Questões de Concurso Sobre classificação dos verbos (regulares, irregulares, defectivos, abundantes, unipessoais, pronominais) em português

Foram encontradas 979 questões

Q2719305 Português

Observe as frases abaixo.


I- Ele tinha aceitado a recompensa.

II- Ele está aceitado pelo grupo.

III- Ele havia aceito a recompensa.

IV- Ele foi aceito pelo grupo.


Estão corretos os itens:

Alternativas
Q2714701 Português

Leia a tira a seguir para responder às questões 09 e 10.

Disponível em: <http://www.opera10.com.br/2012/10/vicios-de-linguagem.html>.

Acesso em: 12 fev. 2015.

O aspecto linguístico que desfaz a ambiguidade presente na tira é:
Alternativas
Q2714699 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 08.


A armadilha da aceitação


Existe um lugar quentinho e cômodo chamado aceitação. Olhando de longe, parece agradável. Mais do que isso, é absolutamente tentador: os que ali repousam parecem confortáveis, acolhidos, até mesmo com um senso de poder, como se estivessem tirando um cochilo plácido debaixo das asas de um dragão.

“Elas estão por cima”, é o que se pensa de quem encontrou seu espacinho sob a aba da aceitação. Porém, é preciso batalhar para ter um espaço ali. Esse dragão não aceita qualquer um; e sua aceitação, como tudo nesta vida, tem um preço.

Para ser aceita, em primeiro lugar, você não pode querer destruir esse dragão. Óbvio. Você não pode atacá-lo, você não pode ridicularizá-lo, você não pode falar para outras pessoas o quanto seus dentes são perigosos, você não pode sequer fazer perguntas constrangedoras a ele.

Faça qualquer uma dessas coisas e você estará para sempre riscada da lista VIP da aceitação. Ou, talvez, se você se humilhar o suficiente, ele consiga se esquecer de tudo o que você fez e reconsidere o seu pedido por aceitação.

A melhor coisa que você pode fazer para conseguir aceitação é atacar as pessoas que querem destruir o generoso distribuidor deste privilégio. Uma boa forma de fazer isso é ridicularizando-as, e pode ser bem divertido fingir que esse dragão sequer existe, embora ele seja algo tão monstruosamente gigante que é quase como se sua existência estivesse sendo esfregada em nossas caras.

Reforçar o discurso desse dragão, ainda que você não saiba muito bem do que está falando, é o passo mais importante que você pode dar em direção à tão esperada aceitação.

Reproduzir esse discurso é bem simples: basta que a mensagem principal seja deixar tudo como está – e há várias formas de se dizer isso, das mais rudimentares e manjadas às mais elaboradas e inovadoras. Não dá pra reclamar de falta de opção.

Pode ter certeza que o dragão da aceitação dará cambalhotas de felicidade. Nada o agrada mais do que ver gente impedindo que as coisas mudem.

Uma vez aceita, você estará cercada de outras pessoas tão legais quanto você, todas acolhidas nesse lugar quentinho chamado aceitação. Ali, você irá acomodar a sua visão de mundo, como quem coloca óculos escuros para relaxar a vista, e irá assistir numa boa às pessoas se dando mal lá fora.

É claro que elas só estão se dando tão mal por causa do tal dragão; mas se você não pode derrotá-lo, una-se a ele, não é o que dizem?

O que ninguém diz quando você tenta a todo custo ser aceita é que nem isso torna você imune. Ser aceita não é garantia nenhuma de ser poupada.

Você pode tentar agradar ao dragão, você pode caprichar na reprodução e perpetuação do discurso que o mantém acocorado sobre este mundo, você pode até se estirar no chão para se fazer de tapete de boas-vindas, mas nada disso irá adiantar, especialmente porque esse discurso só foi feito para destruir você.

E aí é que a aceitação se revela como uma armadilha. Tudo o que você faz para ser aceita por aquilo que esmaga as outras sem dó só serve para deixar você mais perto da boca cheia de dentes que ainda vai te mastigar e te cuspir para fora. Pode demorar, mas vai. Porque só tem uma coisa que esse dragão realmente aceita: dominar e oprimir.

Então, se ele sorrir para você, não se engane: ele não está te aceitando. Está apenas mostrando os dentes que vai usar para fazer você em pedaços depois.


VALEK, Aline. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/a-armadilha-da-aceitacao-4820.html>. Acesso: 13 fev. 2015. (Adaptado).

A locução verbal “foi feito”, presente no antepenúltimo parágrafo, apresenta-se no singular, porque

Alternativas
Q2714697 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 01 a 08.


A armadilha da aceitação


Existe um lugar quentinho e cômodo chamado aceitação. Olhando de longe, parece agradável. Mais do que isso, é absolutamente tentador: os que ali repousam parecem confortáveis, acolhidos, até mesmo com um senso de poder, como se estivessem tirando um cochilo plácido debaixo das asas de um dragão.

“Elas estão por cima”, é o que se pensa de quem encontrou seu espacinho sob a aba da aceitação. Porém, é preciso batalhar para ter um espaço ali. Esse dragão não aceita qualquer um; e sua aceitação, como tudo nesta vida, tem um preço.

Para ser aceita, em primeiro lugar, você não pode querer destruir esse dragão. Óbvio. Você não pode atacá-lo, você não pode ridicularizá-lo, você não pode falar para outras pessoas o quanto seus dentes são perigosos, você não pode sequer fazer perguntas constrangedoras a ele.

Faça qualquer uma dessas coisas e você estará para sempre riscada da lista VIP da aceitação. Ou, talvez, se você se humilhar o suficiente, ele consiga se esquecer de tudo o que você fez e reconsidere o seu pedido por aceitação.

A melhor coisa que você pode fazer para conseguir aceitação é atacar as pessoas que querem destruir o generoso distribuidor deste privilégio. Uma boa forma de fazer isso é ridicularizando-as, e pode ser bem divertido fingir que esse dragão sequer existe, embora ele seja algo tão monstruosamente gigante que é quase como se sua existência estivesse sendo esfregada em nossas caras.

Reforçar o discurso desse dragão, ainda que você não saiba muito bem do que está falando, é o passo mais importante que você pode dar em direção à tão esperada aceitação.

Reproduzir esse discurso é bem simples: basta que a mensagem principal seja deixar tudo como está – e há várias formas de se dizer isso, das mais rudimentares e manjadas às mais elaboradas e inovadoras. Não dá pra reclamar de falta de opção.

Pode ter certeza que o dragão da aceitação dará cambalhotas de felicidade. Nada o agrada mais do que ver gente impedindo que as coisas mudem.

Uma vez aceita, você estará cercada de outras pessoas tão legais quanto você, todas acolhidas nesse lugar quentinho chamado aceitação. Ali, você irá acomodar a sua visão de mundo, como quem coloca óculos escuros para relaxar a vista, e irá assistir numa boa às pessoas se dando mal lá fora.

É claro que elas só estão se dando tão mal por causa do tal dragão; mas se você não pode derrotá-lo, una-se a ele, não é o que dizem?

O que ninguém diz quando você tenta a todo custo ser aceita é que nem isso torna você imune. Ser aceita não é garantia nenhuma de ser poupada.

Você pode tentar agradar ao dragão, você pode caprichar na reprodução e perpetuação do discurso que o mantém acocorado sobre este mundo, você pode até se estirar no chão para se fazer de tapete de boas-vindas, mas nada disso irá adiantar, especialmente porque esse discurso só foi feito para destruir você.

E aí é que a aceitação se revela como uma armadilha. Tudo o que você faz para ser aceita por aquilo que esmaga as outras sem dó só serve para deixar você mais perto da boca cheia de dentes que ainda vai te mastigar e te cuspir para fora. Pode demorar, mas vai. Porque só tem uma coisa que esse dragão realmente aceita: dominar e oprimir.

Então, se ele sorrir para você, não se engane: ele não está te aceitando. Está apenas mostrando os dentes que vai usar para fazer você em pedaços depois.


