Questões de Concurso Sobre análise sintática em português

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Q2305327 Português
Assinalar a alternativa que apresenta um objeto direto:
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Q2304779 Português

TEXTO BASE PARA A QUESTÃO.


CESTA BÁSICA APONTA REDUÇÃO


J. BOSCO/O LIBERAL. Disponível em: https://www.oliberal.com/charges/cesta-basica-aponta-reducao-1.718299 . Acesso em: 09 de outubro de 2023

Em “Papai, não faça muita força para não quebrar meu carrinho de brinquedo”, a oração destacada introduz uma
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Q2304748 Português
Leia a anedota a seguir para responder a questão:


            Quando funcionários do restaurante em que trabalho participaram de um seminário de protessão contra incêndios, vimos um oficial dos bombeiros demonstrar o modo adequado de se usar um extintor.
            – Puxem o pino como se fôsse uma granada – explicou ele – e depois baixem o gatilho para soltar a espuma.
            Mais tarde, uma funcionária foi escolhida para apagar um incêndio simuládo em um estacionamento. Nervosa, então, ela se esqueceu de puxar o pino. Nosso instrutor deu uma dica.
            – Como uma granada, lembra?
            Com um rompante de confiança, ela puxou o pino e jogou o extintor no fogo.

(A anedota a seguir é uma adaptação de original extraído do seguinte sítio da internet: https://segredosdomundo.r7.com/anedotas/) 

Analise a frase a seguir:


“Depois baixem o gatilho para soltar a espuma”.


O termo sublinhado na frase acima exerce a função de:

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Q2304741 Português
A respeitos das classes gramaticais, analise:
(__) Pronomes: acompanham os substantivos de maneira que podem substituí-los; são classificados em pronomes: pessoais (caso reto e caso oblíquo), possessivos, demonstrativos, tratamento, indefinidos, relativos, interrogativos;
(__) Preposições: determinam a quantidade de tudo que existe;
(__ ) Numerais: conectam dois termos da oração por meio de uma relação de subordinação.

Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso, a sequência das proposições acima é:
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Q2304665 Português

A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.



Analise o período a seguir:
Some-se a isso o fato de as mulheres vivenciarem experiências como a gravidez e a menopausa, com grandes mudanças hormonais.” (linhas 8 a 10).
Sobre sua análise sintática, morfológica e de colocação, assinale a alternativa CORRETA.
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Ano: 2023 Banca: Instituto Consulplan Órgão: Prefeitura de Guarapari - ES Provas: Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional Especialista em Saúde C (PES-C) – Terapeuta Ocupacional | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Engenharia e Arquitetura (PEA) – Engenheiro de Tráfego | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional Especialista em Saúde B (PES-B) – Farmacêutico | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Especialidades B (PE-B) – Nutricionista | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Odontologia (PeO) – Odontólogo | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional Especialista em Assistência Social – A (PEAS-A) – Psicólogo | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional Especialista em Saúde A (PES-A) – Psicólogo | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Psiquiatra | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Cardiologista | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Clínico Geral 20h | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Clínico Geral 40h | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico do Trabalho | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Ginecologista | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Infectologista | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Ortopedista | Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Guarapari - ES - Profissional em Medicina (PeM) – Médico Pediatra |
Q2304252 Português
A mídia realmente tem o poder
de manipular as pessoas?

