Questões de Concurso
Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português
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É muito importante a prática de exercícios físicos regularmente, aliada a uma alimentação saudável, o que previne o sobrepeso e a obesidade, além de trazer benefícios para saúde mental e emocional.
As pessoas fisicamente ativas são profissionalmente mais produtivas, e desenvolvem maior resistência a doenças. Para ter uma vida saudável, associe sempre uma alimentação equilibrada, com o consumo de água e a prática de atividades físicas regularmente. Assegurando, assim, o aumento da imunidade, o peso ideal e a prevenção de doenças.
Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br. Acesso outubro de 2013 (texto adaptado)
Tente imaginar esta cena: homens, animais e florestas convivendo em harmonia. Os homens retiram das plantas apenas os frutos necessários e cuidam para que elas continuem frutificando; não matam animais sem motivo, não sujam as águas de seus rios e não enchem de fumaça seu ar. Em outras palavras: as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as influências que uns exercem sobre os outros, estão em equilíbrio. (...)
Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das florestas, mas também evitar uma de suas piores consequências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies animais. Apesar de nossa fauna ser muito variada, a lista oficial das espécies que estão desaparecendo já chega a 86 (dentre elas, a anta, a onça, o mico-leão, a ema e o papagaio).
E a extinção desses animais acabará provocando o desequilíbrio do meio ambiente, pois o desaparecimento de um deles faz sempre com que aumente a população de outros. Por exemplo: o aumento do número de piranhas nos rios brasileiros é consequência do extermínio de seus três inimigos naturais – o dourado, a ariranha e o jacaré.
(Nosso Brasil, 2002)
Pesquisa com ratos foi feita por cientistas do Instituto Butantã.
Genes podem ajudar a prevenir doença inflamatória.
Os genes vinculados à artrite reumatoide, uma doença inflamatória crônica e autoimune que afeta principalmente as articulações, foram identificados por cientistas do Instituto Butantã, em São Paulo.
“ A identificação de genes suscetíveis oferece várias opções de ação. Podemos tentar regular seu funcionamento com remédios ou por meio de técnicas de genética molecular para tentar reduzir a severidade da artrite”, explicou Marcelo De Franco, pesquisador do Instituto Butantã e coordenador do projeto.
“Os genes também podem servir como marcadores genéticos para prever a doença e orientar o tratamento”, acrescentou o pesquisador em declarações citadas em comunicado da Fapesp.
Os resultados da pesquisa foram destacados na última edição da revista científica internacional ‘PLoS One’.
Segundo os pesquisadores, nos ratos que possuem os genes identificados, ou seja, geneticamente predispostos a desenvolver artrite, o próprio sistema imunológico ataca as membranas sinoviais, que protegem as articulações.
“Ninguém sabe exatamente como se desenvolve o processo da artrite, mas sabemos que há pessoas mais suscetíveis. O que tentamos descobrir com o modelo experimental em ratos foram os fatores genéticos que conferem essa predisposição”, segundo De Franco.
O pesquisador explicou que, apesar de humanos e ratos terem números de cromossomos diferentes, a ciência já conhece as regiões cromossômicas de cada espécie em que é possível fazer um paralelo.
“O próximo passo é investigar melhor a interação entre esses genes; descobrir exatamente como eles regulam a resposta inflamatória e começar a validar os descobrimentos em modelos humanos”, acrescentou.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/04.
Um grupo de pesquisadores brasileiros identificou em experimentos com ratos de laboratório um conjunto de genes que fazem com que seu portador seja suscetível ao desenvolvimento de artrite reumatoide.
( ) O verbo “identificar” poderia ser flexionado no plural, sem prejuízo gramatical, ficando da seguinte maneira: “Um grupo de pesquisadores brasileiros identificaram em experimentos...”.
( ) O verbo “fazer” poderia ser flexionado no singular, sem prejuízo gramatical, ficando da seguinte maneira: “...um conjunto de genes que faz com que seu portador...”.
( ) A palavra “laboratório” é acentuada obedecendo à mesma regra da palavra “suscetível”.
Concha Acústica
1 Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília - MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada4 por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre.
7 Foi o primeiro grande palco da cidade.
Acesso em: 21/3/2014, com adaptações.
• transição de um país predominantemente rural para o patamar atual onde aproximadamente 80% da população passa a residir em áreas urbanas;
• triplicação da população ao longo deste mesmo período;
• crescimento da frota de veículos, a partir do desenvolvimento industrial com foco na indústria automobilística.
A consideração da inter-relação existente entre cidades sustentáveis, redes de transporte de qualidade, eficiência energética, respeito ao meio ambiente e renda da população, impõe-se como questão indiscutível, exigindo atuação e colaboração entre os diferentes setores de governo e ação integrada nos três níveis de poder, sob pena de não alcançar a desejada inclusão social com qualidade de vida nas cidades.
A experiência mundial aponta para a importância dos sistemas sobre trilhos como uma solução eficiente para estruturação das redes de transporte urbano nas médias e grandes cidades. O setor metroferroviário é capaz de proporcionar impactos muito relevantes e positivos sobre os aspectos anteriormente mencionados. Ao mesmo tempo, exige vultosos investimentos para sua implantação e expansão, tornando imprescindível o apoio da União, em conjunto com os poderes locais, num planejamento mais amplo e consistente de priorização de investimentos no setor.
(Disponível em: http://www.cbtu.gov.br/estudos/evol_inst/evolucao.pdf.)
I. As palavras “rápido” e “últimas” são acentuadas em decorrência de mesma regra gramatical.
II. As palavras “décadas” e “fenômenos” são acentuadas em decorrência de diferentes regras gramaticais.
III. O plural de “indiscutível” é acentuado em decorrência de mesma regra gramatical que justifica o acento gráfico em “sustentáveis”.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s).
extremas podem matar?
O “vórtice polar” que atingiu os Estados Unidos esta semana é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento. O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país, onde escolas foram fechadas, milhares de voos cancelados e recomendado que os cidadãos, na medida do possível, não saiam de suas casas. O frio é tanto que inclusive os ursos polares e os pinguins dos zoológicos de algumas cidades como Chicago foram cobertos.
O frio registrado em boa parte dos EUA foi tão intenso que a água quente, em ponto de fervura, de um copo lançado ao ar congela quase instantaneamente, passando a se transformar automaticamente em neve. A severa frente fria afeta 140 milhões de pessoas de 26 Estados e provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos, além de cortes de luz em diversas regiões. Existe risco de hipotermia, e não é recomendado permanecer parado à intempérie durante muito tempo. Combinadas com rajadas de vento, temperaturas tão baixas são potencialmente fatais. Mais de uma dezena de mortes foram registradas, de maneira direta ou indireta, devido ao mau tempo e baixas temperaturas nos Estados Unidos.
Quando a temperatura fica abaixo dos -25ºC, a pele exposta fica congelada em questão de minutos e a hipotermia não demora a surgir. O frio intenso pode provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre. As autoridades recomendam usar manoplas ao invés de luvas, não permanecer na rua molhados e, se as circunstâncias permitirem, não ir para as ruas de modo algum. Os habitantes são convocados a permanecer em suas casas e a fazer estoques de alimentos.
Os sintomas do congelamento são a perda da sensibilidade e a palidez nos dedos, orelhas e nariz. A hipotermia se manifesta com perda de memória, desorientação, fadiga e calafrios. Neste caso, deve-se levar a vítima a um lugar coberto, fornecer bebidas quentes e depois ir ao médico. Autoridades pediram aos americanos que fiquem dentro de casa e estoquem alimentos e remédios. Especialistas alertam à população que a pele exposta a tais condições pode sofrer queimaduras em menos de cinco minutos.
Se o frio intenso pode causar queimaduras, imagine se expor a temperaturas muito quentes. Na segunda-feira, enquanto os Estados Unidos registravam temperaturas entre 11 e 22 graus abaixo da média, a temperatura chegava aos 41,1°C em Santa Rosa, cidade argentina na província de La Pampa. O país registrou a pior onda de calor em seu território no último século. A umidade relativa do ar era de apenas 9%, uma situação de emergência pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ficar em um ambiente muito quente (com temperaturas acima de 40ºC) por períodos prolongados dificulta o controle térmico do corpo e pode causar a condição conhecida como hipertermia.
