Questões de Concurso
Sobre tipos de gramática – normativa, funcional, descritiva e gerativa em linguística
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I. A observação pura dos fenômenos linguísticos é um critério de análise. II. Constitui a chamada competência linguística. III. As regras devem ser seguidas de forma imperativa. IV. Não tem o objetivo de prescrever normas linguísticas. V. É organizada na mente dos usuários por meio da exposição à língua.
Quais dessas afirmativas definem a gramática descritiva de língua?
(Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/lingua-portuguesa)
A alternativa que preenche corretamente as lacunas acima é:
I. Lexical: significado que corresponde ao quê da apreensão do mundo extralinguístico, isto é, é o que corresponde à organização do mundo extralinguístico mediante as línguas.
II. Categorial: é o que corresponde ao como da apreensão do mundo extralinguístico, a forma da intuição da realidade, ou, ainda, o modo de ser das palavras no discurso, e não classes léxicas fixas.
III. Instrumental: é o significado dos morfemas, isto é, dos elementos pertencentes ao universo da gramática, e podem apresentar-se como palavras morfemáticas; são os chamados englobadamente instrumentos gramaticais.
IV. Estrutural ou Sintático: é o significado que resulta das combinações de possíveis unidades sintáticas com unidades fonéticas e morfemas, fora do ambiente da oração.
V. Ôntico: que se dá no âmbito do discurso, é o que corresponde ao valor dado a cada vocábulo independente do enunciado.
Quais das afirmações acima estão corretas, conforme o autor citado?
I. Segundo Celso Cunha, em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, as reduzidas são orações independentes que não se iniciam por pronomes relativos nem por conjunção subordinativa, tendo as formas verbais expressas conforme o sujeito da oração principal.
II. No que tange ao desdobramento das orações reduzidas, Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, diz que: “O emprego de reduzidas por desenvolvidas e vice-versa, quando feito com arte e bom gosto, permite ao escritor variados modos de tornar o estilo conciso, não acumulado de quês e outros transpositores, enfim, elegante”.
III. Cegalla nos diz que, quanto à classificação, há três tipos de orações reduzidas: as de infinitivo, as de gerúndio, as de particípio. Essas orações reduzidas são quase sempre subordinadas e analisam-se como as desenvolvidas correspondentes, ou melhor, de acordo com a sua função no período.
Quais estão corretas?
“O conceito de ______________________________, desenvolvido por William Labov, expandiu e redefiniu a noção de opcionalidade da linguística gerativa para incluir restrições linguísticas e sociais em sua natureza variável.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
(1) Gramática comparativa (2) Gramática descritiva (3) Gramática gerativa (4) Gramática histórica (5) Gramática prescritiva
(___) Corresponde à descrição de uma língua a qual utiliza regras formalizadas, que constituem um conjunto de instruções inteiramente explícitas, aplicáveis mecanicamente e capazes de gerar todas as frases gramaticais de uma língua e nenhuma agramatical.
(___) Trata-se de uma gramática sincrônica de uma língua, feita no modelo da gramática tradicional. (___) Seu objetivo é estabelecer normas de uso de uma língua e determinar aquilo que não se deve usar, tomando como parâmetro a variante linguística das pessoas cultas e dos bons escritores. (___) Coteja duas ou mais línguas ou dois estágios de uma mesma língua, confrontando suas estruturas fonéticas e morfológicas. (___) Representa o estudo das mudanças sucessivas dos sistemas (fonético, morfológico, gramatical) de uma língua.
Segundo essa visão, o contexto de produção do ato comunicativo não exerce nenhum tipo de influência na linguagem, pois:
Tendo em vista essa asserção, numere a coluna da direita, relacionando o tipo de gramática à definição correspondente elaborada por Travaglia (1996).
1. Gramática normativa 2. Gramática descritiva 3. Gramática reflexiva 4. Gramática implícita
( ) Relaciona-se à competência linguística do falante. ( ) Registra as unidades e categorias existentes. ( ) Representa as atividades de observação sobre a língua. ( ) Estuda apenas os fatos da língua padrão.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
(TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1998, p. 28).
