Questões de Português - Análise sintática para Concurso

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Q2747041 Português

Levando-se em consideração a relação dialógica na leitura do enunciado “Ninguém fala como livro”, é possível afirmar:


( ) Não se fala sempre a linguagem padrão que predomina na escrita dos livros.

( ) Alinguagem oral (a fala) é um fenômeno linguístico social que só se realiza de modo informal.

( ) A variação linguística possibilita que as pessoas, em geral, falem de várias formas, diferentemente da linguagem padrão que se vê na escrita dos livros.


Analise as proposições, coloque (V) para verdadeiras e (F) para falsas e marque a alternativa que contém a sequência CORRETA.

Alternativas
Q2746636 Português

Leia os parágrafos abaixo.


I. Mais um trecho da Avenida Siqueira Campos (Canal 4), em Santos, foi interditada _ nesta segunda-feira (7) para obras de pavimentação. Desta vez, na pista praia/porto, entre as avenidas Bartolomeu de Gusmão e Epitácio Pessoa. De acordo com a Prefeitura, é o último trecho da via, nesse sentido, a receber novo asfalto, como parte da obra de construção da ciclovia do Canal 4.

II. Nesta segunda-feira (7), operários começam a retirar o asfalto antigo e dos paralelepípedos que estão por baixo. Na sequência, será escavado 40 cm para preparação da ase que receberá a pavimentação.

III. Por conta da intervensão o trânsito fica bloqueado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), até as 18 horas do dia 16. Durante as obras, os motoristas podem utilizar como rota alternativa a Avenida Conselheiro Nébias.


Texto extraído do site de "A Tribuna.com.br", disponível em [http://www.atribuna.eom.br/noticias/noticias-detalhe/santos/novo-trecho-do-canal-4-e-interditado-para-pavimentacao/ ?cHash=c0a3c645df13b2632cdb1e9362dcbd25], consultado em 9/3/16.


Em cada um dos parágrafos do texto foi realizada uma alteração, de modo que, em cada um deles passou a constar um desajustamento no que tange ao padrão culto de nossa língua. Tais desvios foram corretamente apontados em qual alternativa?

Alternativas
Q2746632 Português

O texto a seguir será utilizado para responder as questões 5 a 9.


São Paulo, de tão obscura, nasceu até escondida. O espaço onde se assentaria mantinha-se não só invisível, aos olhos dos que chegavam do mar, como protegido por essa muralha compacta, impressionante, que é a serra do Mar. Euclides da Cunha, em Os sertões, descreveu-a como "dilatado muro de arrimo, sustentando as formações sedimentárias do interior". Não se compreenderá a história de São Paulo sem antes atentar para a serra do Mar. Vista de baixo, ela como que veda o horizonte, ou tranca a paisagem. Põe um ponto final à terra, como a querer esconder algum outro mundo, protegê-lo, proibi-lo. Os paulistas estão hoje tão acostumados a ela que mal se importam com sua silhueta majestosa, guardiã entre o mar e a terra, degrau de acesso ao Planalto de onde se desenvolverão as lonjuras do interior do Brasil. Galgá-la, hoje, pelo menos quando não é fim de feriado, e retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil, se não do Hemisfério Sul, é tão simples quanto subir o lance de escada de um sobrado para ganhar o andar de cima. Servem a esse propósito duas das melhores estradas brasileiras, as vias Anchieta e Imigrantes, significativamente apelidadas com nomes evocativos de dois momentos cruciais do fluxo entre os dois lados - o primitivo, da época dos primeiros povoamentos do Planalto, e aquele que, na passagem do século XIX para o XX, transformou a região num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo.


Trecho do livro "A Capital da Solidão", Roberto Pompeu de Toledo, Editora Objetiva.

" ... retornar a São Paulo resulta nos maiores congestionamentos do Brasil".


A regência do verbo sublinhado repete-se naquele presente no excerto de qual alternativa?

Alternativas
Q2746371 Português

Assinale a alternativa que apresenta erro de regência nominal:

Alternativas
Q2746093 Português

Texto para responder as questões 07 a 12.


Texto 02 – Assum preto ou anum preto


Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?

A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.

Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]


TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.

Sobre o enunciado “Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado 'anum preto'”, pode-se afirmar:


( ) O verbo “Há” pode ser substituído pela flexão verbal “existir”, sem prejudicar o sentido no contexto da enunciação.

( ) A substituição do termo “Há” por “existir” não altera as funções sintáticas das palavras no enunciado.

( ) O termo “nessas” estabelece coesão referencial com outro elemento do universo textual.


O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa

Alternativas
Q2746089 Português

Texto para responder as questões 07 a 12.


Texto 02 – Assum preto ou anum preto


Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?

A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.

Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]


TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.

No enunciado “Se for besteira mesmo” [...], o termo em negrito pode ser reconhecido como uma

Alternativas
Q2746083 Português

Texto para responder as questões 07 a 12.


Texto 02 – Assum preto ou anum preto


Posso estar dizendo uma besteira descomunal, mas irei em frente. Se for besteira mesmo, aparecerão dúzias de críticos e resmas de correções, o que pelo menos me impedirá de continuar repetindo a besteira velhice afora. A besteira se refere à canção clássica de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Assum Preto”, com seus versos inesquecíveis: “Tudo em volta é só beleza / céu de abril e a mata em flor /mas assum preto cego dos olhos /não vendo a luz, ai, canta de dor...” Assum preto é o passarinho que não somente é trancado numa gaiola: furam-lhe os olhos para que ele cante de maneira mais sofrida, mais bela. Como não nos lembrarmos dos “bluesmen” cegos do Mississipi? Como não nos lembrarmos dos “castrati” da ópera italiana (a quem arrancavam algo talvez mais estimado do que os globos oculares)?

A história é esta. A besteira é: existe de fato um pássaro chamado “assum” ou “assum preto”? Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Vou logo avisando que minha ignorância de assuntos da Natureza é de proporções enciclopédicas. Mas, foi justamente nas enciclopédias que procurei essa nobre ave – e não a encontro. Não há menção de “Assum” ou “assum preto” na Wikipédia online, bem como no meu “Dicionário Houaiss”.

Há, sim, menção (nessas e em várias outras fontes) a um pássaro chamado “anum preto”. Anum, sim, eu ouço falar desde pequeno, inclusive na expressão levemente ofensiva e brincalhona “bufa de anum” com intenção provocativa [...]


TAVARES, Braulio. A nuvem de hoje. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 189.

A partir do título do texto , pode-se afirmar II que é visível


( ) uma disjunção exclusiva causada pelo termo “ou”.

( ) uma alternância, ocasionada por palavras que exercem funções estruturalmente idênticas e com o mesmo papel semântico.

( ) uma disjunção inclusiva, em que os elementos se somam.


O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa

Alternativas
Q2746078 Português

Texto para responder as questões 01 a 06.


TEXTO 01 - Cuidado com as palavras!


As palavras são como as pessoas: nascem, crescem e morrem. Possuem, portanto, uma história que pressupõe, por sua vez, origem, desenvolvimento, uso e desuso, conforme o primado das circunstâncias linguísticas e dos percursos filológicos.

Não se deve, assim, ser indiferente à trajetória de sua significação. Vezes, retilínea, vezes sinuosa, vezes previsível, vezes surpreendente; inusitada, insólita, absurda, a semântica é ponto nevrálgico no organismo das palavras. O sentido primeiro, originário, no frescor de suas ressonâncias sensíveis e ideativas, não pode ser esquecido e deve ser sempre recuperado nas instâncias frutíferas do ritual ideológico. A palavra – artefato de linguagem que serve à comunicação – serve também às práticas humanas em ambiência social, política e afetuosa.

Cuidado com as palavras!

Cuidado com sua história, sua geografia, sua arquitetura, seus funcionamentos, virtualidades, sutilezas, falhas e vazios! É preciso sondá-las e, se possível, decifrá-las , ainda em estado de dicionário, como sugere o poeta. E, como sugere las las o poeta, não nos recusemos à luta com seus sortilégios, mal se rompe a manhã, pois lutar com as palavras é travar uma luta fraterna, na medida em que esta luta nos leva a ocupar o lugar mais adequado e mais correto, isto é, o lugar do humano. Dito de outra forma, o lugar da linguagem, ou seja, “a morada do ser”, como nos ensina o filósofo [...].


BARBOSA FILHO, Hildeberto. Vou por aí! João Pessoa: Ideia, 2015, p. 60.

Sobre o enunciado “As palavras são como as pessoas: nascem, crescem e morrem”, coloque V para a proposição Verdadeira e F para a Falsa.


( ) O termo “como” estabelece uma relação semântica de causa ou razão do fato expresso.

( ) Existe uma superposição de função sintática para a expressão linguística “As palavras”.

( ) Há uma gradação explícita nas construções verbais, subsequentes da oração principal.


O preenchimento dos parênteses CORRETO está na alternativa

Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: CRC-SC Prova: IESES - 2015 - CRC-SC - Assistente Jurídico |
Q2746038 Português

Leia o texto a seguir para responder as próximas 7 (sete) questões.


A IMPORTÂNCIA DO CACOETE NA EVOLUÇÃO LINGUÍSTICA


Por Aldo Bizzochi. Adaptado de:

http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/a-importancia-docacoete-na-evolucao-linguistica-337681-1.asp Acesso em 30 mar 2015.



A maior parte das inovações linguísticas surge da fala informal e não da fala ou da escrita formais. Exceto por neologismos técnicos, que em geral nascem em textos acadêmicos impressos, é sempre a fala popular que institui novas pronúncias (e, no limite, conduz à mutação fonética), novas construções sintáticas (por exemplo, a tendência à próclise é uma criação da fala brasileira) e novas palavras.

Por isso mesmo, é nos períodos costumeiramente chamados "de barbárie", em que não há ensino formal da língua, e quase todos os falantes são ágrafos, que as mudanças linguísticas ocorrem mais depressa. Não foi por outra razão que a língua da Lusitânia passou, durante a Alta Idade Média (séculos 5 a 11 d.C.), isto é, em apenas seis séculos, do latim vulgar ao ibero-romance e deste ao galego-português, ou português arcaico. Em compensação, a partir do estabelecimento do Estado português e da institucionalização da educação, sobretudo a partir do século 16, a língua mudou relativamente pouco. Isso significa que o português de Camões está mais próximo do atual que daquele das cantigas trovadorescas.

Um dos muitos fatores que contribuem para a mudança linguística é, por incrível que pareça, o cacoete. Na fala cotidiana, em que temos de pensar e falar ao mesmo tempo, tendemos a truncar palavras e frases, a repetir elementos, seja por redundância (a fala é, por natureza, muito mais redundante que a escrita, já que o ruído na comunicação também é muito maior) ou por insegurança, e a gaguejar bastante. Também são comuns as "muletas do discurso", certas expressões-chavão que utilizamos a todo momento (como "sei lá", "tipo assim", etc.) para preencher o vazio comunicativo enquanto pensamos ou para nos aliviar do peso de termos de ser criativos o tempo todo.

Muitas características definidoras de certos idiomas, como a negação dupla em francês (jene sais pas), resultam de cacoetes que, de tão disseminados na fala popular, acabaram sendo integrados à norma e hoje fazem parte da gramática da língua. [...].

O que são esses anacolutos que transformam uma oração do tipo sujeito-predicado em uma do tipo tópico-comentário senão cacoetes de fala que se espalham por contágio? Basta assistir no YouTube a entrevistas de 30 ou 40 anos atrás e compará-las com a fala atual das pessoas na TV para observar como a frequência desse tipo de construção aumentou nos últimos anos, mesmo entre pessoas escolarizadas, como repórteres, atores e cantores de MPB.

Redundâncias como as do espanhol (Le di una manzana a la maestra, "Dei uma maçã à professora"), do italiano (Questa mela la mangio io, "Esta maçã quem vai comer sou eu") ou do inglês (At what time do you do your homework?, "A que horas você faz a lição de casa?") nada mais são do que a cristalização e subsequente oficialização de antigos cacoetes que, por terem sido introduzidos, ou pelo menos disseminados, por falantes de uma certa influência social, contaminaram a maioria dos falantes há séculos e, de tão arraigados na fala coloquial, ascenderam à categoria de leis gramaticais, tornando-se, portanto, de uso obrigatório.

Após a leitura das assertivas a seguir sobre o texto lido, pode-se afirmar que:


I. A palavra anacoluto, presente no penúltimo parágrafo do texto refere-se a um recurso de linguagem no qual se utiliza uma palavra por outra, substituindo-a.

II. A palavra “ascenderam”, destacada no último parágrafo, poderia ser substituída pela expressão: “pôr em funcionamento”, sem que se alterasse o sentido inicial.

III. Em: “contaminaram a maioria dos falantes há séculos”, o verbo haver está empregado com sentido de existir, por isso, é considerado impessoal.

IV. Em: “O que são esses anacolutos [...] senão cacoetes”, a palavra “senão” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “a não ser”.

Alternativas
Q2745530 Português

Texto para responder às questões de 01 a 14.


Uma velhinha


Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfálial E uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.

Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, cnama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.

O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.

Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.


(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)

“Enquanto asseia as 'armas' com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa.” (§ 2)


Em relação à estrutura do período composto acima, são feitas as seguintes afirmativas:


l. Trata-se de período composto por coordenação e subordinação, constituído de cinco orações.

Il. A 1º oração “Enquanto asseia as “armas” classifica-se como subordinada adverbial temporal.

III. A 2º oração “com que vai comer” classifica-se como subordinada substantiva objetiva indireta.

IV. A 3º oração “chama o garçom” classifica-se como principal à 1º oração e coordenada à 4º oração.

V. A 4º oração “e manda” classifica-se como principal à 5“oração e coordenada à 3ºoração.

VI. A 5º oração “que leve os talheres e a louça da casa” classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta.


Das afirmativas acima, estão corretas:

Alternativas
Q2745528 Português

Texto para responder às questões de 01 a 14.


Uma velhinha


Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfálial E uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.

Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, cnama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.

O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.

Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.


(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)

“... em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata..." (§ 2)


Das alterações feitas na redação da oração adjetiva do fragmento acima, constitui um desvio de regência em relação à norma culta da língua a seguinte:

Alternativas
Q2744703 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 3 a 10.


Nossas cidades têm passados (e presentes) negros


[...]

Existe aquele bairro que surgiu por causa de um grande produtor de café, açúcar ou milho, aquele outro que apareceu quando uma indústria europeia chegou no Brasil e construiu uma pequena vila operária, ou ainda um formado por imigrantes alemães, italianos ou japoneses que chegaram durante ou após as duas Guerras Mundiais. Porém, você já ouviu falar de algum bairro da sua cidade que começou com a população negra após a abolição da escravidão (ou mesmo antes dela)? Não? Mas não existiam negros por aí durante a época das grandes fazendas, da indústria estrangeira ou das Guerras Mundiais?

Provavelmente existiam, mas você não ouviu falar de bairros iniciados por negros e negras porque essa parte da história precisou ser apagada, infelizmente. Isso faz parte da tentativa de embranquecimento da população brasileira e de esquecimento do período mais sombrio da nossa história. Esse apagamento da história preta faz com que muitas vezes negros e negras não se sintam pertencentes a suas cidades, mesmo que seus bisavós, avós e pais tenham construído esses municípios tanto quanto operários europeus e camponeses orientais.

Falando especificamente de São Paulo, os bairros nos quais isso fica mais evidente são o Bixiga e a Liberdade. O primeiro fica bem próximo ao centro da cidade e hoje é conhecido pelos descendentes de imigrantes italianos que ali habitam, além das festas e inúmeros restaurantes de comida típica de várias regiões da Itália existentes por lá. Contudo, quase ninguém sabe que anteriormente esse bairro era chamado de Saracura, uma parte de várzea de um córrego com o mesmo nome, que frequentemente transbordava e gerava alagamentos. No século 19, existiam tantos negros naquela área que o bairro era chamado de “Pequena África”. Já o bairro da Liberdade, atualmente conhecido pela forte cultura oriental em suas ruas e pelos restaurantes japoneses, foi uma grande zona de tortura e cemitério de escravos. E foi por serem regiões com terrenos de baixo custo que, posteriormente, os imigrantes europeus e orientais se alojaram por lá, sendo os cortiços comuns nesses bairros.

O preconceito e a especulação imobiliária após o desenvolvimento de maior infraestrutura nestas regiões afastaram as famílias negras desses espaços centrais, o que as levaram a ocupar as zonas periféricas da cidade, já que a percepção social sobre a população negra não foi modificada, diferentemente do que ocorreu com os imigrantes europeus e orientais, de modo que nunca teve as mesmas oportunidades de exercer funções melhores remuneradas.

Atualmente os bairros com a maior população negra da capital paulistana ficam no extremo de suas zonas leste e sul ou nas pequenas cidades ao redor do município, que formam a chamada zona metropolitana e costumam ser cidades dormitórios. Essa situação não é exclusiva de São Paulo, acontecendo também no Rio de Janeiro, em Brasília e em várias outras cidades do país. É claro que nas periferias ou nas cidades dormitórios moram brancos, mas o fato de existir uma maioria negra nessas localidades não é coincidência.

Desta forma, ao falarmos de esquecimento de bairros negros, podemos falar sob duas perspectivas: o apagamento de negros da construção histórica de bairros tradicionais das mais diversas cidades do Brasil ou da falta de infraestrutura e da aparente falta de memória de alguns governantes quanto a serviços básicos, como saneamento, educação e saúde, nas periferias. Em ambos os casos, o direito de negros e negras em participar ativamente de suas cidades e terem orgulho delas é podado.

Portanto, relembrar as histórias dos bairros construídos por negros em nossas cidades, reconhecendo a importância de pretos e pretas na urbanização e produção de espaços, é uma forma de resistir à lógica racista e dar força aos movimentos que lutam pelo direito de ocupação da cidade por todos os seus cidadãos e reivindicam que os “novos bairros negros” sejam parte integral dos planos das cidades, de forma que não seja negada a eles a infraestrutura e o direito à moradia digna.

[...]

BORGES, Ester. Revista Capitolina. Disponível em: < https://bit.ly/2IJ03zv >. Acesso em: 24 maio 2018 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“[...] os imigrantes europeus e orientais se alojaram por lá [...]”

O termo destacado é

Alternativas
Q2744698 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 3 a 10.


Nossas cidades têm passados (e presentes) negros


[...]

Existe aquele bairro que surgiu por causa de um grande produtor de café, açúcar ou milho, aquele outro que apareceu quando uma indústria europeia chegou no Brasil e construiu uma pequena vila operária, ou ainda um formado por imigrantes alemães, italianos ou japoneses que chegaram durante ou após as duas Guerras Mundiais. Porém, você já ouviu falar de algum bairro da sua cidade que começou com a população negra após a abolição da escravidão (ou mesmo antes dela)? Não? Mas não existiam negros por aí durante a época das grandes fazendas, da indústria estrangeira ou das Guerras Mundiais?

Provavelmente existiam, mas você não ouviu falar de bairros iniciados por negros e negras porque essa parte da história precisou ser apagada, infelizmente. Isso faz parte da tentativa de embranquecimento da população brasileira e de esquecimento do período mais sombrio da nossa história. Esse apagamento da história preta faz com que muitas vezes negros e negras não se sintam pertencentes a suas cidades, mesmo que seus bisavós, avós e pais tenham construído esses municípios tanto quanto operários europeus e camponeses orientais.

Falando especificamente de São Paulo, os bairros nos quais isso fica mais evidente são o Bixiga e a Liberdade. O primeiro fica bem próximo ao centro da cidade e hoje é conhecido pelos descendentes de imigrantes italianos que ali habitam, além das festas e inúmeros restaurantes de comida típica de várias regiões da Itália existentes por lá. Contudo, quase ninguém sabe que anteriormente esse bairro era chamado de Saracura, uma parte de várzea de um córrego com o mesmo nome, que frequentemente transbordava e gerava alagamentos. No século 19, existiam tantos negros naquela área que o bairro era chamado de “Pequena África”. Já o bairro da Liberdade, atualmente conhecido pela forte cultura oriental em suas ruas e pelos restaurantes japoneses, foi uma grande zona de tortura e cemitério de escravos. E foi por serem regiões com terrenos de baixo custo que, posteriormente, os imigrantes europeus e orientais se alojaram por lá, sendo os cortiços comuns nesses bairros.

O preconceito e a especulação imobiliária após o desenvolvimento de maior infraestrutura nestas regiões afastaram as famílias negras desses espaços centrais, o que as levaram a ocupar as zonas periféricas da cidade, já que a percepção social sobre a população negra não foi modificada, diferentemente do que ocorreu com os imigrantes europeus e orientais, de modo que nunca teve as mesmas oportunidades de exercer funções melhores remuneradas.

Atualmente os bairros com a maior população negra da capital paulistana ficam no extremo de suas zonas leste e sul ou nas pequenas cidades ao redor do município, que formam a chamada zona metropolitana e costumam ser cidades dormitórios. Essa situação não é exclusiva de São Paulo, acontecendo também no Rio de Janeiro, em Brasília e em várias outras cidades do país. É claro que nas periferias ou nas cidades dormitórios moram brancos, mas o fato de existir uma maioria negra nessas localidades não é coincidência.

Desta forma, ao falarmos de esquecimento de bairros negros, podemos falar sob duas perspectivas: o apagamento de negros da construção histórica de bairros tradicionais das mais diversas cidades do Brasil ou da falta de infraestrutura e da aparente falta de memória de alguns governantes quanto a serviços básicos, como saneamento, educação e saúde, nas periferias. Em ambos os casos, o direito de negros e negras em participar ativamente de suas cidades e terem orgulho delas é podado.

Portanto, relembrar as histórias dos bairros construídos por negros em nossas cidades, reconhecendo a importância de pretos e pretas na urbanização e produção de espaços, é uma forma de resistir à lógica racista e dar força aos movimentos que lutam pelo direito de ocupação da cidade por todos os seus cidadãos e reivindicam que os “novos bairros negros” sejam parte integral dos planos das cidades, de forma que não seja negada a eles a infraestrutura e o direito à moradia digna.

[...]

BORGES, Ester. Revista Capitolina. Disponível em: < https://bit.ly/2IJ03zv >. Acesso em: 24 maio 2018 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.

“O primeiro fica bem próximo ao centro da cidade e hoje é conhecido pelos descendentes de imigrantes italianos que ali habitam, além das festas e inúmeros restaurantes de comida típica de várias regiões da Itália existentes por lá. Contudo, quase ninguém sabe que anteriormente esse bairro era chamado de Saracura, uma parte de várzea de um córrego com o mesmo nome, que frequentemente transbordava e gerava alagamentos.”


A relação existente entre a segunda frase e a primeira é de

Alternativas
Q2744640 Português

Leia o próximo texto para resolver as questões 7 a 9:


LEITURA NAS DIVERSAS DISCIPLINAS


Heloisa Amaral


O ensino, na escola, não existe sem a leitura. Ou é leitura direta pelo aluno, ou explicações do professor sobre textos que ele, o professor, leu. Ou seja, a linguagem falada pelo professor é uma didatização do conhecimento acumulado pela escrita (em letras ou números e sinais) na disciplina que ele leciona. Quando a fala é uma transposição de leituras, ela não é uma fala similar a uma conversa casual, como as que usamos no cotidiano. Ao contrário, está carregada de conceitos e de relações complexas entre os conceitos provenientes de estudos sobre os diferentes conhecimentos, seja qual for a matéria que esteja sendo ensinada. E em geral é preciso acrescentar, para complementar as aulas expositivas ou dialogadas feitas pelos professores, textos (didáticos ou não) relacionados às disciplinas ministradas.

Assim, o que se tem como prática constante em todas as disciplinas escolares é a leitura de textos. Antes ou depois da aula expositiva, leituras. Leitura de textos escritos, de imagens, de gráficos, mas leitura. Isso significa que sem desenvolver capacidades de leitura o aluno não consegue aprender as disciplinas escolares na dimensão proposta pelos conteúdos programáticos. Significa, também, que os professores das diversas disciplinas precisam ensinar o aluno a ler os gêneros próprios de suas matérias, uma vez que eles são gêneros textuais produzidos de forma particular em cada área de conhecimento. Ler literatura, por exemplo, não é o mesmo que ler enunciados de problemas; ler textos de história não é o mesmo que ler gráficos em geografia. O aluno não lê textos de cada uma das disciplinas com facilidade sem ter compreendido os conceitos e as relações entre eles, do modo particular como são abordados nelas. Seja qual for a disciplina, a leitura se dá de forma particular, e exige conhecimentos específicos para ser bem-sucedida.

Então, ler é uma competência indispensável para a aprendizagem em cada uma das áreas, uma competência que precisa ser ensinada pelos professores de cada uma delas. Mas, o que é necessário para que os alunos leiam verdadeiramente em qualquer disciplina, compreendendo o que leem? A compreensão dos textos de diferentes gêneros está relacionada a dois aspectos: primeiramente, à natureza dos próprios textos e, em segundo lugar, às capacidades de leitura desenvolvidas pelo leitor.

Em primeiro lugar, não há como ler textos, gráficos ou imagens, sem ter compreendido bem a natureza dos gêneros textuais das diferentes áreas de conhecimento, ou seja, a situação particular em que textos, gráficos ou imagens foram produzidos. A situação de produção de um texto é sempre histórica, isto é, está ligada ao momento histórico atual e, ao mesmo tempo, faz referências a um conhecimento produzido em um dado momento da história da humanidade. Em matemática, por exemplo, o professor pode ensinar a situação de produção de um gênero textual matemático trabalhando com o nascimento de conceitos a eles relacionados, registrados na história da matemática.

Em segundo lugar, não há leitores que leiam bem sem ter suas capacidades de leitura, necessárias para ler qualquer gênero de texto, bem desenvolvidas. As capacidades de leitura, portanto, podem e devem ser desenvolvidas em qualquer disciplina escolar. (...)


Publicado originalmente no site da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

(Disponível em: https://dialogosassessoria.wordpress.com/2014/09/11/leitura-nas-diversas-disciplinas/)

O texto aborda a importância de uma leitura eficiente. Isso ocorre quando o leitor age ativamente, diante de um texto. Uma forma de conseguir isso é procurar compreender, com detalhes, o que se lê. Isso pode partir do significado de uma palavra e observar, a partir daí, os encadeamentos sintáticos mais completos, a fim de construir um sentido coerente.


Por conta disso, marque a opção INCORRETA quanto à explicação sobre as relações sintáticas do seguinte período: “Quando a fala é uma transposição de leituras, ela não é uma fala similar a uma conversa casual, como as que usamos no cotidiano.”

Alternativas
Q2744638 Português

Os dois poemas seguintes, de Manuel Bandeira e de Carlos Drummond de Andrade, são as referências para as questões 5 e 6:


POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL


João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no

[morro da Babilônia num barracão sem número.

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.


(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.)


SOCIEDADE


O homem disse para o amigo:

— Breve irei a tua casa

e levarei minha mulher.


O amigo enfeitou a casa

e quando o homem chegou com a mulher,

soltou uma dúzia de foguetes.


O homem comeu e bebeu.

A mulher bebe e cantou.

Os dois dançaram.

O amigo estava muito satisfeito.


Quando foi hora de sair,

o amigo disse para o homem:

— Breve irei a tua casa.

E apertou a mão dos dois.


No caminho o homem resmunga:

— Ora essa, era o que faltava:

E a mulher ajunta: — Que idiota.


— A casa é um ninho de pulgas.

— Reparaste o bife queimado?

O piano ruim e a comida pouca.


E todas as quintas-feiras

eles voltam à casa do amigo

que ainda não pôde retribuir a visita.


(ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.)

Está CORRETO afirmar em relação à sintaxe do primeiro texto:

Alternativas
Q2744470 Português

Leia o texto abaixo.


Guarda compartilhada dos filhos: utopia ou realidade?


1 Quando duas pessoas se casam, nunca pensam que um dia podem se separar. Primeiro, realizam sonhos

e, na maioria das vezes, têm filhos. Se o casamento não dá certo, a parte mais difícil da separação fica

sendo a guarda das crianças. Em geral, os filhos continuam morando com a mãe e o pai passa a vê-los em

regime de visitas.

5 Desde 2014, passou a ser adotada a lei da guarda compartilhada, que determina que todas as decisões

sobre a rotina da criança passam a ser tomadas em conjunto pelos pais – mesmo que a criança viva a

maior parte do tempo com apenas um deles.

Na guarda compartilhada, pai e mãe têm os mesmos deveres, as mesmas obrigações e também

oportunidade igual de convivência com os filhos. Antes disso, a guarda mais adotada era a unilateral,

10 aquela em que a criança mora com um dos pais (que detém a guarda e toma todas as decisões inerentes à

criação), enquanto o outro genitor passa a ter o direito de visitas regulamentadas pelo juiz. A pensão

alimentícia é fixada mediante acordo entre as partes (ou pelo poder judiciário) e passa a ser obrigação

daquele que detém o direito de visitas. [...]


(Disponível em: http://www.papodemae.com.br/ Acesso em: setembro de 2016.)


Sobre os períodos apresentados no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Quando duas pessoas se casam, nunca pensam que um dia podem se separar (linha 1) é um período composto por subordinação, que expressa um relação temporal.

( ) Se o casamento não dá certo, a parte mais difícil da separação fica sendo a guarda das crianças (linhas 2 e 3) apresenta efeito de sentido de condição, marcado pela presença de uma conjunção subordinativa.

( ) Desde 2014, passou a ser adotada a lei da guarda compartilhada, que determina que todas as decisões sobre a rotina da criança passam a ser tomadas em conjunto pelos pais – mesmo que a criança viva a maior parte do tempo com apenas um deles. (linhas 5 a 7), é marcado por uma relação de sentido concessiva, introduzida pela presença do pronome relativo que.

