Questões de Português - Análise sintática para Concurso

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Q2495140 Português

Texto 1

O tratamento da água



Uma estação de tratamento de água apresenta vários tanques para etapas específicas do processo de limpeza


     Todos nós sabemos que a água é uma substância primordial para a manutenção da vida. Todavia, para que ela seja consumida por nós, é necessário que ela seja potável, isto é, apresente as seguintes características:

       1. ausência de impurezas;

       2. presença de sais minerais;

       3. ausência de micro-organismos;

       4. presença de flúor.

     Um detalhe alarmante é que a água própria para consumo está se tornando um bem cada dia mais escasso. É muito comum vermos nos noticiários que várias regiões não estão tendo mais um fácil acesso a esse valioso recurso. Muitas vezes, as pessoas perguntam-se: por que falta água se temos tantos rios, represas, lagos etc.? A resposta é o baixo nível de consciência das pessoas, de uma forma geral, sobre a questão do desperdício e mau uso da água.

      É importante saber também que, na verdade, a água de um rio, lago, represa, por exemplo, não pode ser utilizada por um ser humano para a ingestão (beber) porque pode apresentar diversos tipos de impurezas oriundas de ações humanas inconsequentes (resíduos industriais e esgoto). Assim, boa parte da água está poluída em maior ou menor grau.

     Em virtude da poluição presente é que se faz necessário o tratamento da água antes de ela ser consumida pela população.

(Mestre. Diogo Lopes Dias.)



No fragmento: “a água é uma substância primordial para a manutenção da vida.” O termo grifado é:
Alternativas
Q2494663 Português
A literatura como ferramenta, ontem e hoje


      Em seu texto “Literatura, escola e leitura”, Regina Zilberman (2008) propõe uma visita ao percurso histórico da interface entre literatura e educação. A autora retorna à Antiguidade e reflete sobre a Educação Moral e Social promovida pelas tragédias gregas e epopeias; à Idade Média, período no qual a literatura era entendida como parte da Gramática, Retórica e Lógica; e ao Renascimento, em que a literatura era utilizada para o ensino do Grego e do Latim.

        Entre os séculos XVII e XVIII, surge o modelo moderno de escola e a educação se torna obrigatória e responsabilidade dessa instituição. Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico. Em um contexto de consolidação dos Estados Nacionais – isto é, a centralização do poder político e econômico –, o estudo da literatura nacional passa a compor as propostas pedagógicas da escola, como maneira de dar força à língua estabelecida como nacional e às ideologias dominantes.

       Desde então, o ensino da literatura move-se entre dois objetivos: ajuda a conhecer a norma linguística nacional, de que é simultaneamente a expressão mais credenciada; e, arranjada segundo um eixo cronológico, responde por uma história que coincide com a história da região de quem toma o nome e cuja existência acaba por comprovar. (Zilberman, 2008, p. 49.)

      Contemporaneamente, parece-nos que a escola não passou incólume por esse processo. No contexto brasileiro, até a década de 1970, a literatura era entendida como um meio de transmitir a norma culta e incutir valores morais. A partir dessa década, com a entrada da literatura no então 2º grau, é adotada uma abordagem cronológica e historiográfica, com foco em características de uma época, e a literatura também passa a ser utilizada para o ensino da língua.

       Dessa forma, não é exagero dizer que, em contextos escolares, tradicionalmente, a literatura tem funcionado como uma espécie de ferramenta ou apoio (Todorov, 2010), que auxilia no ensino da língua e difunde a história do país e do mundo. Além disso, observa-se uma abordagem calcada na historiografia literária, que busca estabelecer uma série de autores e escolas literárias, com suas características próprias e engessadas.

       Tudo isso nos leva à constatação de que as aulas hoje abordam diversas coisas, mas literatura não é uma delas. Por mais que essa maneira de ensinar pareça um porto seguro – e é frequentemente apregoada por algumas universidades e livros didáticos – acreditamos que se trata, na verdade, de uma armadilha, que pode afastar cada vez mais crianças e jovens de um direito fundamental: o direito à literatura (Candido, 2011).



(Texto – Esdras Soares e Lara Rocha. 07 de agosto de 2023.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/104/a-literatura-os-jovens-e-a-escola-caminhos-para-aleitura-literaria-e-a-formacao-de-leitores. Fragmento.)
“Nesse momento, a literatura segue com propensão educativa, mas de outra natureza, deixando de ter finalidade ética para privilegiar um caráter linguístico.” (2º§) Considerando a afirmativa anterior, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2494042 Português
“As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor.”
A respeito do período acima, é incorreto afirmar que
Alternativas
Q2494040 Português
“É possível que não possamos comparecer ao evento hoje.”
Qual oração abaixo possui a mesma classificação que a oração acima:
Alternativas
Q2493279 Português
Leia o texto I abaixo que serve de referência para análise da questão.

