringida”, em que o capital estrangeiro foi pouco relevante, atuando em ramos menos dinâmicos, e compreendeu todo o período Vargas – incluindo o interregno Dutra. Já o segundo período, “industrialização pesada”, que tem início no governo Juscelino Kubitschek – JK, é caracterizado, dentre outros fatores, pela:
É extensa a literatura sobre o populismo. Nos quinze anos seguintes, a política brasileira foi dominada por Getúlio Vargas, que, apesar de ser um político do sistema velho, estava apto, disposto e capaz de formar e dirigir uma nova aliança populista. Consequentemente, organizou-se o Ministério do Trabalho, e os sindicatos trabalhistas, virtualmente ilegais antes da Revolução, foram estabelecidos e inspirados pelo novo “pai do povo”. Além disso, enquanto sua atuação na área da reforma democrática estava longe de ser impressiva, Vargas conseguiu apoio significativo entre as camadas médias da sociedade brasileira, através da defesa de uma linha nacionalista e da promoção de uma política de industrialização e diversificação econômica, pela criação de empresas estatais e financiamentos do Banco do Brasil.
(WEFFORT, Francisco, 1989.)
No contexto do colapso da chamada “República Velha” e a emergência de Vargas ao poder, com um tipo de governo peculiar, alguns fatores se destacam, tais como:
Conforme Abreu (2008), acerca do papel das cidades no período da colonização portuguesa no Brasil, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. As cidades no período colonial brasileiro, em contraste com o período colonial da América Espanhola, tinham um papel central como núcleo de controle do território conquistado pelos portugueses.
II. O processo de colonização portuguesa no Brasil encontrou civilizações que já tinham uma base urbana preexistente centrada na mineração e na circulação de metais preciosos.
III. O processo de colonização portuguesa, a partir de 1573, foi centrado na prática de fundação de cidades através da promulgação das “Ordenações de descobrimento e de povoamento de Felipe II”, também chamadas de “Lei das Índias”.
Diante desse contexto, qual das alternativas a seguir melhor expressa os objetivos centrais da CLT e as estratégias de Getúlio Vargas para manter o controle sobre as massas trabalhadoras?
1. A Proclamação da República no Brasil, em 1889, foi resultado de um golpe militar liderado por setores insatisfeitos com a monarquia, que viam na República um caminho para a modernização e o progresso.
2. A Constituição de 1891 estabeleceu um modelo republicano e federativo, inspirado na Constituição dos Estados Unidos, mas adaptado às realidades políticas e sociais brasileiras.
3. O período conhecido como República Velha (1889- 1930) foi marcado por uma política de "café com leite", onde as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais alternavam o poder, mantendo uma estrutura econômica baseada na importação agrícola
4. A modernização do Estado brasileiro no início do século XX incluiu reformas econômicas, como a política de valorização do café, e reformas sociais, como a legislação trabalhista introduzida por Getúlio Vargas.
5. A modernização na América Latina, em geral, foi um processo igualitário, com alguns países avançando rapidamente em termos de infraestrutura e industrialização, economias agrárias e políticas oligárquicas.
Alternativas:
1. A Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder, marcou o fim da Primeira República e o início de um período de centralização política e industrialização no Brasil.
2. A Grande Depressão de 1929 teve impactos profundos na economia brasileira, levando à queda dos preços do café e ao colapso das exportações, o que exigiu novas políticas de industrialização e intervenção estatal.
3. Durante o Estado Novo (1937-1945), o governo Vargas implementou reformas trabalhistas e sociais que consolidaram o poder do Estado sobre as forças econômicas e políticas do país.
4. A política de substituição de importações adotada por Vargas foi fundamental para o desenvolvimento da indústria brasileira, reduzindo a dependência das exportações agrícolas.
5. A Segunda República enfrentou diversas tentativas de golpe militar, refletindo as tensões entre as forças conservadoras e progressistas no Brasil, culminando na deposição de Vargas em 1945.
Alternativas: