Questões de Concurso Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português

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Q1946468 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Especialistas deveriam se impor pela competência,
não pelo lobby*

    Nesta semana eu quase recobrei minha fé na humanidade.
   Com a retomada das aulas presenciais, perguntei a meu filho David, que cursa duas faculdades, como ele faria com a educação física. O menino me olhou como se eu viesse de Saturno e me explicou, para minha surpresa, que a educação física não é mais disciplina obrigatória no ensino superior. Ao contrário do que acontecia no meu tempo, a molecada não precisa mais submeter-se às aulas de Educação Física para obter seu diploma.
   Não me entendam mal. Sou um entusiasta da atividade física. Há mais de 20 anos corro quase que diariamente. E recomendo a todos que se mexam, se possível sob a orientação de um profissional. Mas sou veementemente contrário ao hábito corporativista, tão disseminado por aqui, de sequestrar o poder do Estado para criar reservas de mercado.
   Acredito em ciência e estudo. Vale a pena procurar um especialista. Mas fazê-lo deve ser uma escolha, não uma obrigatoriedade. Numa sociedade funcional, você recorre aos serviços de um profissional, seja o educador físico, o advogado ou qualquer outro, porque ele oferece um saber e uma experiência que lhe interessam, não porque a lei o obriga a fazê-lo. Em outras palavras, os especialistas deveriam se impor por sua competência, não por seus lobbies.
   O leitor atento deve ter percebido que enfiei um “quase” ali no começo do texto. Embora tenha ficado feliz ao descobrir que a educação física não é mais requisito para um diploma universitário, ao investigar melhor como isso aconteceu, fiquei com a impressão de que a desobrigatoriedade não veio porque legisladores e conselheiros ficaram mais sábios, mas porque o lobby dos donos de faculdade é mais forte que o dos professores de educação física.


*Lobby: atividade de pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos, que visa exercer sobre estes qualquer influência ao seu alcance.


(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2022/03/especialistas-deveriam-se-impor-pelacompetencia-nao-pelo-lobby.shtml. 18.03.2022. Adaptado)
São todas acentuadas em atendimento à mesma regra de acentuação gráfica as seguintes palavras extraídas do texto: 
Alternativas
Q1946279 Português

O câncer se esconde por trás de doenças mentais 

     Já se sabia que portadores de __________, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e afins apresentam maior risco de morrer de câncer. Pois uma revisão de estudos da Universidade de Pádua, na Itália, traz um motivo para isso: há menor ________ a exames nessa turma.

      Com base nos hábitos de 4.717.839 pessoas, os cientistas descobriram que mulheres com algum transtorno mental são 35% menos propensas a realizar mamografias, enquanto os homens teriam uma chance 22% menor de submeter a própria próstata a check-ups.

      “O problema psiquiátrico pode dominar o cotidiano e tirar o foco de outras condições de saúde”, interpreta o oncologista Ricardo Marques, da Rede D’Or, em São Paulo. Fora que, às vezes, esses indivíduos não se dão bem com as máquinas que fazem o rastreamento de tumores e não entendem a necessidade de estarem ali. 
(Fonte: Abril - adaptado.) 
Assinalar a alternativa que apresenta apenas palavras acentuadas CORRETAMENTE: 
Alternativas
Q1946266 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.


Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina

Duas ossadas da maior espécie de pterossauro já encontrada na América do Sul, intitulada 'Thanatosdrakon amaru' ou, em grego, "dragão da morte", foram descobertas na província de Mendoza, na Argentina. Os fósseis de dois pterossauros da família 'azhdarchids', que viveram no período Cretáceo, entre 46 milhões e 66 milhões de anos atrás, foram desenterrados durante as obras para realização de um projeto de construção civil na região da formação geológica de Plottier.

Os pterossauros eram répteis voadores do período Mesozoico, e as ossadas encontradas são de animais que mediam cerca de 7 e 9 metros de comprimento. De acordo com o estudo publicado na revista Cretaceous Research, os fósseis estavam em estados diferentes de conservação; um deles completo com ossos dos braços, pés e vértebras dorsais, e outro com apenas fragmentos dos dedos do pé, pelve, fêmur e antebraço.

"Os azhdarchids eram conhecidos por seus crânios muito grandes - às vezes, maiores que seus corpos - bem como seus pescoços hiperalongados e corpos curtos e robustos", contou Leonardo D. Ortiz David, principal autor do estudo. Os paleontólogos envolvidos na expedição concluíram que os dois dragões da morte morreram juntos há cerca de 86 milhões de anos, e um deles era mais jovem que o outro, mas não é possível concluir se pertenciam à mesma família.

