Questões de Português - Análise sintática para Concurso
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Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.
Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.
A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.
A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.
Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente
(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)
No segmento do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, a oração sublinhada complementa o sentido de
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de 31 a 43.
Para assegurar a pertinência da dominação produtiva industrial, do modo de pensar e de fazer que a gera e que ela induz, é preciso fazer romper a alteridade em múltiplas facetas de exotismo. É preciso também fazer aparecer as sociedades ainda diferentes como caminhos sem saída, erros, ausências ou inacabados no curso de uma progressão histórica inelutável. Na melhor das hipóteses, poder-se-ia considerá-los como traços de fases anteriores na construção da cidade humana universal. As sociedades que a exploração descobre, tornam-se imagens fotográficas e depois cinematográficas suscetíveis de ser transportadas, editadas, montadas, referidas e, sobretudo, comentadas em relação a um espectador cuja centralidade e o caráter de referencialidade essencial não são postos em questão. Trata-se de tentativas de levantamentos sistemáticos de desvios e de etapas no que será a elaboração de uma humanidade alocada sob a chancela universal do darwinismo.
A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos. O cinema completa a panóplia dos instrumentos para essa coleta generalizada, fundindo a ambição do olhar à objetividade pela supressão dos obstáculos do espaço e do tempo. A imagem animada capta o transitório da duração, supera a subjetividade do testemunho duvidoso dos viajantes de longa distância, suprime os desvios especiosos da memória: os momentos fugidios da vivência, as singularidades e as diferenças do Outro tornam-se transportáveis e, portanto, observáveis à vontade, como o obelisco de Luxor, as múmias do Egito ou os afrescos do Partenon.
A etnografia iniciada por Franz Boas, e que fará da pesquisa de campo seu “laboratório” indispensável, emergindo dos limbos da reflexão teórica e frequentemente ética sobre as origens e as etapas das sociedades humanas, se tornará, do mesmo modo, um instrumento dessa coleção de realidades do mundo e de uma “objetivação” no mesmo sentido do olhar. A apresentação de uma observação dinâmica e totalizante, a passagem “pelo campo” e, portanto, a experimentação, fazem do cinema e da etnografia irmãos gêmeos de um empreendimento comum de descoberta, de identificação, de apropriação e talvez de absorção e de assimilação do mundo e de suas histórias.
Ao extremo da distância/diferença constatada, nas regiões mais remotas, no seio das sociedades mais exóticas, se – isto é, este anônimo genérico e referencial que se considera o homem branco – identificavam, com um fervor receoso, primitivismos nos limites de um inquietante estado de natureza, canibalismos “selvagens” marcando aparentemente o que devia ser o salto qualitativo em direção à cultura ou antes em direção à Civilização com sua maiúscula. Com essas designações, essas estigmatizações fascinadas, o homem ocidental decerto mastigava, como em uma denegação analítica, sua própria bulimia, sua necessidade incessante de apropriação, de dominação, projetando finalmente no outro seu próprio desejo de consumo, de devoração...! A gravação por imagem e som, assim como o empreendimento de categorização etnográfica, contribuem para os mesmos efeitos: absorver a distância material do outro e reduzi-lo a imagem e a conceitos de que se alimentam meu olhar e minha mente
(Adaptado de: PIAULT, Marc. Antropologia e Cinema. São Paulo, Editora Unifesp, 2018)
A melhora das condições técnicas da exploração do mundo (transporte e comunicação se aperfeiçoam com a máquina a vapor, a eletricidade e o telégrafo) fornecia a essas intenções meios cada vez mais performativos.
Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido, as orações que compõem a frase acima encontram-se articuladas por meio de subordinação em:
De acordo com a linguagem culta formal, assinale a assertiva em que a regência foi utilizada da forma correta:
Terrorismo
O terrorismo é o nome dado a protestos violentos realizados por grupos ou indivíduos que objetivam transformar ordens do governo, bem como o próprio governo, por meio do pânico, gerando decisões precipitadas e radicais. Nos dias atuais, o terrorismo é visto e praticado de forma diferente daquela que se manifestava antigamente, pois exige planejamento, objetivos em foco, recursos financeiros e a presença de guerreiros. Nesse contexto, acredita-se que atos terroristas são financiados por pessoas bem sucedidas que simpatizam com o movimento, por pessoas ligadas ao governo que tentam secretamente destruir algo e ainda pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Os terroristas utilizam explosivos, gases nocivos, vírus, bactérias, materiais radioativos, armamentos atômicos e ainda sequestros e assassinatos.
(Adaptado. Disponível em : http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terrorism o.htm
Com base no texto 'Terrorismo', marque a opção CORRETA
Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo.
Sem prejuízos com a comida
01. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
02. Agropecuária) passou a orientar os consumidores para que
03. reduzam o ______ de alimentos. Dicas e informações
04. sobre os atributos de qualidade na compra, o correto
05. ______ e ______ dos produtos nos mercados e nas
06. residências para evitar a perda de alimentos estão
07. agora disponíveis em uma página da internet,
08. patrocinada pela instituição.
09. Além de orientar sobre cuidados, a página pretende
10. estimular o aumento do consumo de vegetais, com
11. diversas opções de preparos, salientando que as
12. hortaliças não devem servir apenas para saladas.
Fonte: adaptado de Zero Hora, Hortaliças, publicado em 14 e 15/11/2017.
No trecho salientando que as hortaliças não devem servir apenas para saladas (l. 11-12), a oração que inicia com que as hortaliças é classificada como