( ) A pensão alimentícia é fixada mediante acordo entre as partes (ou pelo poder judiciário) e passa a ser obrigação daquele que detém o direito de visita (linhas 11 a 13) é um período composto por coordenação e expressa uma relação de sentido de adversidade.


Assinale a sequência correta.

Alternativas
Q2744094 Português

Leia com atenção o texto abaixo e responda ao que se pede.


Adriane quer saber se o terno do seu futuro marido deve combinar com as flores do buquê, com os tons das toalhas da recepção ou se deve ser branco (ou bem claro) para ficar de acordo com o vestido dela.

Meu impulso foi o de ligar para o noivo e dizer que ainda estava em tempo de ele desistir, se mandar e arranjar outra noiva. Uma que não o visse como um acessório na sua vida!

Noivos não devem se fantasiar no dia de seu casamento: nada de roupinha de soldadinho de chumbo, ternos brancos de primeira comunhão, túnicas indianas. O dia do casamento é o momento em que um homem assume, perante a sociedade, seu compromisso com a masculinidade e com a vida adulta. Não é, portanto, hora para brincadeiras, roupinhas infantis ou bobagens fora de propósito. Se não, quem vai levar o casamento dele a sério? Ninguém. Nem a noiva.

Noivos, não comecem mal essa história que já não é fácil! Respeito e adequação são indispensáveis para um casamento dar certo. Festa de casamento não é baile de carnaval.


(KALIL, Glória. Alô, chics. São Paulo: Ediouro, 2008, p. 101)

Assinale a alternativa em que o termo grifado CORRESPONDE à função sintática dada entre parênteses.

Alternativas
Q2744092 Português

Leia com atenção o texto abaixo e responda ao que se pede.


Adriane quer saber se o terno do seu futuro marido deve combinar com as flores do buquê, com os tons das toalhas da recepção ou se deve ser branco (ou bem claro) para ficar de acordo com o vestido dela.

Meu impulso foi o de ligar para o noivo e dizer que ainda estava em tempo de ele desistir, se mandar e arranjar outra noiva. Uma que não o visse como um acessório na sua vida!

Noivos não devem se fantasiar no dia de seu casamento: nada de roupinha de soldadinho de chumbo, ternos brancos de primeira comunhão, túnicas indianas. O dia do casamento é o momento em que um homem assume, perante a sociedade, seu compromisso com a masculinidade e com a vida adulta. Não é, portanto, hora para brincadeiras, roupinhas infantis ou bobagens fora de propósito. Se não, quem vai levar o casamento dele a sério? Ninguém. Nem a noiva.

Noivos, não comecem mal essa história que já não é fácil! Respeito e adequação são indispensáveis para um casamento dar certo. Festa de casamento não é baile de carnaval.


(KALIL, Glória. Alô, chics. São Paulo: Ediouro, 2008, p. 101)

Assinale a alternativa em que a regência verbal está INCORRETA.

Alternativas
Q2743980 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.


Livros raros encontrados na Biblioteca de Acervos Especiais da Unifor


Nacionalmente reconhecida como uma das maiores fomentadoras da apreciação da arte, a1 Universidade de Fortaleza, ao longo dos anos, trilhou um sólido caminho de estímulo às2 manifestações artísticas e à3 cultura. Seguindo esse caminho, a4 Fundação Edson Queiroz colocou à5 disposição do público em geral a6 Biblioteca de Acervos Especiais. Localizada no primeiro piso da Reitoria da Unifor, a7 biblioteca abriga um acervo composto por cerca de 9 mil volumes, divididos por assuntos como Literatura, Artes, História do Ceará, Biografias, Direito, entre outros.

De acordo com a curadora responsável pela biblioteca, Simone Barreto, o local é dividido em dois espaços. O primeiro recebe exclusivamente os livros correspondentes à parte da biblioteca particular de Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, um dos principais mecenas da história do Brasil e fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) e criador da Bienal Internacional de São Paulo. Ao todo, são mais de 3 mil exemplares.

Já a segunda sala abriga demais livros adquiridos pela Fundação Edson Queiroz, além de doações. “Eles são considerados especiais, pois se diferenciam de alguma forma. São raros, pela encadernação, pela data, pelo autor ou mesmo pelo histórico da coleção, quem era o colecionador ou o organizador, por exemplo”, explica Simone.

Dentro da rara coleção de livros que pertenceu a Ciccillo Matarazzo é possível encontrar a primeira edição, datada de 1750, da Opere Varie di Architettura, de Giovanni-Batista Piranesi, considerado o maior gravador do século XVIII. A obra traz a série completa de gravuras dos cárceres de Roma.

Edições assinadas por modernistas como Marc Chagall e Max Ernst também compõem a coleção. Também merecem destaque o romance Menino de Engenho, de José Lins do Rego, com ilustrações originais de Cândido Portinari, o álbum Miserere, do artista Georges Rouault, com 58 litografias de grandes dimensões, e As vidas dos pintores, escultores e arquitetos, de Giorgio Vasari, pintor e arquiteto italiano conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos.