"Desde o início, dois fatos nos chamaram a atenção: o primeiro foi o tamanho dos restos mortais e sua preservação em três dimensões, uma condição incomum nesse grupo de vertebrados; o segundo foi a quantidade de ossos encontrados no local, já que pterossauros gigantes são conhecidos apenas de restos fragmentários", comentou David. As ossadas foram enviadas para o Laboratório e Museu de Dinossauros da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, onde moldes dos ossos foram produzidos para serem colocados em exposição, preservando os fósseis descobertos.

(Disponível em: Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina (msn.com). Adaptado.)
Já os fósseis da espécie encontrada na América do Sul, foram descobertas na província de Mendoza.
Assinale a opção CORRETA (obs.: atente-se para as regras vigentes brasileiras, e não portuguesas).
Alternativas
Q1945890 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan entra na reta final de estudos clínicos


Assinale a alternativa em que ambas as palavras sejam paroxítonas. 
Alternativas
Q1945882 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan entra na reta final de estudos clínicos


Sobre as seguintes palavras retiradas do texto, analise as seguintes assertivas:
I. “vírus” (l. 6) e “clínicos” (l. 06) são classificadas como paroxítonas.
II. A palavra “células” (l. 17) é acentuada por ser proparoxítona.
III. A palavra “pó” (l. 20) é acentuada por ser um monossílabo tônico terminado em “o”.
Quais estão corretas? 
Alternativas
Q1945801 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Assinale a alternativa em que as palavras extraídas do texto são acentuadas graficamente pela mesma regra.
Alternativas
Q1945660 Português
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra com a mesma regra de sílaba tônica que o termo em destaque no trecho “(...) como as crianças que fomos trocavam gibis na porta do cinema (...)”.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2022 - PC-SP - Escrivão de Polícia |
Q1945428 Português
Leia o texto, para responder à questão.

   Dizer não com clareza é uma das primeiras habilidades adquiridas pelos seres humanos. No início da vida, muito antes de aprenderem a falar, os bebês já são capazes de deixar claro que estão descontentes com a temperatura da água do banho, ou que já saciaram a fome e não querem mais mamar. Nada disso, no entanto, impede que, quando cresçam, muitas pessoas sejam incapazes de negar um pedido, não importa de onde venha. A maioria, pelo jeito: estudo conduzido pelo departamento de psicologia comportamental da prestigiada Universidade Cornell, nos Estados Unidos, concluiu que as pessoas são mais afeitas a dizer sim do que não. Ao longo de quinze anos, a pesquisadora Vanessa Bohns realizou experimentos sociais com cerca de 15 000 pessoas, seguindo um mesmo roteiro: sua equipe abordava estranhos na rua e pedia que fizessem alguma coisa inesperada.
    A dificuldade de negar ajuda ou pedido tem raízes na pré- -história, quando se percebeu que as chances de sobrevivência eram maiores se as pessoas se organizassem em bandos e colaborassem umas com as outras do que se vagassem sozinhas por ambientes inóspitos e cheios de perigo. “Agindo em conjunto, a humanidade se mostrou capaz de obter ganhos para sua sobrevivência. Por isso, se uma pessoa lhe pede um favor, a reação natural é colaborar com ela”, explica Ariovaldo Silva Júnior, neurocientista da UFMG. Nos tempos modernos, esse condicionamento virou, em algumas pessoas, motivo de enorme angústia, sintoma de um distúrbio conhecido como ansiedade de insinuação. O problema se manifesta cada vez que o indivíduo se vê, de alguma forma, forçado a fazer algo que não quer, apenas para não se sentir rejeitado pelos pares. Albert Einstein, um dos mais brilhantes angustiados, escreveu: “Toda vez que diz sim querendo dizer não, morre um pedaço de você”.

(Matheus Deccache e Ricardo Ferraz, Palavrinha difícil. Veja, 23.02.2022. Adaptado)
Observe a acentuação das palavras início, bebês, raízes, inóspitos, e assinale a alternativa que apresenta, pela ordem, as palavras acentuadas segundo as mesmas regras de acentuação dessas.
Alternativas
Q1945163 Português
Uma notação léxica NÃO é encontrada na palavra: 
Alternativas
Q1944596 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Assinale a alternativa em que a palavra destacada seja uma paroxítona. 
Alternativas
Q1944595 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Assinale a alternativa que a apresenta uma palavra com a mesma regra de acentuação gráfica que o vocábulo “últimos” na linha 14.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: CRC-RO Prova: IBADE - 2022 - CRC-RO - Contador |
Q1944475 Português

Leia o texto a seguir:


[...] Negro, nascido em um bairro pobre da periferia de Salvador, acredita que a cor da pele não pode continuar a ser parâmetro de pobreza e riqueza no Brasil. Baseado em dados do IBGE, Rodrigues diz que a população negra brasileira, de 70 milhões de pessoas, é a segunda maior do planeta, inferior apenas à da Nigéria. [...]

