Questões de Concurso Comentadas sobre flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) em português

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Q2176718 Português
Leia o texto para responder à questão.

Infeliz Aniversário

        A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.

        É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram entregues pela tradição. A justificativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.

        E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe. Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola Estés.

        As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para firmar no imaginário infantil o modelo feminino que a sociedade queria impor.

        Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo, não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.

        Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modificações sociais, venceram incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.

(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, na reescrita da passagem – Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si… (1º parágrafo) –, a forma verbal destacada confere sentido de conjectura ao enunciado. 
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Q2176696 Português

Leia o poema para responder à questão.


aqui

nesta pedra

alguém sentou

olhando o mar

o mar

não parou

pra ser olhado

foi mar

pra tudo quanto é lado


                     (Paulo Leminski, Caprichos e relaxos)


No poema, há uma relação entre passado e presente, este marcado pelo emprego do termo

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Q2175552 Português
Texto 1

Leia o texto a seguir:

Com 102 filhos e 578 netos, ugandês fecha a fábrica e diz “não lembrar de todos”

“No começo era uma piada... mas agora é um problema”, diz Musa Hasahya Kesera, um homem de Uganda que é pai de 102 filhos. Ele admite que está cada dia mais difícil atender às necessidades da família - e até mesmo lembrar os nomes de todos.

Aos 68 anos, ele tem uma família com 12 mulheres, 102 filhos - o mais novo com menos de 10 anos e o mais velho com mais de 50 anos - e 578 netos.

Kesera se tornou uma atração em sua aldeia, Bugisa, no leste de Uganda. Mas para ele, chegou a hora de fechar a fábrica. “Já aprendi a lição com a minha atitude irresponsável, de ter tido tantos filhos dos quais não consigo cuidar”, confessa.

Sua grande família vive em uma casa muito deteriorada, com telha de zinco e vinte cabanas localizadas nas proximidades. “Com a minha saúde debilitada e menos de um hectare de terra para uma família tão grande, duas das minhas esposas foram embora porque não pude dar a elas as coisas mais essenciais, como alimentação, educação ou roupas”, conta o pai de família, desempregado.

Para evitar que a família cresça ainda mais, suas esposas tomam anticoncepcionais. Ele admite que não se cuida.

A poligamia é autorizada em Uganda. Musa Hasahya Kesera casou-se pela primeira vez em 1972, quando tinha 17 anos, em uma cerimônia tradicional. Seu primeiro filho nasceu um ano depois.

“Como éramos apenas dois filhos (na família dele), meu irmão, meus pais e meus amigos me aconselharam a casar com várias mulheres para ter muitos filhos e aumentar a riqueza da família”, explica.

Atraídos por seu status de vendedor de gado e açougueiro, vários moradores locais ofereceram a mão de suas filhas, algumas delas ainda menores de idade (prática proibida desde 1995).

Com o passar dos anos, ele não consegue mais identificar nem os próprios filhos.

“Só me lembro dos nomes do primeiro que nasceu e do último, não me lembro da maioria dos outros”, confessa, ao examinar pilhas de cadernos antigos para encontrar detalhes sobre seus nascimentos. “São as mães que me ajudam a identificá-los”, diz ele.

O homem admite que também tem dificuldade para lembrar os nomes de algumas de suas esposas. Ele precisa pedir a um de seus filhos, Shaban Magino, um professor de 30 anos, que o ajude a administrar as questões da família. Magino é um dos poucos filhos que frequentou a escola.

Para resolver as disputas, que não faltam na família, uma reunião é organizada mensalmente.

Sem comida

O povo de Bugisa vive em grande parte da agricultura, com pequenas plantações de arroz, mandioca e café, e da pecuária.

Na família de Musa Hasahya Kesera, alguns tentam ganhar dinheiro ou comida fazendo tarefas domésticas para os vizinhos ou passam o dia coletando lenha e água, muitas vezes percorrendo longas distâncias a pé.

Outros ficam em casa. As mulheres tecem esteiras ou trançam os cabelos, enquanto os homens jogam cartas à sombra de uma árvore. Quando o almoço está pronto - na maioria das vezes mandioca cozida - o pai de família sai de sua cabana e grita para os parentes entrarem na fila para comer.

