Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q1721588 Português

CINZAS DA INQUISIÇÃO


1.     Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história europeia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos falar de um certo Antônio José – o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro.

2.     Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional.

3.     Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história das instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história.

4.     Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a “república” decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um intenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: “Libertem de novo os escravos”, “proclamem de novo a República”.

5.      Fazer história é fazer falar o passado e o presente, criando ecos para o futuro.

6.    História é o antissilêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras. Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como um vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou àquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse por ele.

7.      A história começa com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições.


(SANT’ANNA, Affonso R. de. A raiz quadrada do absurdo. Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1989)

Nas frases abaixo, assinale a alternativa que classifica morfologicamente a CORRETA, entre as palavras destacadas:


I- Tenho que lutar por um país mais justo

II- O quê ! Falar de história é esquecer o passado!

III- Que terrível livros queimados!

IV- Esta é a solução que ele sugeriu para o seu país.

V- Retorne logo que já estou preocupado.

Alternativas
Q1721097 Português
A pontuação é o recurso, disposto pela norma culta, que permite que o sentido do texto seja mais preciso ao leitor. No trecho do texto de Graciliano Ramos: “A criatura desviou-se, e ao cabo de um minuto as linhas moveram-se [...]” a vírgula foi empregada:
Alternativas
Q1720636 Português
Conforme Bechara, a língua possui unidades que têm por missão reunir orações num mesmo enunciado. Essas unidades são tradicionalmente chamadas conjunções, que se repartem em dois tipos: coordenadas e subordinadas. Sobre tais unidades, avalie as afirmações que seguem:
I. As conjunções coordenadas reúnem orações que pertencem ao mesmo nível sintático: dizem-se independentes umas das outras e, por isso mesmo, podem aparecer em enunciados separados. II. As conjunções subordinadas, assim como as coordenadas, têm a missão de assinalar que as orações que poderiam ser autônomas se inserem num enunciado simples em que elas (as orações) agregam a característica de enunciado ao conjunto, para exercer, num nível de estruturação gramatical, a função de palavra. III. As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstâncias como causa, condição, finalidade, dentre outras.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1720388 Português
É correto afirmar que a palavra “lixo” (primeira fala) exerce função morfológica de:
Alternativas
Q1720386 Português
A partícula “que” presente na segunda fala “[...] as postagens que o pessoal [...]” exerce função morfológica de:
Alternativas
Q1720325 Português
A partícula “que” (linha 6) exerce função morfológica de:
Alternativas
Q1720055 Português

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Considere as seguintes afirmativas sobre a tira de Fernando Gonsales:
I - A conjunção se estabelece uma relação de condição entre a guerra nuclear e a piora de vida para as baratas. II - Difícil é objeto direto de vai ficar e indica o estado de vida das baratas após a guerra. III - A conjunção mas introduz uma consequência que a falta de lixo trará à vida das baratas. IV - No último quadro, quem é sujeito da oração que tem o lixo como objeto direto.
É correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q1720053 Português

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Considere as seguintes afirmações a respeito da propaganda:

I - “Ela” faz referência a “mãe”, articulando o texto com a imagem da publicidade.

II - O pronome “que”, no texto, retoma, respectivamente, “Ela” e “você”.

III - O uso da conjunção “mas” reforça “precisava” em contraposição a “não precisava”.

IV - A locução “vai dizer” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “diria”.

Alternativas
Q1719013 Português
ENTREVISTA COM ENI ORLANDI

     M. S. – Você tem apresentado uma distinção entre a formação e a capacitação no que tange à formação de professores. Nesse sentido, de que forma os pressupostos teóricos da Análise de Discurso podem contribuir para a proposição de uma política de formação para os profissionais de Letras, tanto em nível de graduação, passando pelas chamadas formações continuadas, ofertadas pelas Secretarias de Educação de estados e municípios, quanto no âmbito da pós-graduação? 

     E. O. – A distinção que faço entre formação e capacitação não significa como está significada a palavra formação em “formação continuada”. Ao contrário, é uma noção que procurei formular para abrigar a possibilidade de se pensar em uma prática pedagógica de construção real de conhecimento, e não presa ao imaginário escolar já significado antes mesmo que se estabeleçam relações concretas com os alunos. A distinção básica é a que estabeleço entre a relação do ensino com a informação – capacitação – e com o conhecimento, com o saber – formação. Na capacitação, consumo e cidadania se conjugam. 
 
