Questões de Concurso Sobre denotação e conotação em português

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Q3153273 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Aspectos Básicos do Texto Literário: Denotação e Conotação



No estudo da linguagem, especialmente no contexto literário, os conceitos de denotação e conotação desempenham um papel fundamental na construção e interpretação dos textos. Essas duas formas de significado, embora interligadas, possuem características distintas que enriquecem a análise literária e permitem uma compreensão mais profunda das obras.


A denotação é o significado literal, direto e objetivo das palavras, aquele que se encontra no dicionário, livre de qualquer interpretação subjetiva. No contexto literário, a denotação é a base sobre a qual o autor constrói suas ideias. Ao utilizar uma palavra denotativa, o escritor se refere ao seu sentido original, sem procurar evocar emoções ou significados implícitos. Por exemplo, ao se referir ao "mar", a palavra carrega o significado simples e literal de uma grande massa de água salgada que cobre grande parte da superfície terrestre.


Porém, a riqueza do texto literário vai muito além do simples significado denotativo. A conotação, por outro lado, é o significado secundário e subjetivo que as palavras adquirem em determinado contexto. Ela está relacionada à carga emocional, cultural ou simbólica que as palavras podem carregar, ampliando a interpretação do leitor. Quando o autor usa a palavra "mar" de forma conotativa, ele pode estar se referindo a algo mais profundo, como o sentimento de vastidão, solidão ou liberdade. Nesse caso, o "mar" não é apenas um corpo d'água, mas se torna um símbolo de emoções ou situações específicas.


No texto literário, a utilização das palavras de forma conotativa permite ao escritor criar camadas de significado que desafiam o leitor a ir além da superfície do texto. A conotação pode evocar imagens poéticas, metáforas ou reflexões filosóficas que enriquecem a obra, tornando-a mais complexa e multifacetada. Um bom exemplo disso é a utilização de figuras de linguagem, como a metáfora, a metonímia e a sinédoque, que são fundamentadas no uso conotativo das palavras.


A interação entre denotação e conotação no texto literário é fundamental para a criação de sentidos e significados. Em um romance, por exemplo, o autor pode usar uma descrição aparentemente simples, mas que, ao ser analisada sob uma perspectiva conotativa, revela tensões, emoções e conflitos internos dos personagens. A denotação fornece o ponto de partida, enquanto a conotação abre espaço para a interpretação criativa e subjetiva.


Em resumo, a denotação e a conotação são dois aspectos essenciais do texto literário, ambos desempenhando papéis distintos, mas complementares. Enquanto a denotação estabelece um significado claro e preciso, a conotação adiciona camadas de complexidade, emoção e simbolismo, transformando o texto em uma rica experiência interpretativa para o leitor. Juntas, essas duas formas de significado tornam a literatura uma ferramenta poderosa de comunicação e reflexão, desafiando o leitor a explorar não apenas as palavras, mas também os sentidos subjacentes e as emoções que elas despertam


FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2015.

No estudo da linguagem, especialmente no contexto literário, os conceitos de denotação e conotação desempenham um papel fundamental na construção e interpretação dos textos.

Com base no texto apresentado, analise as afirmativas e escolha a opção correta sobre o papel da denotação e da conotação no contexto literário.
Alternativas
Q3153272 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Aspectos Básicos do Texto Literário: Denotação e Conotação



No estudo da linguagem, especialmente no contexto literário, os conceitos de denotação e conotação desempenham um papel fundamental na construção e interpretação dos textos. Essas duas formas de significado, embora interligadas, possuem características distintas que enriquecem a análise literária e permitem uma compreensão mais profunda das obras.


A denotação é o significado literal, direto e objetivo das palavras, aquele que se encontra no dicionário, livre de qualquer interpretação subjetiva. No contexto literário, a denotação é a base sobre a qual o autor constrói suas ideias. Ao utilizar uma palavra denotativa, o escritor se refere ao seu sentido original, sem procurar evocar emoções ou significados implícitos. Por exemplo, ao se referir ao "mar", a palavra carrega o significado simples e literal de uma grande massa de água salgada que cobre grande parte da superfície terrestre.


