Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso

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Q876043 Português
Segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi utilizado na posição correta em:
Alternativas
Q875078 Português

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto 1A9AAA, julgue os itens a seguir.


I Embora a correção gramatical e o sentido do texto fossem mantidos caso se substituísse o trecho “se lhes afigurava” (ℓ.29) por afigurava-se a elas, a linguagem resultaria informal e, consequentemente, inadequada ao gênero textual.

II Tanto na oração “que suponho de origem gauchesca” (ℓ. 22 e 23) quanto na oração “que desejo seja interpretada a frase” (ℓ.38), há elementos gramaticais elípticos.

III A repetição da palavra “mundo”, em “o que o Velho queria mesmo era um mundo que fosse de todo mundo” (ℓ. 36 a 38), torna o trecho redundante.


Assinale a opção correta.

Alternativas
Q873872 Português

A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto CB1A1AAA, julgue o item seguinte.


A próclise observada em “se multiplicam” (ℓ.7) e “se desenvolve” (ℓ.14) é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto — multiplicam-se e desenvolve-se, respectivamente.

Alternativas
Q872736 Português

Com relação à variação linguística bem como aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o próximo item.


A colocação pronominal observada no trecho “não se tenha insinuado” (ℓ.29) é frequente tanto na língua escrita, sendo utilizada em textos literários, artigos científicos e textos oficiais, quanto na variedade padrão formal falada no Brasil, como a utilizada em telejornais.

Alternativas
Q870918 Português

Texto para responder à questão.


    O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.

    Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:

    - E se me desculpe, senhorinha, posso convidara passear?

    - Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.

    - E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?

    -Macabéa.

    -Maca - o quê?

    - Béa, foi ela obrigada a completar.

    - Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.

    - Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...

    - Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.

    Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:

    - Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?

    Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.

    Da terceira vez que se encontraram - pois não é que estava chovendo? - o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:

    -Você também só sabe é mesmo chover!

    -Desculpe.

    Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.

    Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.

    - Olímpico de Jesus Moreira Chaves - mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.

    - Eu não entendo o seu nome - disse ela. - Olímpico?

    Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido:

    - Eu sei mas não quero dizer!

    - Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.

    [...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário" e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilógrafa” formavam um casal de classe.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30jan. p. 43-45. (Fragmento)

A norma-padrão de colocação pronominal do pronome oblíquo é contrariada na seguinte passagem do texto:
Alternativas
Respostas
1991: C
1992: B
1993: C
1994: E
1995: B