Se houver exposição prolongada ao calor em excesso, é possível aparecerem sintomas como aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Sintomas mais graves, como desidratação, insolação e cãibras, estão entre os principais indícios do calor extremo no organismo, que também costuma causar náuseas, vômito e suor intenso. Aumenta ainda o risco de câncer de pele - o mais frequente na população - e há a possibilidade de ocorrer queimaduras solares que, se não tratadas, podem evoluir para um câncer de pele.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/educacao
Comecemos pela definição de território, na verdade uma redefinição. Consideremos o território como o conjunto de sistemas naturais mais os acréscimos históricos materiais impostos pelo homem. Ele seria formado pelo conjunto indissociável do substrato físico, natural ou artificial, e mais o seu uso, ou, em outras palavras, a base técnica e mais as práticas sociais, isto é, uma combinação de técnica e de política. Os acréscimos são destinados a permitir, em cada época, uma nova modernização, que é sempre seletiva. Vejam-se os exemplos das ferrovias na segunda metade do século 19 e das infovias hoje.
A partir da constituição do Estado moderno, tudo isso era considerado como base da soberania nacio- nal e da competição entre nações. O exemplo mais eloquente é o de Colbert, ministro de Luís 14, engenheiro, geógrafo, economista, estrategista e estadista, preocupado com o traçado das estradas e canais na velha França, base, ao mesmo tempo, do crescimento do país e da sua competição com os vizinhos e com a Inglaterra. O território, assim visto, constituía um dado essencial da regulação econômica e política, já que do seu manejo dependiam os volumes e os fluxos, os custos e os preços, a distribuição e o comércio, em uma palavra, a vida das empresas e o bem- estar das populações. Era por meio desses instrumentos incorporados ao território que o país criava sua unidade e funcionava como uma região do Estado. “Regio” tanto significa região quanto reger, governar.
Com a globalização, o território fica ainda mais importante, ainda que uma propaganda insidiosa teime em declarar que as fronteiras entre Estados já não funcionam e que tudo, ou quase, se desterritorializa. Na verdade, se o mundo tornou possível, com as técnicas contemporâneas, multiplicar a produtividade, somente o faz porque os lugares, conhecidos em sua realidade material e política, distinguem-se exatamente pela diferente capacidade de oferecer às empresas uma produtividade maior ou menor. É como se o chão, por meio das técnicas e das decisões políticas que incorpora, constituísse um verdadeiro depósito de fluxos de mais-valia, transferindo valor às firmas nele sediadas. A produtividade e a competitividade deixam de ser definidas devido apenas à estrutura interna de cada corporação e passam, também, a ser um atributo dos lugares. E cada lugar entra na contabilidade das empresas com diferente valor. A guerra fiscal é, na verdade, uma guerra global entre lugares.
Por isso, as maiores empresas elegem, em cada país, os pontos de seu interesse, exigindo, para que funcionem ainda melhor, o equipamento local e regional adequado e o aperfeiçoamento de suas ligações mediante elos materiais e informacionais modernos. Isso quanto às condições técnicas. Mas é também necessária uma adaptação política, mediante a adoção de normas e aportes financeiros, fiscais, trabalhistas etc. É a partir dessas alavancas que os lugares lutam entre si para atrair novos empreendimentos, os quais, entretanto, obedecem a lógicas globais que impõem aos lugares e países uma nova medida do valor, planetária e implacável. Tal uso preferencial do território por empresas globais acaba desvalorizando não apenas as áreas que ficam de fora do processo, mas também as demais empresas, excluídas das mesmas preferências.
Costumo brincar que, para conseguir ler todos os livros que me enviam, só se eu pegasse uma prisão perpétua. Pois é de estranhar que, habituada a fazer essa conexão entre isolamento e livros, tenha me passado despercebida a matéria que saiu recentemente nos jornais (da qual fui gentilmente alertada por uma leitora) de que os detentos de penitenciárias federais que se dedicarem à leitura de obras literárias, clássicas, científicas ou filosóficas poderão ter suas penas reduzidas.
A cada publicação lida, a pena será diminuída em quatro dias, de acordo com a Portaria 276 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). No total, a redução poderá chegar a 48 dias em um ano, com a leitura de até 12 livros. Para provar que leu mesmo, o detento terá que elaborar uma resenha que será analisada por uma comissão de especialistas em assistência penitenciária.
A ideia é muito boa, então, por favor , não compliquem. Não exijam resenha (eles lá sabem o que é resenha?) nem nada assim inibidor. Peçam apenas que o sujeito, em poucas linhas, descreva o que sentiu ao ler o livro, se houve identificação com algum personagem, algo simples, só para confirmar a leitura. Não ameacem o pobre coitado com palavras difíceis, ou ele preferirá ficar encarcerado para sempre.