Dessa forma, de acordo com excerto acima, pode-se afirmar que Luiz Carlos Travaglia refere-se à:
I - Há uma concepção, inferida no texto, de que a linguagem usada por essa certa “aristocracia” tornou-se o padrão, a norma, o molde ideal ao qual todos os demais usos da língua tinham de se ajustar. II - Essa concepção de língua baseia-se em visões de mundo pré-científicas e em estruturas sociais organizadas em sistemas mais democráticos, como era o caso da sociedade grega na Antiguidade Clássica, quando nasceu a Gramática Tradicional. III - Poderíamos resumir as ideias contidas no excerto com a seguinte afirmação: graças à impostura ideológica, o fato da maioria acaba sendo representativo da totalidade.
Assinale a alternativa que preenche, corretamente, a lacuna do texto:
A partir dessas reflexões e de acordo com alguns autores, analise as afirmativas abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) Othon Garcia (2006) indica que, ao preocupar-se somente com aspectos de correção gramatical no ensino da língua, deixa-se de lado importantes aspectos de construção textual que instrumentalizam os jovens a pensarem com clareza e objetividade, expressando-se, assim, de forma mais eficaz. ( ) Celso Cunha e Lindley Cintra (2006) afirmam que, assim como o comportamento social é regulado por normas, os usos linguísticos também o são, embora de forma mais complexa e coercitiva. Sendo assim, o uso correto do idioma deve acompanhar as exigências da comunidade linguística a que pertence o indivíduo. ( ) Othon Garcia (2006) associa a inteligibilidade de um enunciado exclusivamente à construção gramatical correta segundo a norma. Para o autor, a não observância da gramaticalidade resulta em enunciados que dificilmente seriam compreendidos fora do seu contexto, prejudicando a autossuficiência da comunicação escrita. ( ) Magda Soares (2010) menciona que o fracasso da escola brasileira na alfabetização de crianças das camadas populares deve-se, também, ao fato de que a escola desconsiderou durante décadas as variedades linguísticas dessa população, tratandoas como erro e não as incorporando ao processo de alfabetização.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Bagno afirma em seu texto que “a língua está sempre em processo de transformação, e isso é inevitável, é da própria natureza das línguas: uma língua, enquanto tiver falantes que a mantenham viva, está sempre mudando” (linhas 25-27). Na bibliografia indicada, observamos diferentes concepções de língua que levam em conta ou não a variação linguística.
Sobre esse tema, analise as afirmativas:
I. Cegalla (2008) reconhece que os sistemas linguísticos são mutáveis, sujeitos à ação da passagem do tempo e ao uso em diferentes espaços geográficos. Assim, define que a gramática normativa traga a língua conforme seja falada em determinado momento evolutivo.
II. Para Marcuschi (2012), a língua é uma prática sociointerativa, histórica e cognitivamente embasada. Tal perspectiva não ignora que a língua seja um sistema simbólico e a entende como uma atividade de interação social que acontece em contextos comunicativos historicamente situados.
III. Marcuschi (2012) afirma que, para o ensino de língua portuguesa em uma perspectiva atual, é preciso entender que a língua é variada e variável, prevendo que há heterogeneidade na comunidade linguística, nos estilos e registros de uma língua e no próprio sistema linguístico.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Nisso reside a grande diferença entre fazer análise linguística e ter aula de gramática (numa perspectiva normativa e estrutural): na primeira, a reflexão está a serviço dos demais eixos do ensino de língua, enquanto que, na segunda, o foco do ensino está na aprendizagem de nomenclaturas e regras, desvinculadas de situações de uso da língua.
MENDONÇA, M. Análise linguística: por que e como avaliar. In. MARCUSCHI, B. e SUASSUNA, L. Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: MEC-CEEL/ Autêntica, 2006, p. 101.
Considerando as diferenças entre as duas perspectivas de ensino de língua apontadas por Mendonça, analise os seguintes procedimentos:
1. foco nos efeitos de sentido das escolhas sintáticas e lexicais; 2. análise de critérios da textualidade, como a coesão e a coerência; 3. atividades gramaticais de frases e de orações retiradas de textos; 4. ensino da gramática associado ao bom desempenho linguístico.
São procedimentos contemplados na perspectiva da análise linguística: