Questões de História para Concurso
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“Davi”. Disponível em: https://www.florence-museum.com/br/david-michelangelo.php. Acesso em: 02 fev. 2024.
A escultura “Davi” (1501–1504), de Michelangelo, é uma das obras renascentistas em que há clara inspiração na arte da Antiguidade Clássica.
Sobre o movimento cultural renascentista, avalie as afirmativas.
I. A sociedade europeia, durante esse período, experimentou um pequeno crescimento urbano e as poucas cidades que existiam não possuíam relevância comercial, uma vez que o comércio estava em declínio e a burguesia enfraquecida economicamente.
II. A mentalidade dos intelectuais ligados ao renascimento baseou-se na formulação de princípios pautados pelo humanismo ou antropocentrismo, segundo o qual o homem “era a medida de todas as coisas”.
III. O racionalismo e o individualismo, princípios do renascimento, sustentavam que a razão era fundamental para a explicação do mundo e que as diferenças individuais dos homens deveriam ser respeitadas.
IV. Dentre os expoentes artistas renascentistas destacaram-se Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael Sanzio.
V. Durante o período do Renascimento, os mecenas patrocinavam o trabalho de artistas e de intelectuais renascentistas. Entre as pessoas que se destacavam como mecenas estavam comerciantes, banqueiros, monarcas e papas.
Estão corretas as afirmativas
[...]
A fome é um dos castigos do pecado original.
O homem tinha sido criado para viver sem trabalhar.
Mas, após a queda, ele não pode se erguer senão pelo trabalho...
Deus impôs deste modo, à fome, para que ele fosse obrigado a trabalhar para suprir esta necessidade e pudesse retornar as coisas eternas.
Le Goff, Jaques. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005, p.233.
A partir da análise do fragmento, assinale a alternativa que explique de que forma as hierarquias sociais, na Idade Média, eram justificadas e mantidas.
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas morenas.
[...]
BUARQUE, Chico. Mulheres de Atenas. In: Meus caros amigos, 1976. Disponível em: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45150/. Acesso em: 31 jan. 2024
Os versos da canção de Chico Buarque remetem para a compreensão da posição social da mulher na sociedade ateniense. Na Grécia Antiga, essa situação estava condicionada à
Quando a terra-mãe era nosso alimento
Quando a noite escura formava o nosso teto,
Quando o céu e a lua eram nossos pais,
Quando todos éramos irmãos e irmãs,
Quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes,
Quando a justiça dirigia a lei e sua execução,
Aí outras civilizações chegaram!
Com fome [...] de ouro, de terra e de todas as riquezas, trazendo numa mão a cruz e na outra a espada, sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos, nos classificaram abaixo dos animais, roubaram nossas terras e nos levaram para longe delas, transformando em escravos os “filhos do sol”.
Entretanto não puderam nos eliminar e nem fazer esquecer o que somos […]
E mesmo que nosso universo inteiro seja destruído Nós sobreviveremos por mais tempo que o império da morte!
Declaração solene dos povos indígenas do mundo. Port Alberni, Canadá, 1975. (adaptado)
A Declaração Solene dos Povos Indígenas atenta para a resistência dos povos indígenas frente ao preconceito e o menosprezo do processo colonizador. A destruição das populações nativas do Brasil iniciou-se no século XVI e continua até hoje, embora tenha acontecido em ritmos diferentes ao longo dos séculos e em áreas distintas.
Sobre a questão indígena no Brasil, assinale a alternativa correta.
Panorama da Guerra do Contestado. Disponível em: https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/momentos-historicos/1- Primeira_Republica/7-A_Guerra_do_Contestado. Acesso em: 02 fev. 2024
Das primeiras décadas do século XIX e o limiar do seguinte, os estados do Paraná e Santa Catarina disputaram uma área de aproximadamente 48.000km², o “território contestado”. As terras se estendiam a partir da margem direita, por todo o Vale do Rio do Peixe, fazendo divisas com a Argentina e o Rio Grande do Sul e chegando ao sudoeste do Paraná, o que corresponde atualmente ao “grande oeste catarinense”.