As habilidades profissionais que inteligência artificial ainda não consegue replicar

        Um relatório do grupo financeiro Goldman Sachs, publicado em 2023, estima que a inteligência artificial capaz de gerar conteúdo realiza um quarto de todo o trabalho realizado por seres humanos. Segundo o relatório, trezentos milhões de empregos serão perdidos para a automação em toda a União Europeia e nos Estados Unidos.
        As consequências seriam desastrosas, de acordo com Martin Ford, autor do livro "A regra dos robôs: como a inteligência artificial transformará tudo". "Não é algo que acontecerá apenas individualmente, mas sim, de forma bastante sistêmica", diz ele. Isso traz consequências não só para alguns indivíduos, mas para toda a economia."
        Felizmente, nem tudo são más notícias. Os especialistas fazem uma ressalva: ainda existem coisas que a inteligência artificial não faz, tarefas que envolvem qualidades claramente humanas, como a inteligência emocional e o pensamento criativo.
        Por isso, mudar para funções centralizadas nestas habilidades ajuda a redução das chances de substituição pela inteligência artificial.
        "Existem três categorias gerais que estarão protegidas no futuro próximo", afirma Ford.
        "Primeiro, os empregos genuinamente criativos. Você não faz um trabalho previsível, nem simplesmente reorganiza as coisas. Você cria novas ideias e constrói algo novo."
        Isso não significa, necessariamente, que todos os empregos considerados "criativos" estejam seguros. Na verdade, atividades como o design gráfico e relacionadas às artes visuais estão entre as primeiras a desaparecer. Algoritmos básicos podem orientar um robô a analisar milhões de imagens, permitindo que a inteligência artificial domine instantaneamente a estética.
        Mas existe alguma segurança em outros tipos de criatividade, segundo Ford: "Na ciência, na medicina e no direito, pessoas geram novas estratégias legais ou comerciais, continuando em seus empregos."
        A segunda categoria protegida, de acordo com Ford, é a dos empregos que exigem relações interpessoais sofisticadas. Ele destaca enfermeiros, consultores comerciais e jornalistas investigativos.
        A terceira zona segura, na opinião de Ford, é a dos "empregos que realmente exigem muita mobilidade, agilidade e capacidade de solução de problemas em ambientes imprevisíveis". Muitos empregos no setor de serviços - eletricistas, encanadores, soldadores etc. - se encaixam nesta classificação. "São tipos de trabalho em que você lida com uma nova situação o tempo todo", acrescenta ele. Para automatizar trabalhos como estes, você precisaria de um robô de ficção científica. Você precisaria do C3PO de Star Wars."
        Embora os empregos que se enquadram nestas categorias continuarão ocupados por seres humanos, isso não significa que essas profissões estejam protegidas contra a ascensão da inteligência artificial. Na verdade, segundo a professora de economia trabalhista Joanne Song McLaughlin, da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a maioria dos empregos, independentemente do setor, tem aspectos que serão automatizados pela tecnologia.
        Para ela, "em muitos casos, não existe ameaça imediata aos empregos, mas as tarefas mudarão". Os empregos humanos ficarão mais concentrados nas habilidades interpessoais, segundo McLaughlin.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51pddezq0go. Adaptado.
Analisando-se os fragmentos abaixo retirados do texto I, marque a alternativa cuja função sintática indicada entre parênteses esteja incorreta para o termo sublinhado.
Alternativas
Q2493081 Português
Texto para responder à questão.

Sequência didática e ensino de gêneros textuais 

O que são sequências didáticas?


    As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvematividades de aprendizagem e de avaliação.

As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?

    Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.

Por que usar sequências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?  

    Para ensinar os alunos a dominarem um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
    Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.

O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais? 

    É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a sequência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.
    Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.

Quais as etapas de realização e aplicação de uma sequência didática de gêneros textuais? 

Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte sequência didática: 

1. Apresentação da proposta.
2. Partir do conhecimento prévio dos alunos.
3. Contato inicial com o gênero textual em estudo.
4. Produção do texto inicial.
5. Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de textos do gênero.
6. Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo detalhado de sua situação de produção e circulação; estudo de elementos próprios da composição do gênero e de características da linguagem nele utilizada.
7. Produção coletiva.
8. Produção individual.
9. Revisão e reescrita.

(AMARAL, Heloísa. Sequência didática e ensino de gêneros textuais. Em: janeiro de 2024.)

Leia atentamente os seguintes fragmentos do texto e assinale a alternativa que identifica corretamente as classes de palavras e as suas respectivas funções sintáticas nos fragmentos apresentados:


Fragmento 1: “As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si.”

Fragmento 2: “É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar.”

Alternativas
Q2490968 Português

        Há quem diga que um dia os robôs irão dominar o mundo, já outros duvidam completamente dessa afirmação. Se isso vai ou não acontecer, não se sabe, mas o debate surgiu com força em 2023 — em boa medida, impulsionado por uma plataforma de inteligência artificial, o ChatGPT (chat generative pre-trained transformer).


        No final de 2022, o ChatGPT foi disponibilizado ao público e logo se popularizou. Na prática, ele responde a perguntas em poucos segundos. Mas essa não é bem a novidade — haja vista a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon. O que chama a atenção no ChatGPT é a capacidade de responder a questões mais complexas e específicas em linguagem mais fluida, como em uma conversa.


        A tecnologia logo chamou a atenção dos profissionais de ensino, que começaram a se questionar sobre o impacto da ferramenta nas salas de aula e sobre o seu potencial para ajudar alunos e professores, caso seja integrada à prática pedagógica.


Internet: <https://novaescola.org.br/> (com adaptações).

Julgue o item a seguir, relativos a aspectos linguísticos do texto precedente. 


O segundo e o terceiro períodos do segundo parágrafo exemplificam, respectivamente, um período simples e um período composto. 

Alternativas
Q2490745 Português
O período é um enunciado com sentido completo construído por uma ou mais orações. Ele pode ser simples ou composto.

Considerando-se o enunciado e, ainda, a classificação dos períodos em simples ou em composto, associe corretamente a classificação do período a seus respectivos exemplos.

CLASSIFICAÇÕES DOS PERÍODOS 

1 - Simples
2 - Composto
EXEMPLOS
( ) O dia de hoje está muito agradável!
( ) Dormiu, passeou, leu e assistiu a muitos filmes nas férias.
( ) Decidiremos quando nos encontrarmos.

A sequência correta para essa associação é: .
Alternativas
Q2490241 Português

Leia o texto I abaixo que serve de referência para análise da questão


O que move a humanidade


        Existem muitas teorias sobre o que fez o Homem dominar o planeta e construir civilizações enquanto o joão-de-barro, por exemplo, só consegue construir conjugados, e levar grandes mulheres para a cama enquanto o máximo que um gorila conseguiu foi segurar a mão da Sigourney Weaver. Dizem que o cavalo é mais bonito que do que o Homem e a barata é mais resistente, mas não há notícia de uma fuga a três vozes composta por um cavalo ou uma liga de aço inventada por uma barata. Tudo se deveria ao fato de uma linhagem particular de macacos ter desenvolvido o dedão opositor, com o qual conseguiu descascar uma banana e segurar um tacape, as condições primordiais para dominar o mundo. A vaidade, outra característica exclusivamente humana (o pavão também é vaidoso, mas não gasta uma fortuna com as penas dos outros para fazer sua cauda) também teria contribuído para que o Homem prevalecesse, pois de nada lhe adiantariam suas façanhas com o polegar, e com as mulheres, se não pudesse contar depois. Daí nasceu a linguagem, e com ela a mentira, e o Homem estava feito.
        Mas eu acho que a verdadeira força motriz do desenvolvimento humano, a razão da superioridade e do sucesso do Homem, foi a preguiça.
        Com a possível exceção da própria preguiça, nenhum animal é tão preguiçoso quanto o Homem. O desenvolvimento do dedão opositor nasceu da preguiça de combinar dentes e garras para comer e ainda ter que limpar os farelos do peito depois. A linguagem é fruto da preguiça de roncar, grunhir, pular e bater no peito para se comunicar com os outros e, mesmo, ninguém aguentava mais mímico. A técnica é fruto da preguiça. O que são o estilingue, a flecha e a lança senão maneiras de não precisar ir lá e esgoelar a caça ou um semelhante com as mãos, arriscando-se a levar a pior e perder a viagem? O que estaria pensando o inventor da roda senão no eventual desenvolvimento da charrete, que, atrelada a um animal menos preguiçoso do que ele, o levaria a toda parte sem que ele precisasse correr ou caminhar? 
        Dizem que a agressividade e o gosto pela guerra determinaram o avanço científico da humanidade, e se é verdade que a maioria das invenções modernas nasceu da necessidade militar, também é verdade que o objetivo de cada nova arma era o de diminuir o esforço necessário para matar os outros. O produto supremo da ciência militar, o foguete intercontinental com ogivas nucleares múltiplas, é uma obra-prima da preguiça aplicada: apertando-se um único botão se matam milhões de outros sem sair da poltrona. Uma combinação perfeita do instinto assassino e do comodismo. A apoteose do dedão.
        Toda a história das telecomunicações, desde os tambores tribais e seus códigos primitivos até os sinais de TV e a internet, se deve ao desejo humano de enviar a mensagem em vez de ir entregá-la pessoalmente ou mandar um guri resmungão. A fome de riqueza e o poder do Homem não passa da vontade de poder mandar outros fazerem o que ele tem preguiça de fazer, seja trazer os seus chinelos ou construir as suas pirâmides. A química moderna é filha da alquimia, que era a tentativa de ter o outro sem ter que procurá-lo, ou trabalhar para merecê-lo. A física e a filosofia são produtos da contemplação, que é um subproduto da indolência e uma alternativa para a sesta. A grande arte também se deve à preguiça. Não por acaso, o que é considerada a maior realização da melhor época da arte ocidental, o teto da Capela Sistina, foi feita pelo Michelangelo deitado. Prost escreveu o Em Busca do Tempo Perdido deitado. Vá lá, recostado. As duas maiores invenções contemporâneas, depois do antibiótico e do microchip, que são a escada rolante e o manobrista, devem sua existência à preguiça. E não vamos nem falar no controle remoto.

(VERÍSSIMO, L. F. O Mundo é Bárbaro e o que nós temos a ver com isso; Rio de Janeiro: ed. Objetiva, 2008)
O trecho abaixo servirá de base para a questão em relação às expressões em destaque.

Existem muitas teorias sobre o que fez o Homem dominar o planeta e construir civilizações enquanto o joão-de-barro, por exemplo, só consegue construir conjugados, e levar grandes mulheres para a cama enquanto o máximo que um gorila conseguiu foi segurar a mão da Sigourney Weaver. Dizem que o cavalo é mais bonito que do que o Homem e a barata é mais resistente, mas não há notícia de uma fuga a três vozes composta por um cavalo ou uma liga de aço inventada por uma barata.” 


Leia as afirmações abaixo:

I. O verbo “Existem” é transitivo direto tendo “muitas teorias” como seu objeto direto.
II. O verbo “construir” possui um sujeito determinado: “o joão-debarro”.
III. O termo “da Sigourney Weaver” é um complemento nominal do vocábulo “mão”.

Pode-se afirmar que, para a análise sintática, encontra-se correto o que se afirma: 

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Q2489933 Português
LEIA O TEXTO E RESPONDA A QUESTÃO SEGUINTE. 

A namorada

Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail. O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

(Manoel de Barros) 
O verso ‘‘Se a namorada respondesse pela mesma pedra era uma glória!’’ pode ser classificado como
Alternativas
Q2489388 Português
Leia o texto para responder à questão.

Exagerado. (Cazuza).

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade,
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade.

Paixão cruel, desenfreada,
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras,
Minhas mancadas.

Exagerado
Jogado aos teus pés,
Eu sou mesmo exagerado,
Adoro um amor inventado.

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar,
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar.

E por você eu largo tudo,
Vou mendigar, roubar, matar,
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais.

Exagerado
Jogado aos teus pés,
Eu sou mesmo exagerado,
Adoro um amor inventado.

E por você eu largo tudo,
Carreira, dinheiro, canudo,
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais.

Exagerado Jogado aos teus pés,
Eu sou mesmo exagerado,
Adoro um amor inventado.

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas,
Exagerado,
Eu adoro um amor inventado.

Jogado aos teus pés,
Eu sou mesmo exagerado,
Adoro um amor inventado. 
No verso “E por você eu largo tudo”, temos uma oração: 
Alternativas
Q2489258 Português

Leia o texto para responder à questão.


Surucucu-do-pantanal.  



(https://pt.wikipedia.org/wiki/Surucucu-do-pantanal).  


A surucucu-do-pantanal é uma serpente grande e opistóglifa do Novo Mundo, endêmica à América do Sul.


A surucucu-do-pantanal é uma serpente grande e opistóglifa do Novo Mundo, endêmica à América do Sul. A surucucu-do-pantanal é uma serpente grande que pode ter um comprimento em excesso de 3 m quando adulta. Porém, a maioria chega a aproximadamente 2 m em comprimento total. Possui um corpo médio, portanto, não é particularmente pesada nem delgada. Os machos são muito menores do que as fêmeas. A surucucu-do-pantanal tem a habilidade de achatar seu pescoço como ação defensiva, para aparecer-se maior e mais intimidadora. Todavia ela pode achatar não só seu pescoço, mas áreas mais adiantes em seu corpo também; a surucucu-do-pantanal tem olhos grandes com pupilas circulares, permitindo boa visão durante o dia. Sua língua é preta e típica de serpentes.

A cor de fundo de uma espécime madura é um verde-oliva, ou marrom, com faixas negras cobrindo muito do seu corpo, e também atrás dos olhos. A coloração e faixamento do fundo geralmente se tornam mais escuras para o fim da cauda, isto dá à surucucu-do-pantanal camuflagem em seu meio ambiente natural na floresta úmida. Suas escamas ventrais são amarelas, ou marrons, sarapintado com nódoas que formam três linhas pontilhadas que parecem fundir-se na direção da cauda. Já foi sugerido que as fêmeas são marrons ventralmente, enquanto os machos são amarelos e que fêmeas tem faixas e marcas mais claras em seus corpos. Isto não é uma maneira efetiva de julgar o sexo de uma surucucu-do-pantanal, pois há pequenas variações em coloração entre todos indivíduos. Filhotes e juvenis são muito mais escuros em coloração e não têm os típicos olhos escuros de adultos. Em cativeiro, animais hipomelanísticos já foram produzidos. Estes animais variam em coloração, alguns tendo somente lombos levemente mais claros, até alguns que quase não têm padrão.

Os dentes posteriores maxilares da surucucu-do-pantanal são alargados, e a glândula de Duvernoy produz uma secreção com atividade proteolítica alta. Além da habilidade desta serpente grande e poderosa a infligir trauma mecânico, já houveram numerosos casos de envenenamento local e possivelmente hipersensibilidade, a maioria dos quais passaram não-reportados. Mordidas prolongadas, onde o veneno é mastigado no local, podem resultar em inchaço doloroso, de vez em quando extensivo e persistente, assim como hematomas. Mesmo assim, a espécie continua aumentando em popularidade como um animal de estimação, especialmente em anos recentes.

Em um caso, um empregado de uma loja de animais foi mordido no pulso por uma espécime que não o soltou por um minuto e meio. Houve inchação leve, mas depois de nove horas, a vítima alegou ter sofrido três surtos de paralisia muscular, durante os quais ele caiu e não teve a habilidade de comunicar, ou se mover. Entretanto, uma examinação médica não produziu nenhum resultado anormal. Os sintomas descritos podem ter sido a consequência de ansiedade. 

Na América do Sul, a surucucu-do-pantanal pode ser encontrada do leste da Bolívia até o sul do Brasil, no Paraguai e na Argentina.

A surucucu-do-pantanal geralmente vive em áreas úmidas e, como seu nome implica, em pântanos, tipicamente dentro das florestas tropicais que são comuns dentro de seu alcance. Contudo, a surucucu-do-pantanal já foi observada em áreas mais secas, embora este não é seu habitat favorecido. A preferência de zonas úmidas como um habitat para a surucucu-do-pantanal contribui ao seu nome comum anglófono, false water cobra (falsa-cobra-d'água).

A surucucu-do-pantanal é primariamente uma espécie diurna, muito ativa, é inquisitiva. Durante o dia, elas passam muito tempo escalando, entocando e até nadando. Sua habilidade de achatar seu pescoço é usada defensivamente, mas ela permanece na posição horizontal, outro aspecto que a diferencia da cobra verdadeira. Seus temperamentos podem variar muito entre indivíduos; algumas são dóceis e recusam a morder, quanto outras são muito defensivas. Um dos seus nomes, boipevaçu, tem origem in língua tupi, vindo de boipeva, 'cobra chata', e açu, 'grande', como resultado do seu comportamento e tamanho. Porém, espécimes criadas em cativeiro podem até se tornarem bastante mansas e muitas exibem um nível alto de inteligência.

Na natureza, a surucucu-do-pantanal se alimenta de anfíbios, peixes, mamíferos pequenos, e outras cobras, particularmente colubrídeas, de modo geral há uma correlação positiva entre tamanho de cobra e de sua presa. Já foi observada caçando em águas rasas usando uma tática onde, com seu corpo submerso e sua cabeça pouco acima da superfície da agua, ela movimenta sua cauda para espantar as rãs abrigadas. Assim, quando as suas presas saltam, procura capturá-las. Também pode apresentar um dente diferenciado na parte superior de sua boca, usado para furar os pulmões de anfíbios que se inflam como defesa. Em cativeiro, pode ser introduzida a outros tipos de comida, também. 

No período “A surucucu-do-pantanal é uma serpente grande que pode ter um comprimento em excesso de 3 m quando adulta. Porém, a maioria chega a aproximadamente 2 m em comprimento total”, a oração grifada é:  
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Q2489233 Português
Leia o texto para responder à questão.

O meu olhar. (Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos").

O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar... 
No período “Porque o vejo. Mas não penso nele”, a oração grifada é: 
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Q2489055 Português


Texto 2 








Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/campanha-do-cnj-enfatiza-o-papel-dajustica-para-as-diferentes-demandas-das-mulheres/>. Acesso em: 26 mar.2024.


A partir da análise morfossintática e semântica das frases “Cada mulher, uma demanda. Por todas, a justiça.”, é possível inferir que as formas verbais subentendidas na mensagem publicitária são, respectivamente,
Alternativas
Q2489053 Português
Texto 1


Paridade de gênero nas prefeituras do Brasil pode
demorar até 144 anos para ser atingida, diz estudo



         A igualdade de gênero em prefeituras brasileiras pode demorar mais de um século para ser atingida, segundo o relatório “Desigualdade de Gênero e Raça na Política Brasileira”, feito pelo Instituto Alziras e pelo Oxfam Brasil.

           O levantamento mostra que esse deve ser um desafio pelos próximos 144 anos se mantido o mesmo ritmo de eleição de homens e mulheres. O levantamento tem como base os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que quantificam o perfil das candidaturas e das pessoas eleitas para o poder Executivo e Legislativo municipal com recorte de gênero e raça. Foram analisados os anos eleitorais de 2016 e 2020.

        Embora sejam a maioria da população brasileira e acumulem mais anos de estudo que os candidatos homens, as mulheres representaram menos de 14% das candidaturas a prefeituras no Brasil em 2020, segundo o relatório. Em 2016, eram 13% de candidatas mulheres ao Executivo.

         No Legislativo, o cenário é de mais representatividade devido à Lei de Cotas e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), ambos em vigor desde 2020, que determinam que os partidos preencham ao menos 30% de suas vagas com mulheres e destinem o mesmo percentual para custear as campanhas dessas candidatas.

      Como resultado, as Câmaras registraram um número equivalente a 35% de candidaturas femininas para vereadoras em 2020, com acesso a 32% da receita destinada à campanha. Em 2016, eram 32,5% de candidatas mulheres, com 21% do total da receita.



PUENTE, Beatriz. Paridade de gênero nas prefeituras do Brasil pode demorar até 144 anos para ser atingida, diz estudo. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2024. [Adaptado]. 



No terceiro parágrafo, as duas primeiras orações possuem uma relação de coordenação e, juntas, estabelecem com a última oração do período sintático uma relação semântica de 
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Q2488845 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Precisamos falar sobre a Madonna, a nova grande voz contra o etarismo

Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas têm. "Nós somos feitos de futuro", se Madonna é, nós também podemos ser.
Francisco Iglesias | 25/04/2024

            “Poder. Inovação. Identidade. Madonna, 65 anos de talento, ativismo e importância na cena musical, misturou tudo isso e muito mais em uma carreira singular na música, moda, filmes, além disso, ultrapassou fronteiras e obliterou o status quo.”, publicou o New York Times durante as celebrações de seu 60º aniversário.
           Durante décadas, Madonna esteve no centro de polêmicas por causa de suas canções de discurso empoderado, da defesa da liberdade sexual da mulher e dos LGBTQ+, assim como da liberdade de expressão, influenciando pessoas em todo o mundo. Não poderia ser diferente, nos dias de hoje, a rainha do pop tornar-se mais uma das grandes vozes contra o Etarismo.
         “Envelhecer é pecado. Você será criticada, será vilipendiada e definitivamente não será tocada no rádio”, disse Madonna após ganhar o prêmio de Mulher do Ano da Billboard em 2016. “As pessoas dizem que eu sou tão polêmica, mas acho que a coisa mais POLÊMICA1 que já fiz foi ficar por aí.”
           Madonna nasceu no final da década de 50 do século passado, em 16 de agosto de 1958. Ela faz parte da geração que inventou o “jovem”, e ao mesmo tempo, sem saber, também o etarismo, conforme brilhantemente o multitarefa Nelson Motta escreveu em sua coluna de outubro de 2023 para “O Globo”. 
         “Penso que, assim como inventamos o ‘Jovem’ (e o etarismo), cabe a essa geração de sobreviventes tentar inventar o ‘Velho’, pelo rompimento com preconceitos conservadores, com limitações de cultura e comportamento, com a construção de velhos fortes e saudáveis, orgulhosos de sua experiência, trabalhando, produzindo, namorando, fazendo sexo, brigando, sofrendo e vivendo da melhor maneira até onde der.” (Nelson Motta, “De volta para o futuro”, 1968).
        Em geral, uma celebridade não pode se dar ao luxo de ser tão contundente no que acredita, mas Madonna fala francamente, “é sem dúvida um ícone. Mesmo com o passar do tempo e as reinvenções da indústria musical, a artista se mantém no topo da lista de referências quando o assunto é cultura pop.” (Camilla Millan, na revista “Rolling Stones”)
            Como deve ser de conhecimento de todos, Madonna fará um show gratuito na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, no próximo dia 4 de maio, em celebração aos 100 anos do patrocinador, Banco Itaú, aos seus 40 anos de carreira e ao encerramento do fim da turnê “The Celebration”.
            Propaganda boa a gente tem que aplaudir, e o pontapé inicial para essa comemoração dos 100 anos do banco foi a peça publicitária, estrelada por Madonna e outros nomes, de dezembro de 2023. NINGUÉM2 representa mais a ideia de reinvenção e longevidade na prática do que Madonna. “Ser feito de futuro é ter capacidade de perpassar os tempos e permanecer relevante, se reinventando. Esse movimento é um convite para que todos se inspirem e valorizem o tempo, a longevidade e o legado que cada um constrói em suas vidas”, diz em nota a superintendente de Marketing do Itaú, Thaiza Akemi.
           O Itaú entregou à Madonna a criação de seu comercial, a primeira em que o banco permitiu que um artista criasse do zero a publicidade. A seguir algumas frases, em tradução livre, da propaganda:
            “É um elogio quando me chamam de rainha do pop, mas a monarquia pertence ao passado, eu não. Eu não tenho idade, eu tenho todas as idades. Não é sobre quem eu sou, mas quantas eu sou. CONTÉM3 as minhas conquistas e não o número de anos que vivi nesse planeta.”
        “Sempre estou me reinventando, assim posso continuar a ser quem eu sou. Continuo me reinventando para poder continuar sendo eu mesma. Acho que a coisa mais controversa que eu já fiz foi ter ficado por aqui. Já vi muitas estrelas surgirem e sumirem como estrelas cadentes, mas a minha vida nunca irá desaparecer.”
           “Nem todos estão indo para o futuro, mas eu estou e continuarei indo, hoje, amanhã e nos próximos 100 anos.”
           Nada se parece mais com Madonna do que essas frases, com isso Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas TÊM4 . A idade não existe a não ser pelo preconceito.
           “Nós somos feitos de futuro”. Se Madonna é assim, nós TANBÉM5 podemos ser. 

(Fonte: https://www.em.com.br/colunistas/juventudereversa/2024/04/6844213-precisamos-falar-sobre-amadonna-a-nova-grande-voz-contra-o-etarismo.html. Acesso em: 27 abr. 2024. Adaptado.)
Qual é a função da vírgula entre colchetes no trecho “Propaganda boa a gente tem que aplaudir[,] e o pontapé inicial para essa comemoração dos 100 anos do banco foi a peça publicitária, estrelada por Madonna e outros nomes, de dezembro de 2023.”?
Alternativas
Q2488844 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Precisamos falar sobre a Madonna, a nova grande voz contra o etarismo

Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas têm. "Nós somos feitos de futuro", se Madonna é, nós também podemos ser.
Francisco Iglesias | 25/04/2024

            “Poder. Inovação. Identidade. Madonna, 65 anos de talento, ativismo e importância na cena musical, misturou tudo isso e muito mais em uma carreira singular na música, moda, filmes, além disso, ultrapassou fronteiras e obliterou o status quo.”, publicou o New York Times durante as celebrações de seu 60º aniversário.
           Durante décadas, Madonna esteve no centro de polêmicas por causa de suas canções de discurso empoderado, da defesa da liberdade sexual da mulher e dos LGBTQ+, assim como da liberdade de expressão, influenciando pessoas em todo o mundo. Não poderia ser diferente, nos dias de hoje, a rainha do pop tornar-se mais uma das grandes vozes contra o Etarismo.
         “Envelhecer é pecado. Você será criticada, será vilipendiada e definitivamente não será tocada no rádio”, disse Madonna após ganhar o prêmio de Mulher do Ano da Billboard em 2016. “As pessoas dizem que eu sou tão polêmica, mas acho que a coisa mais POLÊMICA1 que já fiz foi ficar por aí.”
           Madonna nasceu no final da década de 50 do século passado, em 16 de agosto de 1958. Ela faz parte da geração que inventou o “jovem”, e ao mesmo tempo, sem saber, também o etarismo, conforme brilhantemente o multitarefa Nelson Motta escreveu em sua coluna de outubro de 2023 para “O Globo”. 
         “Penso que, assim como inventamos o ‘Jovem’ (e o etarismo), cabe a essa geração de sobreviventes tentar inventar o ‘Velho’, pelo rompimento com preconceitos conservadores, com limitações de cultura e comportamento, com a construção de velhos fortes e saudáveis, orgulhosos de sua experiência, trabalhando, produzindo, namorando, fazendo sexo, brigando, sofrendo e vivendo da melhor maneira até onde der.” (Nelson Motta, “De volta para o futuro”, 1968).
        Em geral, uma celebridade não pode se dar ao luxo de ser tão contundente no que acredita, mas Madonna fala francamente, “é sem dúvida um ícone. Mesmo com o passar do tempo e as reinvenções da indústria musical, a artista se mantém no topo da lista de referências quando o assunto é cultura pop.” (Camilla Millan, na revista “Rolling Stones”)
            Como deve ser de conhecimento de todos, Madonna fará um show gratuito na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, no próximo dia 4 de maio, em celebração aos 100 anos do patrocinador, Banco Itaú, aos seus 40 anos de carreira e ao encerramento do fim da turnê “The Celebration”.
            Propaganda boa a gente tem que aplaudir, e o pontapé inicial para essa comemoração dos 100 anos do banco foi a peça publicitária, estrelada por Madonna e outros nomes, de dezembro de 2023. NINGUÉM2 representa mais a ideia de reinvenção e longevidade na prática do que Madonna. “Ser feito de futuro é ter capacidade de perpassar os tempos e permanecer relevante, se reinventando. Esse movimento é um convite para que todos se inspirem e valorizem o tempo, a longevidade e o legado que cada um constrói em suas vidas”, diz em nota a superintendente de Marketing do Itaú, Thaiza Akemi.
           O Itaú entregou à Madonna a criação de seu comercial, a primeira em que o banco permitiu que um artista criasse do zero a publicidade. A seguir algumas frases, em tradução livre, da propaganda:
            “É um elogio quando me chamam de rainha do pop, mas a monarquia pertence ao passado, eu não. Eu não tenho idade, eu tenho todas as idades. Não é sobre quem eu sou, mas quantas eu sou. CONTÉM3 as minhas conquistas e não o número de anos que vivi nesse planeta.”
        “Sempre estou me reinventando, assim posso continuar a ser quem eu sou. Continuo me reinventando para poder continuar sendo eu mesma. Acho que a coisa mais controversa que eu já fiz foi ter ficado por aqui. Já vi muitas estrelas surgirem e sumirem como estrelas cadentes, mas a minha vida nunca irá desaparecer.”
           “Nem todos estão indo para o futuro, mas eu estou e continuarei indo, hoje, amanhã e nos próximos 100 anos.”
           Nada se parece mais com Madonna do que essas frases, com isso Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas TÊM4 . A idade não existe a não ser pelo preconceito.
           “Nós somos feitos de futuro”. Se Madonna é assim, nós TANBÉM5 podemos ser. 