(Ernesto Bernardes. Veja, ed. 1291)


Considerando a indicação da crase no trecho “é a segunda maior do planeta, inferior apenas à da Nigéria.”, marque a alternativa que avalia o uso desse procedimento sintático de maneira pertinente.

Alternativas
Q1943189 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto está citado na questão.



Assinale a alternativa que indica palavra que, caso fosse suprimido o acento gráfico, formaria palavra existente em Língua Portuguesa.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: Ibest Órgão: CORE-MA Prova: Ibest - 2022 - CORE-MA - Fiscal |
Q1942989 Português

Texto para a questão.


O politicamente correto como ferramenta de controle


Internet: <https://www.mises.org.br> (com adaptações).

São acentuados graficamente, de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica, os vocábulos 
Alternativas
Q1942750 Português
Assinale a alternativa em que a palavra deve receber o acento circunflexo, de forma correta:
Alternativas
Q1942225 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Cientistas descobrem espécie de tartaruga-gigante que acreditavam estar extinta há mais de 100 anos

Cientistas confirmaram a existência de uma tartaruga-gigante, espécie que acreditavam estar em extinção há 116 anos. Na ilha Fernandina, em Galápagos, foi descoberta uma fêmea, que recebeu o nome de Fernanda, em homenagem à ilha em que um exemplar da espécie foi encontrado pela última vez.

Avistaram Fernanda pela primeira vez em 2019, mas somente agora os especialistas confirmaram que se tratava de uma tartaruga-gigante ou tartaruga-gigante-fantástica (Chelonoidis phantasticus). Os cientistas sequenciaram o DNA de Fernanda e o de uma tartaruga que estava em um museu, sendo possível fazer uma comparação com outras 13 tartarugas-gigantes.

Os especialistas descobriram que as duas tartarugas são da mesma espécie e diferentes geneticamente de todas as outras. "Por muitos anos, pensou-se que o espécime original coletado em 1906 havia sido transplantado para a ilha, pois era o único de seu tipo. Agora, parece ser um dos poucos que estava vivo há um século", diz Peter Grant, o professor da Universidade de Princeton, ao jornal britânico The Mirror. Ele estuda a evolução das espécies nas Ilhas Galápagos há mais de 40 anos.

Quando Fernanda foi descoberta, muitos ecologistas duvidaram que ela fosse mesmo da espécie de tartaruga nativa da ilha, já que não possui um casco em um formato que lembra uma sela. Os cientistas estimam que a tartaruga tenha muito mais do que 50 anos e explicam que o fato de ser miúda pode ser devido à escassez de vegetação durante seu crescimento.

As tartarugas não podem nadar de uma ilha para outra, mas podem ser transportadas de uma ilha de Galápagos para outra durante furacões ou outras grandes tempestades. Registros históricos também mostram que marinheiros levavam tartarugas de uma ilha para outra. "A descoberta de um espécime vivo dá esperança e também abre novas questões, pois muitos mistérios ainda permanecem", diz a professora Adalgisa Caccone, da Universidade de Yale, nos EUA, autora sênior do estudo.

(Disponível em: Cientistas descobrem espécie de tartaruga-gigante que acreditavam estar extinta há mais de 100 anos; animal foi nomeada "Fernanda" (msn.com).Adaptado.)
Cientistas confirmaram a existência de uma espécie em extinção há 116 anos. Em Galápagos, foi descoberta uma fêmea, que recebeu o nome em homenagem à ilha em que um exemplar da espécie foi encontrado pela última vez.
Assinale a opção CORRETA. 
Alternativas
Q1941900 Português

Texto I


Texto para a questão.



Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha recebido acento gráfico seguindo regra DISTINTA da de álcool (linha 12).
Alternativas
Q1941786 Português

Texto para o item.



Julgue o item, referente a aspectos linguísticos do texto. 


Os vocábulos “Constituía” (linha 10), “ruínas” (linha 11) e “construídos” (linha 15) são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 

Alternativas
Q1941743 Português
Texto I

NFTs em luxo e arte digital: até onde podem ir?

O mercado de arte vive um dos seus momentos mais atípicos, mas também um dos mais esperados e evidentes, onde todo o seu potencial especulativo atendeu plenamente às possibilidades do ecossistema digital. Estamos diante de um ponto de virada ou é apenas mais um grito desesperado do capitalismo?

         Um dos principais pilares sobre os quais uma obra de arte ainda repousa e é cobiçada é, além de seu valor e importância dentro de seu contexto e discurso, o significado único que ela possui, ou seja, tudo o que pode fazer uma peça diferente das demais. No entanto, ao longo dos anos, esse elemento foi sendo ampliado, reconfigurado e também desfigurado para especular nos mercados sobre o possível valor, ou ausência de, em uma peça, instalação, arte-objeto e, recentemente, arte digital.

