Questões de Literatura para Concurso
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No final do século XIX, obras como O bom crioulo e O cortiço, identificadas pela historiografia como naturalistas, trouxeram não só aquilo que o autor do texto chama de tema negro, mas também a autoria e o ponto de vista afro-descendentes.
O negrismo pode ser encontrado em obras como Poemas negros, de Jorge de Lima, em que a subjetividade negra é representada pelo discurso do branco, em procedimento equiparável ao indianismo dos românticos, quando o nativo surgia reduzido a objeto da fantasia do colonizador.
Texto para o item.
Canto I
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas,
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
E Orlando, inda que fora verdadeiro.
Luís de Camões. Os Lusíadas.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br/>
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), devido às dificuldades impostas pelo conjunto de referências, pelo vocabulário e pela sintaxe em poemas como Os Lusíadas, deve-se privilegiar a leitura da literatura contemporânea no Ensino Médio.
Texto para o item.
Canto I
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas,
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
E Orlando, inda que fora verdadeiro.
Luís de Camões. Os Lusíadas.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br/>
A citação de personagens de outro texto contemporâneo ao de Camões explicita a trama intertextual proposta em Os Lusíadas.
Texto para o item.
Canto I
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas,
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
E Orlando, inda que fora verdadeiro.
Luís de Camões. Os Lusíadas.
Internet: <http://www.dominiopublico.gov.br/>
A epopeia Os Lusíadas introduz nas literaturas de língua portuguesa a inter-relação entre introspecção e ficção histórica.
“Culto da razão; repúdio dos adornos barrocos, considerados inúteis (inutiliza truncat); a representação de uma vida simples, em harmonia com a natureza (locus amoenus); a fuga dos centros urbanos (fugere urbem) para a bucólica paisagem campestre; a adoção de pseudônimos pastoris para garantir a verossimilhança do “fingimento poético”; o objetivo de gozar o momento presente (carpe diem); a valorização de uma vida transcorrida sem grandes sobressaltos, paixões, ou desejos ardentes (aurea mediocritas); a crença no estoicismo, escola filosófica grega que pregava que o ser humano deveria buscar a serenidade e a calma, mesmo diante das dores, da morte e da tristeza; o uso de referências da mitologia clássica; a escrita de versos curtos, que também pudessem ser cantados, com linguagem simples”.
Estas são características do:
A afirmativa feita acima diz respeito a:
No fragmento do soneto de Gregório de Matos:
"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia.
Depois da luz, se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria."
A principal característica do Barroco:
No trecho acima, o crítico e historiador Alfredo Bosi está considerando
A ESCRAVIDÃO levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro, o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dous para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dous pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras. (ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/)
Com seus dezoito/dezenove anos, Aurélia tem uma consciência improvável dos mecanismos dos mecanismos que regem as relações sociais. Parece uma doutora em economia. Além disso, o frio desprezo com que trata a sociedade é inverossímil em um contexto em que tais atitudes desafiariam radicalmente as normas do comportamento feminino. A credibilidade da personagem também se esvai quando ela nos é mostrada em sua interioridade: trata-se de menina cândida e generosa. A clivagem entre a vingadora implacável e a donzelinha quase boba não é explorada nem aprofundada por Alencar.
Considerando a clivagem mencionada por Gonzaga, assinale a alternativa na qual a personagem Aurélia Camargo NÃO apresenta o perfil inconvencional para as mulheres da época mencionado no texto anterior.
Para responder à questão, leia o poema abaixo, da autora Cecília Meireles.
Pus o meu sonho num navio
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Correspondem a fases histórico-culturais em que determinados valores estéticos e ideológicos resultam na criação de obras mais ou menos próximas no estilo e na visão de mundo (1ª parte). Assemelham-se ao estilo de época por terem uma abrangência maior, englobando circunstâncias como as condições do meio e as influências políticas (2ª parte).
A sentença está:
Poema de sete faces [...] As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. [...]
Na segunda geração modernista, esse poema representou a seguinte fase: