Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso

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Q916724 Português

Observe os seguintes versos extraídos do texto IV:


“Rosa vinha me contar” (v. 24)

“Quando de noite me der” (v. 36)


Em relação à colocação pronominal, a atitude do eu lírico, nos versos acima destacados, está adequadamente expressa na seguinte alternativa:

Alternativas
Q914084 Português
Assinale a alternativa em que em que a colocação do pronome destacado atende à norma-padrão da língua.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: AL-RR Prova: FUNRIO - 2018 - AL-RR - Taquígrafo |
Q912980 Português

TEXTO I


Anotações sobre uma pichação


    Faz provavelmente uns dois anos que topei com a frase pela primeira vez, num muro qualquer da cidade. Em pouco tempo, era impossível deixar de vêla. Da noite para o dia, como uma infecção, onde houvesse um tapume, muro, parede, empena ou porta de ferro, ela aparecia: Não fui eu.

    É certo que, pichada num muro de Estocolmo, os sentidos que ganharia seriam outros, e não há dificuldade em imaginar que conteúdos ela traria à tona em Berlim. História e geografia aqui são determinantes. O passado é tudo.

    Minha hipótese é de que, no Brasil, a frase é imediatamente lida como um protesto de inocência. A um brasileiro não ocorrerá interpretá-la como manifestação de modéstia, como recusa de um crédito indevido – Não, essa honra não me cabe, ou Não, o mérito não é meu. Como violência, desigualdade e desordem formam a teia de nossa existência cívica, o que se insinua nas entrelinhas de Não fui eu não é a virtude, mas o delito.

    Delito dos outros, no caso. A transferência de ônus é o que parece dar força ao enunciado, na medida em que fundamenta uma verdade incômoda sobre nossa condição de cidadãos brasileiros. Como tantos de nós, o autor está tirando o corpo fora.

Ignora-se a identidade do autor dessa frase com a qual o carioca convive há anos e que continua a se disseminar pelas superfícies da cidade. Numa reportagem de 2017 da Veja Rio, ele afirma que se manterá no anonimato: “Se a pichação funciona como uma assinatura que reivindica a autoria, meu trabalho é uma assinatura que nega a própria autoria. Comecei a me interessar pela potência poética que surgia disso e pelas diferentes leituras que a frase poderia ter na rua.”

    Fez bem. Não sendo enunciada por ninguém em particular, a frase pertence a qualquer um. A sensação difusa de que ela exprime um éthos*, de que essas três palavras falam de nós, é uma confirmação de que, dado o alheamento geral, o melhor mesmo é jogar a toalha e ir cuidar da vida.

(*Éthos: palavra com origem grega, que significa "caráter moral")


SALLES, João Moreira. Revista PIAUÍ, 2018. (Adaptado)

Sobre a redação do trecho Ignora-se a identidade do autor dessa frase com a qual o carioca convive há anos, é CORRETO afirmar que a(s)
Alternativas
Q910620 Português



Elaine Maria Octaviano Martins Curso de direito marítimo Barueri: Manoele, v 1, 2013, p 65 (com adaptações)

Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue o item a seguir.


A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “que se consubstancia” (l. 10 e 11) fosse alterado para que consubstancia-se.

Alternativas
Q910558 Português

Leia o texto, para responder a questão.


Frei Caneca e a Virgem Maria


    No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.
    Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
    Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
    – Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
    E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.
**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.
A alternativa que reescreve o trecho “O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.”, de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação de pronome, é: 
Alternativas
Respostas
1941: C
1942: D
1943: A
1944: E
1945: E