Questões de Concurso
Comentadas sobre república autoritária : 1964- 1984 em história
Foram encontradas 625 questões
Com relação à ditadura militar brasileira, que teve início em 1964, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ):
( ) O regime militar adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de apoio ao comunismo. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o chamado "milagre econômico", no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação do país e torturava e exilava dissidentes.
( ) O período foi marcado por significativo desenvolvimento econômico, que ficou conhecido como “milagre brasileiro".
( ) A publicação dos atos institucionais foi um forma de legitimar rapidamente as medidas do governo. Entre os atos publicados no período, o AI-5 concedia ao presidente da República plenos poderes, como o direito de cassar mandados.
João Goulart apresentou, no início de 1963, sua plataforma de governo: o Plano Trienal, cujas metas principais eram combater a inflação sem comprometer o desenvolvimento econômico para, em seguida, realizar as 'reformas de base' [...]. Foi contestado pelos movimentos sindical, estudantil e camponês e pelos partidos de esquerda que consideraram a proposta reacionária. Os empresários se dividiram. Diante de tantas resistências, o Plano fracassou. A partir daí os setores de direita e os grupos de esquerda radicalizaram. Ambos se negavam a ceder para alcançarem acordos em comum [...]. Os partidários da direita tentariam impedir as alterações econômicas e sociais, sem preocupação em respeitar as instituições democráticas [...]. Os grupos de esquerda exigiam as reformas, a qualquer preço. O presidente acabou por aliar-se à esquerda. A aliança foi selada num grande comício em 13 de março de 1964, no Rio de Janeiro. (Artigo publicado na revista Nossa História, Rio de Janeiro, mar. 2004 − texto adaptado)
Tal aliança é manifesta quando João Goulart, no comício,
Leia o texto abaixo.
Em 2004, foi divulgada a queima de documentos supostamente produzidos por órgãos de segurança nacional da Ditadura Militar no Brasil. As exibições das reportagens coincidiram com a definição dos prazos, pelo Presidente da República, para a abertura dos arquivos da Ditadura. Ficou estabelecido um período de até 30 anos – renovável por mais 30 – para que a sociedade tenha acesso aos arquivos ultrassecretos. Ao mesmo tempo, uma Medida Provisória criou a Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas, com poder para barrar a divulgação desses documentos, caso entenda que isso seja "imprescindível à segurança da sociedade e do Estado".
Disponível em: http://professor.bio.br/historia/provas_vestibular.asp?origem=Uel&curpage=19. Acesso em: 03 abr.. 2016.
Analise as proposições abaixo.
I. O controle da memória pelos setores dominantes, silenciando ou evidenciando determinados eventos ou documentos históricos, serve como estratégia de preservação de poder na sociedade.
II. Atos de eliminação de documentos isentam o Estado republicano brasileiro da responsabilidade pela mutilação da memória nacional.
III. Medidas tomadas com o intuito de evitar julgamentos precipitados que levem à perseguição, gerando um estado de ameaça constante, inviabilizando a democratização do país.
IV. No Brasil, a queima de documentos é uma prática recorrente para ocultar o passado e apagar a memória concebida pelos diferentes grupos sociais.
São corretas as proposições:
Leia o texto abaixo.
Podem me prender
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do morro
Eu não saio, não.
Disponível em:<https://www.letras.mus.br/ze-keti/197278/>- Acesso em: 03 abr. 2016. Fragmento.
Os versos acima são da música “Opinião”, escrita por Zé Kéti, contestando a Ditadura
Militar, instaurada no dia 1º de abril de 1964, através de um golpe militar que derrubou o
então presidente do Brasil, João Goulart. Esse período foi marcado
Leia o texto abaixo.
O período compreendido entre 1968 e 1973 é conhecido como a fase do “milagre” quando, sob o regime militar, o crescimento da economia brasileira apresentou uma extraordinária aceleração, com ampliação média de 11% ao ano. O nosso “milagre” foi abalado [...]. Mesmo assim, o país ainda manteve bons níveis de aceleração econômico-industrial até o final dos anos 70, numa fase conhecida como o “pós-milagre”. Esse crescimento esteve relacionado com os grandes investimentos em infraestrutura do regime militar e o duro controle sobre as manifestações dos trabalhadores, que garantiu a mão de obra barata e, juntos levavam à atração de novos investimentos.
Disponível em:<http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao02/er030002.pdf> . Acesso em: 20 abr. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
Com base nesse texto, constata-se que o fator externo que contribuiu para acelerar a crise
do “milagre brasileiro” foi
(Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/Golpe1964.)
Nesse contexto específico (o do Golpe de 1964), antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga à presidência da República, que foi então:
Observe a imagem a seguir.
No decorrer da Ditadura Militar no Brasil houve o desenvolvimento de uma arte, uma forma de expressão revolucionária, exemplificada, entre outros fatores, pela criação do CPC – Centro Popular de Cultura, ligado à UNE (União Nacional dos Estudantes). Essa cultura era conhecida em alguns meios como:
Documento I
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram o meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
A carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1954. In: Discursos selecionados do presidente Getúlio Vargas. Brasília: FUNAG, 2010, p. 58.
Documento II
Não vos preciso recordar, nem quero fazê-lo agora, o mundo de obstáculos que se afiguravam insuportáveis para que o meu Governo concretizasse a vontade do povo, expressa através de sucessivas constituições, de transferir a Capital para este planalto interior, centro geográfico do País, deserto ainda há poucas dezenas de meses.
Discurso de JK na inauguração de Brasília. Brasília, 21 de abril de 1960. In: Luiza Helena Nunes Pinto (org). Discursos selecionados do presidente Juscelino Kubitschek. Brasília: FUNAG, 2010. p. 51-2.
Documento III
Nenhuma força será capaz de impedir que o governo continue a assegurar absoluta liberdade ao povo brasileiro. E, para isso, podemos declarar, com orgulho, que contamos com a compreensão e o patriotismo das bravas e gloriosas Forças Armadas da Nação. Hoje, com o alto testemunho da Nação e com a solidariedade do povo, reunido na praça que só ao povo pertence, o governo, que é também o povo e que também só ao povo pertence, reafirma os seus propósitos inabaláveis de lutar com todas as suas forças pela reforma da sociedade brasileira. Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, e pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação econômica, pela justiça social e pelo progresso do Brasil.
Discurso do presidente João Goulart na Central do Brasil Rio de Janeiro (RJ), 13 de março 1964. In: Wanielle Brito Marcelino (org). Discursos selecionados do presidente João Goulart. Brasília: FUNAG, 2010. p. 89.
Tendo os trechos dos documentos históricos precedentes como referência inicial, julgue o seguinte item, acerca do período democrático (1946 – 1964) instituído ao fim do Estado Novo, do regime militar, e do processo de redemocratização do Brasil.
A política econômica instituída pelo regime militar manteve o
Estado como condutor do desenvolvimento econômico,
reduzindo a concentração de renda e as desigualdades sociais.
Documento I
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram o meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.
A carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1954. In: Discursos selecionados do presidente Getúlio Vargas. Brasília: FUNAG, 2010, p. 58.
Documento II
Não vos preciso recordar, nem quero fazê-lo agora, o mundo de obstáculos que se afiguravam insuportáveis para que o meu Governo concretizasse a vontade do povo, expressa através de sucessivas constituições, de transferir a Capital para este planalto interior, centro geográfico do País, deserto ainda há poucas dezenas de meses.
Discurso de JK na inauguração de Brasília. Brasília, 21 de abril de 1960. In: Luiza Helena Nunes Pinto (org). Discursos selecionados do presidente Juscelino Kubitschek. Brasília: FUNAG, 2010. p. 51-2.
Documento III
Nenhuma força será capaz de impedir que o governo continue a assegurar absoluta liberdade ao povo brasileiro. E, para isso, podemos declarar, com orgulho, que contamos com a compreensão e o patriotismo das bravas e gloriosas Forças Armadas da Nação. Hoje, com o alto testemunho da Nação e com a solidariedade do povo, reunido na praça que só ao povo pertence, o governo, que é também o povo e que também só ao povo pertence, reafirma os seus propósitos inabaláveis de lutar com todas as suas forças pela reforma da sociedade brasileira. Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, e pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação econômica, pela justiça social e pelo progresso do Brasil.
Discurso do presidente João Goulart na Central do Brasil Rio de Janeiro (RJ), 13 de março 1964. In: Wanielle Brito Marcelino (org). Discursos selecionados do presidente João Goulart. Brasília: FUNAG, 2010. p. 89.
Tendo os trechos dos documentos históricos precedentes como referência inicial, julgue o seguinte item, acerca do período democrático (1946 – 1964) instituído ao fim do Estado Novo, do regime militar, e do processo de redemocratização do Brasil.
Quando João Goulart afirmou, em seu discurso, que dispunha
de apoio militar, ele se referia a grupos das Forças Armadas
favoráveis ao seu projeto de reforma do Brasil por meio das
reformas de base, demonstrando que, às vésperas do Golpe de
1964, havia uma clara cisão na instituição.
Com relação ao regime militar instituído em 1964, julgue o item subsequente.
O apoio dos militares ao processo de distensão política
iniciado no governo do general Ernesto Geisel foi unânime,
pois tinha como finalidade controlar o processo de transição
para a democracia.
Com relação ao regime militar instituído em 1964, julgue o item subsequente.
O denominado milagre econômico resultou da intervenção do
Estado na economia por meio da indexação dos salários, da
concessão de créditos subsidiados e da isenção de tributos.