     Na conjuntura histórica atual, a alfabetização e o desenvolvimento se declinam, então, em “educação e mercado”, em que o mercado exige a qualificação do trabalho, a qualificação do trabalhador: um país educado. Isto significa um país rico em que os cidadãos “educados” são capacitados para o trabalho e circulam como consumidores de um mercado de trabalho qualificado; neste caso, o da capacitação, o denominador comum é o trabalho, e não o conhecimento. Basta a informação, o treinamento. O mercado funciona como uma premissa indefinida para se falar em “sustentabilidade”

     Esta palavrinha traz em seu efeito de memória a de desenvolvimento, que é o que precisamos, segundo o discurso dominante em uma sociedade capitalista, sobretudo em países ditos pobres. A capacitação é a palavra presente constantemente na mídia, na fala de empresários, governantes e... na escola. De nosso ponto de vista, este funcionamento discursivo silencia a força da reivindicação social presente, no entanto, na palavra formação. Pensando politicamente, podemos dizer que a formação, e não a capacitação, pode produzir um aluno “não alienado”. Retomo, aqui, o conceito de K. Marx (1844), segundo o qual a alienação desenvolve-se quando o indivíduo não consegue discernir e reconhecer o conteúdo e o efeito de sua ação interventiva nas formas sociais.

     A análise de discurso pode prover elementos para que a formação, e não a capacitação, seja incentivada como forma de relação com o conhecimento. Já porque suas reflexões juntam sujeito, língua, educação e formação social. Em minhas reflexões, uno a isto uma teorização do sujeito em que se tem os seus modos de individuação, produzidos pela articulação simbólico-política do Estado, através de instituições e discursos. Aí incluo, nesta presente reflexão, a escola e os discursos do conhecimento.

     Consideramos que a educação, e, em particular, o ensino da língua, como parte do que tenho trabalhado como a individuação do sujeito, neste caso, sendo a instituição a escola, poderia, se bem praticado como processo formador do indivíduo na sua relação com o social e o trabalho, dar condições para que este sujeito “soubesse” que sabe a língua e soubesse “ler e escrever”, de forma a, em sua compreensão, ser capaz de dimensionar o efeito de sua intervenção nas formas sociais, com todas as consequências sociais e históricas que isto implica. Em uma palavra, se desalienasse. O que a capacitação não faz, pois o torna apenas um indivíduo bem treinado e, logo, mais produtivo. Isto não o qualifica em seu conhecimento, o que, com a formação, se dá e produz o efeito de tornar esse sujeito mais independente, deixando de ser só mais um instrumento na feitura de um “país rico”. Ele estaria formado para dar mais um passo na direção de não só formular como reformular e ressignificar sua relação com a língua institucionalizada, a da escola, mas também com a sociedade.

     Ao invés de ser apenas um autômato de uma empresa (com a capacitação), poderia ser um sujeito em posição de transformar seu próprio conhecimento, compreender suas condições de existência na sociedade e resistir ao que o nega enquanto sujeito social e histórico. Tudo isto, se pensamos na formação - desde a educação básica, como o ensino superior – leva-nos a dizer que há modos de formar sujeitos preparados para descobertas e para inovações. Sujeitos bem formados que podem “pensar por si mesmos”, tocando o real da língua em seu funcionamento e o da história, no confronto com o imaginário que o determina.

