Questões de Concurso Comentadas sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português

Foram encontradas 1.205 questões

Q986067 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção INCORRETA
Alternativas
Q984447 Português
Pela mesma razão que se acentuam as palavras até e , acentuam-se, respectivamente
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: AL-GO Prova: IADES - 2019 - AL-GO - Revisor Ortográfico |
Q982736 Português
Com base na norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa que apresenta palavras acentuadas segundo a mesma regra gramatical.
Alternativas
Q982446 Português
Texto 7

“O vôo de Santos Dumont foi fruto de uma idéia revolucionária, assim como os micro-computadores e a rêde que hoje chamamos de Internet”.

O texto 7 é um trecho de redação escolar que não obedece às modificações propostas pelo Novo Acordo Ortográfico, além de cometer outros erros ortográficos já condenados no Acordo anterior.

As palavras que mostram desobediência ao Novo Acordo são:

Alternativas
Q981321 Português

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.


O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.

Alternativas
Q976069 Português

 Texto III



Em relação à classe de palavras, assinale a alternativa em que a ausência do acento no vocábulo faça com que ocorra uma mudança de classe de palavra nos dois termos.
Alternativas
Q975795 Português
Para responder a questão, leia o texto a seguir.

Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?
Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre aqueles que estão sendo julgados. A balança indica equilíbrio e ponderação na hora de pesar, lado a lado, os argumentos [contra os acusados e a favor deles]. A espada é um sinal de força. “A arma implica que a Justiça não pede aos que estão brigando que aceitem sua decisão. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentará um dos dois lados em conflito”, diz o advogado Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Público da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A Justiça é associada a figuras femininas desde a antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra “magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão. Na Grécia, o papel cabia a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
Para completar, a balança e a espada também são instrumentos de São Miguel, o arcanjo justiceiro, que, apesar de já fazer parte da tradição judaica, passou a ser retratado assim nos primeiros séculos do cristianismo.
(Adaptado de https://super.abril.com.br/)
As palavras “Pontifícia” e “Católica” aparecem corretamente acentuadas no texto. Sobre o que elas demonstram, enquanto exemplos, a respeito das regras de acentuação gráfica do português brasileiro, assinale a análise correta.
Alternativas
Q975785 Português
Para responder a questão, leia o texto abaixo.

Senado argentino aprova orçamento de 2019 com medidas de austeridade exigidas pelo FMI

Orçamento aprovado prevê corte de gastos de cerca de US$ 10 bilhões para tentar reequilibrar as contas públicas. 

O Senado da Argentina aprovou o orçamento para 2019 com uma série de cortes de gastos e medidas de austeridade exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para assegurar a liberação de empréstimos no valor de US$ 56 bilhões.
A votação terminou com 45 votos a favor, 24 contra e uma abstenção, e terminou na madrugada depois de mais de 12 horas de debate.
A aprovação representa uma vitória para o governo do presidente Mauricio Macri, que visa a reeleição em 2019, e negociou a ampliação do socorro financeiro do FMI, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário. 
O orçamento que vai valer em 2019 inclui cortes de gastos de cerca de 400 bilhões de pesos (cerca de US$ 10 bilhões) em relação ao ano anterior para reduzir o déficit fiscal primário a zero. Esse índice foi de 3,9% do PIB em 2017 e é projetado em 2,7% em 2018.
Essa meta de equilíbrio fiscal primário seria alcançada com uma redução nas despesas equivalente a 1,5% do PIB e um aumento na receita de cerca de 1,2% do PIB. Com os cortes, haverá redução de verbas para gastos [com] saúde, educação, pesquisa, transportes, obras públicas e cultura, entre outros.
[...]
"Embora o FMI e as autoridades confiem no início de uma reativação gradual a partir do segundo trimestre de 2019, no melhor dos casos haverá sinais de uma recuperação significativa na atividade e no emprego no segundo semestre. Mas, no curto prazo, o programa fiscal tem um efeito inegável de contração sobre a demanda agregada, a atividade econômica e o emprego", disse à agência AFP o economista Héctor Rubini, da Universidade do Salvador, em Buenos Aires.
[...]
Entenda a crise
A crise monetária que atinge o país acelerou o aumento dos preços e, desde janeiro, o peso registrou desvalorização de 50% em relação ao dólar, estimulando a inflação.
O país conseguiu um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI em junho, dos quais já recebeu US$ 15 bilhões, mas Buenos Aires precisou voltar ao organismo para obter apoio adicional com desembolsos mais rápido, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário de uma previsão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
No final de outubro, a direção do FMI aprovou um pacote total de US$ 56,3 bilhões para a Argentina com o objetivo de ajudar a estabilizar a economia do país.
(Adaptado de g1.globo.com)