As tratativas desencadearam discussões acirradas entre as instâncias de poder desses estados e, diversos foram os pareceres emitidos pelo poder federal, ora dando ganho de causa a um, ora a outro.
Frattini, Marilize Radin. Assentamentos agrícolas e desenvolvimento econômico: um olhar sobre a experiência de Cruzeiro - SC (1917- 1967). Dissertação. Chapecó: UFFS, 2023.
Sobre o território contestado entre os dois estados e o conflito nele ocorrido, é correto afirmar que:
Leia o texto a seguir.
Primeiro vieram os bandeirantes
e deixaram a tradição das bandeiras:
a mais famosa é a bandeira do Divino
nas festas cavalhais de Pirenópolis.
Chegaram depois os revoltosos
e criaram a tradição das revoltas:
__ A mais útil havia sido a revolta das mulheres
pedindo a criação da Faculdade de Direito, porque os homens iam estudar fora
e voltavam casados, ou não voltavam mais.
__ A mais trágica foi a revolta dos camponeses
Nas margens flácidas do Araguaia, Onde o Hotel JK, por causa da sigla (ou do signo),
se transformou de repente em Hotel John Kennedy.
TELES, Gilberto M. História. In: TELES, Gilberto M. Hora aberta. Editora Vozes. Petrópolis, RJ, 2002, p. 287. [Adaptado].
O texto se refere a qual fato da história goiana quando fala em “revolta mais trágica”?
Com base na história do município de Barbosa Ferraz, complete a lacuna a seguir:
“Em _______________________ através da Lei Estadual n.º 4.245, sancionada pelo governador Moysés Willi Lupion de Tróia, o distrito foi elevado à categoria de município, com território desmembrado de Campo Mourão”.
Sobre a história de Nova Glória, assinale a alternativa que apresente a data de aniversário do município:
O desejo e o prazer de compreender, de explicar a realidade, de questionar para procurar alternativas, de conhecer para agir conscientemente são, sem dúvida, fatores poderosos na formação de indivíduos responsáveis e intervenientes. Não foi decerto por acaso que os regimes totalitários declaram morte à cultura e reduziram drasticamente o tempo de escolaridade e o acesso ao saber.
(Roldão apud Proença, 1999, p. 25-26.)
O ensino de história contribui para o crescimento pessoal e social de cada indivíduo não apenas pelo conteúdo do saber histórico, mas também pela metodologia adotada. Nesse sentido:
Desde que a Grã-Bretanha tomou posse das Ilhas Malvinas ou Falklands, em 1833, ao expulsar a base naval argentina ali instalada, a Argentina passou a reivindicar a devolução desse território insular. Os próprios britânicos questionavam, a princípio, os títulos jurídicos que lhes embasavam a possessão do arquipélago: as investidas inglesas na América do Sul se repetiram depois do fim das guerras napoleônicas (em 1815), chegando até as Malvinas em 1833. O duque de Wellington, vencedor de Napoleão em Waterloo, porém, havia escrito:
“Revi os papéis concernentes às ilhas Falkland. De nenhum modo me fica claro que tenhamos algum dia possuído soberania sobre essas ilhas”. A soberania sobre as ilhas foi causa de um enfrentamento armado entre os dois países em 1982, a Guerra das Malvinas.”
(Disponível em: https://funag.gov.br/loja. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Nos dias atuais, as Ilhas Malvinas:
Samba-Enredo 2024 – Glória ao Almirante Negro:
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/gres-paraiso-do-tuiuti/. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Como a nossa sociedade sofre um ritmo intenso de modificações, a escola e o ensino de história, em especial, deve acompanhar esse processo sob pena de transmitir conhecimentos já ultrapassados. Para isto deve incorporar os temas e as inovações tecnológicas com que os alunos já lidam no seu cotidiano. Constitui-se hoje, para os educadores do ensino fundamental e médio, um desafio muito grande ensinar alunos que têm contato cada vez maior com os meios de comunicação e sofrem a influência da televisão, rádio, jornal, vídeogames, [...] computador, redes de informações e etc.