Outra presença importante para a composição é a coleção da Sociedade dos Cem Bibliófilos, formada pelos 23 volumes realizados na época, o que a torna completa.

“Estes livros contêm algo de artístico, como uma ilustração ou uma encadernação mais antiga e trabalhada com iluminuras. Há livros de história em que as ilustrações são feitas com pigmento de ouro. Livros com aquarela feita à mão, com gravuras originais. Isto é, todo o acervo está voltado para a arte”, conta Simone Barreto.

(Disponível em g1.globo.com. Adaptado.)

No final do último parágrafo do texto, aparece o trecho "conta Simone Barreto", em que "Simone Barreto" exerce determinada função sintática em relação ao verbo "conta". Considerando essa função, assinale a alternativa com um período em que a palavra "que" destacada exerça a mesma função.

Alternativas
Q2743976 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.


Livros raros encontrados na Biblioteca de Acervos Especiais da Unifor


Nacionalmente reconhecida como uma das maiores fomentadoras da apreciação da arte, a1 Universidade de Fortaleza, ao longo dos anos, trilhou um sólido caminho de estímulo às2 manifestações artísticas e à3 cultura. Seguindo esse caminho, a4 Fundação Edson Queiroz colocou à5 disposição do público em geral a6 Biblioteca de Acervos Especiais. Localizada no primeiro piso da Reitoria da Unifor, a7 biblioteca abriga um acervo composto por cerca de 9 mil volumes, divididos por assuntos como Literatura, Artes, História do Ceará, Biografias, Direito, entre outros.

De acordo com a curadora responsável pela biblioteca, Simone Barreto, o local é dividido em dois espaços. O primeiro recebe exclusivamente os livros correspondentes à parte da biblioteca particular de Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, um dos principais mecenas da história do Brasil e fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) e criador da Bienal Internacional de São Paulo. Ao todo, são mais de 3 mil exemplares.

Já a segunda sala abriga demais livros adquiridos pela Fundação Edson Queiroz, além de doações. “Eles são considerados especiais, pois se diferenciam de alguma forma. São raros, pela encadernação, pela data, pelo autor ou mesmo pelo histórico da coleção, quem era o colecionador ou o organizador, por exemplo”, explica Simone.

Dentro da rara coleção de livros que pertenceu a Ciccillo Matarazzo é possível encontrar a primeira edição, datada de 1750, da Opere Varie di Architettura, de Giovanni-Batista Piranesi, considerado o maior gravador do século XVIII. A obra traz a série completa de gravuras dos cárceres de Roma.

Edições assinadas por modernistas como Marc Chagall e Max Ernst também compõem a coleção. Também merecem destaque o romance Menino de Engenho, de José Lins do Rego, com ilustrações originais de Cândido Portinari, o álbum Miserere, do artista Georges Rouault, com 58 litografias de grandes dimensões, e As vidas dos pintores, escultores e arquitetos, de Giorgio Vasari, pintor e arquiteto italiano conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos.

Outra presença importante para a composição é a coleção da Sociedade dos Cem Bibliófilos, formada pelos 23 volumes realizados na época, o que a torna completa.

“Estes livros contêm algo de artístico, como uma ilustração ou uma encadernação mais antiga e trabalhada com iluminuras. Há livros de história em que as ilustrações são feitas com pigmento de ouro. Livros com aquarela feita à mão, com gravuras originais. Isto é, todo o acervo está voltado para a arte”, conta Simone Barreto.

(Disponível em g1.globo.com. Adaptado.)

No primeiro parágrafo do texto, foram assinalados sete termos: a; às; à; a; à; a; a, destacados com números de 1 a 7. Todos eles são analisados a seguir, quanto à morfossintaxe por que foram empregados. Julgue as seguintes afirmativas para depois assinalar a alternativa correta.


I. O termo assinalado com o número 1 classifica-se morfologicamente como artigo definido e sintaticamente integra o sujeito da oração.

II. O termo assinalado com o número 2 morfologicamente é uma contração da preposição "a" com o artigo definido "as" e sintaticamente integra o complemento nominal.

III. O termo assinalado com o número 3 tem em comum com todos os outros o artigo definido: em três dos termos, o artigo está contido; os quatro restantes são o próprio artigo.

IV. O termo assinalado com o número 4 classifica-se morfologicamente como preposição, mas sintaticamente falta o acento indicativo de crase.

V. O termo assinalado com o número 5 morfologicamente é uma contração da preposição "a" com o artigo definido "a", mas o acento indicativo de crase não se justifica sintaticamente.

VI. O termo assinalado com o número 6 classifica-se morfologicamente como artigo definido e sintaticamente integra o objeto direto.

VII. O termo assinalado com o número 7 classifica-se morfologicamente como artigo definido e sintaticamente integra o objeto direto.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Respostas
621: D
622: C
623: A
624: A
625: E
626: A
627: B
628: C
629: B
630: C
631: D
632: C
633: D
634: C
635: E
636: C
637: D
638: A
639: A
640: C