Questões de Português - Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva) para Concurso

Foram encontradas 1.866 questões

Q1918588 Português
LEIA E CONSIDERE O TEXTO 1 PARA RESPONDER À QUESTÃO.

TEXTO 1


Por meio de muita luta e movimentação, pessoas negras estão ocupando, cada vez mais, espaços que antes lhes eram negados. (Foto: Ana Marina Coutinho/Coordcom/UFRJ)

   O ano de 2022 será marcado por grandes decisões no Brasil. Além de ser ano eleitoral, em que serão decididos os ocupantes dos cargos de presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais, há a previsão de revisão da Lei 12.711/12, conhecida como Lei de Cotas.
  Essa regulação prevê a reserva de vagas nas universidades federais e instituições federais de ensino técnico de nível médio para alguns grupos socialmente minorizados. Ela é, por definição, uma ação afirmativa − estabelecida dentro de uma política pública. As políticas públicas, que têm como objetivo solucionar alguma questão da sociedade, são processos desenvolvidos pelo Estado.
   Há quem pense que, para defender a ideia de igualdade, deve posicionar-se contra as ações afirmativas. Porém, antes de tudo, é preciso entender o que é igualdade. Existem dois tipos de igualdade: a formal e a material. A formal é ligada ao sentido de tratar todos de maneira igual, como se não houvesse diferença entre os cidadãos. Já a material vai em direção a tratar todos de forma igual, mas de acordo com suas essenciais desigualdades. Sendo assim, possibilitar ações afirmativas e políticas públicas que respeitem as diferenças em uma sociedade cheia de abismos sociais, como a brasileira, é uma forma de garantir a igualdade material entre os indivíduos.
   A Constituição Federal de 1988 assegura, em vários artigos, o respeito às diferenças. O artigo 3º define “construir uma sociedade livre, justa e solidária” e “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” como objetivos fundamentais do Brasil. Da mesma forma, o artigo 37, em seu inciso VIII, garante a reserva de percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência. Esses artigos são alguns dos que embasam o combate à crença de que as ações afirmativas são inconstitucionais, ilegais e desfavorecem a igualdade, entre tantas outras falas que tentam deslegitimá-las.
   As ações afirmativas são frutos de um longo caminho trilhado pelos movimentos sociais para a garantia de direitos civis básicos. Dyego de Oliveira Arruda, professor do curso de mestrado em Relações Étnico-Raciais (PPRER) do Cefet-RJ e dos cursos de mestrado e doutorado em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED) da UFRJ, afirma que essas ações decorrem de um movimento histórico de luta e reivindicação dos movimentos sociais negros, o que deve ser marcado a todo momento nas falas sobre o assunto.
   “Elas são direitos historicamente conquistados. Isso é importante demarcar. Não são dádivas, não surgiram ao acaso”, completa ele.
   Sobre a longa trajetória que tornou possível a implementação da Lei de Cotas, é importante ressaltar que o Estado não é nem deve ser o único responsável pela implementação de políticas públicas e que o movimento negro sempre esteve presente nas atividades e lutas para que esta e outras ações afirmativas fossem aprovadas. Grupos de interesse e/ou movimentos sociais são outros segmentos que se envolvem em suas formulações, por exemplo, por meio de pressões realizadas para que certos temas − como geração de emprego e renda − entrem na agenda pública. Denise Góes, coordenadora da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ, afirma: “É preciso que a gente pontue essas questões para que não haja deturpações ao acreditar-se que existe um privilégio negro. Houve luta do movimento negro brasileiro”.
   E a Lei em si, como funciona? Ela estabelece que 50% das vagas nas universidades federais por curso e turno sejam reservadas para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas. Dessas vagas, 50% são reservadas a estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita. Dentro dessas vagas, encontra-se a reserva para pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência, de acordo com a proporção da população em que esteja instalada a instituição.
   O que muitos ainda não sabem é que na Lei 12.711/12 as cotas são sociorraciais, já que o primeiro recorte é feito para os candidatos que tenham estudado em escolas públicas. “Uma primeira questão que a gente precisa compreender é que a Lei 12.711 é uma lei de cotas sociorraciais. Eu acho que isso é importante a gente ponderar, porque a dimensão racial entra na implementação da legislação como uma subcota. O primeiro recorte para reserva de vagas é o recorte de escola pública. Então primeiro reservam-se vagas para egressos de escola pública. Na sequência, vem o recorte de renda e aí sim entra a dimensão racial”, explica Dyego. Sendo assim, as cotas sociais já existem.
  Com tantas incertezas no meio político, é urgente que o debate sobre as ações afirmativas se amplie cada vez mais.

SILVA, Vanessa; FIGUEIREDO, Eliabe. A Lei de Cotas nas universidades federais do Brasil e sua primeira década. In: Conexão UFRJ. 25 mar 2022.

(Disponível em <https://conexao.ufrj.br>.
Acesso em 10 abr 2022. Adaptado.)
Sobre o 2º parágrafo do TEXTO 1, é INCORRETO afirmar, segundo a norma culta da Língua Portuguesa, que:
Alternativas
Q1918587 Português
LEIA E CONSIDERE O TEXTO 1 PARA RESPONDER À QUESTÃO.

TEXTO 1


Por meio de muita luta e movimentação, pessoas negras estão ocupando, cada vez mais, espaços que antes lhes eram negados. (Foto: Ana Marina Coutinho/Coordcom/UFRJ)

   O ano de 2022 será marcado por grandes decisões no Brasil. Além de ser ano eleitoral, em que serão decididos os ocupantes dos cargos de presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais, há a previsão de revisão da Lei 12.711/12, conhecida como Lei de Cotas.
  Essa regulação prevê a reserva de vagas nas universidades federais e instituições federais de ensino técnico de nível médio para alguns grupos socialmente minorizados. Ela é, por definição, uma ação afirmativa − estabelecida dentro de uma política pública. As políticas públicas, que têm como objetivo solucionar alguma questão da sociedade, são processos desenvolvidos pelo Estado.
   Há quem pense que, para defender a ideia de igualdade, deve posicionar-se contra as ações afirmativas. Porém, antes de tudo, é preciso entender o que é igualdade. Existem dois tipos de igualdade: a formal e a material. A formal é ligada ao sentido de tratar todos de maneira igual, como se não houvesse diferença entre os cidadãos. Já a material vai em direção a tratar todos de forma igual, mas de acordo com suas essenciais desigualdades. Sendo assim, possibilitar ações afirmativas e políticas públicas que respeitem as diferenças em uma sociedade cheia de abismos sociais, como a brasileira, é uma forma de garantir a igualdade material entre os indivíduos.
   A Constituição Federal de 1988 assegura, em vários artigos, o respeito às diferenças. O artigo 3º define “construir uma sociedade livre, justa e solidária” e “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” como objetivos fundamentais do Brasil. Da mesma forma, o artigo 37, em seu inciso VIII, garante a reserva de percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência. Esses artigos são alguns dos que embasam o combate à crença de que as ações afirmativas são inconstitucionais, ilegais e desfavorecem a igualdade, entre tantas outras falas que tentam deslegitimá-las.
   As ações afirmativas são frutos de um longo caminho trilhado pelos movimentos sociais para a garantia de direitos civis básicos. Dyego de Oliveira Arruda, professor do curso de mestrado em Relações Étnico-Raciais (PPRER) do Cefet-RJ e dos cursos de mestrado e doutorado em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED) da UFRJ, afirma que essas ações decorrem de um movimento histórico de luta e reivindicação dos movimentos sociais negros, o que deve ser marcado a todo momento nas falas sobre o assunto.
   “Elas são direitos historicamente conquistados. Isso é importante demarcar. Não são dádivas, não surgiram ao acaso”, completa ele.
   Sobre a longa trajetória que tornou possível a implementação da Lei de Cotas, é importante ressaltar que o Estado não é nem deve ser o único responsável pela implementação de políticas públicas e que o movimento negro sempre esteve presente nas atividades e lutas para que esta e outras ações afirmativas fossem aprovadas. Grupos de interesse e/ou movimentos sociais são outros segmentos que se envolvem em suas formulações, por exemplo, por meio de pressões realizadas para que certos temas − como geração de emprego e renda − entrem na agenda pública. Denise Góes, coordenadora da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ, afirma: “É preciso que a gente pontue essas questões para que não haja deturpações ao acreditar-se que existe um privilégio negro. Houve luta do movimento negro brasileiro”.
   E a Lei em si, como funciona? Ela estabelece que 50% das vagas nas universidades federais por curso e turno sejam reservadas para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas. Dessas vagas, 50% são reservadas a estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita. Dentro dessas vagas, encontra-se a reserva para pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência, de acordo com a proporção da população em que esteja instalada a instituição.
   O que muitos ainda não sabem é que na Lei 12.711/12 as cotas são sociorraciais, já que o primeiro recorte é feito para os candidatos que tenham estudado em escolas públicas. “Uma primeira questão que a gente precisa compreender é que a Lei 12.711 é uma lei de cotas sociorraciais. Eu acho que isso é importante a gente ponderar, porque a dimensão racial entra na implementação da legislação como uma subcota. O primeiro recorte para reserva de vagas é o recorte de escola pública. Então primeiro reservam-se vagas para egressos de escola pública. Na sequência, vem o recorte de renda e aí sim entra a dimensão racial”, explica Dyego. Sendo assim, as cotas sociais já existem.
  Com tantas incertezas no meio político, é urgente que o debate sobre as ações afirmativas se amplie cada vez mais.

SILVA, Vanessa; FIGUEIREDO, Eliabe. A Lei de Cotas nas universidades federais do Brasil e sua primeira década. In: Conexão UFRJ. 25 mar 2022.

(Disponível em <https://conexao.ufrj.br>.
Acesso em 10 abr 2022. Adaptado.)
Na frase “O ano de 2022 será marcado por grandes decisões no Brasil” (1º parágrafo), tem-se agente da passiva. Assinale a opção que apresenta uma possibilidade de reescrita correta da frase, quanto à norma culta da Língua Portuguesa, sem agente da passiva.
Alternativas
Q1918553 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Cadernos desaparecidos de Darwin devolvidos à biblioteca de Cambridge, Inglaterra Inês da Silva  


Fonte:https://www.jn.pt/mundo/mundo-insolito/cadernos-desaparecidos-de-darwin-devolvidos-a-biblioteca-decambridge-14744187.html


Disponível em: https://www.jn.pt/mundo/mundo-insolito/cadernos-desaparecidos-de-darwin-devolvidos-abiblioteca-de-cambridge-14744187.html Acessado em abril de 2022.  
A voz passiva empregada em “Os manuscritos foram vistos pela última vez...” (linha 14) tem por função
Alternativas
Q1918546 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

CIENTISTAS CONSEGUEM REJUVENESCER EM 30 ANOS CÉLULAS DA PELE HUMANA
Os pesquisadores se inspiraram na técnica que deu origem à ovelha Dolly, em 1996

  Pesquisadores do Instituto Babrahamde de Cambridge, no Reino Unido, conseguiram rejuvenescer em três décadas as células da pele de uma mulher de 53 anos de idade. O processo de regeneração aplicado pelos cientistas se baseou nas técnicas utilizadas para criar a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado ___ mais de 25 anos.  

  De acordo com Wolf Reik, chefe da equipe de cientistas responsável pela descoberta, a tecnologia de rejuvenescimento celular poderá ser usada no futuro para estender a saúde das pessoas ___ medida que envelhecem. 

   “Temos sonhado com esse tipo de coisa. Muitas doenças comuns pioram com a idade, e pensar em ajudar as pessoas desta forma é superemocionante”, afirmou o cientista, em entrevista ___ BBC News.

Como a técnica funciona

    A equipe de Cambridge aplicou ___ técnica conhecida como IPS, uma espécie de simplificação do método científico que deu origem à ovelha Dolly, em 1996, nos arredores de Edimburgo, na Escócia. 
   Naquela época, o objetivo dos pesquisadores era transformar a glândula mamária retirada do animal adulto para produzir células-tronco embrionárias humanas. Essas partículas deveriam substituir partes do corpo danificadas, como cartilagens, músculos e células nervosas.  
  Em 2006, Shinya Yamanaka, professor da Universidade de Kyoto, no Japão, criou a técnica do IPS depois de adicionar substâncias químicas ___ células adultas por cerca de 50 dias.
  Na tentativa de reproduzir a mesma experiência, os cientistas do Instituto Babrahamde utilizaram as células de uma mulher de 53 anos, porém reduziram o banho químico para cerca de 12 dias. O resultado obtido, no entanto, deixou a equipe surpresa.
  “Me lembro do dia em que recebi os resultados e não acreditei que algumas das células estavam 30 anos mais jovens do que deveriam ser”, recordou Dilgeet Gill, um dos integrantes da pesquisa publicada na revista científica eLife. “Foi um dia muito emocionante.”

  Cientistas buscam o elixir da juventude

 Sobre as possíveis aplicações da nova descoberta em outros seres humanos, Wolf Reik, chefe dos cientistas de Cambridge, informou que uma possível pílula antienvelhecimento pode não estar tão distante de ser produzida. 
  “A técnica foi aplicada em camundongos geneticamente modificados e ___ alguns sinais de rejuvenescimento”, comemorou o pesquisador. “Um estudo mostrou sinais de um pâncreas rejuvenescido, o que é interessante pelo potencial para combater o diabetes.”


Disponível em: https://revistaoeste.com/tecnologia/cientistas-conseguem-rejuvenescer-em-30-anos-celulasda-pele-humana/ Acessado em abril de 2022.
 

Considerando o texto apresentado, está em desacordo com as regras da norma-padrão da língua portuguesa o que se propõe em:
Alternativas
Q1914400 Português
          A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.

         Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

       Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.
Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.


Na oração “as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio” (último período do texto), conclui-se do emprego do vocábulo “se” que a oração está na voz passiva, isto é, a locução “devem posicionar-se” é, sintática e semanticamente, equivalente a devem ser posicionadas.  



Alternativas
Respostas
346: C
347: D
348: D
349: C
350: E