A palavra “austeridade”, que aparece no título do texto, é um substantivo ligado ao adjetivo “austero”. Esta palavra trissílaba, por sua vez, tem uma tonicidade que a leva a:
Alternativas
Q970649 Português

Boeing eleva projeções de resultado, ações disparam

Por AnkitAjmera e Eric M. Johnson


BANGALORE/SEATTLE (Reuters) - A Boeing elevou nesta quarta-feira as projeções de lucro e fluxo de caixa para 2019, o que fazia as ações da empresa subirem mais de 6 por cento, em meio a um boom nas viagens aéreas e produção mais acelerada do modelo 737.

A companhia norte-americana, que está comprando o controle da divisão de jatos comerciais da Embraer, afirmou que espera entregar entre 895 e 905 aeronaves em 2019, ante 806 despachadas no ano passado.

Os investidores acompanham de perto o número de aviões entregues para terem indicações sobre fluxo de caixa e receita da companhia.


Considerando as regras de acentuação gráfica, podemos afirmar que:

Alternativas
Q970590 Português

     "O certo a ser feito": as marcas do utilitarismo no nosso dia-a-dia

                               Por Carlos Henrique Cardoso


      Ultimamente tenho analisado e refletido sobre a situação política do país e sua judicialização. E enxergo muito dos princípios do utilitarismo instaurados nos desejos de boa parte dos cidadãos. Enxergo o que? Como assim?

      O utilitarismo é uma teoria social desenvolvida pelo jurista, economista, e filósofo Jeremy Bentham, lá pelos fins do século XVIII e início do XIX. Essa teoria também foi objeto de estudo do filósofo John Stuart Mill. Tem como princípio a busca do prazer e da felicidade, mas também satisfazer os indivíduos na coletividade, almejando benefícios, onde as leis seriam socialmente úteis e as escolhas mais corretas. Alguns testes e dinâmicas de grupo também utilizam conceitos de base utilitarista, pautadas nas melhores escolhas para cada situação posta com a finalidade de encontrarmos um bem comum a todos.

      Um exemplo. No único hospital de uma pequena cidade, há apenas uma máquina de hemodiálise e quatro doentes renais. As características sociais, econômicas, profissionais, familiares, e pessoais de cada um são apresentadas e faz-se a pergunta: qual deles merece ser salvo para que possa utilizar o equipamento? Após um pequeno debate, chega-se à conclusão e as razões para que aquele felizardo seja o escolhido. Ou seja, o intuito é tomar decisões para obter o melhor resultado para todos.

      O utilitarismo pode ser transposto para o nosso cotidiano e sua doutrina ética pode estar incrustada em vários fatos e decisões. Sua aplicação pode ser considerável diante de fatores que venham a ocorrer e se tornar aceitável para diversos setores sociais.

      Digamos que comecem a aparecer pessoas feridas por rajadas de metralhadora nas ruas de um município e que muitos testemunharam um homem portando essa arma por aí. As autoridades partem a sua busca, mas não o encontram em lugar nenhum. E novas pessoas são baleadas. Com o rumo das investigações, familiares do suspeito são localizados. Como não informam seu paradeiro, os policiais passam a torturar seus pais, irmãos, e outros parentes a fim de obterem respostas ou pistas para sua descoberta. Dias depois, o “louco da metralhadora” é encontrado. A tortura é proibida por lei, mas sua utilização foi justificada pelo bem-estar público, ou seja, “o certo a ser feito”. Um cálculo que foi interpretado como moralmente aceitável por muitos que consideram aquela postura adequada para que mais ninguém fosse alvejado. Mesmo que jamais fosse preciso tomar tal atitude para um crime ser desvendado. Um princípio utilitarista.

