Questões de Português - Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais) para Concurso
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I. Os verbos irregulares seguem o modelo padrão de flexão, no qual o radical não se altera e a desinência muda conforme regras bem estabelecidas, como ocorre nas palavras: cantar, vender e partir.
II. Os verbos irregulares tendem a seguir o modelo padrão, mas com algumas conjugações que se afastam desse modelo.
Marque a alternativa CORRETA:
Considere as seguintes afirmações em relação à expressão preocupou-se (l. 02-03).
I - Trata-se de verbo na voz passiva.
II - O pronome se, nesta expressão, é índice indeterminador do sujeito.
III - Esta forma verbal é um exemplo de verbo pronominal.
Quais estão corretas?
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir, para responder a questão.
TEXTO I
Sem mobilização global, quem manda no mundo é a Covid-19
No atual estágio das inter-relações econômicas entre os países, representatividade, busca por soluções e implementação de ações precisam ser globais
A nova variante delta da Covid-19, os recentes aumentos de contágio nos países com maior proporção de populações vacinadas e os resultados prévios de suas economias sugerem que, se o ser humano não abrir os olhos, a briga com o vírus será bem mais longa do que se espera. E seus desdobramentos, certamente, mais danosos. Urge a necessidade de se discutir um pacto global!
A negação talvez seja a defesa mais perigosa que o ser humano adota para conseguir conviver com suas dificuldades e limitações. Parece não haver como fugir da negação quando não se tem “recursos” para lidar com a realidade. Transportada para o coletivo, a prática da negação provoca perplexidade à maioria da sociedade quando algum fenômeno aparentemente inesperado toma de sobressalto contingente expressivo de pessoas. Exemplo clássico que se aplica ao contexto global foi o crescimento do fascismo, que impregnado de negação e interesses escusos, culminou na Segunda Guerra Mundial.
O professor de finanças Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, em seu último artigo publicado na plataforma Project Syndicate, em 06/08, levanta a problemática da falta de sincronização global para tratar da pandemia da Covid-19 em um mundo cujo comércio e comunicação, há muito, tornaram-se globais.
O presidente da França, Emannuel Macron, também colaborador do Project Syndicate, havia publicado artigo, em fevereiro último, clamando por uma cooperação multilateral para a recuperação da atividade econômica mundial. Mais recentemente, Macron publicou novo artigo propondo um pacto pela recuperação da África, cujos efeitos da pandemia têm sido nefastos.
Ainda na semana passada, o economista da Universidade de Columbia e ex-conselheiro de três Secretários-Gerais das Nações Unidas, Jeffrey Sachs, sugeriu a inclusão da União da África, constituída por 55 países desse continente, como membro integrante do G20, formando-se, assim, o G21. No atual estágio das inter-relações econômicas entre os países, representatividade, busca por soluções e implementação de ações precisam ser globais.
Avanço recente foi dado com relação às decisões unilaterais e sincronizadas dos Estados Unidos e da União Europeia na barreira comercial a produtos que, em sua cadeia produtiva, possam provocar maiores emissões de carbono. Tais medidas, entretanto, vêm tardiamente fazer frente aos avanços pífios e até retrocessos, em alguns casos, do Acordo de Paris. A questão climática é discutida há décadas e o governo norte-americano teve, na figura de Donald Trump, inimigo contumaz.
A pandemia da Covid-19 parece estar longe de ser banida. Chegou a ser considerada gripezinha até por chefes e / ou conselheiros de Estado, atrasando em muito a mobilização dos governos e sendo lamentavelmente usada como bandeira política.
O frenético verão europeu de 2021 e as liberdades concedidas aos cidadãos americanos sugerem que a quarta onda parece inevitável. A compulsoriedade da vacina começa a despontar como freio à contenção da falta de conscientização de ações individuais negacionistas, capazes de provocar rupturas ainda não plenamente estimadas sobre o bem-estar social.
A negação do fascismo causou cerca de 5 milhões de mortes de judeus; a desordenada e desigual forma de combate à Covid-19 já provocou, em pouco mais de um ano, quase o mesmo número de mortes de judeus na Segunda Guerra Mundial. Os efeitos sobre as vidas dos sobreviventes ao Holocausto são retratados até hoje em livros, filmes e outras formas de expressão artística e monumental.
A Covid-19 é mais silenciosa, não atinge de forma igual a todos, poupa os jovens, os animais e as plantas, mas castiga os mais velhos, reduz a expectativa de vida (idade média) das sociedades, assim como aumenta o desalento dos mais pobres. Negar que haja recursos para combatê-la globalmente sugere interesse para garantir benefícios de curto prazo. Pior ainda, soa como busca por milagres, algo bem introjetado no imaginário coletivo dos brasileiros.
Disponível em: https://bityli.com/fvqns.
Acesso em: 10 ago. 2021 (adaptação).
“Urge a necessidade de se discutir um pacto global!”
O verbo destacado é classificado como
Epidemia homicida
Os últimos números de violência contra a mulher
deixam claro que a sociedade brasileira sofre de uma séria
enfermidade. Há algo muito errado acontecendo com os
homens, e atos sexistas, em que eles se impõem pela força,
estão sendo cometidos em proporções alarmantes. Uma
epidemia de agressões e de assassinatos passionais acomete
o país. Dados do Mapa da Desigualdade Social 2019
divulgados terça-feira 5, pela Rede Nossa São Paulo, uma
ONG que acolhe vítimas, mostram que os casos de
feminicídio na capital paulista aumentaram 167% no ano
passado. [...]
“A maior parte dos casos de feminicídio ocorre depois
da ruptura de um relacionamento, quando a mulher termina
uma relação abusiva. Os homens não aceitam a nova
situação e matam”, diz a psicóloga Vanessa Molina, porta-
-voz da Associação Fala Mulher, que oferece assistência e
proteção para vítimas de violência doméstica e atendeu oito
mil mulheres em 2018. “Os abusos começam antes da
violência física, com manifestações de ciúmes, xingamentos
e com o afastamento da mulher de familiares e amigos. É
como se o homem achasse que a mulher pertence a ele, que
não se conforma com a perda do controle sobre sua
‘posse’”. Para Vanessa há uma necessidade urgente de
mudar a cultura machista que está por trás dos crimes de
ódio, que acontecem em famílias de todas as classes sociais
e, frequentemente, são cometidos dentro de casa, no lugar
em que a mulher deveria se sentir mais segura. [...]
Apesar do endurecimento das leis que penalizam esse
tipo de violência, a epidemia de crimes passionais não
arrefece. A Lei Maria da Penha, que estabelece cinco formas
de agressão machista (física, psicológica, moral, patrimonial
e sexual) e a Lei do Feminicídio, que caracterizou o homicídio
de gênero, deram proteção legal para as mulheres,
aumentaram o rigor da pena para agressores e assassinos,
mas não inibiram os atos extremos.
Na semana passada, em mais uma demonstração de
que a sociedade tenta reagir à doença social, o Senado
aprovou em primeiro e segundo turno Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) que modifica o inciso 42 do artigo 5º da
Constituição e torna inafiançável e imprescritível o crime de
feminicídio. A PEC segue agora para a Câmara e tornará a
cadeia inevitável para os assassinos de mulheres. O que se
vê, porém, é que o feminicida, na maioria dos casos, não
está preocupado com as consequências de seu ato. Age
enlouquecidamente e acha que está com a razão. O ódio e o
desejo de vingança são maiores do que o medo da pena. Ele
mata a mulher no meio da rua ou em lugares públicos e
depois foge ou se suicida. No fim de semana, quando as
famílias se reúnem, há uma incidência maior desses crimes.
[...]
É preciso reeducar a sociedade, é um processo
evolutivo, afirma Larissa Schmillevitch, gerente do Mapa do
Acolhimento, ONG que cuida de mulheres ameaçadas e
agredidas. “Outra questão é achar que a violência contra a
mulher é algo privado em que ninguém se mete. A sociedade
precisa entender que se trata de algo público, que pode ser
evitado.” O Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade coordenada pela ONG Nossas, um laboratório de
ativismo feminista. Para Larissa, o aumento das denúncias
tem relação direta com o crescimento da violência, e
também com o fato das mulheres terem mais acesso às
informações e estarem menos caladas e conseguindo identificar com clareza as situações abusivas de seu relacionamento. Isso permite que se tomem medidas para impedir
atitudes violentas de maridos e namorados transtornados.
A medida principal que as ativistas dos direitos da
mulher defendem para conter a onda de feminicídios é a
prevenção. Segundo ela, esse crime pode ser inibido com
uma atuação assistencial no início do ciclo da violência,
quando começam os abusos. Mas mulheres que denunciam
seus algozes precocemente se expõem a um risco maior e
necessitam de proteção. “A lei é muito boa, mas precisa ser
aplicada de forma adequada”, afirma Larissa. “A gente
enfrenta problemas nas delegacias da mulher por falta de
profissionais qualificados e percebe um sucateamento nos
serviços públicos de atendimento”.
(VILARDAGA, Vicente; OLIVEIRA, Caroline. Epidemia homicida. Texto adaptado. Disponível em: https://istoe.com.br/epidemia-homicida/. Acesso em: 20/01/2020.)