Questões de Português - Denotação e Conotação para Concurso

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Ano: 2019 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2019 - IF-MA - Nível Médio |
Q1316018 Português
TEXTO 01
Aves de Bom jardim

    No mês de junho (melhor mês do ano), no interior do maranhão, homens e crianças compartilham o mesmo sonho de poder voar pelos céus, cortando os ares como um pássaro. Esse sonho é reduzido em uma brincadeira que deixa o céu de minha cidade colorido como um arco-íris.
    Pássaros de todas as cores e tamanhos sendo controlados pela meninada. Aves que voam sobre as casas acabam acidentadas em fios de energia, que por acidente acabam enfeitando todas as ruas. São tantos! Todos bem enfeitados com fitas, sedas e sacolas, conduzidos pelos seus criadores que entram em uma bela disputa onde o mais afiado corta outro e é capturado pelo oponente. São poucos que conseguem permanecer uma hora no ar, restando os melhores pássaros que desfilam vitoriosos sobre a cidade.
    E quando, de repente, aparece um bando de crianças correndo, sem parar, de cara para cima e suas mães gritando: - Volta aqui, meninoooo! Não fique preocupado! É apenas mais uma ave sem rumo, guiada pelo vento que perdeu uma batalha. 
    Realmente não há brincadeira melhor do que empinar uma pipa com seu melhor amigo e sair correndo por aí, nos céus de Bom Jardim.

(Autor: Rivaldo dos Santos da Silva, aluno do Curso de Logística, IFMA Campus Santa Inês. Texto produzido para Olimpíada de Língua Portuguesa, 2016, em versão integral). 
Na construção global do sentido do TEXTO 01 há o predomínio da linguagem conotativa, conforme identificado nos enunciados abaixo, EXCETO em:
Alternativas
Q1315501 Português
Texto 2
E vamos à luta

Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão Eu vou à luta é com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada [...]
Gonzaguinha. Letra disponível em: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/259335. Acesso em: 30/09/17. Excerto.

Nós, falantes de uma língua, temos variadas maneiras de dizer o que queremos dizer, dependendo da situação comunicativa em que nos encontramos e de nossas intenções na interação. Considerando que os sentidos se fazem na situação interativa, é CORRETO afirmar que, no Texto 2:
Alternativas
Q1314157 Português

“O Ipê-amarelo, também conhecido no brasil como Aipê ou Ipê-ouro é muito comum no estado do Paraná, sua altura pode chegar a trinta metros e seu diâmetro até 60 centímetros. Sua floração se inicia no fim de agosto e a frutificação acontece nos meses de setembro e fevereiro. “

A informação lida é bastante objetiva e tem um caráter referencial, ou seja, de transmitir uma informação, podemos dizer que é um texto de:

Alternativas
Q1308082 Português

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.


No texto, “Quem não se lembra do misterioso assassinato no Museu do Louvre que dá largada à maratona do professor de simbologia Robert Langdon em O Código Da Vinci; ou, ainda, da bela ex-primeira-dama Carla Bruni bancando a guia turística na comédia romântica de Woody Allen Meia-noite em Paris? Prepare a pipoca e viaje por esses filmes que contemplam diversos recantos da Cidade Luz imortalizados nas telonas.”

Fonte: Revista Viaje Mais, dezembro de 2019, p. 71. Adaptado.


Qual das palavras abaixo possui, no texto acima, sentido conotativo?

Alternativas
Q1307368 Português
Sobre os tipos de linguagem, é CORRETO afirmar que predomina no texto o uso da linguagem
Alternativas
Q1306766 Português

Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/. Acesso em 9 de jan. 2020. Adaptado. 

Tendo em vista os tipos de linguagem, é CORRETO afirmar que, no texto, predomina a linguagem
Alternativas
Q1306347 Português

O texto abaixo servirá de base para a questão.

 Óculos com luz e joia no rosto são novas armas contra reconhecimento facial

Letícia Naísa

A indústria fashion começa a oferecer produtos para quem não quer ser reconhecido por câmeras de vigilância. Podem ser óculos que emitem luz, joias que confundem o scanner facial ou máscaras que distorcem as feições. A rápida expansão da tecnologia de reconhecimento inspirou a artista polonesa Ewa Nowak a criar máscaras para driblar as autoridades. Feitas de metal, as joias prometem embaralhar os algoritmos e impedir que os rostos sejam reconhecidos por câmeras.

O projeto foi chamado de "Incognito" e consiste em um tipo de óculos que cobre parte da testa e das maçãs do rosto. "Este projeto foi precedido por um estudo de longo prazo sobre forma, tamanho e localização dos elementos da máscara para que ela realmente cumprisse sua tarefa", escreve Nowak em sua página. Segundo ela, a máscara foi testada no algoritmo DeepFace, do Facebook, e passou na prova: seu rosto não foi reconhecido.

Ainda há muito debate e muita pesquisa em torno da eficiência da tecnologia de reconhecimento facial, especialmente com os falsos positivos: a câmera diz que uma pessoa é, na verdade, outra. Especialistas apontam que ainda há muitas falhas em reconhecer rostos fora do padrão de homens brancos. "Se a gente aplica essas tecnologias de maneira errônea e ela indica que o meu rosto é de uma pessoa suspeita, a tendência é que oficiais deem crédito ao equívoco, e abre-se margem a abuso policial, porque tem indício de que você é uma pessoa suspeita e aí pode-se inverter o princípio da inocência, que é fundamental", afirma Joana Varon, diretora executiva da Coding Rights, organização de defesa dos direitos humanos na internet.

A preocupação com o reconhecimento facial tem crescido nos últimos anos, visto que a tecnologia tem sido usada para fins de segurança pública e privada e de marketing. No Brasil, a novidade já chegou. Durante o carnaval deste ano, um homem foi preso depois de ser reconhecido por uma câmera, e a ViaQuatro do metrô paulista foi impedida de usar o reconhecimento facial. O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.

Para Pollyana Ferrari, professora da PUC-SP e pesquisadora de mídias sociais, é preciso que os governos regulamentem o uso de nossas "pegadas digitais", sejam likes, compras, navegação ou biometria. "Os riscos da tecnologia são os usos não declarados; na maior pa rte das vezes, não sabemos o que será feito da nossa biometria", diz. "Cada vez a driblamos menos", afirma.

Quanto à eficiência do Incognito, as especialistas ainda são céticas, mas Varon reconhece que há uma tendência na tentativa de hackear o sistema de vigilância da tecnologia de reconhecimento facial. O próprio "Incognito" foi inspirado em um projeto japonês que criou óculos com luzes que impedem a tecnologia de reconhecer rostos. Em Hong Kong, durante a onda de protestos na China, os jovens usaram máscaras, lenços e lasers para enganar as câmeras. 

Para Varon, a via legislativa e moratórias para uso da tecnologia são vias eficientes. Nos Estados Unidos, algumas cidades já baniram o uso de reconhecimento facial na segurança e impediram empresas que desenvolvem softwares de venderem para esse fim. "O que funciona é ter uma visão crítica e ampliar o debate sobre quão nocivo pode ser o uso dessa tecnologia, seja por discriminação de pessoas, seja por coleta abusiva de expressões faciais, sentimentos, humores, visando manipular mentes, e o debate sobre o guardo e o compartilhamento desses dados, que são extremamente sensíveis", afirma. 

Para Ferrari, o projeto enquanto artístico é válido. "O papel da arte sempre foi nos tirar da zona de conforto. Então, esse movimento que se declara contra a vigilância governamental e corporativa, com joias, óculos de LED e máscaras, é bem oportuno, pois nos alerta para algo que já nos afeta diariamente", opina. 


Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/30/artista -cria-mascara-anti-reconhecimento-facial.htm. Acesso em: 27 jan. 2020. [Adaptado]

A linguagem empregada no título
Alternativas
Q1306240 Português
Assinale a alternativa em que a função da linguagem encontra-se em sentido Denotativo.
Alternativas
Q1303507 Português
Assinale a alternativa em que existe sentido conotativo na mensagem.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: PLASSM Prova: FEPESE - 2018 - PLASSM - Agente Administrativo |
Q1300854 Português
Leia o texto.

Pechada

O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.
— Aí, Gaúcho!
— Fala, Gaúcho!
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?
— Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
— E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia, o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
— O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O quê?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
—– O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge.
— Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
— E o que é isso?
— Gaúcho… Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
—Nós vinha…
—Nós vínhamos.
—Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
“Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido. Pechada.
— Aí, Pechada!
— Fala, Pechada!

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Pechada. Revista Nova Escola. São Paulo, maio 2001
Observe as afirmativas corretas.

1. Na frase que segue temos uso de linguagem conotativa: “A lua, com seu olhar manso, invadia a intimidade dos namorados”. 2. Observe: “O gaúcho pôs a sinaleira no lugar”; se precisássemos trocar o termo sublinhado por um pronome pessoal, teríamos a seguinte redação: “O gaúcho pôs ela no lugar”. 3. Em: “Anoiteço nos teus braços” temos uso de linguagem figurada. 4. Na frase: “A bondosa professora advertiu seus rebeldes alunos sobre seu péssimo comportamento”, há três adjetivos. 5. Há correta concordância verbal em: “Na sala de aula, havia muitos alunos que zombavam do gaúcho”.
 Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas
Alternativas
Q1300370 Português
Em “[...] no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu; abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores” (linha 19), é correto afirmar que:
Alternativas
Q1299856 Português
Marque a alternativa em que se faz uso de expressão conotativa:
Alternativas
Q1296342 Português

Leia a tira para responder à questão que segue.


Imagem associada para resolução da questão


Assinale a alternativa em que a expressão destacada esteja empregada em seu sentido denotativo.

Alternativas
Q1295767 Português

Diagrama para a questão.


Internet:<http://jonatasmattes.blogspot.co>

Assinale  a  alternativa  que  apresenta  uma  expressão  empregada no texto com o sentido conotativo. 
Alternativas
Q1292695 Português

Leia a tirinha.


Imagem associada para resolução da questão


Avalie as afirmativas abaixo em relação a tirinha.


1. A denotação e a conotação foram responsáveis pelo humor produzido na tirinha.

2. Temos denotação no segundo quadrinho e conotação no primeiro.

3. O primeiro verbo dito pelo personagem masculino carrega a autoridade de quem o profere, por isso está no imperativo afirmativo.

4. Em “Siga essa receita que eu lhe garanto”, a palavra sublinhada é um pronome oblíquo e está sendo empregado como objeto direto, já que completa o sentido do verbo “garantir”.

5. Olhado sobre o ponto de vista referencial, o pronome “essa” usado pelo personagem masculino desobedece à linguagem formal.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q1291576 Português
Leia o texto.

Pechada

O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.

— Aí, Gaúcho!
— Fala, Gaúcho!

Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?

— Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
— E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português.

O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.

Um dia, o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.

— O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O quê?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.

A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.

—– O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge.
— Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
— E o que é isso? — Gaúcho… Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
—Nós vinha…
—Nós vínhamos.
— Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.

A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.

“Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido. Pechada.

— Aí, Pechada!
— Fala, Pechada!

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Pechada. Revista Nova Escola. São Paulo, maio 2001
Observe as afirmativas corretas.
1. Na frase que segue temos uso de linguagem conotativa: “A lua, com seu olhar manso, invadia a intimidade dos namorados”. 2. Observe: “O gaúcho pôs a sinaleira no lugar”; se precisássemos trocar o termo sublinhado por um pronome pessoal, teríamos a seguinte redação: “O gaúcho pôs ela no lugar”. 3. Em: “Anoiteço nos teus braços” temos uso de linguagem figurada. 4. Na frase: “A bondosa professora advertiu seus rebeldes alunos sobre seu péssimo comportamento”, há três adjetivos. 5. Há correta concordância verbal em: “Na sala de aula, havia muitos alunos que zombavam do gaúcho”.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
Alternativas
Q1291494 Português

Leia o poema.


Lua cheia


Boião de leite

que a noite leva

com mãos de treva

pra não sei quem beber.


E que, embora levado

muito devagarinho,

vai derramando pingos brancos

pelo caminho.


Cassiano Ricardo. Poesias Completas.

Rio de Janeiro, J. Olympio, 1957. p. 135.


Sobre o texto, avalie as afirmativas abaixo:


1. O texto vale-se de linguagem conotativa.

2. A lua, ao se mover no céu, deixa rastros.

3. A noite carrega morosamente a lua.

4. A lua está oculta no céu.

5. As mãos de treva da lua inferem uma noite não estrelada.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q1288001 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Ser mentalmente flexível: habilidade essencial no século XXI


(Disponível em https://www.contioutra.com/ser-mentalmente-flexivel-habilidade-essencial-no-seculo-xxi/– texto adaptado especialmente para esta prova.)

Com base no que estabelece a Nomenclatura Gramatical Brasileira, “certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios terão classificação à parte”. É o caso do termo “infelizmente” (l. 22), classificado como uma palavra denotativa de:
Alternativas
Q1287128 Português
Leia o texto.

Pechada

O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”.
Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.
— Aí, Gaúcho!
— Fala, Gaúcho!

Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?

— Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
— E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia, o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
— O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O quê?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.

A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
—– O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge.
— Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
— E o que é isso?
— Gaúcho… Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
—Nós vinha…
—Nós vínhamos.
—Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.

A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.

“Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido. Pechada.

— Aí, Pechada!
— Fala, Pechada!

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Pechada. Revista Nova Escola. São Paulo, maio 2001
Observe as afirmativas corretas.
1. Na frase que segue temos uso de linguagem conotativa: “A lua, com seu olhar manso, invadia a intimidade dos namorados”. 2. Observe: “O gaúcho pôs a sinaleira no lugar”; se precisássemos trocar o termo sublinhado por um pronome pessoal, teríamos a seguinte redação: “O gaúcho pôs ela no lugar”. 3. Em: “Anoiteço nos teus braços” temos uso de linguagem figurada. 4. Na frase: “A bondosa professora advertiu seus rebeldes alunos sobre seu péssimo comportamento”, há três adjetivos. 5. Há correta concordância verbal em: “Na sala de aula, havia muitos alunos que zombavam do gaúcho”.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas. 
Alternativas
Q1285681 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Trabalhar menos pode ser uma boa opção?

Adaptado de: https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-gonzalez/post/2018/08/22/trabalhar-menos-pode-seruma-boa-opcao.ghtml
Em relação a expressões do texto, analise as seguintes assertivas e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A expressão ‘No coração’ (l.09-10) é empregada de forma conotativa e poderia ser alterada para ‘No âmago’, sem alteração de sentido. ( ) A palavra ‘fatalmente’ (l.24) é empregada de forma denotativa e tem o mesmo sentido que a expressão ‘sem sombra de dúvidas’. ( ) ‘entregaram-se de cabeça’ (l.32) é uma expressão popular que foi empregada de forma conotativa e tem o mesmo sentido de ‘empenhar-se’.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Respostas
841: B
842: E
843: B
844: C
845: A
846: C
847: A
848: B
849: D
850: D
851: D
852: D
853: D
854: D
855: C
856: D
857: C
858: B
859: D
860: D