          À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é onipotente frente aos gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. Influentes nomes, como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais sistemáticas sobre o tema, concluíram que os meios de comunicação em larga escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus receptores. Segundo eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, aos idênticos programas das várias estações. No livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid da Viá afirma que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem vontade e os juízos aceitos pelas multidões seriam sempre impostos e nunca discutidos. Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica.
          Todavia, como bons cidadãos céticos, devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de preposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. As mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos. Na maioria das vezes, o discurso midiático perde seu significado original na controversa relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma “bolha ideológica”, apanágio de seu próprio processo de individuação, que condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao entrarmos em contato com o mundo exterior, construímos representações sobre a realidade. Cada um de nós forma juízos de valor a respeito dos vários âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à “verdade”. [...]
          Não obstante, a mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo recorre como argumento para formular suas opiniões. Nesse sentido, competem com os veículos de comunicação como quadros ou grupos de referência fatores subjetivos/psicológicos (história familiar, trajetória pessoal, predisposição intelectual), o contexto social (renda, sexo, idade, grau de instrução, etnia, religião) e o ambiente informacional (associação comunitária, trabalho, igreja). “Os vários tipos de receptor situam-se numa complexa rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam”, afirmou a cientista social Alessandra Aldé em seu livro: “A construção da política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa”. Evidentemente, o peso de cada quadro de referência tende a variar de acordo com a realidade individual. [...]
          Recorrendo ao pensamento de Saussure, é importante ressaltar que o cidadão comum não tem o domínio completo da estrutura linguística. Até um analfabeto funcional não representa um alvo completamente vulnerável à persuasão midiática, pois suas próprias dificuldades interpretativas o impedem de replicar fielmente qualquer tipo de discurso ideológico que seja oriundo dos meios de comunicação em larga escala. Como bem asseverou Muniz Sodré, a mídia não manipula, mas sugere determinadas pautas e, em última instância, cabe aos seus receptores aceitarem ou não. Os grandes veículos de comunicação podem até ter expectativas manipuladoras ou idealizar um modelo de público, mas a recepção de um enunciado sempre vai ser individualizada e recriada pelo sujeito.
(Disponível em: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/
imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-
as-pessoas/. Francisco Fernandes Ladeira. Em: 14/04/2015. Edição 846.
Adaptado.)
“Os grandes veículos de comunicação podem até ter expectativas manipuladoras ou idealizar um modelo de público, mas a recepção de um enunciado sempre vai ser individualizada e recriada pelo sujeito.” (4º§). Sobre a oração destacada, analise as afirmativas a seguir.
I.  Trata-se de uma oração sintaticamente independente. II.  É introduzida por uma conjunção coordenativa que articula orações distintas. III. Torna mais claro o ponto de vista apresentado acerca do assunto referido. IV. Aparece justaposta compondo um período em que as orações relacionam-se de acordo com o conteúdo que expressam.
Está correto o que se afirma apenas em
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Q2303966 Português
A internet sem graça 

           Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.
        Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.
           Quando não existia Google, só Netscape.
           Quando a gente se conectava a um site, depois do ruído áspero do modem, e vibrava de alegria.
           Sou da época que a internet necessitava do aposto “a rede mundial de computadores”.
           Da época que éramos chamados de “internautas” e as redes sociais eram “microblogs”.
           Desbravei esses mares.
       Vi o Orkut nascer, ser invadido por brasileiros, destruído por comunidades aleatórias, até perecer abandonado. Tive conta no MySpace. Baixei músicas no Napster.
          Blog? Tive também. Muito antes de blogs virarem moda de novo.
      Podcast a mesma coisa. No início do século gravei mais de 150 episódios, quando conteúdo não chamava “conteúdo”, nem dava dinheiro.
          Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.
          Então nasceu o Facebook, mas não dei bola. Preferi o Twitter.
       E como criei minha conta no primeiro ou segundo dia de existência dessa rede, consegui o “arroba” Neto. Isso mesmo. Sou o @neto no Twitter até hoje, o que transforma meus domingos num mar de ofensas de torcedores que acreditam que sou comentarista de futebol.
          Um dia cansei de apenas textos curtos e comecei a escrever no jovem Facebook.
          Por anos escrevi aqui e ali, sobre tudo e porque era divertido.
          Acumulei uns 300 mil seguidores somando as duas redes.
          Aí apareceu o Instagram e eu, já veterano, disse:
         – Que bobagem. Isso não vai pegar. Quem é que tem tanta foto para postar? Isso é só um novo Fickr – o que prova que não faço ideia do que vai ou não ser sucesso.
         Foi assim que chegamos onde estamos hoje.
         E hoje, cada vez mais, está perdendo a graça.
        Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a internet não é para ter ou não graça. Internet, para você, está e sempre esteve por aí.
       Minha decepção com a rede deve soar para você como se alguém dissesse “o ar que a gente respira anda muito sem graça”, eu entendo.
       Entendo como, para você, é impossível reconhecer que a Internet foi uma conquista incomparável da liberdade de expressão.
         Hoje mudou. Mudou para um lugar perigoso, cheio de riscos ocultos.
        Na internet de hoje, estamos sempre à beira de um conflito com quem não conhecemos. Passamos boa parte do tempo bombardeados com informações equivocadas ou descaradamente falsas. Comunidades baseadas em fake news. Gente de mentira divulgando notícias idem.
        A internet de hoje não é mais uma aventura para se entrar. O desafio agora é conseguir sair.
     Ou você nunca ouviu falar daquele sujeito que não pode sair de um grupo de WhatsApp porque vai “pegar mal”.
       Ou de uma amiga que não pode deixar de seguir fulano no Instagram porque ele ficará ofendido?
       Que ironia. Fomos escravizados pela mesma ferramenta que nos proveu liberdade.
       Mas isso é só a ponta do iceberg. E não sou eu quem está dizendo.
     Essa semana, em dois artigos diferentes, jornalistas norte-americanos endereçaram exatamente essa mudança que a internet está atravessando.
     Isabel Fattal e Charlie Warzel, ela do The Atlantic, ele, ex-Buzfeed, tratam de uma mudança muito sutil pela qual vem passando a rede mundial de computadores: a desumanização.
     Não me refiro à Inteligência Artificial. Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, cada vez mais engajadas em compliances, conquista de audiência, controle de riscos e desumanidades.
      Inteligência Artificial vai piorar tudo, isso vai.
     Por isso, talvez, um maluco como Elon Musk, com seu Twitter sem tickezinho azul e sem censura consiga trazer de volta um pouco do caos que seduziu a todos nós, os internautas.
(MUNIZ NETO, Mentor. A internet sem graça. Disponível em: https:// istoe.com.br/a-internet-sem-graca/. Acesso em: 28/04/2023.)
“Sou da época que a internet necessitava do aposto ‘a rede mundial de computadores’.” (5º§). Com base em uma análise morfossintática do excerto anterior, analise as afirmativas a seguir.

I. O sujeito da primeira oração é classificado como oculto. II. Para se adequar à norma culta, a expressão “sou da época que” deveria ser substituída por “sou da época em que”. III. O verbo necessitava é transitivo indireto. IV. O sujeito da segunda oração é “a internet”.

Está correto o que se afirma apenas em 
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Q2303288 Português
Debate é briga?


           Debater é ter o direito de expor livremente nossas ideias e o dever de ouvir e respeitar as ideias alheias, mesmo que diferentes das nossas. Quando debatemos, desejamos convencer nosso interlocutor de que temos razão. Por esse motivo, devemos nos esforçar para escolher argumentos persuasivos, isto é, capazes de modificar o ponto de vista de nosso interlocutor. Mas o contrário também pode ocorrer: sermos convencidos pelos argumentos do interlocutor ao vermos outros ângulos da questão. Independentemente do resultado do debate, porém, a troca de argumentos é uma experiência enriquecedora tanto para quem dele participa diretamente tanto para quem o presencia. Debater é modificar o outro e modificar a nós mesmos. É crescer com o outro e ajudá-lo a também crescer a partir de nossa experiência e de nossa visão de mundo. O debate é um exercício de cidadania.

CEREJA & MAGALHÃES. Português Linguagens. Atual. 2006. P 147.
Observe o trecho: “...a troca de argumentos é uma experiência enriquecedora tanto para quem dele participa diretamente tanto para quem o presencia”. Assinale a alternativa correta:
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Q2302303 Português

A Jesus Cristo crucificado, estando o poeta para morrer


Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,

Em cuja Fé protesto de viver;

Em cuja Santa Lei hei de morrer,

Amoroso, constante, firme e inteiro:


Neste transe, por ser o derradeiro,

Pois vejo a minha vida anoitecer;

É, meu Jesus, a hora de se ver

A brandura de um Pai, manso Cordeiro.


