Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso

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Q933014 Português

Texto 13A1AAA




Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 13A1AAA, julgue o próximo item.


A expressão “Dir-se-á” (l.40) poderia ser corretamente substituída por Será dito.
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Q933006 Português

Texto 13A1AAA




Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987, p. 8-26 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto 13A1AAA, julgue o item a seguir.


Embora tanto o primeiro quanto o segundo parágrafo do texto tratem de acontecimentos passados, o emprego do presente no segundo parágrafo tem o efeito de aproximar os acontecimentos mencionados ao tempo atual, o presente.

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Q932675 Português

             É um pássaro? É um avião? Não, é uma borboleta


      Há 30 anos, Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade. Primeira (e ainda única) cidade moderna com tal honraria, a capital do país foi inscrita na lista de Patrimônio da Unesco em 7 de dezembro de 1987.

       O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu a capital obra-prima do gênio criativo humano e exemplo eminente de conjunto arquitetural que representava período significativo da história. Para o comitê, Brasília era um marco do movimento moderno. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial, precisava de leis para protegê-la de alterações e deturpações fatais. A cidade construída em 1.296 dias, a partir de 1956, não contava com essa cobertura. Não havia nada que a livrava dos males da especulação imobiliária e de outras ameaças.

      Ao tomar conhecimento desse entrave, o então governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, publicou o decreto, em outubro de 1987, regulamentando a Lei n° 3.751, de 13 de abril de 1960, de preservação da concepção urbanística de Brasília. Em síntese, a lei manda respeitar as quatro escalas que definem os traços essenciais da capital, ou seja, as quatro dimensões dos quatro modos de viver na cidade.

      Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano que havia apresentado no concurso público aberto pelo Governo Federal para escolher o projeto da nova capital brasileira, as escalas são definidas como monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais, incluindo a vegetação nativa). Com elas, o urbanista deixou claras as funções de cada espaço da cidade, definindo os setores de trabalho, moradia, serviços e lazer, em harmonia com a natureza.

      Era justamente esse conceito o grande trunfo de Brasília, que trazia um desenho único de cidade. Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. Esses viriam a ser protegidos por meio de outras leis. Mas as obras de Niemeyer contribuíram para a conquista do título da Unesco. Os representantes da organização ressaltaram que cada elemento − da arquitetura das áreas residenciais e administrativas à simetria dos edifícios − dos traços de Niemeyer estavam em harmonia com o desenho geral da cidade. Assim como o plano de Lucio, a Unesco considerou os prédios inovadores e criativos.

      Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião. Mas Lucio Costa o comparava a uma borboleta. O arquiteto Leon Pressouyre, o relator da candidatura de Brasília ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco, viu “um pássaro gigante voando em direção ao sudeste”. O certo é que o tombamento protegeu uma ideia de liberdade.

(Adaptado de: ALVES, Renato.  http://blogs.correiobraziliense.com.br

Diferentemente do que muitos pensam, seria tombado o projeto urbanístico de Lucio Costa e não os prédios modernistas de Oscar Niemeyer. (5° parágrafo)


Considerando-se o contexto, a forma verbal sublinhada designa, nessa frase, uma ação

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Q932614 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

    “A arte popular de uma era é muitas vezes a arte elevada da seguinte”, escreveu o professor Alexander Nehamas não muito tempo atrás em defesa da televisão, traçando um paralelo com o desdém de Platão pelo antigo drama grego. Por muito tempo a TV foi considerada o homólogo inferior do cinema: o lugar ao qual recorrer na indústria se você não podia transformar algo em filme. Por um tempo muito longo ela foi também considerada um assunto que não estava à altura do estudo acadêmico. Não é mais assim hoje em dia. Com o drama televisivo granjeando aplausos tanto do público quanto da crítica, parece que a TV está finalmente atravessando sua era de arte elevada e que emergiu da sombra do cinema para sempre.
    Cineastas sempre flertaram com a televisão. O flerte do cinema com a nova forma começou com a célebre entrevista coletiva de Roberto Rossellini em 1962 em que ele declarou que o cinema estava morto e que dali em diante faria filmes para a televisão. Hoje esses cineastas poderiam ser vistos como a vanguarda de uma forma que ainda se desenvolvia: a da série de televisão que iria educar e elevar em vez de apenas entreter e vender produtos por meio de anúncios.
    Hoje, graças à internet e a novas tecnologias, surgem novos padrões de atenção. O que parece uma transição de uma era da narrativa para outra é não só acompanhado, mas também guiado, por mudanças no comportamento do público.