      E assim observo muitas atitudes manifestadas por seguimentos de nossa população. Na véspera da decisão do Supremo Tribunal Federal em conceder ou não o Habeas Corpus para o ex-presidente Lula, grupos pediam que o STF não concedesse o HC porque Lula “tinha que ser preso”, pois já havia sido condenado. Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a virtude da lei. O que imperava era a vontade popular, o desejo de ver alguém que aprenderam a detestar, encarcerado. Importava menos o previsto em lei e mais “a voz das ruas”.

      Declarações de ministros e ex-ministros do STF engrossaram os manifestos. “Temos que ouvir a voz das ruas”, “o sentimento social”, e “o clamor popular” foram termos utilizados pelos ocupantes da Suprema Corte. Apesar das decisões judiciais não serem pautadas, obviamente, pelas vontades do povo profissionais que interpretam as leis não podem estimular aproximações demasiadas entre “as ruas” e os juízes, como termômetro a medir algum “choque térmico” entre a conclusão dos processos e os anseios sociais amparados pelas paixões e ódios. Uma linha tênue entre a lei e “o certo a ser feito”. Reflexões realizadas no calor dos acontecimentos podem influenciar atos finais moralmente justificáveis. Um receio calcado em posturas utilitaristas.

      Essas condutas são visíveis quando qualificam defensores dos Direitos Humanos – que seguem resoluções ratificadas por órgãos internacionais – como “defensores de bandidos”. Isso porque “o pessoal” dos Direitos Humanos defendem medidas previstas em leis e na Constituição Federal. Curioso que muitos dos críticos se referem aos Direitos Humanos como se fosse uma ONG, uma entidade representativa, com CNPJ, sede, funcionários (“o pessoal”) que se reúnem frequentemente em torno de uma grande mesa e passam a discutir políticas de apoio a assassinos, estupradores, e ladrões – uma espécie de “Greenpeace” voltado para meliantes. Com isso, proporcionam reflexões equivocadas sobre como devem ser tratados detentos, como a justiça deve agir com acusados de crime hediondo, ou como nossos policiais devem ser protegidos em autos de resistência ou intervenções repressoras. Tudo para alcançar o bem-estar social e “o certo a ser feito”. E a lei? Que se lasque!! Atos para que o “cidadão de bem” fique protegido das mazelas sociais e que se cumpra a vontade popular acima de qualquer artigo, parágrafo, inciso, ou decreto. Enquanto não se reestrutura o nosso defasado Código Penal, podemos bradar juntos as delicias de um Estado Utilitarista.

https://www.soteroprosa.com/inicio/author/Carlos-Henrique-Cardoso. Acessado em 28/01/2019 (Com adaptação)

Com base nos aspectos gramaticais e estilísticos presentes no período “Curioso que muitos dos críticos se referem aos Direitos Humanos como se fosse uma ONG, uma entidade representativa, com CNPJ, sede, funcionários (“o pessoal”) que se reúnem frequentemente em torno de uma grande mesa e passam a discutir políticas de apoio a assassinos, estupradores, e ladrões – uma espécie de “Greenpeace” voltado para meliantes”, julgue os itens abaixo:


I. A flexão das formas verbais "reúnem" e "passam" no plural, usadas como recursos de estilo, classificam-se como silepse de número. 

II. A forma verbal "reúnem", mesmo depois do novo acordo ortográfico, continua recebendo acento agudo de acordo com a regra dos hiatos.

III. Em "(...) políticas de apoio a assassinos, estupradores, e ladrões (...)", o termo grifado, morfologicamente, classifica-se como preposição.


Está correto o que se afirma no (nos) item (itens):

Alternativas
Q969959 Português

Com base no texto 2 e na norma padrão escrita, analise as seguintes afirmativas e assinale a alternativa correta.