ORLANDI, EniPulccinelli. Entrevista com EniOrlandi. [Entrevista
concedida a Maristela Cury Sarian] Pensares em Revista, São Gonçalo
– RJ, n. 17, p. 8-17, 2020. (Fragmento).
Analise o período seguinte atendendo aos aspectos semânticos e gramaticais. “Pensando politicamente, podemos dizer que a formação, e não a capacitação, pode produzir um aluno ‘não alienado’”.
Alternativas
Q1718730 Português
Sócrates ensina como não ligar para a opinião dos outros
O filósofo foi a julgamento e teve a chance de renegar suas ideias, mas preferiu beber veneno
Tiago Cordeiro

     O fundador da filosofia ocidental foi condenado à morte por não adorar os deuses de Atenas e "corromper" a juventude com ideias não aceitas pela sociedade da época. Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.) foi a julgamento e teve a chance de renegar suas ideias. Preferiu beber cicuta. Pagou com a vida o preço da impopularidade, mas não abriu mão de seus conceitos. Com isso, ele deixava uma última lição clara: não é possível levar a sério as opiniões alheias o tempo todo. Muitas vezes, é preciso ter a coragem de assumir suas próprias posições, por mais complicado que isso seja.
     É difícil agir assim. Afinal, ser popular é prazeroso. Observe: em uma roda de conversa, sempre aparece aquela pessoa simpática, carismática, que conta piadas de que todos riem e sente o prazer de ser bem-recebido pelo grupo. Sócrates fazia o contrário: abordava estranhos na rua e perguntava, insistentemente, o que era a felicidade, quais os motivos para realizar sacrifícios para deuses ou por que homens que vão às guerras são tão valorizados. 


     Era irritante, porque demonstrava o quanto os lugares-comuns não se sustentavam logicamente. “Sócrates era o chato que ninguém quer por perto”, afirma o filósofo Robert Rowland Smith, autor de Breakfast With Socrates ("Café da Manhã com Sócrates", sem edição brasileira). “Suas perguntas irritavam quem não tinha interesse em debater com profundidade questões que pareciam óbvias, mas não eram.”
     Seus poucos discípulos entendiam o espírito de tantos questionamentos. Aristóteles sugeria que a amizade verdadeira só poderia existir quando duas pessoas compartilhassem sal – ou seja, dividissem refeições, impressões, opiniões. Já Platão registrou, em seus mais de 30 diálogos socráticos, a dialética do mestre. Suas conversas se iniciavam com uma pergunta, que resultava em opiniões do interlocutor, primeiramente aceitas. Depois, era mostrado o contraditório daquelas opiniões, levando o interlocutor a reconhecer seu desconhecimento sobre o assunto.
     Para Sócrates, o importante era ter em mente que todos os seus conceitos de vida podem estar errados. Por isso, precisam ser examinados até que provem ter lógica. Mesmo que isso traga impopularidade. Até porque ninguém consegue ser popular e agradar a todos.

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Filosofia/noticia/2016/08/socrates -ensina-como-nao-ligarpara-opiniao-dos-outros.html. Acesso em: 28 fev. 2019. [Adaptado]
Considere o excerto transcrito abaixo.
O filósofo foi a julgamento e[1º] teve a chance de renegar suas ideias, mas[2º] preferiu beber veneno
Em relação aos elementos linguísticos destacados,
Alternativas
Q1718468 Português
Analise, sintaticamente, os elementos sublinhados da oração: “Essa mensagem, enviamos a todos os contatos que estão salvos em nosso sistema”.
Alternativas
Q1718353 Português
Devido às características distintas das palavras utilizadas na língua portuguesa, as mesmas assumem funções específicas, sendo divididas em classes gramaticais para melhor expressão das ideias. Quanto à classificação, assinale a alternativa cujo conteúdo refere-se às palavras que exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridas:
Alternativas
Q1718332 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Pesquisa aponta grande desigualdade entre brancos, negros e pardos na educação básica
Dados do IBGE indicam que proporção de brasileiros com 25 anos ou mais com ensino médio representa 52,6%

19/06/2019
Por Eric Raupp

A proporção de brasileiros com 25 anos ou mais de idade que não finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram no mínimo o ensino médio, diminuiu no último ano, mas ainda representa 52,6% das pessoas na faixa etária. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, que mostra uma grande desigualdade na análise por cor ou raça: 55,8% dos brancos haviam completado o ciclo, enquanto o percentual entre as pessoas negras ou pardas foi de 40,3%.

Entre aqueles que não obtiveram a educação básica, 6,9% eram sem instrução, 33,1% tinham o ensino fundamental incompleto, 8,1% tinham o ensino fundamental completo e 4,5%, o ensino médio incompleto. Em um recorte por sexo, mulheres obtiveram maior índice de conclusão da educação básica que os homens, 49,5% ante 45%, respectivamente.
A região Sudeste apresentou a maior proporção de pessoas que concluíram ao menos a etapa do ensino básico, com 53,6%. No Sul do país, o índice ficou em 45,7%, enquanto no Centro-Oeste foi de 48,7%. As regiões Norte e Nordeste tiveram as menores taxas, apesar de terem apresentado o maior crescimento em termos percentuais. Os valores fecharam em 43,6% e 38,9% respectivamente.
A rede pública de ensino foi responsável por 74,3% dos alunos na creche e pré-escola, proporção estatisticamente semelhante a 2017. No ensino fundamental, 82,3% dos estudantes também frequentavam a rede pública, percentual 1,4% menor que em 2017. Já no ensino médio regular, concentrou 87% dos alunos e se manteve estável em relação a 2017. 
Apenas 34,3% dos negros da região Sul têm ensino básico
As desigualdades educacionais também apareceram dentro de cada região, especialmente na análise por cor ou raça. Em todas as cinco zonas do Brasil, negros e pardos obtiveram menor nível de instrução. O Sul registrou o menor grau de conclusão do ensino básico para esta população, com apenas 34,3%, o menor do país. Entre os brancos, 48,9% tinham completado o ciclo.
O Nordeste teve um padrão similar quando comparados brancos (48,6%) com pessoas pretas ou pardas (35,7%). O que diferenciava as duas regiões era, no entanto, a composição da população segundo esses grupos: quase ¼ da população no Nordeste era branca e quase ¼ da população do Sul era preta ou parda.
O Sudeste apresentou os índices de finalização da educação básica mais altos tanto para brancos quanto para negros e pardos, 61,2% e 44,6% respectivamente, mas registrou a maior diferença percentual entre os dois, 16,6%. No Norte e no Centro-Oeste, as taxas foram, em ordem, 52,5% e 56,5% para brancos e 41,5% e 43,7% para negros ou pardos.
População com ensino superior aumenta
Ainda que a maioria da população nacional não tenha concluído o ensino básico, o percentual de pessoas com formação superior cresceu no País e atingiu 47,4% em 2018. Em especial, o percentual de pessoas com graduação passou de 15,7% em 2017 para 16,5% em 2018. O crescimento foi possível por causa do aumento de alunos no ensino à distância e do oferecimento de vagas em tanto nas novas universidades federais e particulares.
Nesse cenário, a rede privada continuou predominante: 74,2% dos estudantes de graduação as frequentavam, proporção que se mantém desde 2016. As matrículas nos cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) também estiveram concentradas majoritariamente em instituições particulares, responsáveis por 71,0% dos alunos.
Média de estudos é de 9,3 anos
A média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, em 2018, foi 9,3 anos. Desde 2016, essa média tem crescido anualmente 0,2 ano. Entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 9,5 anos, enquanto para os homens, 9 anos.
Com relação à cor ou raça, mais uma vez, a diferença foi considerável, registrando-se 10,3 anos de estudo para as pessoas brancas e 8,4 anos para os negros ou pardos, ou seja, uma diferença de quase dois anos entre esses grupos.
Em termos regionais, Sudeste, Centro-Oeste e Sul mantiveram-se com uma média de anos de estudo acima da nacional, respectivamente de 10, 9,6 e 9,6 anos, enquanto Nordeste e Norte ficaram abaixo da média nacional, com 8,7 anos e 7,9 anos, respectivamente. Todas as regiões tiveram um aumento entre 2017 e 2018, que variou entre 0,1 e 0,2 ano de estudo. 

https://www.correiodopovo.com.br/
Ainda que a maioria da população nacional não tenha concluído o ensino básico (...).” 8º§ Assinale a alternativa em que a substituição da conjunção destacada não altera seu sentido nesse período.
Alternativas
Q1718279 Português
TEXTO

Por que sou contra o estatuto do desarmamento

   Há, aproximadamente, dez anos, o povo brasileiro foi às urnas participar de um referendo que restringia o uso de armas de fogo. Com isso, acreditava que o índice de homicídio e a violência generalizada pelo uso de arma de fogo seriam sanados no país. No entanto, dados do Mapa da Violência (apresentado em maio deste ano) mostram que, entre 1980 e 2012, houve um aumento de 387% do número de mortes por armas de fogo. Neste mesmo período, a população brasileira cresceu 61%. Pelo menos 116 pessoas morreram por dia no Brasil em 2012 por disparos de armas de fogo. É o equivalente a impressionantes 4,8 mortes por hora, índice parecido ou superior ao registrado em países em guerra. Ou seja, ao longo dos anos, o Estatuto do Desarmamento mostrou ser um fracasso, quando restringe o cidadão de garantir sua própria defesa e, ao mesmo tempo, não desarmou aqueles que utilizam uma arma para vários tipos de crimes.
   (...)
   O Estatuto do Desarmamento não é solução para a violência. É preciso promover o fortalecimento das instituições do Estado, do sistema penitenciário e do sistema de segurança pública como um todo e realizar reformas do Código Penal. O Estatuto não tem eficácia, além de tirar o direito do cidadão comum de se defender da insegurança e concentrar as armas nas mãos dos bandidos, já que esses jamais entregarão seus armamentos.

Disponível em http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2015/11/15/inter na_politica,610442/porque-sou-contra-o-estatuto-do-desarmamento.shtml. Acesso em 25.mar.2020.
Analise os períodos e responda ao comando que segue.
“...o povo brasileiro foi às urnas participar de um referendo que¹ restringia o uso de armas de fogo.” “...dados do Mapa da Violência mostram que² houve um aumento de 387% do número de mortes por armas de fogo...”
Pode-se constatar que os elementos coesivos negritados são, respectivamente
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Q1717573 Português
O cuidado para a volta segura às aulas

Diante dos desafios provocados pela pandemia e os esforços para a retomada das atividades presenciais, uma das maiores preocupações diz respeito ao ensino. Com as escolas fechadas desde março, quando a quarentena foi decretada em boa parte do Estado, estuda-se protocolos e formas de permitir um retorno gradual, com o máximo de segurança possível. Se crianças e adolescentes, pelo que se observa até agora, apresentam resposta imunológica mais positiva ao novo coronavírus, o fato de poderem ser pacientes assintomáticos ou mesmo de carregarem consigo a Covid-19 e favorecer sua disseminação não podem ser ignorados. Mesmo porque há a perspectiva do contato com pessoas do grupo de risco e mesmo da transmissão para os demais moradores de suas casas.

A contínua evolução do aprendizado sobre o comportamento da doença, efeitos e respostas faz com que também a literatura sobre o tema seja constantemente atualizada. É possível, no entanto, até mesmo com base nas experiências de outros países, acumular informações que permitam elaborar as regras básicas para a volta à educação presencial. Muitos dos cuidados e medidas a serem seguidos, inclusive, não são mais do que aquilo que já se faz com o restante da população.

Por outro lado, não se pode desprezar o fato de que a realidade das escolas - especialmente as públicas - é amplamente heterogênea em Minas. Há as que contam com melhor estrutura e condições e, por isso, podem responder ao desafio de modo mais completo. Outras, em municípios menores, e realidades diferentes, precisam de maior suporte para seguir as determinações da forma adequada. Estamos falando de uma dimensão territorial maior que a de boa parte dos países do mundo, marcada por nítidas diferenças sócio-econômicas, climáticas e de adensamento populacional.

Torna-se imperativo buscar um planejamento completo, que não dê margem a dúvidas ou possa esconder vulnerabilidades perigosas. Assim como nos mais variados setores - boa parte dos quais já em funcionamento praticamente normal - o respeito e o cumprimento às determinações sanitárias é o principal aliado para impedir uma segunda onda de contágio, que obrigaria a um indesejável recuo. O poder público deve buscar a interlocução com os vários atores envolvidos no processo e oferecer alternativas eficazes para as diversas realidades.

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br
Se crianças e adolescentes, pelo que se observa até agora, apresentam resposta imunológica mais positiva ao novo coronavírus, o fato de poderem ser pacientes assintomáticos ou mesmo de carregarem consigo a Covid-19 e favorecer sua disseminação não podem ser ignorados”.
As palavras destacadas exercem as funções morfológicas respectivamente de:
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Q1717304 Português
TEXTO

Trecho do livro Modernidade Líquida

         “Indivíduos frágeis”, destinados a conduzir suas vidas numa “realidade porosa”, sentem-se como que patinando sobre gelo fino; e “ao patinar sobre gelo fino”, observou Ralph Waldo Emerson em seu ensaio Prudence, “nossa segurança está em nossa velocidade”. Indivíduos, frágeis ou não, precisam de segurança, anseiam por segurança, buscam a segurança e assim tentam, ao máximo, fazer o que fazem com a máxima velocidade. Estando entre os corredores rápidos, diminuir a velocidade significa ser deixado para trás; ao patinar em gelo fino, diminuir a velocidade também significa a ameaça real de afogar-se. Portanto, a velocidade sobe para o topo da lista dos valores de sobrevivência.
         A velocidade, no entanto, não é propícia ao pensamento, pelo menos ao pensamento de longo prazo. O pensamento demanda pausa e descanso, “tomar seu tempo”, recapitular os passos já dados, examinar mais de perto o ponto alcançado e a sabedoria (ou imprudência, se for o caso) de o ter alcançado.
         Pensar tira nossa mente da tarefa em curso, que requer sempre a corrida e a manutenção da velocidade. E na falta do pensamento, o patinar sobre o gelo fino que é uma fatalidade para todos os indivíduos frágeis na realidade porosa pode ser equivocadamente tomado como seu destino.
         Tomar a fatalidade por destino, como insistia Max Scheler em sua Ordo amoris, é um erro grave: “O destino do homem não é uma fatalidade… A suposição de que fatalidade e destino são a mesma coisa merece ser chamada de fatalismo”. O fatalismo é um erro do juízo, pois de fato a fatalidade “tem origem natural e basicamente compreensível”. Além disso, embora não seja uma questão de livre escolha, e particularmente de livre escolha individual, a fatalidade “tem origem na vida de um homem ou de um povo”. Para ver tudo isso, para notar a diferença e a distância entre fatalidade e destino, e escapar à armadilha do fatalismo, são necessários recursos difíceis de obter quando se patina sobre gelo fino: tempo para pensar, e distanciamento para uma visão de conjunto.
          (…) Tomar distância, tomar tempo – a fim de separar o destino e a fatalidade, de emancipar o destino da fatalidade, de torná-lo livre para confrontar a fatalidade e desafiá-la: essa é a vocação da sociologia. E é o que os sociólogos podem fazer caso se esforcem consciente, deliberada e honestamente para refundir a vocação a que atendem – sua fatalidade – em seu destino.
Zygmunt Bauman

Disponível em https://colunastortas.com.br/zygmunt-bauman-frases/. Acesso
em 25/06/2020.
No período “Além disso, embora não seja uma questão de livre escolha, e particularmente de livre escolha individual, a fatalidade “tem origem na vida de um homem ou de um povo”, a conjunção destacada estabelece entre as orações a ideia de
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Q1716929 Português
Os Vilares

Havia, no colégio, três companheiros desagradáveis. Um deles era o Vilares. Menino forte, cara bexigosa, com um modo especial de carregar e de franzir as sobrancelhas autoritariamente. Parecia ter nascido para senhor do mundo. No recreio queria dirigir as brincadeiras e mandar em todos nós. Se a sua vontade não predominava, acabava brigando e desmanchava o brinquedo. Simplesmente insuportável. Ninguém, a não ser ele, sabia nada; sem ele talvez não existisse o mundo.
Vivia censurando os companheiros, metendo-se onde não era chamado, implicando com um e com outro, mandando sempre. (…) Não tinha um amigo. A meninada do curso primário movia-lhe a guerra surda. E, um dia, os mais taludos se revoltaram e deram-lhe uma sova. Foi um escândalo no colégio. O vigilante levou-os ao gabinete do diretor. O velho Lobato repreendeu-os fortemente. Mais tarde, porém, chamou o Vilares e o repreendeu também.
- Eu estava no gabinete e ouvi tudo.
- É necessário mudar esse feitio, menino. Você, entre os seus colegas, é uma espécie de galo de terreiro. Quer sempre impor a sua vontade, quer mandar em toda a gente. Isso é antipático. Isso é feio. Isso é mau. Caminha-se mais facilmente numa estrada lisa do que numa estrada cheia de pedras e buracos. Você, com essa maneira autoritária, está cavando buracos e amontoando pedras na estrada de sua vida. E, continuando:
- Você gosta de mandar. Mas é preciso lembrar-se de que ninguém gosta de ser mandado. Desde que o mundo é mundo, a humanidade luta para ser livre. O sentimento de liberdade nasce com o homem e do homem não sai nunca. É um sentimento tão natural, que os próprios irracionais o possuem. E louco será, meu filho, quem tiver a pretensão de modificar sentimentos dessa ordem. Ou você muda de feitio, ou você muito terá que sofrer na vida. (VIRIATO CORREA.)
Na sentença ‘’ O velho Lobato repreendeu-os fortemente’’ o termo em destaque pode ser classificado como: Assinale a alternativa CORRETA.
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Q1716894 Português
O sucesso da mala