(Adaptado de: KALLAS, Christina. Na sala de roteiristas (Inside the Writer´s Room). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2016, edição digital)
Considere as afirmações abaixo.
I. Os verbos dos segmentos o cinema estava morto e uma forma que ainda se desenvolvia estão flexionados nos mesmos tempo e modo.
II. “A arte popular de uma era é muitas vezes a arte elevada da seguinte”... (início do texto) O argumento acima embasa a ideia de que a televisão não é inferior ao cinema.
III. Por um tempo muito longo ela foi também considerada um assunto que não estava à altura do estudo acadêmico. (1o parágrafo) O elemento sublinhado acima refere-se ao termo “indústria”.
Está correto o que se afirma APENAS em
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Q931835 Português
Assinale a frase cujas formas verbais mostram correspondência adequada de tempos.
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Q931815 Português

“Uma manhã, como um de nós estava sem tinta preta, acabou usando a azul: nascia o impressionismo.”


Sobre os componentes desse pensamento de Renoir, assinale a afirmativa correta.

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Q931087 Português

                     Pensamento crítico de José Saramago


      Brilhante provocador intelectual, consciência insatisfeita, duro polemista e detonador de conformismos, além de refinado analista e observador atento de seu tempo, o escritor português José Saramago assumiu, com visível energia a partir da década de 1990, a função crítica do homem de cultura envolvido pelo pulsar de seu tempo. Concernido pelo mundo e pela natureza do ser humano, empreendeu a tarefa de desestabilizar, mediante o questionamento, uma realidade social que julgou opaca, confusa e injusta.

      Saramago destacava “a necessidade de abrir os olhos” e, como Aristóteles, apegava-se à obrigação de elevar o julgamento ao nível da maior lucidez possível. Essa busca exigente das facetas ocultas da verdade – “as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global”, garante – o conduziria a explorar o outro lado do visível, circulando por caminhos que escapavam ao costume. Tratava-se, em resumo, de procurar enxergar com clareza, para o que se tornava iniludível a tarefa de revelar e resgatar as omissões. Iluminar e desentranhar o real constituía uma aspiração central de seu pensamento.

      Com base nesses pressupostos, enfrentou o que chamava pensamento único – ou pensamento zero, como também o qualificava – opondo-lhe a resistência de uma autêntica barricada moral e intelectual. Suas visões alternativas foram expressas com a clareza e a autonomia de um livre-pensador que reage contra as deformações dos mitos e as limitações das versões oficiais. Praticou, como o filósofo francês Voltaire, a dúvida sistemática, reagindo com firmeza à indolência da frase que diz “sábio é aquele que se contenta com o espetáculo do mundo”, defendida pelo poeta Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.

(Comentário sem indicação autoral ao livro As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 453-454) 

Está plenamente adequada a correlação entre os tempos verbais na frase:
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Q930827 Português

                                  [Literatura e sociedade]


      Um dos maiores intelectuais brasileiros foi Antonio Candido. De formação sociológica, mas desde jovem também crítico literário, soube tirar grande proveito de sua abertura para ambas as instâncias, promovendo um diálogo permanente entre os domínios da livre imaginação artística e os das formações sociais, como ele próprio explicita nesta abertura de seu ensaio “Literatura de dois gumes”:

      “Traçar um paralelo puro e simples entre o desenvolvimento da literatura brasileira e a história social do Brasil seria não apenas enfadonho mas perigoso, porque poderia parecer um convite para olhar a realidade de maneira meio mecânica, como se os fatos históricos fossem determinantes dos fatos literários, ou como se o significado e a razão-de-ser da literatura fossem devidos à sua correspondência aos fatos históricos. A condição literária traz como condição necessária uma carga de liberdade que a torna independente sob muitos aspectos, de tal maneira que a explicação dos seus produtos é encontrada sobretudo neles mesmos. Como conjunto de obras de arte a literatura se caracteriza por essa liberdade extraordinária que transcende as nossas servidões. Mas na medida em que é um sistema de produtos que são também instrumentos de comunicação entre os homens, possui tantas ligações com a vida social que vale a pena estudar a correspondência e a interação entre ambas. A atitude adotada em tal estudo pode ser definida como sentimento dos contrários, isto é: procura ver em cada tendência a componente oposta, de modo a apreender a realidade da maneira mais dinâmica, que é sempre dialética.”

      Antonio Candido notabilizou-se, de fato, pelo exercício dessa compreensão dialética da relação entre literatura e sociedade, buscando reconhecer em cada uma o que há de específico, e avaliando ao mesmo tempo, na interação entre elas, o modo pelo qual cada uma se esclarece melhor na presença da outra.

                                                                                 (Cícero Agostinho, inédito

Está plenamente adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:
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Q926080 Português
Texto 1.

Do Casamento

O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura para cultura. Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo este método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mulheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se dela, cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna. (fragmento)

VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm. 1994.
“O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar falatório na vizinhança.”
Assinale a opção em que a oração reduzida sublinhada está corretamente desenvolvida.
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Q925234 Português
“A democracia não é o mais perfeito dos mundos, mas certamente sua prática tem trazido muitos benefícios ao convívio entre as pessoas, já que se trata de um exercício contínuo de tolerância; talvez não nos damos conta desses benefícios em função de alguns problemas, que já tinham sido detectados na Antiguidade por Platão, como a oportunidade de demagogos exerceram sua prática”.
Com base no segmento de texto acima, assinale a opção que indica a forma verbal empregada equivocadamente.
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Q920339 Português
Considerado o contexto, está correto o que consta de:
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Q919793 Português

Atenção: Leia o texto a seguir para responder a questão.


1. A neurocientista Suzana Herculano-Houzel é autora da coletânea de textos O cérebro nosso de cada dia, que tratam de curiosidades como o mito de que usamos apenas 10% do cérebro, por que bocejo contagia, se café vicia, o endereço do senso de humor, os efeitos dos antidepressivos. A escrita é acessível e descontraída e os exemplos são tirados do cotidiano. Mesmo assim, Suzana descreve o processo de realização de cada pesquisa e discute as questões mais complexas, como a relação entre herança e ambiente, as origens fisiológicas de determinados comportamentos e o conceito de consciência. Leia a entrevista abaixo.


2. Muitos se queixam da ausência de uma “teoria da mente” satisfatória e dizem que a consciência humana é um mistério que não se poderia resolver – mesmo porque caberia à própria consciência humana resolvê-lo. O que acha? Acho que, na ciência, mais difícil do que encontrar respostas é formular perguntas boas. A ciência precisa de hipóteses testáveis, e somente agora, quando a neurociência chega perto dos 150 anos de vida, começam a aparecer hipóteses testáveis sobre os mecanismos da consciência. Mas “teorias da mente” bem construídas e perfeitamente testáveis já existem. A própria alegação de que deve ser impossível à mente humana desvendar a si mesma, aliás, não passa de uma hipótese esperando ser posta por terra. É uma afirmação desafiadora, e com um apelo intuitivo muito forte. Mas não tem fundamento. De qualquer forma, a neurociência conta hoje com um leque de ferramentas que permite ao pesquisador, se ele assim desejar, investigar por exemplo a ativação em seu cérebro enquanto ele mesmo pensa, lembra, faz contas, adormece e, em seguida, acorda. O fato de que o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não é necessariamente um empecilho.


3. Há várias pesquisas descritas em seu livro sobre a influência da fisiologia no comportamento. Você concorda com Edward O. Wilson que “a natureza humana é um conjunto de predisposições genéticas”? Acredito que predisposições genéticas existem, mas, na grande maioria dos casos, não passam de exatamente isso: predisposições. Exceto em alguns casos especiais, genética não é destino. A meu ver, fatores genéticos, temperados por acontecimentos ao acaso ao longo do desenvolvimento, fornecem apenas uma base de trabalho, a matéria bruta a partir da qual cérebro e comportamento serão esculpidos. Somadas a isso influências do ambiente e da própria experiência de vida de cada um, é possível transcender as potencialidades de apenas 30 mil genes – a estimativa atual do número de genes necessários para “montar” um cérebro humano – para montar os trilhões e trilhões de conexões entre as células nervosas, criando o arco-íris de possibilidades da natureza humana.


4. Uma dessas influências diz respeito às diferenças entre homens e mulheres, que seu livro menciona. Como evitar que isso se torne motivação de preconceitos ou de generalizações vulgares, como no fato de as mulheres terem menos neurônios? Se diferenças entre homens e mulheres são evidentes pelo lado de fora, é natural que elas também existam no cérebro. Na parte externa do cérebro, o córtex, homens possuem em média uns quatro bilhões de neurônios a mais. Mas o simples número de neurônios em si não é sinônimo de maior ou menor habilidade. A não ser quando concentrado em estruturas pequenas com função bastante precisa. Em média, a região do cérebro que produz a fala tende a ser maior em mulheres do que em homens, enquanto neles a região responsável por operações espaciais, como julgar o tamanho de um objeto, é maior do que nelas. Essa diferença casa bem com observações da psicologia: elas costumam falar melhor (e não mais!), eles costumam fazer operações espaciais com mais facilidade. O realmente importante é reconhecer que essas diferenças não são limitações, e sim pontos de partida, sobre os quais o aprendizado e a experiência podem agir.


(Adaptado de: PIZA, Daniel. Perfis & Entrevistas. São Paulo, Contexto, 2004)
Em O fato de que o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não é necessariamente um empecilho, caso se substitua o segmento sublinhado por “A possibilidade”, as formais verbais deverão ser alteradas, respectivamente, para:
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Q919731 Português

                              Sabedoria de Sêneca


      Entre as tantas reflexões sábias que o filósofo estoico Sêneca nos deixou encontra-se esta: “Deve-se misturar e alternar a solidão e a comunicação. Aquela nos incutirá o desejo do convívio social, esta, o desejo de nós mesmos; e uma será o remédio da outra: a solidão curará nossa aversão à multidão, a multidão, nosso tédio à solidão”. É uma proposta admirável de equilíbrio, válida tanto para o século I, na pujança do Império Romano em que Sêneca viveu, como para o nosso, em que precisamos viver. É próprio, aliás, dos grandes pensadores, formular verdades que não envelhecem.

      Nesse seu preciso aconselhamento, Sêneca encontra a possibilidade de harmonização entre duas necessidades opostas e aparentemente inconciliáveis. O decidido amor à solidão ou a necessidade ingente de convívio com os outros excluem-se, a princípio, e marcariam personalidades radicalmente distintas. Mas Sêneca sabe que ambas podem ser insatisfatórias em si mesmas: a natureza humana comporta impulsos contraditórios. Por isso está no sistema filosófico dos estoicos a noção de equilíbrio como princípio inescapável para o que consideram, como o melhor dos nossos destinos, a “tranquilidade da alma”.

      Esse equilíbrio supõe aceitarmos as tensões polarizadas de nossa natureza dividida e aproveitar de cada polaridade o que ela tenha de melhor: a solidão nos impulsiona para o reconhecimento de nós mesmos, para a nossa identidade íntima, para a diferença que nos identifica entre todos; a companhia nos faz reconhecer a identidade do outro, movida pela mesma força que constitui a nossa. Sêneca, ao reconhecer que somos unos em nós mesmos, lembra que essa mesma instância de unidade está em todos nós, e tem um nome: humanidade.

                                                                          (Altino Sampaio, inédito)  

A pontuação e a correlação entre tempos e modos verbais ocorrem de modo plenamente adequado na frase:
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente Policial |
Q919334 Português

Leia a tira.


Imagem associada para resolução da questão


Considerando a correlação entre as formas verbais, conforme a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com

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Q914069 Português

Leia o texto para responder a questão.


Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030


    A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.
    Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo estimativa da consultoria McKinsey.
    No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções administrativas e industriais.
    A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
    A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas, que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.
    “A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver qualidades humanas, como criatividade”, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. “Isso soa muito legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?”, questiona.
    Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da desigualdade, alerta a OIT.
    O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa de pessoas buscando trabalho.
    “Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena”, diz Salazar-Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com. br/mercado/2018/01/1951904-16-milhoes-de-brasileiros-sofrerao -com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
A correspondência entre as formas verbais, na frase escrita a partir do texto, está em conformidade com a norma-padrão da língua em:
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Q910880 Português

                                      Marieta


      Marieta fez 90 anos.

      Não resisto à tentação de revelar a idade de Marieta.

      Sei que é falta de educação (mas pouca gente sabe hoje o que quer dizer falta de educação, ou mesmo educação) falar em idade de mulher.

      São múltiplas as teorias sobre idade feminina. Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui todos os conceitos alusivos a essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais jovens. Depois, não estou interessado em compendiar a incerta sabedoria em torno do tema incerto. Meu desejo é só este: contar a idade de Marieta, por estranho que pareça.

      E não é nada estranho, afinal. Marieta fazer 90 anos é tão simples quanto ela fazer 15. No fundo, está fazendo seis vezes 15 anos, esta é talvez sua verdadeira idade, por uma graça da natureza que assim o determinou e assim o fez. Privilégio.

      Ah, Marieta, que inveja eu sinto de você, menos pelos seus 90, perdão, 6 x 15 anos, do que pelo sinal que iluminou seu nascimento, sinal de alegria serena, de firmeza e constância, de leve compreensão da vida, que manda chorar quando é hora de chorar, rir o riso certo, curtir uma forma de amor com a seriedade e a naturalidade que todo amor exige.

      Sei não, Marieta (de batismo e certidão, Maria Luísa), mas você é a mais agradável combinação de gente com gente que eu conheço.

                       (Carlos Drummond de Andrade, Boca de Luar. Adaptado)

Na passagem “Eu envelheceria ainda mais, se fosse anotar aqui todos os conceitos alusivos a essa matéria; enquanto isso, as mulheres ficariam cada vez mais jovens.”, tal como estão flexionados, os verbos
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Q910559 Português

Leia o texto, para responder a questão.


Frei Caneca e a Virgem Maria


    No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.
    Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
    Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
    – Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
    E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.
**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.
Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados nos seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.
É correto concluir que
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Q910490 Português

Texto CB1A1AAA




Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo, 1978, p 65 (com adaptações)

Com relação às estruturas linguísticas e aos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue o item a seguir.


Na linha 5, caso a forma verbal “era” fosse substituída por seria, a respectiva afirmação sobre o comportamento de Juca seria mais categórica que a que se verifica no texto.

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Q905902 Português

    A vida de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu corpo. A versão da legítima defesa era ______ .

(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)

As expressões verbais empregadas em tempo que exprime a ideia de hipótese são:
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Q905896 Português

                         O drama dos viciados em dívidas


      Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas uma questão financeira decorrente do estado geral da economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso, há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).

      Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os endividados.

      Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima etapa é se planejar.

       (Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida.
Alternativas
Respostas
661: C
662: C
663: E
664: E
665: E
666: C
667: C
668: C
669: C
670: C
671: D
672: B
673: C
674: B
675: A
676: B
677: A
678: E
679: A
680: C