Questões de Português - Conjunções: Relação de causa e consequência para Concurso

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Q2155227 Português
Para responder à questão, considere o texto abaixo.

            A missão era simples. Ir ao supermercado do Amaro Branco, um bairro popular aqui de Olinda, onde o açougueiro e o responsável pelas verduras ficam discutindo a plenos pulmões sobre a rodada do campeonato estadual ou lamentando as apostas que fizeram pela internet, do campeonato europeu. Eu iria comprar frutas e uma lista pequena de coisas, além da minha indefectível água mineral com gás. Compras estando feitas, botei a mão no bolso, o cartão ficou em casa. Aceitam “pix”? Ainda estamos resolvendo isso, respondeu o gerente, com uma cara de cansado já de manhã. Desci o restante da ladeira sem nada, fui alugar uma bicicleta para ir a um supermercado mais distante, mas só havia uma bicicleta, que não funcionava.

            Já eram 10h20 da manhã e tudo tinha dado errado. O dia começou a mudar quando passei defronte à Maternidade do Tricentenário, a única pública da cidade. É impossível você passar pela frente e não ter imagens de mulheres grávidas, famílias preocupadas com o que está por acontecer. Mas o que me chamou a atenção foi um homem, que estava sentado num banquinho de praça, que fica numa das poucas áreas com árvores no entorno, ao lado de uma farmácia. Era o famoso “galego”, como chamamos aqui em Pernambuco. Branco, meio obeso, uns 35 anos, o rosto estava vermelho e suava como se fosse ter um infarto. Estava sozinho.

         Imediatamente reduzi o passo, andei uns três metros e parei, para ver o que estava acontecendo. Sou de uma curiosidade canina. Poucos segundos depois, sai de dentro do hospital uma mulher, que julgo ser sua irmã. Vem apressada, chorando, e começa a falar bem alto, olhando para o meu amigo: “Mago, acabou de nascer. Ela é a tua cara, Mago, é a tua cara!” Nesse instante, o homem cai num choro convulso. Abraça sua irmã, e chora profundamente. Fui tomado por uma emoção profunda, também comecei a chorar, como se o galego fosse um parente. Fazia tempo que não via um homem chorar. Aliás, o choro parece que ficou uma coisa meio clandestina. É difícil ver gente triste na internet.

(LIMA, Samarone. Nascimentos. Disponível em: www.revistacontinente.com.br. Adaptado)
O termo “que” está empregado como “conjunção” em:
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Q2155195 Português
    A riqueza e o primoroso esmero do trajar, o porte altivo e senhoril, certo balanceio afetado e langoroso dos movimentos davam-lhe esse ar pretensioso, que acompanha toda moça bonita e rica, ainda mesmo quando está sozinha. Mas com todo esse luxo e donaire de grande senhora nem por isso sua grande beleza deixava de ficar algum tanto eclipsada em presença das formas puras e corretas, da nobre singeleza, e dos tão naturais e modestos ademanes da cantora. Todavia Malvina era linda, encantadora mesmo, e posto que vaidosa da sua formosura e alta posição, transluzia-lhe nos grandes e meigos olhos azuis toda a nativa bondade do seu coração.
    Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla.     
    — Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora.
  — Ah! é a senhora?! — respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.
      — Não sabia que estava aí me escutando.
   — Pois que tem isso?... continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; porque é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?...
    — Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar...
    — Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?...
     — Porque me faz lembrar da minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais.
     — Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima dos teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço.

(A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. Fragmento.) 
No trecho [...] “ah! não devo falar [...]” (7º§), a classificação morfológica dos termos destacados corresponde, respectivamente, a 
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Q2155106 Português
Crônica da vida que passa

       Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.
       A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muitogrosseiro para se poder ser célebre à vontade.
    Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.
       E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.
      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.) 
Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade.” (3º§) A expressão em destaque no trecho anterior, mantendo a relação já estabelecida, poderia ser substituída por todas as opções da alternativa: 
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Q2154381 Português
Estratégias para um estudo mais produtivo e realizador 

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Por Alfredo Freitas

(Disponível em: blog.ambra.education/beneficios-de-estudar/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Na frase “Possuir alimentos, água e banheiro próximos também facilita o aprendizado, já que se perde menos tempo com essas necessidades básicas”, a locução conjuntiva sublinhada inicia uma oração que traduz circunstância de: 
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Q2144663 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O que é inflamação e como atua o sistema imunológico

As inflamações estão associadas à dor de uma lesão ou às doenças que ela pode causar, mas elas são parte importante da reação imunológica.

De forma geral, o termo "inflamação" designa todas as atividades do sistema imunológico que ocorrem quando o corpo tenta combater infecções reais ou potenciais, eliminando moléculas tóxicas ou recuperando-se de lesões físicas.

Existem cinco sinais físicos clássicos da inflamação aguda: calor, dor, vermelhidão, inchaço e perda da função. Inflamações fracas podem nem mesmo produzir sintomas perceptíveis, mas o processo celular subjacente é o mesmo.

Vejamos o caso de uma picada de abelha por exemplo. O sistema imunológico age como uma brigada militar com uma ampla variedade de armas no seu arsenal.

Depois de detectar as toxinas, as bactérias e a lesão física causada pela picada, o sistema imunológico envia diversos tipos de células imunológicas para o local atacado pela abelha. Estas incluem as células T, células B, macrófagos e neutrófilos, entre outras.

As células B produzem anticorpos. Esses anticorpos matam as bactérias da ferida e neutralizam as toxinas da picada. Já os macrófagos e neutrófilos envolvem-nas e as destroem. E as células T não produzem anticorpos, mas matarão células infectadas por vírus para evitar a difusão viral.

Além disso, essas células imunológicas produzem centenas de tipos de moléculas denominadas citocinas, que ajudam a combater ameaças e reparar danos do corpo. Mas, como em um ataque militar, as inflamações trazem efeitos colaterais.

Os mediadores que ajudam a matar as bactérias também matam células saudáveis. Outras moléculas mediadoras similares causam vazamento dos vasos sanguíneos, gerando acúmulo de fluidos e o fluxo de mais células imunológicas.

Esses danos colaterais são o motivo do desenvolvimento de inchaços, vermelhidão e dores em volta de uma picada de abelha ou de uma injeção.

Quando o sistema imunológico elimina uma infecção ou invasor externo, diferentes partes da reação inflamatória assumem e ajudam a reparar o tecido lesionado.

Depois de alguns dias, o corpo neutraliza o veneno da picada, elimina eventuais bactérias invasoras e cura qualquer tecido que tenha sido afetado.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-63901846. Adaptado.
Quando o sistema imunológico elimina uma infecção ou invasor externo [...]
Assinale a opção que contenha somente conjunção.
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Respostas
1116: C
1117: B
1118: C
1119: D
1120: D