    Respiro ofegante. Trago nas mãos uma pequena mala e uma agenda tinindo de nova. É meu primeiro dia de aula. Venho substituir uma professora que teve que se ausentar "por motivo de força maior". Entro timidamente na sala dos professores e sou encarada por todos. Uma das colegas, tentando me deixar mais à vontade, pergunta:
    - É você que veio substituir a Edith?
    - Sim - respondo num fio de voz.
     - Fala forte, querida, caso contrário vai ser tragada pelos alunos - e morre de rir.
    E a equipe toda se diverte com a minha cara.
     - Ela nem imagina o que a espera, não é mesmo?
     Convidada a me sentar, aceito para não parecer antipática. Eles continuam a conversar como se eu não estivesse ali. Até que, finalmente, toca o sinal. É hora de começar a aula. Pego meu material e percebo que me olham curiosos para saber o que tenho dentro da mala. Antes que me perguntem, acelero o passo e sigo para a sala de aula. Entro e vejo um montão de olhinhos curiosos a me analisar que, em seguida, se voltam para a maleta. Eu a coloco em cima da mesa e a abro sem deixar que vejam o que há lá dentro.
     - O que tem aí, professora?
    - Em breve vocês saberão.
    No fim do dia, fecho a mala, junto minhas coisas e saio. No dia seguinte, me comporto da mesma maneira, e no outro e no noutro... As aulas correm bem e sinto que conquistei a classe, que participa com muito interesse. Os professores já não me encaram. A mala, porém, continua sendo alvo de olhares curiosos.
    Chego à escola no meu último dia de aula. A titular da turma voltará na semana seguinte. Na sala dos professores ouço a pergunta guardada há tantos dias:
    - Afinal, o que você guarda de tão mágico dentro dessa mala que conseguiu modificar a sala em tão pouco tempo?
    - Podem olhar - respondo, abrindo o fecho.
     - Mas não tem nada aí! - comentam.
     - O essencial é invisível aos olhos. Aqui guardo o meu melhor.
    Todos ficam me olhando. Parecem estar pensando no que eu disse. Pego meu material, me despeço e saio.


Cybele Meyer
No trecho ‘’ Entro e vejo um montão de olhinhos curiosos’’... o termo em destaque pode ser classificado como: Assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1716860 Português

Twitter, a praça do ódio


“Ninguém conhece melhor os seus interesses do que o homem virtuoso; promovendo a felicidade dos outros assegura também a própria.”

(Marquês de Maricá. in: BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise sintática. 19.ed.rev.ampl. Nova Fronteira. Rio de Janeiro, 2014)

Ao acrescentar uma conjunção para desenvolver a oração subordinada reduzida de gerúndio, destacada no pensamento acima, e manter o seu sentido original, a opção adequada é

Alternativas
Q1716581 Português
Assinale a alternativa que apresente uma conjunção subordinativa concessiva.
Alternativas
Respostas
2101: A
2102: C
2103: D
2104: A
2105: C
2106: C
2107: C
2108: D
2109: E
2110: D
2111: A
2112: B
2113: D
2114: B
2115: A
2116: B
2117: C
2118: C
2119: C
2120: B