Mui grande é vosso Amor, e o meu delito:

Porém, pode ter fim todo o pecar;

Mas não o vosso Amor, que é Infinito.


Esta razão me obriga a confiar

Que por mais que pequei, neste conflito,

Espero em vosso Amor de me salvar.


(Fonte: Gregório de Matos – adaptado.)

A respeito dos traços característicos da estética barroca, em relação ao poema de Gregório de Matos, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(  ) O homem barroco se debate em um conflito proveniente do confronto entre espírito cristão e espírito secular.

(   ) O segundo e o terceiro versos da primeira estrofe evidenciam a técnica do paralelismo, recorrente na poesia barroca.

(   ) A simplicidade é evidenciada não só no tratamento do tema, como também na organização sintática do poema.
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Q2302302 Português
Considerando-se a manchete Contagem parcial indica disputa acirrada na Turquia (Terra Notícias, 14/05/2023), analisar os itens abaixo:

I. Sintaticamente, tem-se uma única oração, formada pela estrutura sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto + adjunto adverbial.

II. Trata-se de um predicado verbal, haja vista a presença de um verbo de ação (“indica”).

III. Tanto “Contagem parcial” quanto “disputa acirrada” são sintagmas nominais formados pela mesma sequência: substantivo + adjetivo.

IV. Seguindo a regra básica de concordância, a partir da qual o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito a que se refere, vemos que “indica” concorda com “Contagem parcial” (= ela), na 3ª pessoa do singular.

Estão CORRETOS:
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Q2301285 Português
         A publicidade e o consumo parecem ser aspectos estruturantes da prática do culto ao corpo. A primeira, por tornar presente diariamente na vida dos indivíduos temáticas acerca do corpo, seja pelas mais avançadas tecnologias ou pelo mais recente chá descoberto, ditando cotidianamente estilos e tendências. A segunda, pelo horizonte que torna o corpo um objeto passível de consumo. A lógica do consumo se faz imperiosa nos modos de relação que estabelecemos com o nosso corpo. Somos permeados pela crença de que podemos consumir desde receitas até próteses perfeitas. O nosso corpo tornou-se extensão do mercado e os produtos de beleza suas valiosas mercadorias.
       Em nosso horizonte histórico percebemos o culto exacerbado do corpo e a perseguição de modelos estéticos estabelecidos socialmente. Falamos de um ideal vinculado pelo social que vende a saúde e a beleza como conjunto de curvas perfeitas, pele sedosa, cabelos lisos e, sobretudo, a magreza. O corpo como mensageiro da saúde e da beleza torna-se um imperativo tão poderoso que conduz à ideia de obrigação. Ser feliz e pleno na atualidade corresponde a conquista de medidas perfeitas, bem como a pele e o cabelo mais reluzente. O corpo ganhou uma posição de valor supremo, seu bem-estar parece ser um grande objetivo de qualquer busca existencial na atualidade.
          As representações sociais do corpo e de sua boa forma aparecem como elementos que reforçam a autoestima e dependem em grande parte da força de vontade, pois, quem quer pode ter um corpo magro, belo e saudável. A aparência de um corpo bem definido e torneado indicaria saúde, revelando o poder que a exaltação e a exibição do corpo assumiram no mundo contemporâneo. A mídia de um modo geral tornou-se, assim, uma importante forma de divulgação e capitalização do que estamos chamando de culto ao corpo.
        Entendemos que os cuidados com o corpo são importantes e essenciais não apenas no que se refere à saúde, mas também ao que se refere ao viver em sociedade. O problema reside na propagação de um ideal inatingível, na culpabilização do indivíduo por não atingir este ideal, no fato de tornarmos as mudanças naturais do corpo, objetos estéticos da medicina, o fato de não entendermos ou ouvirmos as verdadeiras necessidades corporais que temos. Como bem nos diz Sant'Anna (2001, p. 79): não se trata, portanto, de negar os avanços da tecnociência, nem de condená-la em bloco. Mas de reconhecer que o corpo não cessa de ser redescoberto, ao mesmo tempo em que nunca é totalmente revelado.

(DANTAS, Jurema Barros. Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade. Adaptado. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ index.php/revispsi/article/view/8342/6136.)
Quanto ao emprego da forma verbal destacada em “A publicidade e o consumo parecem ser aspectos estruturantes da prática do culto ao corpo.” (1º§), pode-se afirmar que:

I. Poderia ter sua posição alterada na oração de modo a não comprometer o sentido básico original expresso.

II. Demonstra, semanticamente, um aspecto duvidoso em relação à informação apresentada a qual é questionada no período seguinte.

III. Semanticamente, denota um aspecto reflexivo do enunciador referente ao assunto tratado envolvendo elementos importantes a ele relacionados.

IV. Sintaticamente, pode ser reconhecida como núcleo do predicado expressando a ação desenvolvida pelo sujeito com o qual a concordância é estabelecida.

Está correto o que se afirma apenas em
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Q2300957 Português
Dever de casa


      Um fiapo de gente e um feixe de problemas. Agora é uma perguntação que não tem mais fim. Papai, o plural de segunda- -feira? Tira os óculos, para de ler a revista. Daqui a pouco é hora do telejornal. Dia cansativo, mas pai é pai. Segunda-feira, segunda-feira. Murmurinha, como se procurasse na memória algo que não sabe o que é. Segunda-feira, pai. Ah, sim. O plural dos nomes compostos. Ao menos isto não terá mudado.
       Mudam tudo neste país. Depois querem ter jurisprudência. Ainda hoje andou lendo um acórdão. Ementa malfeita. Segunda-feira no plural. Não tem mais o que inventar. Segundas-feiras. Variam os dois elementos. Fácil, óbvio. Entendeu?
       Nem tinha retomado a leitura e lá vem outra perguntinha. Quarta-feira é abstrato ou concreto? Essa, agora. Primeiro vamos saber se é mesmo substantivo. Nenhuma dúvida. É substantivo. Abstrato?
         Concreto. A professora disse que é concreto. Pai é pai. Põe tudo de lado e sai sem bater a porta. Concreto, está lá no Celso Cunha, é o substantivo que designa um ser propriamente dito. Nomes de pessoas, de lugares, de instituições etc. Quarta-feira. Vamos raciocinar. Nome de um dia. Abstrato designa noção, ação, estado e qualidade. Desde que considerados como seres. Quarta-feira é um ser? Se é um dia, é um ser. Mas concreto? Abstrato. Deve ser abstrato.
         Um dia de matar, o trânsito engarrafado. A dorzinha de cabeça já se instalou. Quarta-feira, papai. Afinal? Outro dia era o aliás. Até que teve sua graça. Que é aliás? Bom, como categoria gramatical, me parece que. Pausa. Mudaram a nomenclatura gramatical toda. A educação tem de ser mesmo um desastre. País de analfabetos. Doutores analfabetos. Aliás, advérbio não é. Ou melhor, é controvertido. Vem do latim. Quer dizer quer dizer, como disse o outro. Será advérbio?
         Esses meninos de hoje, francamente. Gramática ninguém estuda mais. A língua andrajosa, um monte de solecismos. Mas quarta-feira é substantivo abstrato? Concreto, disse a professora. Ora, pinoia. Está começando o telejornal. Mais um fantasma. Mandado de segurança. Mandado e não mandato. Preste atenção, meu filho. Aliás, só faltava essa. Meter o Supremo nessa enrascada. Querem atear fogo no país. Fantasma é concreto? Eta Brasil complicado! Aliás, hoje é quarta-feira. Abstrata? Uma vergonha!


(RESENDE, Otto Lara. Folha de S. Paulo. Instituto Moreira Salles. Em: 13/09/1992.)
Considere as duas orações que iniciam o 2º§ do texto “Mudam tudo neste país.” e “Depois querem ter jurisprudência.”. Assinale a afirmativa que identifica uma semelhança entre elas no que tange às suas classificações sintáticas. 
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Q2300827 Português
O primeiro beijo


        Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
        – Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
         – Sim, já beijei antes uma mulher.
         – Quem era ela? Perguntou com dor.
         Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
      O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
          E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.
         E  nem  sombra  de água.  O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
            A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
          E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes, mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
            Não sabia como e por que, mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
           O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava… o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
           De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
           Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
           E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
           Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida… Olhou a estátua nua.
             Ele a havia beijado.
            Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
           Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
               Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele…
                Ele se tornara homem.


(LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Ed. Rocco. Rio de Janeiro, 1998. Adaptado.)
Os termos em destaque têm sua relação semântica corretamente identificada em:
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Q2299482 Português

Quem recicla cuida da saúde do planeta


Por João Tollotti



(Disponível em: www.dgabc.com.br/Noticia/4054075/quem-recicla-cuida-da-saude-do-planeta – texto

adaptado especialmente para esta prova).

Em relação à frase “Amar e mudar as coisas me interessa mais”, presente na música “Alucinação”, de Belchior, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: CISCOPAR Provas: CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Assessor Jurídico | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Analista em Administração e Planejamento | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Analista em Informática | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Assistente Social | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Enfermeiro | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Farmacêutico Bioquímico | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Fonoaudiólogo | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Odontólogo | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Psicólogo | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Contador | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Cirurgião Vascular | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Alergista e Imunologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Cardiologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Cirurgião do Aparelho Digestivo | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Pneumologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Proctologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Psiquiatra | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Radiologista/Ultrassonografista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Reumatologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Urologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Nutricionista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Fisioterapeuta | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Terapeuta Ocupacional | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Cirurgião Geral | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Cirurgião Pediátrico | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Oftalmologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Dermatologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Endocrinologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Endocrinologista Infantil | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Endoscopista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Gastroenterologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Geriatra | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Ginecologista Obstetra | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Infectologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Nefrologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Neurologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Ortopedista e Traumatologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Otorrinolaringologista | CONSULPAM - 2023 - CISCOPAR - Médico Pediatra |
Q2299141 Português
Texto 1


MULTILINGUISMO

      Os povos indígenas sempre conviveram com situações de multilinguismo. Isso quer dizer que o número de línguas usadas por um indivíduo pode ser bastante variado. Há aqueles que falam e entendem mais de uma língua ou que entendem muitas línguas, mas só falam uma ou algumas delas.

      Assim, não é raro encontrar sociedades ou indivíduos indígenas em situação de bilinguismo, trilinguismo ou mesmo multilinguismo.

          É possível nos depararmos, numa mesma aldeia, com indivíduos que só falam a língua indígena, com outros que só falam a língua portuguesa e outros ainda que são bilíngues ou multilíngues. A diferença linguística não é, geralmente, impedimento para que os povos indígenas se relacionem e casem entre si, troquem coisas, façam festas ou tenham aulas juntos. Um bom exemplo disso se encontra entre os índios da família linguística tukano, localizados em grande parte ao longo do rio Uaupés, um dos grandes formadores do rio Negro, numa extensão que vai da Colômbia ao Brasil.

          Entre esses povos habitantes do rio Negro, os homens costumam falar de três a cinco línguas, ou mesmo mais, havendo poliglotas que dominam de oito a dez idiomas. Além disso, as línguas representam, para eles, elementos para a constituição da identidade pessoal. Um homem, por exemplo, deve falar a mesma língua que seu pai, ou seja, partilhar com ele o mesmo grupo linguístico. No entanto, deve se casar com uma mulher que fale uma língua diferente, ou seja, que pertença a um outro grupo linguístico.

          Os povos tukano são, assim, tipicamente multilíngues. Eles demonstram como o ser humano tem capacidade para aprender em diferentes idades e dominar com perfeição numerosas línguas, independente do grau de diferença entre elas, e mantê-las conscientemente bem distintas, apenas com uma boa motivação social para fazê-lo.

       O multilinguismo dos índios do Uaupés não inclui somente línguas da família tukano. Envolve também, em muitos casos, idiomas das famílias aruak e maku, assim como a língua geral amazônica ou nheengatu, o português e o espanhol.

          Às vezes, nesses contextos, uma das línguas torna-se o meio de comunicação mais usado (o que os especialistas chamam de língua-franca), passando a ser utilizada por todos, quando estão juntos, para superar as barreiras da compreensão. Por exemplo, a língua tukano, que pertence à família tukano, tem uma posição social privilegiada entre as demais línguas orientais dessa família, visto que se converteu em língua geral ou língua franca da área do Uaupés, servindo de veículo de comunicação entre falantes de línguas diferentes. Ela suplantou algumas outras línguas (completamente, no caso arapaço, ou quase completamente, no caso tariana).

      Há casos em que é o português que funciona como língua franca. Em algumas regiões da Amazônia, por exemplo, há situações em que diferentes povos indígenas e a população ribeirinha falam o nheengatu, língua geral amazônica, quando conversam entre si.

          Nos primeiros tempos da colonização portuguesa no Brasil, a língua dos índios tupinambá (tronco tupi) era falada em uma enorme extensão ao longo da costa atlântica. Já no século XVI, ela passou a ser aprendida pelos portugueses, que de início eram minoria diante da população indígena. Aos poucos, o uso dessa língua, chamada de brasílica, intensificou-se e generalizou-se de tal forma que passou a ser falada por quase toda a população que integrava o sistema colonial brasileiro.

          Grande parte dos colonos vinha da Europa sem mulheres e acabavam tendo filhos com índias, de modo que essa era a língua materna dos seus filhos. Além disso, as missões jesuítas incorporaram essa língua como instrumento de catequização indígena. O padre José de Anchieta publicou uma gramática, em 1595, intitulada Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil. Em 1618, publicou-se o primeiro catecismo na língua brasílica. Um manuscrito de 1621 contém o dicionário dos jesuítas, Vocabulário na Língua Brasílica.

           A partir da segunda metade do século XVII, essa língua, já bastante modificada pelo uso corrente de índios missionados e não-índios, passou a ser conhecida pelo nome língua geral. Mas é preciso distinguir duas línguas gerais no Brasil-Colônia: a paulista e a amazônica. Foi a primeira delas que deixou fortes marcas no vocabulário popular brasileiro ainda hoje usado (nomes de coisas, lugares, animais, alimentos etc.) e que leva muita gente a imaginar que “a língua dos índios é (apenas) o tupi”.

         A língua geral paulista teve sua origem na língua dos índios tupi de São Vicente e do alto rio Tietê, a qual diferia um pouco da dos tupinambá. No século XVII, era falada pelos exploradores dos sertões conhecidos como bandeirantes. Por intermédio deles, a língua geral paulista penetrou em áreas jamais alcançadas pelos índios tupi-guarani, influenciando a linguagem corriqueira de brasileiros.

     Essa segunda língua geral desenvolveu-se inicialmente no Maranhão e no Pará, a partir do tupinambá, nos séculos XVII e XVIII. Até o século XIX, ela foi veículo da catequese e da ação social e política portuguesa e luso-brasileira. Desde o final do século XIX, a língua geral amazônica passou a ser conhecida, também, pelo nome nheengatu (ie’engatú = língua boa).

      Apesar de suas muitas transformações, o nheengatu continua sendo falado nos dias de hoje, especialmente na bacia do rio Negro (rios Uaupés e Içana). Além de ser a língua materna da população cabocla, mantém o caráter de língua de comunicação entre índios e não-índios, ou entre índios de diferentes línguas. Constitui, ainda, um instrumento de afirmação étnica dos povos que perderam suas línguas, como os baré, os arapaço e outros.