I. A sílaba tônica marca a distinção dos tempos verbais nas palavras ‘conhecerão’ (linha 4) e ‘passaram’ (linha 19).

II. As palavras ‘bretão’ (linha 15) e ‘ancião’ (linha 20) são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo nasal.

III. O til é utilizado para marcar nasalidade vocálica nas palavras ‘revitalização’ (linha 8), ‘bretão’ (linha 15) e ‘ancião’ (linha 20).

Alternativas
Q968784 Português

Imagem associada para resolução da questão

Considerando as palavras do texto, é correto afirmar que exemplificam uma oxítona e uma paroxítona acentuadas graficamente os vocábulos

Alternativas
Q968251 Português

Ética para quê?


   Essa é uma boa pergunta para quem pensa que está apenas resolvendo um projeto de engenharia, conformando uma solução arquitetônica ou urdindo um plano agronômico. Nisso que chamamos ato de ofício tecnológico aplicamos conhecimento científico, modus operandi, criatividade, observância das normas técnicas e das exigências legais. E onde entra a tal da ética?

   Em geral, os dicionários definem “ética” como um sistema de julgamento de condutas humanas, apreciáveis segundo valores, notadamente os classificáveis em bem e mal. O Dicionário Houaiss traz estes conceitos:


      […] estudo das finalidades últimas, ideais e em alguns casos, transcendentes, que orientam a ação humana para o máximo de harmonia, universalidade, excelência ou perfectibilidade, o que implica a superação de paixões e desejos irrefletidos. Estudo dos fatores concretos (afetivos, sociais etc.) que determinam a conduta humana em geral, estando tal investigação voltada para a consecução de objetivos pragmáticos e utilitários, no interesse do indivíduo e da sociedade.


   Quaisquer que sejam as formas de pensar, ....... preocupação é com a conduta dirigida ........ execução de algo que seja considerado como bom ou mau. É ....... ação produzindo resultados. Resultados sujeitos ....... juízo de valores. Somos dotados de uma capacidade racional de optar, de escolher, de seguir esta ou aquela via. Temos o livre-arbítrio. Somos juízes prévios de nós mesmos.

  Vejamos rapidamente uma metáfora para ....... melhor compreensão deste diferencial de consciência existente entre dois agentes de transformação do meio: a minhoca e o homem. É indubitável que as minhocas agem sobre o meio transformando-o. Reconhecem solos, fazem túneis, condicionam o ar de seus ninhos, constroem abrigos para seus ovos, preveem tempestades e sismos, convertem matéria orgânica em alimento e adubam o caminho por onde passam. São dispositivos sensores sofisticados e admiráveis máquinas de cavar. Tudo isso também é possível de realização pelo homem tecnológico. Fazemos abrigos, meios de transporte, manejamos o solo, produzimos alimento, modelamos matéria e energia, prospectamos e controlamos as coisas ao nosso redor. A diferença é que a minhoca faz isso por instinto e nós profissionais o fazemos por vontade, por arbítrio. A minhoca tem em sua natureza o impulso de agir assim. Nós outros, humanos, o fazemos para acrescentar algo de melhor em nossa condição. A minhoca é um ser natural. Nós somos seres éticos. Para as minhocas não há nem bem nem mal. Apenas seguem seu curso natural. Então, para que ética? Para fazermos exatamente aquilo que fazemos, porém bem feito e para o bem de alguém. Isso não é o bastante, mas já é um bom começo. Um pouco também para nos diferenciarmos das minhocas na nossa faina comum de mudar o mundo.

PUSCH. J. Ética e cultura profissional do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo. Disponível em:<http://www.crea-pr.org.br/ws/wp-content/uploads/2016/12/caderno08.pdf[Adaptado]

Considere as afirmativas a seguir, em relação ao texto.


1. A sequência seguinte completa corretamente, nessa ordem, os espaços deixados no texto: a – à – a – à – a.

2. Em cada uma das frases “Ética para quê?” (título) e “Então, para que ética?” (último parágrafo), o acento circunflexo no vocábulo “que” é opcional, de acordo com as regras de acentuação gráfica do português.