          No ritmo voraz do mercado e das últimas tendências digitais, e mesmo que boa parte da população não conheça bem termos como tokens não fungíveis ou cadeias de blockchain, a tendência NFT se acelerou de forma impensável durante os últimos dois anos, atingindo a arte e os seus mercados.

       Entre os problemas e especulações cada vez mais frequentes sobre pagamentos justos, royalties e detalhes contratuais, o blockchain é projetado como uma ferramenta poderosa e potencial para desenvolver e eliminar intermediários complicados em diferentes indústrias, incluindo luxo, começando pela resolução de conflitos associados a pagamentos e até mesmo para alcançar um maior envolvimento por parte de criadores, produtores e artistas com seus públicos ou consumidores finais. E, embora nem todas as vozes envolvidas sejam a favor dos NFTs, esse instrumento digital demonstrou um poder além de mais uma moda caprichosa dos grandes empórios do mercado.

        Os chamados non-fungible-tokens ou NFTs nada mais são do que tokens criados em um Blockchain específico que possuem conteúdo único e irrepetível (vamos imaginar uma fotografia digital que não pode ser compartilhada, replicada, capturada em tela ou algo do tipo). Essa possibilidade pode ser uma obra de arte, um item ou peça colecionável, poderes em um jogo, a escritura de uma casa real ou praticamente qualquer outra coisa que possamos imaginar.

           Estando hospedados em Blockchains, como as criptomoedas Binance Smart Chain, Bitcoin ou Ethereum, esses tokens não podem ser duplicados ou falsificados, portanto, nossa compra pode ser garantida no que diz respeito ao original.
           E enquanto o experimento era promissor, curioso e fascinante há dois anos, em julho de 2021 alarmou os analistas financeiros, quando durante um leilão na famosa casa de leilões Christie's, remotamente, sem a já icônica cena de uma sala lotada e o golpe final do martelo, um lote de colagens de imagens digitais intitulado Every Day: The First 5,000 Days, arrecadou US$ 69 milhões, pago em equivalente Etherum.

         Foi o mesmo autor da peça, Beeple, que descreveu os NFTs como uma potencial bolha especulativa, pois, assim que trocou seus Ethers por dólares, se surpreendeu com a volatilidade: “Não sou nem remotamente um purista de criptomoedas”, assegurou o artista digital. (...)

      Recentemente, a casa de moda italiana Dolce & Gabbana lançou uma venda NFT muito lucrativa, Collezione Genesi, que arrecadou mais de seis milhões de dólares em um modelo híbrido físico/NFT, composto por nove peças, unindo o aspecto físico da moda e os aspectos metafísicos da NFTs. O que as partes interessadas “realmente” compram? O item físico e o NFT juntos. (...)

         Uma das vozes críticas no âmbito e possíveis cenários em torno da arte e dos NFTs tem sido o músico, produtor e criador de música ambiente britânico, Brian Eno , que vislumbra “um mundo inundado de especuladores e dinheiro fácil, porque os governos mundiais, relutantes em fazer verdadeiras mudanças estruturais que colocam em risco o status quo, decidiram que a solução para qualquer problema é imprimir mais dinheiro. Essa é provavelmente a razão pela qual o mercado de ações dispara quando ocorre uma emergência como a covid, porque os especuladores sabem que uma nova emergência significa mais dinheiro e que muito disso acabará em suas mãos.

        Do primeiro tweet da história, ao meme do gato voador, passando pelas capas icônicas da Time, ou o primeiro álbum do NFT, alguns analistas veem a chegada desse instrumento intangível como o prelúdio da reimaginação do dinheiro, onde os campos semânticos ainda incipientes ao redor o metaverso e as criptomoedas definirão o curso das coisas. (...)

Ricardo Pineda
Disponível em https://elpais.com/america/sociedad/reinterpretar-el-lujo/2022-03-18/nfts-en-el-lujo-y-el-arte-digital-hasta-donde-puedenllegar.html

“Um dos principais pilares sobre os quais uma obra de arte ainda repousa e é cobiçada é, além de seu valor e importância dentro de seu contexto e discurso, o significado único que ela possui...”. Sobre a acentuação das palavras em negrito, é correto afirmar que 


I. “Importância” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo crescente.


II. “Além” recebe acento por se tratar de uma paroxítona terminada em “em”.


III. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo que “inóspito”.


IV. “Único” recebe acento pelo mesmo motivo que “álbum”.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CREMERO Prova: Quadrix - 2022 - CREMERO - Controle Interno |
Q1941501 Português

Texto para o item.


A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


As formas verbais “pôs” (linha 1) e “vêm” (linha 28) são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 

Alternativas
Respostas
1981: A
1982: B
1983: D
1984: B
1985: D
1986: C
1987: E
1988: B
1989: B
1990: D
1991: A
1992: B
1993: C
1994: C
1995: D
1996: A
1997: B
1998: C
1999: D
2000: E