(Fonte: https://www.em.com.br/colunistas/juventudereversa/2024/04/6844213-precisamos-falar-sobre-amadonna-a-nova-grande-voz-contra-o-etarismo.html. Acesso em: 27 abr. 2024. Adaptado.)
Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta sobre a construção sintática do período “É um elogio quando me chamam de rainha do pop, mas a monarquia pertence ao passado, eu não”:
Alternativas
Q2487176 Português
Beijos


      Esforçava-se para ser um homem moderno, mas tinha dificuldade com o protocolo. Não sabia, por exemplo, a quem beijar.

Quando via aproximar-se uma conhecida do casal, perguntava para a mulher, apreensivo, com o canto da boca:

     – Essa eu beijo?

      Nunca se lembrava. Para simplificar, começou a beijar todas. Conhecidas ou não. Quando lhe apresentavam uma mulher, em vez do aperto de mão, lhe aplicava dois beijos. “Muito prazer!”

    A quantidade era outro problema. Já tinha dominado os dois beijos, estava confortável com os dois beijos, quando a moda passou a ser três. A mulher, uma vez, observou:

        – Não sabia que você era tão amigo da Leonor.

       – Beijo todas!

       – Mas quatro beijos!

       – Me passei na conta.

       Era difícil. Às vezes ele partia para o terceiro beijo e a beijada não esperava. Ou então ela esperava e ele não dava, e quando ele voltava para o terceiro ela já recuara. O problema da vida, pensava, é que a vida não é coreografada.
 
        Aí os homens começaram a se beijar. Tudo bem. Seu lema passou a ser: se me beijarem eu beijo, mas não tomo a iniciativa. Sua vida social complicou-se. Quando chegavam numa reunião, fazia um rápido levantamento. Essa eu beijo duas vezes, essa três, esse me beija, esse não me beija, aquele já está me beijando três vezes... Quando, no seu grupo, as pessoas começavam a se cumprimentar com beijos na boca, ele se desesperou.

         Naquela noite, na volta de uma festa de casamento, a mulher comentou:

         – Você enlouqueceu?

         – Me descontrolei, pronto.

         – Você beijou todo mundo.

        – Todo mundo estava beijando todo mundo.

        – Você beijou homem na boca.
   
        – Espera aí. Foi por engano. E foi um homem só.

        – Mas logo o padre!

        Tomado de uma espécie de frenesi, depois de beijar uma fileira de conhecidos e desconhecidos, ele dobrara o padre pela cintura e o beijara longamente, como no cinema antigo.



(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A mulher do Silva. Porto Alegre, L&PM, 1984. p. 40-1)
Segundo o conto de Luís Fernando Veríssimo – “Beijos”, assinale a afirmativa INDEVIDA.
Alternativas
Q2487140 Português
No período composto: “As pessoas parecem que são mais felizes com dinheiro”, a segunda oração deve ser classificada como:
Alternativas
Q2487138 Português
Leia o texto e responda: 

Em se tratando de amor, todos já ouvimos falar que o ser humano está sempre procurando a sua metade, e que ser feliz depende de encontrá-la. Busca difícil essa, uma vez que há milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. E se a nossa metade estiver na Groelândia, por exemplo? Essa crença tem origem numa história muito antiga, mais ou menos entre os séculos 3 e 4 antes da nossa era, e envolve Aristófones, dramaturgo grego que frequentava os banquetes de Platão.

Disponível em: https://www.cienciahoje.org.br/artigo/ah-o-amor/. Acesso em: 24 abr. 2024.
Assinale a alternativa em que o termo em negrito funciona como complemento verbal.
Alternativas
Respostas
1401: A
1402: D
1403: A
1404: C
1405: B
1406: D
1407: C
1408: B
1409: B
1410: C
1411: C
1412: C
1413: C
1414: D
1415: A
1416: B
1417: A
1418: A
1419: C
1420: D