3. Todas as palavras seguintes seguem a mesma regra de acentuação gráfica: arquitetônica, agronômico, tecnológico, científico, ética, últimas.

4. O sinal de dois-pontos (na primeira frase do último parágrafo) é usado para anunciar um detalhamento de uma informação precedente.

5. Em “Nós somos seres éticos” (último parágrafo), o predicado é nominal e “seres éticos” é predicativo do sujeito “nós”.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2019 - TJ-SP - Contador Judiciário |
Q967833 Português

                                       Mundo arriscado


      O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno. Dúvidas sobre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta nos EUA, riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países emergentes são apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.

      Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades domésticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que investidores hoje aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.

      As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O Fundo Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto percentual – 3,7% em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os principais motores regionais.

      Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se decepções nos dois últimos casos.

      Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5% neste ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento centrada na Itália e seu governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já endividado em excesso.

      Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a proposta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o selo de bom pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam.

      Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar decisões difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento.

      O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo americano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões em vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.

      Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já leva parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019.

      A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e, portanto, espaço para uma retomada mais forte.

                                            (Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado)

A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3° parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4° parágrafo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5° parágrafo), estão corretamente escritos, em conformidade com a ortografia oficial, os termos:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2019 - TJ-SP - Enfermeiro Judiciário |
Q967739 Português

Tempo incerto

            Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.

            Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a opinião dos escribas?

            Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiamos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!

            Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás da orelha!

            Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo o resto da massa humana. E não só pensam, como também pensam que pensam! E além de pensarem que pensam, pensam que têm razão! E cada um é o detentor exclusivo da razão!

            Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia pelo mundo, glorioso e imune.

(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os termos estão acentuados, correta e respectivamente, a exemplo das palavras do texto: dúvida, abundância e também.
Alternativas
Q967541 Português
Assinale a alternativa em que a acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q967235 Português

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


Os vocábulos “ciúme”, “atribuída” e “reúne” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

Alternativas
Q967170 Português

                                    A legião on-line


Um dos temas de “O Romance Luminoso”, a obra póstuma e incrivelmente contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso. Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.

      É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama; checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma legião.

      Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: “O mundo do computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda os pobres”.

      E conclui: “A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu, e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas”. Isso nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.

      Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a abjeção diagnosticada por Levrero.

      Que tal passar mais tempo off-line?

           (Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)

*Abjeto: de abjeção → ato, estado ou condição que revela alto grau de torpeza, degradação.

Na frase “… a obra póstuma e incrivelmente contemporânea…”, os termos destacados recebem acentuação gráfica em conformidade com as mesmas regras observadas para acentuação, respectivamente, dos seguintes termos:
Alternativas
Q965002 Português
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados corretamente:
Alternativas
Q964774 Português

Acerca das regras de acentuação gráfica aplicadas a palavras do texto de referência, avalie cada uma das cinco sentenças seguintes como (V) VERDADEIRA ou (F) FALSA.


I – ( ) No terceiro e no quarto parágrafos, faz-se uso do vocábulo “têm”, que se refere nos dois casos a sujeitos cujos núcleos estão no plural. Flexionando os respectivos núcleos para o singular, o acento diferencial circunflexo deve mudar para agudo, grafando-se “tém”.

II – ( ) É aplicável a mesma justificativa para se acentuar as palavras “raízes”, “artífices” e “país”.

III – ( ) As palavras “áreas”, “ciência” e “missão” recebem acento gráfico por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

IV – ( ) As palavras “histórico”, “emblemático”, “agrotécnicas” e “tecnológica” recebem acento gráfico por serem proparoxítonas.

V – ( ) Substituir “sairá” por “saíra” implicaria em alterações significativas na compreensão do enunciado, dentre elas a mudança do tempo verbal do futuro do presente para o pretérito maisque-perfeito, ambos do modo indicativo.


Na ordem respectiva dos itens I, II, III, IV e V, está CORRETA a sequência:

Alternativas
Respostas
741: A
742: A
743: E
744: C
745: E
746: E
747: B
748: D
749: C
750: E
751: B
752: C
753: E
754: C
755: D
756: E
757: C
758: C
759: C
760: E