Fonte: https://pib.socioambiental.org/pt/L%C3%ADnguas. Adaptado conforme o acordo ortográfico vigente. Acesso em:
Constitui, ainda, um instrumento de afirmação étnica dos povos que perderam suas línguas, como os baré, os arapaço e outros.

No período acima, há omissão de um termo sujeito, o qual pode ser facilmente recuperado através de pistas no cotexto. Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE esse termo.
Alternativas
Q2298864 Português
Eles também desenterraram algumas esculturas e outros objetos da antiga civilização.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ articles/cg6g4v9k6n4o. Adaptado

De acordo com a análise sintática, o:
Alternativas
Q2298863 Português
 Le Plongeon batizou aquela escultura com o nome chac mool, 'que' em maia significa tigre vermelho.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ articles/cg6g4v9k6n4o. Adaptado

O vocábulo destacado é um(a): 
Alternativas
Q2298610 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere. 

Texto 04 



Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura do texto. 


I. O termo “se” foi usado no texto como uma conjunção subordinativa e insere nele uma ideia de condição.

II. A locução verbal “pode chamar” poderia ser substituída pela forma “poderá chamar” sem alteração do sentido do texto.

III. O uso da forma verbal “beber” foi motivado pelo valor semântico inserido no texto pelo termo “se”.   

IV. A terminação “r” dos verbos “beber” e “bater” indica que, no texto, eles foram usados no infinitivo não flexionado.

V. A locução verbal “pode chamar” é composta pelo verbo “poder” flexionado no presente do indicativo e pelo verbo “chamar” no infinitivo não flexionado. 


Estão CORRETAS as afirmativas 

Alternativas
Q2298608 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda às questão, que a ele se refere.  


Texto 03 



Sobre a estrutura das falas do texto 03, analise as afirmativas a seguir. 


I. o sujeito do verbo “está”, na fala do primeiro quadro, está subentendido. 

II. o verbo “está” e o seu sujeito, na fala do segundo quadro, estão elípticos.

III. os verbos “põe” e “atrapalha” foram usados no modo imperativo afirmativo.

IV. os verbos “põe” e atrapalha” foram usados no modo imperativo negativo.

V. os verbos “põe” e “atrapalha” foram usados na terceira pessoa do singular.


Estão CORRETAS as afirmativas 

Alternativas
Q2298606 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere.   


Texto 02 


Extravio

Ferreira Gullar

Onde começo, onde acabo,
se o que está fora está dentro
como num círculo cuja
periferia é o centro?

Estou disperso nas coisas,
nas pessoas, nas gavetas:
de repente encontro ali
partes de mim: risos, vértebras.

Estou desfeito nas nuvens:
vejo do alto a cidade
e em cada esquina um menino,
que sou eu mesmo, a chamar-me.

Extraviei-me no tempo.
Onde estarão meus pedaços?
Muito se foi com os amigos
que já não ouvem nem falam.

Estou disperso nos vivos,
em seu corpo, em seu olfato,
onde durmo feito aroma
ou voz que também não fala.

Ah, ser somente o presente:
esta manhã, esta sala.


Disponível em: https://www.tudoepoema.com.br/ferreira-gullar-extravio/. Acesso em: 11 set. 2023. 

I. Na primeira estrofe, os substantivos “periferia” e “centro” formam um par antitético.

II. Na segunda estrofe, os dois pontos introduzem o aposto explicativo “risos, vértebras”.

III. Na terceira estrofe, as vírgulas separam uma oração subordinada adjetiva explicativa.

IV. Na quarta estrofe, o pronome “se”, proclítico, poderia ser usado em posição enclítica. 

V. Na última estrofe, nos dois usos, o pronome “esta” poderia ser substituído por “essa”.   


Estão CORRETAS as afirmativas 

Alternativas
Respostas
1921: D
1922: A
1923: C
1924: B
1925: B
1926: C
1927: C
1928: D
1929: A
1930: D
1931: A
1932: C
1933: B
1934: B
1935: C
1936: C
1937: C
1938: E
1939: A
1940: A