Porém, a riqueza do texto literário vai muito além do simples significado denotativo. A conotação, por outro lado, é o significado secundário e subjetivo que as palavras adquirem em determinado contexto. Ela está relacionada à carga emocional, cultural ou simbólica que as palavras podem carregar, ampliando a interpretação do leitor. Quando o autor usa a palavra "mar" de forma conotativa, ele pode estar se referindo a algo mais profundo, como o sentimento de vastidão, solidão ou liberdade. Nesse caso, o "mar" não é apenas um corpo d'água, mas se torna um símbolo de emoções ou situações específicas.


No texto literário, a utilização das palavras de forma conotativa permite ao escritor criar camadas de significado que desafiam o leitor a ir além da superfície do texto. A conotação pode evocar imagens poéticas, metáforas ou reflexões filosóficas que enriquecem a obra, tornando-a mais complexa e multifacetada. Um bom exemplo disso é a utilização de figuras de linguagem, como a metáfora, a metonímia e a sinédoque, que são fundamentadas no uso conotativo das palavras.


A interação entre denotação e conotação no texto literário é fundamental para a criação de sentidos e significados. Em um romance, por exemplo, o autor pode usar uma descrição aparentemente simples, mas que, ao ser analisada sob uma perspectiva conotativa, revela tensões, emoções e conflitos internos dos personagens. A denotação fornece o ponto de partida, enquanto a conotação abre espaço para a interpretação criativa e subjetiva.


Em resumo, a denotação e a conotação são dois aspectos essenciais do texto literário, ambos desempenhando papéis distintos, mas complementares. Enquanto a denotação estabelece um significado claro e preciso, a conotação adiciona camadas de complexidade, emoção e simbolismo, transformando o texto em uma rica experiência interpretativa para o leitor. Juntas, essas duas formas de significado tornam a literatura uma ferramenta poderosa de comunicação e reflexão, desafiando o leitor a explorar não apenas as palavras, mas também os sentidos subjacentes e as emoções que elas despertam


FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2015.

A linguagem literária apresenta nuances que desafiam o leitor a explorar suas múltiplas camadas de significado, enriquecendo a experiência interpretativa.

Com base no texto, qual das afirmativas a seguir melhor representa a relação entre denotação e conotação no texto literário?
Alternativas
Q3147813 Português
        Não é a paz que lhe interessa. Eles se preocupam é com a ordem, o regime desse mundo.
       O problema deles é manter a ordem que lhes faz ser patrões. Essa ordem é uma doença em nossa história.
       Para nós a terra é uma boca, a alma de um búzio. O tempo é o caracol que enrola essa concha. Encostamos o ouvido nesse búzio e ouvimos o princípio, quando tudo era antigamente.
     A guerra nunca partiu, filho. As guerras são como as estações do ano: ficam suspensas, a amadurecer no ódio da gente miúda.

Mia Couto. O último voo do flamingo.
Lisboa: Editorial Caminho, 2013 (com adaptações). 

Acerca de aspectos semânticos e gramaticais do texto precedente, julgue o próximo item. 


O trecho “Encostamos o ouvido nesse búzio” (terceiro parágrafo) está em sentido denotativo.

Alternativas
Q3147671 Português
        Quando falamos em pedagogia da variação linguística, não estamos propondo uma pedagogia da língua materna composta de módulos autônomos, mas tão somente estimulando uma reflexão focada nas grandes questões que envolvem a variação linguística no ensino de português sem perder de vista uma perspectiva integradora das várias dimensões desse ensino.
         Dada a complexidade do tema, entendemos que é preciso ampliar o conjunto dos que debatem essas questões. Há uma complexa trama de representações, atitudes e valores que recobrem tanto a diversidade cultural do país quanto sua diversidade linguística. Aparentemente, temos avançado mais no trato positivo da diversidade cultural do que no da diversidade linguística. Pelo menos, dispomos já de políticas de valorização da diversidade cultural, mas que, paradoxalmente, não incluem a diversidade linguística. É preciso buscar entender as razões para isso.

Ana Maria Stahl Zilles e Carlos Alberto Faraco. Pedagogia da variação linguística:
língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015, p. 9-10 (com adaptações). 

Considerando o texto anterior e aspectos da linguagem nele empregada, julgue o item seguinte.


O primeiro parágrafo do texto é caracterizado pelo emprego de palavras com sentido denotativo. 

Alternativas
Q3147668 Português
        Quando falamos em pedagogia da variação linguística, não estamos propondo uma pedagogia da língua materna composta de módulos autônomos, mas tão somente estimulando uma reflexão focada nas grandes questões que envolvem a variação linguística no ensino de português sem perder de vista uma perspectiva integradora das várias dimensões desse ensino.
         Dada a complexidade do tema, entendemos que é preciso ampliar o conjunto dos que debatem essas questões. Há uma complexa trama de representações, atitudes e valores que recobrem tanto a diversidade cultural do país quanto sua diversidade linguística. Aparentemente, temos avançado mais no trato positivo da diversidade cultural do que no da diversidade linguística. Pelo menos, dispomos já de políticas de valorização da diversidade cultural, mas que, paradoxalmente, não incluem a diversidade linguística. É preciso buscar entender as razões para isso.

Ana Maria Stahl Zilles e Carlos Alberto Faraco. Pedagogia da variação linguística:
língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2015, p. 9-10 (com adaptações). 

Considerando o texto anterior e aspectos da linguagem nele empregada, julgue o item seguinte.


Na construção do texto, são adotados tanto o nível formal da linguagem quanto a norma padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Q3146620 Português
Texto 9A1

        No cotidiano de todo brasileiro, podemos visualizar as marcas que constituíram, a partir do século XVI, a presença dos povos africanos, de origem Banto e Iorubá, no Brasil. Essa presença está nas palavras que falamos, na gestualidade que produzimos e no nosso modo de pronunciar a língua portuguesa falada no Brasil.

        A entrada de grande número de africanos no Brasil, com suas diferentes culturas e línguas, passou por um processo de adaptação, de certo ajuste cultural e linguístico com a assimilação de novas palavras e, consequentemente, da forma como elas orientavam o entendimento da nova realidade vivida em português. Entretanto, ainda é possível visualizar a presença das palavras africanas nos diferentes espaços da cultura brasileira.

        O Museu da Língua Portuguesa, ao expor o acervo de palavras africanas que entraram no vocabulário da língua portuguesa, favorece reconhecer a história da população africana no Brasil como agente da cultura e da língua portuguesa que se desenhava sobre este solo. No setor Palavras Cruzadas do museu, por exemplo, visualizam-se palavras que nos ensinaram a nomear determinados comportamentos, como: bagunça lengalenga, dengo. Essas são algumas das palavras africanas que continuam vivas a significar comportamentos e relações sociais. Outras ganharam o sentido de gíria na língua portuguesa falada no Brasil, como borocoxô, cafofo.

        A cultura é algo que está no corpo, nos gestos, na memória, na forma de andar, no contorno das expressões verbais e não verbais. Não é possível perdê-la. A mudança de um contexto cultural para outro acompanha adaptações e recriações dadas em palavras, por isso podemos falar em um movimento de antropofagia simbólica no lugar de uma simples assimilação de palavras e práticas.

        As línguas mudam ao acompanharem a história dos seus falantes. Esta é a história da língua portuguesa em solo brasileiro: ela também pode adaptar-se às novas relações linguísticas e culturais. No Brasil, a manutenção da estrutura latina da língua portuguesa não impediu que esta acolhesse uma nova sonoridade em relação à sua matriz e incorporasse um grande vocabulário de palavras que veio de outras línguas.

        Como um detetive que reúne pistas para contar uma história, as palavras africanas expostas no acervo do Museu da Língua Portuguesa compõem o papel de traduzir os sentidos e significados compartilhados na cultura brasileira. É uma história nem sempre contada em livros didáticos, mas que carregamos conosco para os diferentes lugares a que podemos ir. A importância da língua portuguesa como um bem museológico se faz nesse ato de contar histórias que não são definidas por nós, mas são praticadas e vividas coletivamente.

Wilmihara Santos.
A presença africana nas palavras que falamos em português.
2018.Internet:<museudalinguaportuguesa.org.br>  (com adaptações). 

Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto 9A1, julgue o item seguinte. 


O primeiro período do quarto parágrafo é construído com sentido conotativo.

Alternativas
Q3296408 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

'É marketing de enganação', diz professora da USP sobre 'vaporizador com vitaminas'

As redes sociais se agitaram com o anúncio de um cigarro eletrônico que alegadamente não tem nicotina e ainda faria bem para a saúde por conter vitaminas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que "não é possível a apresentação de vitaminas na forma de vaporizadores" e que "o produto não pode ser comercializado como suplemento alimentar".

A BBC News Brasil também ouviu especialistas para entender se o aparelho realmente causa benefícios para a saúde.

A venda dele e de qualquer outro vaporizador do tipo é proibida em território nacional. Mesmo assim, um levantamento publicado em 2022 mostrou que quase um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos usaram algum tipo de cigarro eletrônico pelo menos uma vez na vida.

Nas redes sociais, o aparelho fabricado pela IZ Health é apresentado por uma modelo em um vídeo no qual ela se exercita enquanto usa o vaporizador.

Na propaganda, ela afirma ainda que inalar a fumaça do "pod" garante que ela tenha mais energia, algo como um suplemento alimentar.

"Com o IX Power, você garante a energia necessária para realizar as mais variadas tarefas, sem danos à saúde, e com sabor de hortelã cítrica, o que deixa ainda mais gostoso. Os 'pods' IZ são concentrados vitamínicos elaborados para o dia a dia", afirma a mulher no vídeo enquanto faz exercícios.

A BBC News Brasil encontrou diversos sites que vendem o produto. O mais barato custa R$ 55 e o mais caro, R$ 75.

Livre docente da Faculdade de Medicina da USP e diretora do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Incor, Jaqueline Scholz diz que a divulgação desse vaporizador "é puro marketing de enganação".

"O pulmão não é o trato digestivo para receber vitaminas. O pulmão foi feito para receber ar e, quanto mais puro, melhor. As micro e nano partículas podem causar um processo inflamatório e, nos casos mais graves, pode até precisar intubar o paciente", diz.

Na propaganda do vaporizador de essências vendido como saudável, a modelo diz que a absorção de nutrientes é feita pela mucosa durante a inalação do vapor produzido a baixas temperaturas.

O pneumologista do hospital Sírio-Libanês André Nathan disse que desconhece qualquer estudo que indique a absorção de vitaminas pelo sistema respiratório humano.

"Ele não foi desenhado para isso e não conheço nenhum estudo sobre essa essa via de absorção de vitamina", afirma à reportagem.

Após a grande repercussão do vídeo, a empresa IZ Health desativou todas as contas que tinha nas redes sociais. A reportagem tentou entrar em contato para ouví-los sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A BBC News Brasil não encontrou nenhum indício de que a empresa IZ Health funcione no Brasil, como um CNPJ, site oficial ou canal para contato. Também não há informação se ela tem sede em outro país ou se os produtos oferecidos foram fabricados sob demanda a pedido de outra empresa ou pessoa física.

Procurada, a Anvisa informou que "a resolução RDC 46/2009 proíbe os dispositivos eletrônicos para fumar". Segundo o órgão, o texto "se aplica para quaisquer acessórios e refis destinados ao uso em qualquer dispositivo eletrônico para fumar".

A Anvisa informou ainda que "se desconhece o perfil de toxicidade das substâncias empregadas nos dispositivos em questão considerando a utilização por meio de vaporização".

De acordo com a agência, "as formas farmacêuticas que podem ser utilizadas em suplementos alimentares são aquelas destinadas à administração e ingestão oral, ou seja, pela boca".

Apenas ar'

Jaqueline Scholz, que é médica e pesquisadora do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, afirma que não é recomendada a ingestão de medicamentos ou suplementos por meio da inalação. Ela diz à reportagem que as exceções são pacientes com problemas respiratórios, como os asmáticos.

"O sistema respiratório serve para você receber apenas ar. Exceto em situações bem restritas e até desesperadoras, quando você não consegue um acesso periférico, por exemplo", afirma a médica da USP à BBC News Brasil.

Scholz afirma que, mesmo que seja retirada do ar, a propaganda já fez "estragos enormes" por convencer pessoas de que o produto pode causar benefícios à saúde.

Ela diz que é justamente o oposto e que a inalação por meio dos vaporizadores de essências pode ser ainda mais prejudicial que o cigarro.

"Em primeiro lugar porque não é vapor, é aerossol. Vapor é água apenas de água. E o aerossol contém micropartículas que atravessam os alvéolos. Elas agridem nossas membranas, que são ultrafinas, e podem causar graves inflamações. O cigarro eletrônico tem baterias que geram uma quantidade de nanopartículas muito maior do que o cigarro convencional", diz a médica.

Para ela, os responsáveis pela empresa devem ser identificados e responsabilizados, assim como as redes sociais que permitiram a veiculação do conteúdo.

Ela também defende que a veiculação de produtos falsos deveria ser combatida da mesma maneira que a disseminação das fake news nas redes sociais.

"Quando você inala algo que contém uma partícula ultra pequena, ela ganha a corrente sanguínea e pode infeccionar o pulmão, desencadeando um quadro de asma aguda. Não recomendo inalar nada. Você pode inalar metal pesado, níquel e cobre. Materiais cancerígenos que podem ser absorvidos pelo organismo."

Ela resume que o discurso do vaporizador de essências rotulado como saudável é "mais um artifício da indústria do cigarro eletrônico, junto com as cores e aromas, usado para atrair os mais jovens".

(https://www.bbc.com/portuguese/topics/cz74k71p8ynt)
O termo destacado que está empregado em sentido conotativo pertence à alternativa: 
Alternativas
Q3283345 Português
Texto 1


Como cuidar da saúde do coração?

Por Sabin – Diagnóstico e Saúde


   As doenças cardíacas se referem a um grupo de doenças que afetam a saúde do coração. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo, representando um grave problema de saúde pública. Doenças do coração são consideradas multifatoriais, pois diversos fatores podem influenciar o seu desenvolvimento. Esses fatores incluem predisposição genética, obesidade, fatores ambientais e questões relacionadas a hábitos de vida e alimentação.

   O sedentarismo e o consumo de alimentos ricos em gorduras são um dos principais vilões para a saúde do coração. Dessa forma, fica evidente que cultivar uma rotina de vida saudável, incluindo atividades físicas e uma alimentação equilibrada, pode ajudar na prevenção de doenças cardíacas. É essencial conscientizar a população acerca dos riscos das doenças cardiovasculares.

[...]

   As doenças cardíacas englobam um grupo de distúrbios, como os ataques cardíacos (infarto), que podem afetar o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos que o irrigam. No entanto, existem outros tipos de doenças cardíacas.

[...]

   Mais conhecido como ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio é causado pela falta ou redução da irrigação sanguínea em partes do músculo cardíaco. Isso compromete a chegada de nutrientes e oxigênio para as células do coração, levando à morte dessas células e danificando o tecido cardíaco.

   A causa mais comum do infarto é a doença arterial coronariana, ocasionada pelo bloqueio dos vasos sanguíneos que irrigam o coração, devido à formação e acúmulo de placas gordurosas nas paredes dos vasos, impedindo o fluxo sanguíneo. Essas placas são formadas a partir de vários fatores de risco cardiovascular, que “agridem” as paredes (endotélio) das artérias, iniciando um grandioso processo inflamatório de disfunção endotelial. As placas de “entupimento” são formadas, principalmente, por colesterol, e o acúmulo delas faz com que o interior das artérias se estreite ao longo do tempo, o que pode bloquear parcial ou totalmente o fluxo sanguíneo, em um processo chamado aterosclerose.

  Outros eventos também podem desencadear um infarto, como o deslocamento de coágulos (ou trombos) pela circulação. Os principais sintomas do infarto são: dor intensa no peito (também conhecida como angina); sensação de fraqueza, tontura ou desmaio; dor ou desconforto no braço esquerdo (ou ambos), ombros ou mandíbula. Além disso, podem ocorrer: cansaço súbito, falta de ar (dispneia), náuseas, vômitos ou dor na altura do estômago (epigástrio).

   Em casos de infarto, é muito importante reconhecer os sintomas e encaminhar o paciente o mais rápido possível para um serviço de saúde de emergência. O atraso (perda de tempo) pode resultar em maior perda de músculo cardíaco!

[...]


Adaptado de: https://blog.sabin.com.br/saude/como-cuidar-dasaude-do-coracao/. Acesso em: 30 jul. 2024. 




Texto 2





Adaptado de: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/55091/OPASNMHMH210032_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 30 jul. 2024.
Em “Mais conhecido como ataque cardíaco, o infarto agudo [...]” (Texto 1), quanto à expressão destacada, é correto afirmar que 
Alternativas
Q3271548 Português
Com relação a frase “Ela tem um coração de pedra”, assinale a alternativa que apresenta uma interpretação conotativa do termo “coração”.
Alternativas
Q3271098 Português
Texto para a questão.


Eduardo G. Losso. Multidão conectada. Revista Cult (com adaptações).
No texto, a palavra “cativo” (linha 26) tem o mesmo significado de
Alternativas
Q3268120 Português
Leia com atenção as colunas abaixo:

Coluna 01:

(__)O desmatamento reduz a quantidade de árvores na floresta.
(__)A floresta é o pulmão do planeta, respirando vida para a Terra.
(__)A poluição do ar afeta a saúde das pessoas e dos animais.
(__)O plástico no oceano é uma ferida aberta que fere a beleza do mundo marinho.

Coluna 02:

I.Conotação;
II.Denotação.

Correlacione ambas as colunas de acordo com o tipo de sentido empregado nas sentenças da Coluna 01. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:
Alternativas
Q3267446 Português
Leia com atenção as afirmativas abaixo:

I.Cada árvore que cai é um lamento da natureza, clamando por proteção.
II.A biodiversidade é um tesouro escondido que devemos proteger para as futuras gerações.
III.A água é um recurso essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos.
IV.O planeta é nossa casa, e cada ação positiva em prol da ecologia é uma pequena semente de esperança.
V.A reciclagem ajuda a diminuir a quantidade de resíduos nos aterros sanitários.

Em quais das afirmativas lidas há a presença de sentido conotativo?
Alternativas
Q3264901 Português
Focar numa pegada com resiliência (Ruy Castro)
Mas só se você 'subir o sarrafo', for 'assertivo' e tiver uma visão 'imersiva' da coisa 

        Já reparou que, a todo momento, lê-se ou se escuta que alguém "bateu o martelo"? Um desavisado achará que, pela quantidade de gente que "bate o martelo", vivemos sob uma sinfonia de marteladas. Mas é claro que, ao "bater o martelo", o sujeito apenas se decidiu por isto ou aquilo. É um martelo simbólico. E quando se diz que fulano "apostou todas as suas fichas" em alguma coisa? Significa somente que o cidadão botou suas esperanças nessa alguma coisa. Não é como no tempo dos cassinos, em que se garantia que eles tinham uma sala dos suicidas, um lugar discreto onde o jogador que perdera de verdade suas últimas fichas podia dar um tiro no ouvido sem ser incomodado. "Apostar as fichas" sem meter a mão no bolso é mole. 

        E "subir o sarrafo"? Até há pouco, usava-se "baixar o sarrafo" — ou seja, dar uma surra em alguém. O sarrafo podia ser um porrete, uma vara, um relho, quem sabe até uma cadeira. Hoje, ao contrário, o normal é "subir o sarrafo", ou seja, estabelecer uma meta mais difícil do que a que se vinha praticando. O curioso é que, quando se "sobe o sarrafo" numa prova de salto em altura, e o atleta não consegue saltá-lo, o sarrafo cai lá de cima e ninguém diz que ele "baixou o sarrafo". [...]

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/10/focar numa-pegada-com-resiliencia.shtml. Acesso em 09/10/2024) 
De acordo com o texto, ao considerar as expressões “subir o sarrafo” e “baixar o sarrafo” (2º§), nota-se que possuem sentidos:
Alternativas
Q3264900 Português
Focar numa pegada com resiliência (Ruy Castro)
Mas só se você 'subir o sarrafo', for 'assertivo' e tiver uma visão 'imersiva' da coisa 

        Já reparou que, a todo momento, lê-se ou se escuta que alguém "bateu o martelo"? Um desavisado achará que, pela quantidade de gente que "bate o martelo", vivemos sob uma sinfonia de marteladas. Mas é claro que, ao "bater o martelo", o sujeito apenas se decidiu por isto ou aquilo. É um martelo simbólico. E quando se diz que fulano "apostou todas as suas fichas" em alguma coisa? Significa somente que o cidadão botou suas esperanças nessa alguma coisa. Não é como no tempo dos cassinos, em que se garantia que eles tinham uma sala dos suicidas, um lugar discreto onde o jogador que perdera de verdade suas últimas fichas podia dar um tiro no ouvido sem ser incomodado. "Apostar as fichas" sem meter a mão no bolso é mole. 

        E "subir o sarrafo"? Até há pouco, usava-se "baixar o sarrafo" — ou seja, dar uma surra em alguém. O sarrafo podia ser um porrete, uma vara, um relho, quem sabe até uma cadeira. Hoje, ao contrário, o normal é "subir o sarrafo", ou seja, estabelecer uma meta mais difícil do que a que se vinha praticando. O curioso é que, quando se "sobe o sarrafo" numa prova de salto em altura, e o atleta não consegue saltá-lo, o sarrafo cai lá de cima e ninguém diz que ele "baixou o sarrafo". [...]

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/10/focar numa-pegada-com-resiliencia.shtml. Acesso em 09/10/2024) 
Assinale a alternativa que apresenta como o vocábulo “resiliência”, presente no título, deve ser entendido. 
Alternativas
Q3264898 Português
Focar numa pegada com resiliência (Ruy Castro)
Mas só se você 'subir o sarrafo', for 'assertivo' e tiver uma visão 'imersiva' da coisa 

        Já reparou que, a todo momento, lê-se ou se escuta que alguém "bateu o martelo"? Um desavisado achará que, pela quantidade de gente que "bate o martelo", vivemos sob uma sinfonia de marteladas. Mas é claro que, ao "bater o martelo", o sujeito apenas se decidiu por isto ou aquilo. É um martelo simbólico. E quando se diz que fulano "apostou todas as suas fichas" em alguma coisa? Significa somente que o cidadão botou suas esperanças nessa alguma coisa. Não é como no tempo dos cassinos, em que se garantia que eles tinham uma sala dos suicidas, um lugar discreto onde o jogador que perdera de verdade suas últimas fichas podia dar um tiro no ouvido sem ser incomodado. "Apostar as fichas" sem meter a mão no bolso é mole. 

        E "subir o sarrafo"? Até há pouco, usava-se "baixar o sarrafo" — ou seja, dar uma surra em alguém. O sarrafo podia ser um porrete, uma vara, um relho, quem sabe até uma cadeira. Hoje, ao contrário, o normal é "subir o sarrafo", ou seja, estabelecer uma meta mais difícil do que a que se vinha praticando. O curioso é que, quando se "sobe o sarrafo" numa prova de salto em altura, e o atleta não consegue saltá-lo, o sarrafo cai lá de cima e ninguém diz que ele "baixou o sarrafo". [...]

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/10/focar numa-pegada-com-resiliencia.shtml. Acesso em 09/10/2024) 
No texto, o autor apresenta uma série de expressões da atualidade que estão relacionadas a:
Alternativas
Q3259683 Português


(Disponível em: gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/trissia-ordovas-sartori/noticia/2024/06/sobreorquideas-e-pessoas-html – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta um trecho no qual NÃO tenha sido empregada linguagem figurada.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Enfermeiro |
Q3255604 Português
Leia a crônica para responder à questão.

Minhas janelas

    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos. 
    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.
    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.
    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.
    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.
    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.

(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Entre os recursos de linguagem que o cronista utiliza, é correto afirmar que ele humaniza determinados objetos, a exemplo de ______________; e que emprega termos ou expressões que enfatizam atributos positivos dos objetos, a exemplo de _______________.
Assinale a alternativa cujos trechos da crônica completam, correta e respectivamente, o texto apresentado.
Alternativas
Q3255440 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Comida é dinheiro vivo

Mineiro não joga comida fora. Sempre acredita que o resto pode ser usado de noite ou completar o próximo cardápio. É um ser feito de esperança. Mesmo que tenha apenas duas colheradas de um alimento, faz questão de guardar. Só se livra das migalhas, e com o coração apertado.

Geladeira de mineiro não é geladeira, mas um purgatório. Haverá a convivência de potes transparentes de diferentes dias, esperando o arremate final. Comida é dinheiro em Minas Gerais. É dinheiro vivo.

O zelo já começa com a fiscalização da refeição. Todos cuidam de todos, com um canto da mirada atenta às reações dos demais comensais.

Mãe e pai não admitem que o filho não limpe o seu prato. Mas limpar de verdade, a ponto de facilitar a vida para quem lavar as vasilhas. É uma ofensa se servir à toa. Cria-se na criança, desde cedo, uma consciência do tamanho do apetite. Não se brinca com a fome. Se esnobar uma vez pode faltar depois.

Existe o compromisso social no ato de repetir, não devendo jamais acrescentar algo que não conseguirá terminar. Aqui não se come com os olhos, mas a partir do senso de responsabilidade.

Em caso de viagem da família, o extra não vai para o lixo − a lixeira mal conhece os resíduos orgânicos. Prepara-se uma marmita ao porteiro do prédio ou ao porteiro do prédio vizinho ou a algum segurança do bairro. O povo de casa não se aquietará até encontrar alguém para levar a comidinha. Se acha que quando cai comida no chão, da boca ou do garfo, é sinal de parente passando necessidade, pense na gravidade do ato intencional de colocar fora? Será uma maldição de penúria para três gerações de sua árvore genealógica.

Nos restaurantes, a superstição mantém a escrita. A diferença é que, comendo na rua, o mineiro prefere que falte boia do que sobre. Nem é avareza, é desconfiança de que a porção para um dará para dois. Mineiro acha que o garçom está mentindo ou exagerando quando avisa que a porção é para só uma pessoa. Decide pagar para ver, e acaba tendo que completar. Nunca deixa à mesa porque sempre tem um pedido feito atrasado. Aliás, a porção para uma pessoa é, na verdade, para uma pessoa e meia.

Para se vingar da matemática injusta dos estabelecimentos, carregará tudo o que permanecer sobre a mesa, é capaz de reivindicar o embrulho de uma folha de alface, de uma azeitona, de quatro palitos de batata frita, porém não deixa nada de nada para contar a história. Apesar do gosto extravagante do pacote, como desculpa, alegará que é para o cachorro.


Fabrício Carpinejar - Texto Adaptado

https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/comida-e-dinheiro-vivo-1.2223796 
O texto "Comida é dinheiro vivo", de Fabrício Carpinejar, apresenta uma visão cultural sobre os hábitos alimentares mineiros, utilizando-se de recursos discursivos e linguísticos. Considerando a análise do texto, escolha a alternativa que interpreta corretamente o uso dos elementos linguísticos e culturais apresentados pelo autor.
Alternativas
Q3255292 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

A primeira cidade dos EUA com maioria árabe Dearborn se tornou a primeira cidade de maioria árabe dos Estados Unidos em 2023. Com cento e dez mil habitantes, ela abriga o Museu Nacional Árabe-Americano e a maior mesquita da América do Norte.

A cidade é governada por um dos poucos prefeitos árabes e muçulmanos dos Estados Unidos. Dearborn também foi a primeira cidade americana a transformar o fim do jejum do Ramadã em feriado oficial para os funcionários municipais e é um dos poucos lugares do país onde uma mesquita foi autorizada a transmitir a chamada para a prece islâmica pelos seus alto-falantes.

Por tudo isso, Dearborn oferece aos visitantes uma oportunidade tentadora de viajar ao Oriente Médio sem sair dos Estados Unidos, explorando como os árabes-americanos formaram a cidade e o país.

Segundo o curador do Museu Histórico de Dearborn, Jack Tate, a cidade era pouco mais que um terreno rural escassamente povoado até o início do século 20.

Mas tudo mudou nos anos 1920, quando o fabricante de carros e futuro magnata dos negócios Henry Ford transferiu a sede da sua companhia − a Ford − para Dearborn. 

"Naquela época, era uma comunidade pequena e monótona", explica Tate. "E, quando abriu a fábrica, pessoas vieram de todas as partes dos Estados Unidos, de todo o mundo, para trabalhar para a Ford. Foi o grande início da migração do Oriente Médio para cá."

Quando Ford criou seus famosos automóveis Modelo T, em 1908, ele precisava de pessoas para construí-los.

Ondas de trabalhadores de lugares que hoje pertencem ao Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e aos Territórios Palestinos logo começaram a chegar à região de Detroit, em busca de novos empregos e altos salários.

No início dos anos 1920, a maior parte dos trabalhadores da linha de montagem do Modelo T da Ford era de origem árabe. E, quando Henry Ford mudou a fábrica para Dearborn, muitos dos seus funcionários o seguiram.

A mudança transformou o pacato vilarejo na sede da maior instalação industrial do mundo. E, mais do que isso, ela possibilitou que Dearborn passasse a abrigar a maior concentração de árabes-americanos dos Estados Unidos.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckr5d1k70ero.adaptado.
"Ondas de trabalhadores" de lugares que hoje pertencem ao Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e aos Territórios Palestinos logo começaram a chegar à região.
A expressão destacada no texto encontra-se em sentido:
Alternativas
Q3255253 Português
Leia a crônica para responder à questão.

Minhas janelas

    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.
    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.
    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.
Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.
    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.
    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.

(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Considere as passagens do texto.

•  ... onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia. (3º parágrafo)
•  ... o mendigo irrompendo pela rua... (4º parágrafo)
•  ... e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão. (4º parágrafo)

Analisando o contexto em que se encontram, é correto afirmar que os termos destacados significam, respectivamente:
Alternativas
Respostas
101: D
102: B
103: E
104: C
105: C
106: C
107: B
108: A
109: B
110: D
111: A
112: B
113: C
114: A
115: D
116: D
117: D
118: B
119: B
120: B