VALEK, Aline. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/a-armadilha-da-aceitacao-4820.html>. Acesso: 13 fev. 2015. (Adaptado).

No enunciado “você pode tentar agradar ao dragão”, o verbo “poder” indica

Alternativas
Ano: 2015 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2015 - TJ-DFT - Estágio - Nível Médio |
Q1322187 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação aos verbos, assinale a alternativa que apresenta um verbo defectivo (aquele que não apresenta todas as formas na sua conjugação). 
Alternativas
Ano: 2015 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2015 - TJ-DFT - Estágio - Nível Médio |
Q1322186 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação aos verbos, assinale a alternativa em que o termo destacado seja classificado como verbo regular.
Alternativas
Q1015074 Português

Texto: Pescando na margem do rio


      Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes.

      Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.

      Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco para chegar porque seus passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E, embora a natureza não se curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.

      O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para não ferir as gengivas desguarnecidas.

      À noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.

      Fazia-se mais fraco, porém.

      E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer pescador por perto.

      O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.

      Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-se levar.

Marina Colasanti. In: Hora de Alimentar Serpentes. São Paulo: Global, 2013. Páginas 363 – 364.

“Não havia nada ali que não conhecesse.” O verbo em destaque, nesse contexto, é impessoal. Também é impessoal o verbo da frase:
Alternativas
Q972991 Português

                                      Óbito do autor
 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adoptar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escripto ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia -- peneirava -- uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéa no discurso que proferiu à beira de minha cova: -- «Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.

Assis, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Abril Cultural, 1978. p. 15.

Assinale a alternativa em que os verbos erigir – reaver – ir – ser – cerzir – cantar, respectivamente, estão corretamente classificados quanto a flexão que apresentam quando são conjugados.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: CRF-TO Órgão: CRF-TO Prova: CRF-TO - 2015 - CRF-TO - Serviços Gerais |
Q727144 Português
Marque a alternativa onde estão corretos os verbos irregulares:
Alternativas
Q693717 Português
Assinale a alternativa que apresenta um verbo irregular.
Alternativas
Q631903 Português
Considerando os aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q623296 Português
      Em 1956, John McCarthy, um cientista da computação do Dartmouth College, então com menos de 30 anos, cunhou a expressão inteligência artificial (IA). De forma simples como os aros pesadões de seus óculos, ele definiu o novo campo de estudos: “A engenharia de fabricar máquinas inteligentes".

      A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior, remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de meados do século passado, com o trabalho de estudiosos como McCarthy, que a chance de produzir androides come- çou a ser levada a sério. Rapidamente brotaram medos exagerados e possibilidades descabidas, refletidas na ficção em obras da literatura. O exemplo mais evidente é o clássico Eu, Robô, de Isaac Asimov – no qual se apresentaram as Três Leis da Robótica, que controlariam a IA e, desrespeitadas, gerariam monstros de ferro e alumínio nas veias. Hoje, sabe- -se que não passa de bobagem a mirabolante visão de um futuro de guerras fratricidas contra nossas crias.

      A IA progrediu e, silenciosamente, está perto de superar a capacidade mental humana, principalmente em tarefas padronizadas e exatas, como nos cálculos financeiros ou na promessa de carros sem motorista. Não há o conflito desenhado, a não ser no cinema. É cada um na sua. As máquinas não param de evoluir, mas estritamente como máquinas. Os humanos serão cada vez mais humanos, com fraquezas, inseguranças e imperfeições.

      Pedir a um software capaz de pintar como Van Gogh que cortasse a própria orelha deixaria os algoritmos tontos, perdidos, incapazes de entender o comando suicida.

(Felipe Vilic, Raquel Beer e Rita Loiola, Cada um na sua. Veja, 22.07.2015, p. 78. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a pontuação e o emprego de pronomes e verbos estão de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q621094 Português
TEXTO 2

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade."

                         (Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)
“Surgindo" e “constituindo" são formas de gerúndio; a forma verbal abaixo que NÃO pertence a esse modo verbal é:
Alternativas
Q617087 Português
Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial.
Alternativas
Q617044 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 


                                               Aprender a desfazer

    O mundo tem aprendido que desfazer pode ser bem mais complicado que fazer. Pode ser mais difícil desfazer o aquecimento global. Pode ser impossível desfazer a destruição de uma floresta. Pode ser bem complicado desfazer o desaparecimento de uma espécie.

    No campo da tecnologia, entretanto, ainda estamos engatinhando. Quem não terá em casa um equipamento eletrônico antigo que não sabe a quem dar porque ninguém quer, nem onde descartar porque não há um local apropriado e muito menos desmontar, porque quase nunca aprendemos a desfazer, de maneira econômica, aquilo que fizemos em tecnologia?

     Funciona assim: quando um equipamento fica velho, pode ter muita riqueza dentro dele para ser reaproveitada. Com a ajuda da internet, você vai conseguir estimar quanto tem de plástico, vidro, metais comuns e preciosos até com boa aproximação. Feitas as contas, descobre-se rapidamente três grandes verdades da tecnologia de descaracterização de equipamentos:

1) Sem escala não há negócio. Não estamos falando de desmontar um celular, mas milhares deles;

2) O custo em tempo para desmontar o equipamento precisa ser muito menor que o valor que houver nele, caso contrário, não valerá a pena;

3) É preciso aproveitar tudo o que houver no equipamento para que a desmontagem seja, de verdade, rentável e não agrida o meio ambiente.

    O nome da matéria que trata do assunto? Eco Design ou Design Ecológico e, no Brasil, universidades como a de São Carlos fazem um belo trabalho a respeito. Gosto de definir o assunto como a arte de projetar coisas, pensando em desfazê-las de forma simples e não agressiva, quando não forem mais úteis.

      Como um exemplo vale mais que mil parágrafos, vou contar uma história. Corriam os idos dos anos noventa. Duas da manhã, eu virava uma noite de sexta-feira em um cliente na cidade do Rio de Janeiro, longe de casa, mais de uma semana, como na música.

      Estávamos eu e um funcionário local, o grande Najan, que de cliente já havia se tornado amigo, tanto que viramos noites juntos no trabalho. De repente, desespero total. Na máquina em que eu trabalhava, um moderníssimo PC 386, não havia um leitor de disquetes de 5 ¼ de polegada. Era gravar um disquete e ganhávamos a liberdade, eu para voltar para casa e encontrar a família e ele direto para a praia ou algum outro merecido prazer da cidade maravilhosa.

       - Deixa comigo, diz o Najan! Vou desmontar a unidade daquela máquina ali e trazer para cá, apontando para um equipamento modelo XT de marca que prefiro não dizer, já velho e perto da aposentadoria.

      Caixa de ferramentas em punho, eu de cá animado e compilando os programas para gravar e mandar para a produção, ele de lá começa a desmontagem . E é aí que você vai entender um pouco de design ecológico. Vinte minutos depois, saio correndo da minha cadeira para segurar o Najan. Ele, martelo de borracha na mão e desespero nos olhos estufados, dava pancadas, de leve é verdade, na velha máquina e dizia:

       - Um pai... Uma pancada... Paga escola a vida inteira... Outra pancada... Para um filho! Se sacrifica! Mais uma pancada... Pra ele projetar uma porcaria dessa. Pancada final.

      Na mesa jaziam todas as peças do computador, totalmente desmontado para permitir a remoção de uma simples unidade de disco. Desnecessário dizer que o dia amanheceu antes que a gente terminasse todo o serviço e a devolvêssemos a seu jazigo eterno no seio daquele velho XT.

       Se você olhar em volta na sua empresa e perceber que desmontar todos os equipamentos que estão lá vai ser complicado assim, passo o telefone do velho amigo Najan. Talvez ele ainda tenha o bom e velho martelo de borracha.

                                                  (Roberto Francisco Souza – Revista Ecológico – adaptado) 
O verbo “desfazer" empregado no título do texto é:
Alternativas
Q616906 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 

                                        Pitangueira inspiradora 

      As árvores daquele bosque tornavam o residencial ainda mais atraente e harmonioso. Em pouco tempo, a pitangueira passou a mesclar o verde das folhas com vários tons de vermelho das frutinhas. Os pássaros sentiam-se em casa, como que num grande refeitório. As duas meninas, Luisa e Mariana, gostavam de brincar no bosque. Naquela manhã, sem nenhum ruído estrondoso, _________ uma fantástica ideia: colher pitangas e vender aos moradores. Colhidas as frutas, tocaram …...... campainha dos apartamentos: três pitangas por um real. Os rendimentos seriam destinados ao Projeto Mão Amiga, que _________ crianças em situação de vulnerabilidade social.

      Senti uma grande emoção quando recebi um saquinho com as moedas arrecadadas com a comercialização das pitangas. Um gesto que ultrapassou a quantidade para elevar a solidariedade. Pensei comigo: o mundo não está perdido, como alguns pensam. Quando crianças de sete anos colhem algumas frutinhas para ajudar outras crianças, em situação menos favorável, a esperança de um mundo novo deixa de ser distante e anônima. Nem os pais sabiam do incrível plano de ação fraterna. A alegria contagiou os presentes. O fato não sai da lembrança. Um aprendizado e tanto.

      Toda vez que meus olhos alcançarem uma pitangueira recordarei do doce coração das duas meninas que comercializaram pitangas, para auxiliar outras crianças em situação social desfavorável. Onde está alguém fazendo o bem, a emoção se torna incontida. Evidente que esses gestos deveriam estar multiplicados nos diversos ambientes de convivência humana. Afinal, a bondade nunca deixou de ser significativa. Talvez os humanos andaram um tanto esquecidos de tal prática. Aprender com as crianças é alcançar a essência.

      Nem todos levam jeito para comercializar pitangas. Porém, todos podem usar da criatividade que é inerente …...... bondade. Faz bem fazer o bem. Se não …...... nada para ser ofertado, ainda assim restam muitas opções: escutar quem necessita desabafar, abraçar quem já não tem motivos para continuar a caminhada, sorrir para quem foi tomado pela tristeza, acolher quem está sem rumo, amar quem nunca provou da gratuidade do amor. Antes que a pitangueira _________ novamente, é importante dar-se conta que somente um coração de criança é capaz de entender que a fraternidade é possível e que a solidariedade é um fruto encontrado em todas as estações. 

         (Frei Jaime Bettega – Jornal Correio Riograndense – 18/11/2015 – adaptado)
Qual alternativa preenche correta e respectivamente as lacunas tracejadas ( _______ ) do texto?
Alternativas
Q608177 Português
Discursos masculinos sobre prevenção e promoção da saúde do homem
Matheus Trilico, Gabriela R. de Oliveira, Marinei Kijimura, Sueli M. Pirolo

     A promoção da saúde é uma proposta de política mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 1984. Aprovada na Carta de Ottawa, traz a saúde em seu conceito amplo, relacionando-a com qualidade de vida decorrente de processos complexos interligados a fatores como alimentação, justiça social, ecossistema, renda e educação. Também trabalha com o princípio de autonomia dos indivíduos e das comunidades, reforçando assim o planejamento e o poder local. 
     Nesse mesmo sentido, a Declaração de Alma-Ata, em 1978 , estabelece a proposta da ‘atenção primária à saúde’ e amplia a visão do cuidado à saúde: sai da visão hierárquica do conhecimento especializado, incentiva o envolvimento da população e destaca os fatores necessários para propiciar a qualidade de vida e o direito ao bem-estar social. A atenção primária à saúde está estreitamente vinculada à ‘promoção da saúde’ e à prevenção de enfermidades, não abandonando as dimensões setorial e técnica e incluindo outras dimensões.
    No Brasil, a Estratégia Saúde da Família responde a essa ampliação do cuidado ao buscar a promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que geram riscos, por meio de ações programáticas abrangentes e ações intersetoriais. Nessa perspectiva, entende-se importante a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem.
    Criada em 2009, essa política procura incluir a masculinidade nas questões clínica e epidemiológica, oferecendo uma proposta singular de cuidado de promoção e recuperação da saúde. Ela se fundamenta na idiossincrasia do gênero masculino - termo que, para o campo da pesquisa, refere-se apenas a áreas estruturais e ideológicas que envolvem relação entre os sexos, delimitando então um novo terreno evidenciam na literatura que os homens sofrem influência dessa representação da masculinidade, imprimindo a idealização de sucesso, poder e força.
     Estudos comparativos entre homens e mulheres comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e morrem mais precocemente que as mulheres.A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica.
    Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, o homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, contra 6,9% das mulheres. Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com maior frequência do que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras.
    A masculinidade hegemônica seria aquela ligada à legitimidade do patriarcado, que garante a dominação dos homens e a subordinação das mulheres. Ela não diz respeito a um estilo de vida, mas a configurações que formam as relações de gênero. Novos grupos podem desafiar antigas soluções e construir uma nova hegemonia. Hoje, essa demonstração de força, controle e não vulnerabilidade cede espaço, tirando do homem moderno toda essa supremacia.
    No bojo dessas representações de masculinidade, busca-se o subjetivo contido na discussão de masculinidade e saúde e a consequente importância para tal, quando atribuída às políticas específicas de saúde pública voltada para o gênero masculino. Torna-se, então, necessário compreender suas representações no contexto do diálogo relacional ao gênero masculino, visando à promoção de saúde articulada ao princípio de autonomia dos indivíduos.

Texto adaptado. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462015000200381&lng=pt&nrm=iso
Assinale a alternativa que apresenta um verbo classificado como irregular.
Alternativas
Q597095 Português
Texto para responder à questão.

Atenção ao Sábado

    Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
    No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
   Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
   De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
    Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
    No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
    Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
    Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
    Domingo de manhã também é a rosa da semana.
    Não é propriamente rosa que eu quero dizer. ]

LISPECTOR, Clarice. Para não Esquecer. São Paulo: Editora Siciliano, 1992. 
O tempo verbal está indevidamente identificado em: 
Alternativas
Q586412 Português
SALTANDO AS MURALHAS DA EUROPA

        De um lado está a Europa da abundância econômica e da estabilidade política. De outro, além do Mediterrâneo, uma extensa faixa assolada pela pobreza e por violentos conflitos. O precário equilíbrio rompeu-se de uma vez com o agravamento da guerra civil na Síria. Da Síria, mas também do Iraque e do Afeganistão, puseram-se em marcha os refugiados. Atrás deles, ou junto com eles, marcham os migrantes econômicos da África e da Ásia. No maior fluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial, os desesperados e os deserdados saltam as muralhas da União Europeia.
        Muralhas? Em tempos normais, os portais da União Europeia estão abertos para os refugiados, mas fechados para os imigrantes. Não vivemos tempos normais. Os países da Europa Centro-Oriental, Hungria à frente, fazem eco à xenofobia da extrema-direita, levantando as pontes diante dos refugiados. Vergonhosamente, a Grã-Bretanha segue tal exemplo, ainda que com menos impudor.
      A Alemanha, seguida hesitantemente pela França, insiste num outro rumo, baseado na lógica demográfica e nos princípios humanitários. Angela Merkel explica a seus parceiros que a Europa precisa agir junta para passar num teste ainda mais difícil que o da crise do euro. “O futuro da União Europeia será moldado pelo que fizermos agora, alerta a primeira-ministra alemã.
(Mundo, outubro 2015)
“O futuro da União Europeia será moldado pelo que fizermos”; a forma inadequada da correspondência entre os tempos verbais sublinhados é:
Alternativas
Q585228 Português
Acerca das ideias e estruturas linguísticas do texto a respeito da CAFCOPA, julgue o item subsecutivo.
As formas verbais “apresentaram” (L.7), “trabalharam” (L.9) e “Existem” (L.18) aparecem flexionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito composto plural.
Alternativas
Respostas
701: B
702: D
703: C
704: D
705: C
706: B
707: C
708: B
709: B
710: E
711: B
712: E
713: B
714: A
715: A
716: A
717: B
718: C
719: E
720: E