(Ferreira. 1999, p. 144.)
Discutir a respeito da utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação no ensino de história, embora não seja mais novidade, é pertinente e necessário. Nesse contexto de evolução informacional constante:
Por parte dos escritores e intelectuais brasileiros, apesar de reconhecerem a herança ibérica e católica que o Brasil e a América Espanhola têm em comum, também estavam cientes das diferenças que os separavam. O importante é que nenhum dos políticos, intelectuais e escritores hispano-americanos que primeiro utilizaram a expressão “América Latina”, e nem seus equivalentes franceses e espanhóis, incluíam nela o Brasil. “América Latina” era simplesmente outro nome para América Española.
(José Verissimo, 1998.)
Dentre algumas diferenças entre o Brasil e os demais países da América Latina no início da organização de seus estados, podemos apontar:
De um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produtor, e constituído só para isto: um pequeno número de empresários dirigentes que senhoreiam tudo, e a grande massa da população que lhe serve de mão de obra. Doutro lado, no funcionamento, um fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, na sua evolução, e como consequência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país.
(Prado Júnior. 2001, p. 123.)
Os estudos de Caio Prado Júnior formaram a base, por muito tempo, para o entendimento do período colonial brasileiro, marcando presença em grande parte dos livros didáticos. Para ele:
A proteção do ser humano contra todas as formas de dominação ou do poder arbitrário é da essência do direito internacional e dos direitos humanos. Orientado essencialmente à proteção das vítimas, reais (diretas e indiretas) e potenciais, regula as relações entre desiguais, para os fins de proteção, e é dotado de autonomia e especificidade própria. É preciso estudar as nuances do conceito e do discurso dos direitos humanos para saber se eles de fato existem, se consistem em mera retórica ou se se encontram no meio, ou seja, entre a existência e a retórica.
(Trindade. 2007, p. 210.)
É fato irrefutável a importância teórica e prática do conceito de direitos humanos. A sua abordagem pode ser feita a partir de uma enorme gama de perspectivas, enfoques e disciplinas, pois:
“Era dos trens”: por que o Brasil trocou as ferrovias por rodovias? Governo atual diz trabalhar em para retomar as ferrovias no país. Os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o transporte ferroviário estão gerando burburinho, seja entre os céticos ou otimistas. Há poucas semanas, Lula anunciou que o governo está trabalhando em um projeto para expandir a malha ferroviária do país, aumentando a circulação de trens para carga e, especialmente, passageiros.
(Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Sobre a história das ferrovias no Brasil, assinale a afirmativa correta.
A colonização da América protagonizou a consolidação do novo padrão de poder mundial e a classificação racial da população mundial como elemento fundamental à dominação colonial. Um sistema de poder mundial que constitui a globalização hoje em curso e que está intrinsecamente relacionado com a colonização da América e transformações nos modos de vida, territórios e identidades dos povos e comunidades tradicionais.
(QUIJANO. 2005.)
No processo de colonização da América, alguns elementos estiveram presentes, a saber:
Entre os ciclos de “expansão e destruição da riqueza”, a partir da Primeira Guerra Mundial, o padrão de acumulação reposicionou os protagonistas no cenário econômico e político mundial. A Inglaterra perdeu seu caráter de exportador de capitais, ao passo que os Estados Unidos assumiram essa posição, expandindo investimentos externos e exportando capitais, também para a América Latina, e construindo “zonas de influência”.
(GRANDI, Guilherme; FALEIROS, Rogério N. (Orgs.), 2020.)
Nesse contexto, a situação do Brasil especificamente:
Os constantes desafios que se interiorizam no âmbito da ordem internacional vêm modulando a forma como governos, empresas, sociedade civil e centros de pensamento estão se relacionando. Em um mundo cada vez mais multifacetado, o monopólio da política externa já não cabe mais como instrumento de competência exclusiva de entidades governamentais, seja em seu aspecto de formulação ou em aspecto decisório.
(Lafer. 2001.)
Alguns temas estruturais fazem parte da agenda de debates e das preocupações especificamente do Brasil, tais como: