Questões de Concurso
Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português
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Com base no texto, julgue o item seguinte.
Na linha 22, o mais‑que‑perfeito, em “tinham caído”, justifica‑se pela anterioridade em relação ao tempo expresso com “voltou”.
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Com base no texto, julgue o item seguinte.
No título, o uso do presente do indicativo (sofre) no lugar do pretérito justifica‑se pelo gênero do texto.
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De acordo com o texto, julgue o item a seguir.
Na linha 26, a forma verbal “apreendeu” faz parte do pretérito perfeito do indicativo do verbo “apreender”.
Largar o açúcar pode mudar sua saúde para melhor? A resposta já pode ser vista em poucos dias
A maioria de nós sabe que comer açúcar em excesso não é bom para a saúde. Como seu consumo está associado a perigos como obesidade, doença hepática gordurosa, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e câncer.
Por tudo isso, o açúcar está no topo da lista de vícios dos quais vale a pena abrir mão. Mas acontece que reduzir a ingestão de açúcar não só ajuda a evitar os danos do consumo excessivo, como também pode trazer vantagens surpreendentes das quais você não precisará esperar muito para se beneficiar. Isso inclui "melhora no humor, na saúde da pele, na higiene dental, na função cognitiva e até mesmo no desempenho atlético", diz Amy Goodson, nutricionista e dietista registrada em Dallas, nos Estados Unidos.
A primeira coisa a entender é que nem todo açúcar é ruim para você, pois há uma grande diferença entre os açúcares naturais e os açúcares adicionados.
Os açúcares naturais, como a glicose no pão, a frutose nas frutas (e em muitos vegetais) e a lactose no leite, ocorrem naturalmente. Eles não apenas fornecem energia, mas também oferecem doçura e sabor para nos motivar a comer os alimentos que contêm vitaminas, minerais e outros nutrientes importantes. Esses nutrientes compensam o açúcar contido neles.
Os açúcares adicionados, por outro lado, “são açúcares introduzidos nos alimentos ou bebidas durante o processamento, cozimento ou à mesa”, afirma Goodson. Eles são mostrados como “açúcares adicionados” no rótulo de Informações Nutricionais de um alimento – e a U.S. Food and Drug Administration recomenda limitar seu consumo a 50 gramas por dia.
Existem mais de 260 nomes para os vários açúcares adicionados nos rótulos dos alimentos (qualquer ingrediente que termine com “ose” ou “xarope” é um tipo de açúcar), que são adicionados para preservar um alimento, aumentar a textura ou o volume e, mais comumente, para adoçar ou melhorar o sabor de alimentos muitas vezes não saudáveis e ultraprocessados. Pior ainda, os alimentos com açúcares adicionados não fornecem quantidades significativas de vitaminas, minerais ou fibras alimentares para compensá-los.
Você se beneficia mais quando corta ou reduz a ingestão de açúcar permanentemente ou por longos períodos de tempo, mas mesmo as reduções temporárias podem ser boas para você. “Um pequeno estudo mostrou que adolescentes com esteatose hepática que seguiram uma dieta com baixo teor de açúcar por apenas oito semanas melhoraram a saúde do fígado”, diz Zeratsky.
Walter Willett, professor de epidemiologia e nutrição da Harvard T. H. Chan School of Public Health, diz que também se sabe que a redução da ingestão de açúcar adicionado pode diminuir “rapidamente” o risco de diabetes tipo 2: “Estamos falando de possíveis melhorias em dias ou semanas, não em meses ou anos.”
Limitar a ingestão de açúcar antes de uma prova também pode ajudá-lo a pensar com mais clareza, pois há evidências de que o açúcar prejudica a capacidade de concentração – além de pesquisas adicionais que mostram que ele pode bloquear os receptores de memória no cérebro.
Reduções de curto prazo no açúcar adicionado também podem ajudá-lo a evitar quedas de açúcar e reduzir o desejo por açúcar em geral, “facilitando a manutenção da energia e de hábitos mais saudáveis a longo prazo”, diz Goodson.
Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/02/largar-oacucar-pode-mudar-sua-saude-para-melhor-a-resposta-ja-pode-ser-vista-empoucos-dias (adaptado).
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Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata.
Alternativas:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão de 1 a 10.
Escrever as emoções: o sentido de dar palavras à ebulição interior
Julián Fuks
Às vezes sinto que minha filha tem escrito mais do que eu, ou tem sido mais verdadeira no que escreve. Mais imediata, talvez, no desembaraço de seus sete anos de idade. Criou agora seu caderno de sentimentos, algo como um diário ilustrado onde ela registra cada emoção forte que a acomete. Eu olho a urgência com que ela corre para o caderno, o vigor com que empunha o lápis, a concentração com que passa a ignorar tudo o que a cerca. Nada mais lhe importa nesse momento, a escrita toma toda a sua existência, e assim cada emoção turbulenta de origem se faz satisfação e leveza. Escreveu algo de essencial, traçou em linhas exatas seu sentimento, deu a uma vaga abstração sua forma concreta. Quisera eu escrever dessa maneira.
Seu caderno se inicia com a mais simples e expressiva das páginas. Tutu triste, vê-se em letras pequenas, e embaixo seu autorretrato de olhos pesados e duas lágrimas gordas sobre as bochechas. Segue ainda por afetos límpidos: Tutu animada, raivosa, impaciente, sonolenta, Tutu sem acreditar no que está acontecendo, neste caso um desenho de si boquiaberta e de olhos vidrados. Depois disso ela parece ter percebido a necessidade de explorar as causas subjacentes aos sentimentos, como Balzac alguma vez decidiu dar as raízes ocultas de cada fato. Passou a anotar coisas como "Tutu empolgada com o acampamento", e "Tutu aliviada porque um homem horrível não ganhou as eleições".
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador". Leio essa frase em Clarice Lispector e acredito entender algo sobre minha filha, e algo sobre mim. Clarice emenda que talvez por isso tome tantos anos entre um verdadeiro escrever e outro, ainda que se empunhe o lápis todos os dias por uma vida inteira. Para mim dá-se o mesmo, alinhavo palavras sempre que me visita o caderno de sentimentos. Ali, se o tivesse, talvez me fosse mais sincero dizer: "Julián embevecido de admiração por sua filha."
Não posso, no entanto, encerrar meu comentário sobre o caso nesse ponto, porque há um acontecimento recente muito mais digno de nota do que tudo isso que contei. Lê-se numa das páginas do caderno: "Tutu infeliz porque a Peps não está sendo uma boa pessoa". Não sei qual conflito a levou a registrar palavras tão acerbas contra a irmã, decerto alguma dessas pequenezas que diariamente trovejam na relação entre as duas, precedidas e sucedidas de risos desabridos e abraços enérgicos.
Penélope não deixou passar sem vingança a acusação insolente. Enquanto folheava o caderno da irmã e tentava decifrar as palavras escritas com que já começa a se familiarizar — começa a se irmanar, eu poderia dizer — acabou calhando de rasgar uma folha, digamos sem querer. Foi tal a indignação da irmã com o gesto destrutivo que me pareceu razoável mostrar a ela a página em que Tulipa descrevera sua decepção primeira e indagar com veemência: é isso o que você deseja? Essa é a emoção que você quer provocar na sua irmã, a infelicidade? Não seria preferível criar nela uma impressão mais positiva, e constar numa página que falasse de entusiasmo, carinho, alegria?
Penélope então me encarou com olhos indecifráveis, ainda um tanto severos, e respondeu com segurança e presteza: claro que sim, dou um jeito nisso. Correu até seu quarto, fechou-se ali por alguns minutos, criou entre os que a esperávamos um momento palpável de apreensão e suspense. Retornou com o semblante desanuviado, plena de satisfação e leveza. Numa folha avulsa ela desenhara a irmã com seu inseparável caderninho nas mãos, com um largo sorriso a lhe cruzar o rosto inteiro, e delineara na ortografia atrevida de seus quatro anos: "Tutu feliz porque a Peps se comportou bem."
Não pude senão me espantar com sua intrepidez, com sua decisão de se fazer autora da página que gostaria de ver. Sua sagacidade buscara um atalho: não era preciso suscitar na irmã o devido sentimento, a ficção poderia suprir bem esse seu desejo, e ainda expor o ridículo da bronca que o pai lhe dera. Ela é uma escritora diferente de nós, foi o que pensei, talvez mais inventiva, mais livre, menos submissa às insignificâncias da realidade e às suas emoções correspondentes. E ao pensá-lo entendi que, se tivesse afinal meu próprio caderno de sentimentos, também anotaria em página nova minha profunda admiração por ela.
Um último ato encerra a história, mostrando as intrincadas relações entre ficção e realidade, ou o modo como a escrita das emoções pode alterar nossa existência no mundo, cuidando estranhamente de nos aproximar dos outros. Tulipa viu a página que a irmã depositara sobre a mesa, e sentiu que um sorriso largo lhe cruzava o rosto inteiro, sentiu uma comoção que lhe dominava o peito. Correu nesse mesmo instante para registrar o sentimento novo em seu caderno, para criar com suas mãos a exata correspondência com o desenho da irmã. Deu assim testemunho de uma ficção que se fez emoção tão verdadeira que foi capaz de coincidir com a vida. Também assim eu desejaria a minha escrita.
Disponível em:
https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/10/12/escrever-as-emocoes-o-sentido-de-dar-palavras-a-ebulicao-interior.htm. Acesso em 18 out. 2024.
Leia o trecho que segue: "Retornou com o semblante desanuviado, plena de satisfação e leveza. Numa folha avulsa ela desenhara a irmã com seu inseparável caderninho nas mãos, com um largo sorriso a lhe cruzar o rosto inteiro, e delineara na ortografia atrevida de seus quatro anos: 'Tutu feliz porque a Peps se comportou bem.'"
A respeito dos verbos em destaque:
"Se o monitor organizar bem o ambiente, os alunos terão mais facilidade em participar das atividades."
Em relação ao verbo "terão", é correto afirmar que ele está conjugado no:
"Se o motorista prestar atenção ao trânsito, _________ acidentes."