Há presos dentro e fora das cadeias. Muitos adolescentes estão presos a maquininhas tecnológicas que facilitam sua conexão com os amigos, mas não consigo mesmo. Adultos estão presos às telenovelas e aos reality shows, quando poderiam estar investindo seu tempo em algo muito mais libertador. Milhares de pessoas acreditam que ler é difícil, ler é chato, ler dá sono, e com isso atrasam seu desenvolvimento, atrofiam suas ideias, dão de comer a seus preconceitos, sem imaginar o quanto a leitura as libertaria dessa vida estreita.
Ler civiliza.
Essa boa notícia sobre atenuação de pena é praticamente uma metáfora. Leitura = liberdade. Não é preciso ser um criminoso para estar preso. O que não falta é gente confinada na ignorância, sem saber como escrever corretamente as palavras, como se vive em outras culturas, como deixar o pensamento voar. O livro é um passaporte para um universo irrestrito. O livro é a vista panorâmica que o presídio não tem, a viagem pelo mundo que o presídio impede. O livro transporta, transcende, tira você de onde você está.
Por receber uma quantidade inquietante de livros, e sem ter onde guardá-los todos, costumo fazer doações com frequência para escolas e bibliotecas. Poucos meses atrás, doei alguns exemplares para um presídio do Rio de Janeiro, e sugiro que todas as pessoas que tenham livros servindo de enfeite em casa façam o mesmo. Que se cumpram as penas, mas que se deixe a imaginação solta.
(Martha Medeiros - publicado na revista de O Globo, em 8 de julho de 2012, página 24.)
A gripe é um bom exemplo desse fenômeno: quando chega o inverno, cerca de ¼ dos habitantes da região Sudeste do país fica gripada [...] Acontece que, durante o inverno, condições ambientais favorecem os vírus e o equilíbrio que vínhamos mantendo com eles é rompido. Daí caímos doentes. Resiste melhor à gripe quem tem melhor alimentação, melhores condições de habitação, de higiene, menos propensão ao estresse etc.
Quando o equilíbrio entre parasita e hospedeiro é comprometido, as doenças endêmicas fogem de controle e transformam-se em epidemias.
Moacyr Scliar (et al.) Saúde pública: histórias, políticas e revolta. São Paulo: Scipione, 2002, p.89.
A ortografia correta das palavras que completam essa frase é:
O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover os restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas.
Ninguém se pergunta para onde os lixeiros levam os seus carregamentos: para fora da cidade, sem dúvida; mas todos os anos a cidade se expande e os depósitos de lixo devem recuar para mais longe; a imponência dos tributos aumenta e os impostos elevam-se, estratificam-se, estendem-se por um perímetro mais amplo. Acrescente-se que, quanto mais Leônia [a cidade] se supera na arte de fabricar novos materiais, mais substancioso torna-se o lixo, resistindo ao tempo, às intempéries, à fermentação e à combustão. É uma fortaleza de rebotalhos indestrutíveis que circunda Leônia, domina-a de todos os lados como uma cadeia de montanhas.
Ítalo Calvino. “As cidades contínuas” IN: As cidades invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. Rio de Janeiro: O Globo; São Paulo: Folha de São Paulo, 2003, pp. 109 - 110.
O debate sobre a presença das chamadas armas de choque no programa “Crack, é possível vencer”, do Ministério da Justiça, precisa ser mais bem compreendido. Essa droga devastadora provoca um drama que assusta e comove a todos, e traz à tona uma triste realidade. Está ali a prova de que a família, a sociedade e a educação como um todo falharam. Hoje, além de uma questão de saúde pública, o crack virou problema de segurança pública.
Em uma ponta, estão os dependentes que precisam urgentemente de ajuda. Na outra a população que se depara diariamente com os ameaçadores zumbis nas ruas da cidade e os profissionais que vão a campo fazer o trabalho de acolhimento para encaminhá-los a tratamento.
Acontece que, muitas vezes, esses indivíduos se encontram extremamente agressivos. Como agir numa situação assim? Não fazer nada? Conter a fúria por arma de fogo? A resposta passa pelo uso proporcional da força, defendido pela ONU, no qual as tecnologias não letais têm papel central - entre elas estão as armas de choque, o spray de pimenta e a munição de borracha, entre outros.
