Questões de Português - Denotação e Conotação para Concurso

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Q747938 Português

                                   Arte e natureza

      A natureza é uma grande musa. É por ela, e por meio dela, que sentimos a força criadora do entusiasmo – energia maior da inspiração que nos permite registrar, com prazer, a experiência da beleza refletida na harmonia das formas e no delicado equilíbrio das cores naturais. Para os antigos gregos, o entusiasmo (em + theos) nascia do encontro com o daimon, um gênio bondoso que seria o nosso guia pela vida inteira. Essa experiência nos permite também ter uma simpatia especial com o natural. E desperta a nossa criança interior, que estaria ansiosa para continuar brincando.

      Esse é o momento em que o fotógrafo de natureza pega sua câmera, pois escuta a voz interior da inspiração falar: “Vá, exercite suas asas, faça o registro, descubra sua luz e espalhe sua voz pelos quatro cantos do mundo!” O desejo começará a fazer as pazes com o coração para que todos possam aprender, apreciar e amar a natureza. Conjugar o natural com o artístico, fazer da imagem um ornamento, um texto atraente – eis as primeiras condições de uma estética do natural.

      O belo natural é a matriz primeira do belo artístico. Essa é a expressão mimética mais convincente da beleza ideal como tanto defendia Kant. É por isso que a arte ecológica tanto nos seduz, porque estimula o olhar na ampliação desse grande mistério que é ser. O artista é o que intui melhor esse sentimento e busca compulsivamente exprimi‐lo por meio do seu trabalho. O artista ecológico vive dessa temperatura e é por meio da natureza que ele fala, ou melhor, é por ela que ele aprende a falar com sua própria voz. E o momento da criação surge quando, levados por aquela força inspiradora, a intuição e a experiência racional se abraçam numa feliz alquimia. Fiat lux! É o instante em que esse encontro torna‐se obra, registro e documentação.

      Se o artista foi tocado pela musa, desse momento em diante será sempre favorecido por esse impulso. Essa força não é apenas a expressão passageira de uma vontade, mas uma busca pela vida toda na direção de algo ansioso por se tornar imagem. Esse algo é a obra de arte cuja função não vai ser apenas a de agradar, mas a de transmitir a mensagem daquela conivência.

      Quando o homem está inspirado, nada o detém. Se o sofrimento e toda sorte de obstáculos o atingem, ele cria na dor; e esse sacrifício (sacro‐ofício), ao término da obra, se tornaria um exemplo de persistência e de nobreza de espírito. Se está feliz, ele expressa sua felicidade no trabalho. Nesse instante, por exemplo, o fotógrafo da natureza, no sozinho da sua alma, poderá dizer: “Translúcida inspiração, eu a vejo em brilho com seu sorriso pintado em azul. Deixe‐me por um momento desenhar seu vulto na alquimia luminosa da minha lente!”

      Podemos concluir que o brilho de uma obra de arte nunca se apaga, isto é, ela nunca termina de dizer. No sentido de que, enquanto houver espectador para avaliar, apreciar, cuidar, guardar e restaurar, haverá obra e, assim, ela estará sempre acima do tempo. Desse tempo que destrói, desfigura e mata. O quadro “Guernica”, do pintor espanhol Pablo Picasso, por exemplo, devolve ao avaliador uma mensagem tão poderosa que aquela obra provocará surpresa e admiração enquanto existir um olhar que a contemple e avalie.

      E é esse olhar que faz da obra do tempo histórico uma surpreendente permanência, a despeito da perda do efêmero e do fugidio. No final, o artista, o espectador, a obra e o tempo se congratulam. É essa junção de forças que mantém vivo todo trabalho artístico. Ainda bem que a natureza sabe escolher com paciência seus artesãos. Isto é, aqueles que vão dizê‐la com suas próprias vozes, como o fotógrafo, o escultor, o desenhista, o músico e o pintor.

     (Alfeu Trancoso – Ambientalista e professor de Filosofia da PUC/ Minas.)

O desejo começará a fazer as pazes com o coração para que todos possam aprender, apreciar e amar a natureza.” (2º§) O excerto constitui um exemplo de
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Q651763 Português
A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, naquele armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Em qual dos trechos foi empregada palavra ou expressão em sentido conotativo?
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Q569718 Português



Parágrafo 1
 No dia 21 de abril de 2012, foi dado um minúsculo grande passo em direção

                     à liberdade política em nosso país. O Dia do Basta, como a mobilização foi

                     denominada, levou às ruas de todo o país milhares de pessoas. Em todos

                      os estados da Federação, em diversas cidades, o povo saiu às ruas.

                     Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas levantadas e

                     assim foi dado um “peteleco" nas orelhas da nossa sociedade.

Parágrafo 2 Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica

                     mudança em nosso cenário político. Ao pensarmos em corrupção,

                     normalmente pensamos em escândalos com nossos legisladores e

                     com os que ocupam os cargos executivos.

Parágrafo 3 Devemos levar em consideração que a corrupção, assim como a

                    moralidade, começa dentro de nosso próprio self. Somos seres

                    políticos e sociais, com isso, é nosso dever nos policiar em nossos

                    pequenos atos para que assim possamos cobrar dos outros uma

                    mudança que dantes já tenhamos, no mínimo, começado a internalizar.

Parágrafo 4 Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que

                     pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos.

                     O nosso tão amado jeitinho brasileiro nada mais é do que uma forma de

                     burlarmos o sistema de regras e, com isso, nos tornarmos aquilo que

                     dizemos repudiar; corruptos.

Parágrafo 5 Uma campanha do Ministério Público, denominada “O que você tem a ver  

                     com a corrupção?", trata justamente sobre isso: como nossos atos mais

                     simples e muitas vezes ditos inocentes e normais podem ser atos corruptos.

                     Pedir que o guarda de trânsito libere o carro numa blitz mesmo estando

                     irregular, levar um atestado médico no trabalho sem que realmente tenha

                     estado doente, falar para um colega assinar a lista de presença no colégio,

                     faculdade ou bater teu cartão no trabalho. Tudo isso nada mais é do que

                     corrupção.

Parágrafo 6 Com tudo isso, se queremos realmente mudar o cenário de corrupção

                    que toma conta do Brasil, devemos primeiro começar por nós mesmos,  

                    pelas nossas casas, pelos nossos atos!

Disponível em: <http://psicologia-ro.blogspot.com.br/2012/04/o-que...ção.html. Acesso em: 28 maio 2014. (Adaptado)

Considere as frases abaixo.

1. “Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas levantadas e assim foi dado um 'peteleco' nas orelhas da nossa sociedade." (parágrafo 1) – sentido conotativo.

2. “Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica mudança em nosso cenário político." (parágrafo 2) – sentido conotativo.

3. “Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos." (parágrafo 4) – sentido denotativo.

4. “Tudo isso nada mais é do que corrupção." (parágrafo 5) – sentido denotativo.

Identifique as frases que correspondem corretamente ao sentido que lhes foi indicado.


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Q563493 Português

Considere as frases abaixo.

1. “Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas levantadas e assim foi dado um ‘peteleco’ nas orelhas da nossa sociedade.” (parágrafo 1) – sentido conotativo.

2. “Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica mudança em nosso cenário político.” (parágrafo 2) – sentido conotativo.

3. “Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos.” (parágrafo 4) – sentido denotativo.

4. “Tudo isso nada mais é do que corrupção.” (parágrafo 5) – sentido denotativo.

Identifique as frases que correspondem corretamente ao sentido que lhes foi indicado.

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Q523497 Português



Clemente Rosas www.revistasera.info. 19/09/2013
O enunciado em que o autor se vale da linguagem conotativa para se referir à condição do idoso é
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Q476672 Português
                                                  O que você tem a ver com a corrupção?

                                                  Dann Toledo

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Parágrafo 1   No dia 21 de abril de 2012, foi dado um minúsculo grande passo em direção à liberdade política em nosso país. O Dia do Basta, como a mobilização foi denominada, levou às ruas de todo o país milhares de pessoas. Em todos os estados da Federação, em diversas cidades, o povo saiu às ruas. Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas levantadas e assim foi dado um “peteleco" nas orelhas da nossa sociedade.

Parágrafo 2   Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica mudança em nosso cenário político. Ao pensarmos em corrupção, normalmente pensamos em escândalos com nossos legisladores e com os que ocupam os cargos executivos.

Parágrafo 3
   Devemos levar em consideração que a corrupção, assim como a moralidade, começa dentro de nosso próprio self. Somos seres políticos e sociais, com isso, é nosso dever nos policiar em nossos pequenos atos para que assim possamos cobrar dos outros uma
mudança que dantes já tenhamos, no mínimo, começado a internalizar.

Parágrafo 4   Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos. O nosso tão amado jeitinho brasileiro nada mais é do que uma forma de burlarmos o sistema de regras e, com isso, nos tornarmos aquilo que dizemos repudiar; corruptos.

Parágrafo 5   Uma campanha do Ministério Público, denominada “O que você tem a ver com a corrupção?", trata justamente sobre isso: como nossos atos mais simples e muitas vezes ditos inocentes e normais podem ser atos corruptos. Pedir que o guarda de trânsito libere o carro numa blitz mesmo estando irregular, levar um atestado médico no trabalho sem que realmente tenha estado doente, falar para um colega assinar a lista de presença no colégio, faculdade ou bater teu cartão no trabalho. Tudo isso nada mais é do que corrupção.

Parágrafo 6    Com tudo isso, se queremos realmente mudar o cenário de corrupção que toma conta do Brasil, devemos primeiro começar por nós mesmos, pelas nossas casas, pelos nossos atos!

                                                                     Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2014. (Adaptado)

Considere as frases abaixo.

1. “Caras foram pintadas, músicas foram entoadas, faixas levantadas e assim foi dado um ‘peteleco’ nas orelhas da nossa sociedade.” (parágrafo 1) – sentido conotativo.

2. “Todavia, ainda não conseguimos alcançar a tão sonhada e utópica mudança em nosso cenário político.” (parágrafo 2) – sentido conotativo.

3. “Todas as vezes que pedimos favores de formas obscuras, mesmo que pensamos não haver nada de mais nisso, estamos sim sendo corruptos.” (parágrafo 4) – sentido denotativo.

4. “Tudo isso nada mais é do que corrupção.” (parágrafo 5) – sentido denotativo. Identifique as frases que correspondem corretamente ao sentido que lhes foi indicado.

Identifique as frases que correspondem corretamente ao sentido que lhes foi indicado.
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Q433570 Português
“Damos o nome de figuras de linguagem às formas linguísticas usadas para exprimir o pensamento de modo original, criativo. As figuras de linguagem exploram o sentido conotativo das palavras ou expressões, realçam a sonoridade de palavras e frases e, até mesmo, organizam a frase, afastando-a, de algum modo da estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos.” 
                              (José de Nicola e Ernani Terra. Gramática de hoje. São Paulo: Scipione, 2008.p.371).
Diante do exposto, marque a resposta em que a figura de linguagem corresponde à frase apresentada.
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Q399096 Português
Leia abaixo:

I. A menina é bela como uma rosa.
II. A menina é uma rosa.

Assinale abaixo a alternativa que apresenta uma informação correta a respeito das sentenças acima.
Alternativas
Q12462 Português
A afirmativa do texto I empregada com sentido conotativo é:
Alternativas
Respostas
775: A
776: E
777: A
778: X
779: X
780: E
781: A
782: A
783: E