Questões de Concurso Sobre análise sintática em português

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Q1906743 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão .


A marca no flanco 

Lya Luft 


O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 

É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo. 

E o que configura essa perspectiva nossa?

Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.

Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes. 

Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.

A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.

Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.

Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.

Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.

O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.

Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.

Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.

No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.

Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.

Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.

E eu… e eu?

Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança. 

LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado] 

Dentre as alternativas que se seguem, assinale aquela que contém um período simples. 
Alternativas
Q1905790 Português

Quanto aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item.


No segundo parágrafo, os sujeitos das formas verbais “comunicarem” e “serviram” têm o mesmo referente.  

Alternativas
Q1904951 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. O destaque ao longo do texto está citado na questão.


Considere o período a seguir e as assertivas que se colocam sobre ele, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. “É papel das empresas e dos homens estimular isso e, como mulheres, temos que saber negociar as nossas posições, falar que estamos ___ altura de um cargo, negociar salários” (l. 34-36).


( ) Identifica-se apenas uma oração subordinada substantiva objetiva no trecho.

( ) Identificam-se mais de duas orações reduzidas de infinitivo no período.

( ) Há uma oração coordenada sindética no trecho.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q1904407 Português
Texto-base para a questão: 

As empresas precisam olhar para o coração
Marco Antônio Marques Félix*
02/02/2022 às 20:05 

    Está na CLT: as empresas com mais de 20 funcionários são obrigadas a montar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), cujo papel é o de monitorar a segurança e os riscos à saúde do colaborador no ambiente de trabalho. Até aí, nada de excepcional. Mas a realidade óbvia é que a simples existência da comissão está longe de significar o fim dos acidentes de trabalho.
    Culpa da Cipa? Evidentemente que não. Mas é necessário integrar os preceitos do que se entende por saúde e segurança no ambiente do trabalho com a realidade tal como ela ocorre. Um exemplo está nos números de um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado no ano passado.
  Essas entidades concluíram que submeter trabalhadores a jornadas de trabalho excessivas, com cargas horárias superiores a 55 horas, pode levar a um aumento no número de mortes por parada cardíaca ou por derrame. Entre 2000 e 2016, diz a pesquisa, o número de pessoas que morreram nessas circunstâncias cresceu 29%, e, somente entre 2016 e o início de 2021, foram 745 mil mortes provocadas por doenças cardíacas em trabalhadores que se dedicaram mais do que deveriam ao seu ofício. [...]
   Dito isso, vale a pergunta: se a lei trabalhista estipula a existência de uma comissão interna nas empresas, como não considera a aplicação de meios de prevenção contra doenças graves, particularmente as cardíacas, com forte potencial nos ambientes de trabalho? [...] 

*Médico geriatra, instrutor de Suporte Avançado de Vida pela American Heart Association e especialista da Cmos Drake

Fonte: ttps://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/as-empresas-precisam-olhar-para-o-corac-o-1.882785 (com supressões)
Assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1904330 Português

Texto CG2A1-II


    Nas últimas décadas, os sentimentos de medo e de insegurança diante da violência e do crime, no Brasil, agravaram-se durante a transição para o regime democrático, com o aumento da violência urbana. A escalada dessa violência não se limitou às metrópoles brasileiras, verificando-se também nas pequenas e médias cidades do interior do país. Nesse período, houve uma rápida expansão da riqueza, pública e privada, o que provocou uma série de mudanças. Alterou-se profundamente a infraestrutura urbana, com a dinamização do comércio local, a expansão dos serviços ligados às novas tecnologias da informação e da comunicação e a construção de novas rotas ligando os diferentes estados e facilitando o trânsito entre os países. Ocorreram, ainda, mudanças importantes na composição da população, provocadas pela oferta de trabalho em outras cidades e(ou) estados e pela rápida diversificação da estrutura social, com a expansão da escolarização média e superior e da profissionalização.

    Essas tendências da urbanização produziram inumeráveis consequências que agravaram o ciclo de crescimento da violência. Ao lado da diversificação das estruturas sociais e das mudanças na composição social da população, houve aumento da mobilidade social, transformaram-se os estilos de vida, assim como se diversificaram os contatos interpessoais. Paralelamente a esses avanços e essas conquistas, foram desenvolvidos os “bolsões” de pobreza urbana, enclaves no seio dos centros urbanos ou na periferia das cidades, constituídos onde a precariedade dos serviços urbanos avançou pari passu a uma baixa oferta de trabalho, à escolarização deficiente e à precarização do suporte social e institucional às famílias.

Sérgio Adorno e Camila Dias. Monopólio estatal da violência.

In: Renato S. de Lima, José L. Ratton e Rodrigo G. Azevedo (Org.).

Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014 (com adaptações).

No texto CG2A1-II, o trecho “A escalada dessa violência” (segundo período do primeiro parágrafo) exerce a mesma função sintática que o trecho
Alternativas
Q1903642 Português

Centrão prepara fusão de partidos para apoiar governo; acordo prevê que Bolsonaro não se filiará

Três partidos do bloco conhecido como "Centrão" — PP, PSL e PRB — avançaram nos últimos dias em tratativas para se fundirem em uma única sigla.

O novo partido terá a missão de ampliar a governabilidade de Jair Bolsonaro junto ao Congresso, em um movimento considerado essencial para o presidente neste momento.

Não por acaso, as articulações são feitas pelo próprio ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é presidente licenciado do PP.

O partido já nasceria com a maior bancada da Câmara dos Deputados — 126 deputados, na hipótese de todos os parlamentares das três legendas migrarem para o novo partido. Atualmente, as maiores bancadas são as do PSL e do PT, com 53 deputados cada uma.

A negociação, no entanto, inclui um consenso inusitado: o próprio presidente, hoje sem partido, não poderia se filiar à nova sigla.

Para se candidatar à reeleição em 2022, Bolsonaro terá que se filiar a algum partido. Por esse acordo, mesmo com as três siglas unificadas, o presidente teria que se filiar a uma legenda menor para concorrer no próximo ano.

Os líderes dos partidos ainda estão traumatizados com a forma ruidosa como Bolsonaro deixou o PSL em 2019.

O presidente chegou a ensaiar a criação de um partido próprio, mas a coleta de assinaturas exigida pela legislação não prosperou.

Extraído de: CAMAROTTI, Gerson. G1 Notícias. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2021/08/26/  centrao-prepara-fusao-de-partidos-para-apoiar-governo-acordo-preve-que-bolsonaro-nao-se-filiara.ghtml. Acesso em: 26 ago. 2021. 

Assinale a alternativa em que o período extraído ou adaptado do texto contenha exatamente duas orações.
Alternativas
Q1901887 Português
Período é um enunciado linguístico que se constitui de uma ou mais orações. Este se classifica em período simples e período composto. Assinale a alternativa correspondente a um período composto:
Alternativas
Q1901886 Português
Das alternativas abaixo, qual é uma frase, mas não constitui uma oração? 
Alternativas
Q1901566 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 

Como seriam as coisas se a humanidade tratasse
a mudança climática como uma emergência real

Por Jason Hickel




(Disponível em: https://climainfo.org.br/2022/11/22 – texto especialmente adaptado para esta prova).
Após ter completado a lacuna da linha tracejada da linha 22, na frase ‘limitar o uso de combustíveis fósseis e ______-lo a um cronograma anual vinculante’, afirma-se que o pronome ‘lo’:

I. Refere-se ao ‘uso de combustíveis fósseis’.
II. Funciona como objeto direto, completando o sentido da forma verbal com a qual se relaciona.
III. Poderia ser substituído por ‘ele’ sem causar incorreção ao contexto ou à estrutura da frase.

Quais estão INCORRETAS?
Alternativas
Q1899737 Português
Texto

Terra tem asteroide de 1,2 km
que a segue em sua órbita

   Graças a dados do telescópio Soar, observatório do qual o Brasil é sócio majoritário no Chile, pesquisadores confirmaram que a Terra tem um asteroide de 1,2 km de diâmetro que acompanha o planeta em sua órbita ao redor do Sol.
    Muito tem sido dito sobre os pontos de libração (ou lagrangianos) de um sistema como o Terra-Sol, agora que o Telescópio Espacial James Webb se instalou em um deles, o L2, localizado a 1,5 milhão de km da Terra, acompanhando o planeta em seu passeio pelo carrossel solar. Mas outros dois pontos do mesmo tipo, L4 e L5, ficam exatamente na órbita terrestre, a 60 graus do planeta, um adiante e outro atrás.
    Eles servem, assim como os demais, como uma espécie de estacionamento natural, em que a gravidade dos dois astros (Sol e Terra, no caso) se contrabalança para estabilizar objetos ali localizados. Vale para naves, como o Webb, e também para asteroides, que, quando param por lá, são chamados de troianos.
    O termo foi originalmente usado para descrever os pedregulhos que ficam nos pontos L4 e L5 do sistema Júpiter-Sol, acompanhando o planeta gigante em sua órbita. Mas em tese qualquer mundo com massa suficiente pode tê-los. Com efeito, há troianos associados a todos os gigantes gasosos e a quase todos os rochosos (só Mercúrio não teve ao menos um objeto desse tipo descoberto).
   O primeiro troiano terrestre a ser achado foi o 2010 TK7, detectado, adivinhe só, em 2010. O segundo, esmiuçado agora, pintou uma década depois, quando o telescópio Pan-Starrs1, no Havaí, descobriu o 2020 XL5. Mas, por ocasião de sua descoberta, era possível que fosse apenas um asteroide de passagem, não um troiano.
   Contudo, uma busca nas imagens de arquivo da DECam, câmera do projeto Dark Energy Survey, revelou a posição do objeto em vários momentos entre 2012 e 2019. Somando-a às novas observações, foi possível determinar a órbita e constatar que de fato ele acompanha a Terra – e assim o fará por pelo menos mais uns 4.000 anos, até ser perturbado gravitacionalmente e pegar outro caminho.
    Os dados do Soar em particular permitiram estimar o tamanho e a composição do 2020 XL5. Trata-se de um asteroide tipo C, rico em carbono, e seu diâmetro é dos grandões. Com 1,2 km, ele tem o triplo do tamanho do 2010 TK7. Ambos estão localizados no L4, um ponto lagrangiano que viaja à frente da Terra em sua órbita. No L5, que vem na esteira do trajeto do planeta em torno do Sol, ainda não encontraram nada.
    O resultado foi publicado no periódico Nature Communications e pode ser só mais um em uma lista: é bem possível que a Terra tenha outros troianos esperando para ser descobertos. Marte, apesar de muito menor, tem pelo menos nove (e possivelmente 14, se contarmos os objetos ainda não listados oficialmente como troianos). Facilita, nesse caso, estar perto de um grande repositório, o cinturão de asteroides. 

(Salvador Nogueira. https://www1.folha.uol.com.br
/blogs/mensageirosideral/2022/02/terra-tem-asteroide-de-
12-km-que-a-segue-em-sua-orbita.shtml. Fevereiro de 2022)
“Contudo, uma busca nas imagens de arquivo da DECam, câmera do projeto Dark Energy Survey, revelou a posição do objeto em vários momentos entre 2012 e 2019.” (6º parágrafo)
No período acima, o termo sublinhado exerce a função sintática de
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Q1896340 Português

Texto CG2A1-II  


   Você pode adorar morango e lhe ser alérgico. Se comer, já sabe, é um desastre. Outro pode ter horror a cebola e não lhe ser alérgico. Não come porque detesta. Assim como não se discutem, gostos também não se explicam. São tabus. A alergia é uma descoberta do princípio do século passado. O sujeito nasce com uma hipersensibilidade para isto ou aquilo. Os alérgenos. Há, por exemplo, quem não suporte perfume. Um determinado tipo de perfume.

   No caso de alimento, você evita. Se a alergia é a pluma, estofado de pluma sempre se pode evitar. Já perfume é mais difícil. Causa a ruptura de uma amizade, ou até de um amor. Se o outro insiste, é porque não há amor nem amizade. Nada mais prosaico do que um namorado ou uma namorada que se põe a espirrar à simples aproximação do parceiro ou da parceira. Uma tempestade alérgica pode liquidar com um amor. Sábia é a natureza ao impor as suas repulsas e as suas afinidades. 


Otto Lara Resende. Sufoco hipersensível. Internet:<cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).


No período “Assim como não se discutem, gostos também não se explicam”, do primeiro parágrafo do texto CG2A1-II, a locução “Assim como” introduz uma oração  
Alternativas
Q1896336 Português

Texto CG2A1-I


   Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas adoçadas que encontramos nos supermercados.

   Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76 gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas, para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.

  Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.

   Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em 1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades em que são consumidos.  


Internet:<super.abril.com.br>  (com adaptações).  

No primeiro período do último parágrafo do texto CG2A1-I, a oração “que são pouco sensíveis”  
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Q1896022 Português
Assinale alternativa em que a frase está no período simples:
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Q1895789 Português

Leia o texto.

Bonitas mesmo.

Quando é que uma mulher é realmente bonita? No momento em que sai do cabeleireiro? Quando está numa festa? Quando posa para uma foto? Clic, clic, clic. Sorriso amarelo, postura artificial, desempenho para o público. Bonitas mesmo somos quando ninguém está nos vendo.

    Atirada no sofá, com uma calça de ficar em casa, uma blusa faltando um botão, as pernas enroscadas uma na outra, o cabelo caindo de qualquer jeito pelo ombro, nenhuma preocupação se o batom resistiu ou não à longa passagem do dia. Um livro nas mãos, o olhar perdido dentro de tantas palavras, um ar de descoberta no rosto. Linda.

    Caminhando pela rua, sol escaldante, a manga da blusa arregaçada, a nuca ardendo, o cabelo sendo erguido num coque malfeito, um ar de desaprovação pelo atraso do ônibus, centenas de pessoas cruzando-se e ninguém enxergando ninguém, ela enxuga a testa com a palma da mão, ajeita a sobrancelha com os dedos. Perfeita.

    Saindo do banho, a toalha abandonada no chão, o corpo ainda úmido, as mãos desembaçando o espelho, creme hidratante nas pernas, desodorante, um último minuto de relaxamento, há um dia inteiro pra percorrer e assim que a porta do banheiro for aberta já não será mais dona de si mesma. Escovar os dentes, cuspir, enxugar a boca, respirar fundo. Espetacular.

    Dentro do teatro, as luzes apagadas, o riso solto, escancarado, as mãos aplaudindo em cena aberta, sem comandos, seu tronco deslocando-se quando uma fala surpreende, gargalhada que não se constrange, não obedece à adequação, gengiva à mostra, seu ombro encostado no ombro ao lado, ambos voltados pra frente, a mão tapando a boca num breve acesso de timidez por tanta alegria. Um sonho.

    O carro estacionado às pressas numa rua desconhecida, uma necessidade urgente de chorar por causa de uma música ou de uma lembrança, a cabeça jogada sobre o volante, as lágrimas quentes, fartas, um lenço de papel catado na bolsa, o nariz sendo assoado, os dedos limpando as pálpebras, o retrovisor acusando os olhos vermelhos e mesmo assim servindo de amparo, estou aqui com você, só eu estou te vendo. Encantadora.

(Martha Medeiros)

Assinale a alternativa correta, considerando o texto.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SSP-AM Prova: FGV - 2022 - SSP-AM - Técnico de Nível Superior |
Q1895465 Português
Uma das marcas da boa estruturação textual é, em alguns casos, a existência de um paralelismo sintático entre seus termos; o pensamento abaixo em que o paralelismo foi respeitado é
Alternativas
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-RO Prova: FGV - 2021 - TCE-RO - Técnico Judiciário |
Q1895164 Português
“Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia.
Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.” (BBC News Brasil, 19/09/2021)
A frase abaixo em que o vocábulo “quando” mostra o mesmo valor daquele apresentado no texto acima é: 
Alternativas
Q1894810 Português
A frase abaixo em que os dois termos sublinhados NÃO mostram a mesma função no texto é: 
Alternativas
Q1893376 Português
Marque a alternativa correta, quanto à justificativa para o uso da vírgula, nos trechos sublinhados, no período seguinte: “O coronel Ubaldo, meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou em nenhum.” (l. 23-25).
Alternativas
Q1893008 Português
Zé Alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados.
Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.
Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso.
Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria.
Era um jovem agricultor em busca de trabalho.
Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.
O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova.
Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta.
Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos.
Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.
O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou bem para os amigos e disse:
- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.
Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.
Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.
Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.
Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar assim?"
Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino...
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção de Sinhozinho, que passou a observar à distância os passos dele.
Um dia Sinhozinho pensou: 
- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.
Ele é o único aqui que pensa como eu.
Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.
Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda.
O rapaz prontamente aceitou.
Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:
- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?
E ouviram, com atenção, a resposta:
- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:
A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão, não somos vítimas do destino. Existe em nós o livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um"
No trecho: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de administrador da fazenda", as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: IBADE Órgão: ISE-AC Prova: IBADE - 2021 - ISE-AC - Agente Socioeducativo |
Q1892912 Português
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

       Comer bem te faz mais feliz
 
         Já ficou mais feliz depois de comer chocolate ou ainda mais irritado por causa de um desconforto digestivo? Saiba que a conexão entre o seu humor e a sua alimentação pode ser a resposta para isso.
       Estudos mostram uma correlação inversa entre uma dieta rica em açúcares refinados e uma função cerebral prejudicada - até mesmo uma piora dos sintomas de transtornos de humor, como a depressão. Mas o responsável pela sensação de bem-estar não é apenas o cérebro. É no intestino que cerca de 95% da serotonina, conhecida como hormônio da felicidade, é produzida a partir dos alimentos.
     Esse neurotransmissor – que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, e pode também ser encontrado no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue – ajuda a regular o sono e o apetite, a mediar o humor e a inibir a dor. Como a produção da serotonina é no trato gastrointestinal, faz sentido que o funcionamento do sistema digestivo, além de digerir os alimentos, ajude a guiar as emoções.
        Segundo o psiquiatra e professor de pós-graduação da PUC-Rio, Marcus Schwartz, o humor é definido como um estado de espírito, uma sensação generalizada que pode variar normalmente em todos os indivíduos. “No entanto, algumas pessoas apresentam transtornos do humor. Nesses casos, tratam-se de doenças, em que as variações são muito acentuadas, podendo ser uma exaltação ou uma oscilação muito para baixo do humor, o que caracteriza a depressão. Assim, essas doenças requerem tratamentos”, alerta. 
           Em parte, o humor é determinado pelo tipo de flora bacteriana que coloniza o intestino. O órgão é o lar de mais de 500 espécies diferentes desses micro-organismos, que podem afetar o cérebro, processo conhecido como eixo intestino-cérebro. Tais bactérias são necessárias para nos manter saudáveis. Porém, nem todas as espécies são amigáveis. (...)


Fernanda Taveira
Em “Saiba que a conexão entre o seu humor e a sua alimentação pode ser a resposta para isso.”, identifica-se:
Alternativas
Respostas
2841: B
2842: E
2843: C
2844: B
2845: D
2846: A
2847: B
2848: C
2849: C
2850: C
2851: B
2852: A
2853: A
2854: D
2855: A
2856: D
2857: E
2858: B
2859: D
2860: D