A adoção de armas de choque nessas operações tem como objetivo dar ao agente da lei, devidamente treinado, uma ferramenta para controlar uma possível reação agressiva, reduzindo ao máximo seu risco de vida e preservando a integridade dos profissionais envolvidos na operação e dos próprios viciados.
A ideia não é distribuir choques indiscriminadamente, mas somente quando todas as etapas anteriores do uso progressivo da força, tal qual defendido pela ONU (conversa, advertência, spray de pimenta, técnicas corporais de imobilização - quando viáveis), não forem suficientes. O choque é o último grau a ser usado antes da arma de fogo.
O problema das drogas, problema no mundo todo, se agravou com o crack, que precisa ser contido de forma contundente, em nome da recuperação de uma geração de jovens que estão perdendo a luta para a droga - esta sim, letal.
Ricardo Balestreri (ex-secretário nacional de Segurança Pública)
O Globo, 02 de dezembro de 2012, 1º caderno, página 15.
O debate sobre a presença das chamadas armas de choque no programa “Crack, é possível vencer”, do Ministério da Justiça, precisa ser mais bem compreendido. Essa droga devastadora provoca um drama que assusta e comove a todos, e traz à tona uma triste realidade. Está ali a prova de que a família, a sociedade e a educação como um todo falharam. Hoje, além de uma questão de saúde pública, o crack virou problema de segurança pública.
Em uma ponta, estão os dependentes que precisam urgentemente de ajuda. Na outra a população que se depara diariamente com os ameaçadores zumbis nas ruas da cidade e os profissionais que vão a campo fazer o trabalho de acolhimento para encaminhá-los a tratamento.
Acontece que, muitas vezes, esses indivíduos se encontram extremamente agressivos. Como agir numa situação assim? Não fazer nada? Conter a fúria por arma de fogo? A resposta passa pelo uso proporcional da força, defendido pela ONU, no qual as tecnologias não letais têm papel central - entre elas estão as armas de choque, o spray de pimenta e a munição de borracha, entre outros.
A adoção de armas de choque nessas operações tem como objetivo dar ao agente da lei, devidamente treinado, uma ferramenta para controlar uma possível reação agressiva, reduzindo ao máximo seu risco de vida e preservando a integridade dos profissionais envolvidos na operação e dos próprios viciados.
A ideia não é distribuir choques indiscriminadamente, mas somente quando todas as etapas anteriores do uso progressivo da força, tal qual defendido pela ONU (conversa, advertência, spray de pimenta, técnicas corporais de imobilização - quando viáveis), não forem suficientes. O choque é o último grau a ser usado antes da arma de fogo.
O problema das drogas, problema no mundo todo, se agravou com o crack, que precisa ser contido de forma contundente, em nome da recuperação de uma geração de jovens que estão perdendo a luta para a droga - esta sim, letal.
Ricardo Balestreri (ex-secretário nacional de Segurança Pública)
O Globo, 02 de dezembro de 2012, 1º caderno, página 15.
Diabruras etimológicas
De forma marota, enfatizou um sentido há muito esquecido da palavra para suavizar o estrago “demoníaco” decorrente do uso leviano do termo. Segundo o etimologista Mário Eduardo Viaro, “satanás” é uma latinização do hebraico satan, que passou ao grego e, de lá, ao latim. No Velho Testamento significa, de fato, apenas “o contrário, o adversário, o opositor, o contendente, o competidor, o antagonista, o rival, o inimigo”. A questão é que a acepção não persiste hoje, dado o contexto religioso. Como pastor, Feliciano sabe disso.
- Para o evangélico, Satanás é o diabo, entendido como a entidade maligna da visão dualista e maniqueísta assumida pelo cristianismo, além do seu significado etimológico, que ninguém usa hoje em dia - explica Viaro.
(Edgard Murano, Língua Portuguesa, no 91, 2013.)
* Etimologia: Estudo da origem e formação das palavras de determinada língua.
1. usuário, sanguínea, distância.
2. ângulo, próximo, médico.
3. deverá, distância, após.
4. razoável, pés, ângulo.
Em que grupos as palavras são acentuadas com base na mesma regra ortográfica?

Julgue os próximos itens, relativos ao texto acima.