“Mas quase não temos comida suficiente. Somos obrigados a alimentar os filhos uma vez, ou duas nos dias bons”, explica Zabina, a terceira esposa de Musa Hasahya Kesera, que diz que nunca teria se casado se soubesse que seu marido tinha outras esposas.

“Ele trouxe a quarta, depois a quinta e assim por diante até chegar na 12ª”, diz ela, suspirando.

Apenas sete ainda moram com ele em Bugisa. Duas saíram e três foram para outro município, a dois quilômetros de distância, porque o que a granja da família fornece não é suficiente para alimentar todo mundo.

Fonte: https://www.estadao.com.br/internacional/com-102-filhos-e-578- netos-ugandes-fecha-a-fabrica-e-diz-nao-lembro-detodos/?utm_source=estadao:whatsapp&utm_medium=link&app_absent =0. Acesso em 28/03/2023
No trecho “Atraídos por seu status de vendedor de gado e açougueiro, vários moradores locais ofereceram a mão de suas filhas, algumas delas ainda menores de idade” (8º parágrafo), o verbo destacado está no mesmo modo e tempo da forma verbal destacada em:
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Q2174489 Português
Considerando-se a combinação entre tempos e modos, a frase que atende à norma-padrão é: 
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Q2171287 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Texto 04 


01.png (380×335)

Disponível em: https://bichinhosdejardim.com/futuro-visionario/. Acesso em: 14 fev. 2023.  

Sobre a organização morfossintática e semântica das falas que compõem o texto 04, é CORRETO afirmar que 
Alternativas
Q2164349 Português
8_- 12.png (370×336)

Hector Macdonald. Verdade: 13 motivos para duvidar de tudo que te

dizem. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019, p. 16-17 (com adaptações).


No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto, julgue o item. 

O uso do presente do indicativo no texto traz a ideia de que o conjunto de fatos e de situações nele apresentado pode estar acontecendo no momento em que se produz ou se lê esse texto.
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Q2162219 Português
Texto CB1A7

     Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia, um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher, caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe fizeram promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.

Matilde Campilho. In: Flecha. São Paulo: Editora 34, 2022.
No texto CB1A7, o emprego do presente do indicativo a partir do quarto período, em “caminha”, “Não se preocupa”, “Leva”, “repara” e “Continua”, exprime ações  
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Q2160597 Português
Leia o texto para responder à questão.

Ser cronista

            Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

        Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

         E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.
(Clarice Lispector, A descoberta do mundo)
De acordo com a norma-padrão, no trecho – Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. –, se a forma verbal “queria” for substituída por “quero”, as formas verbais destacadas devem ser substituídas, respectivamente, por: 
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Q2154040 Português
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o texto 1.

Texto 1

      Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. 

        As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural [...] está fadado à extinção?

VIARO, Mário Eduardo. Palavras jogadas fora. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012, p. 52. [Fragmento].
Considerando-se que “pinchar” é um verbo regular da primeira conjugação, é CORRETO afirmar que a primeira pessoa do singular desse verbo no modo
Alternativas
Q2144584 Português

Texto 2

A casa das palavras

Eduardo Galeano



GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno. 15. ed. Porto Alegre: L&PM, 2021. p. 19.

A prosa poética de Eduardo Galeano apresenta, predominantemente, o emprego 
Alternativas
Q2144155 Português



Internet: : <www.fonosp.org.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do vocabulário empregados no texto, julgue o item.


O emprego do verbo “dar” (linha 11) estaria incorreto caso fosse flexionado no texto da seguinte forma:

Alternativas
Q2134488 Português

Texto CB1A1-II

       Em 23/3/2023, o presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a companhia não deve praticar o preço de paridade internacional (PPI). "Se lá fora o preço do petróleo diminuiu, entendo que diminuiu também em termos de insumos para as refinarias, logo isso tem de refletir no preço para o consumidor final. Não é necessário que o preço do combustível esteja amarrado ao preço do importador, que é o nosso principal concorrente. Ao contrário. Paridade de importação não é preço que a companhia deve praticar."
      Prates disse que, em sua gestão como presidente da estatal, não haverá o "dogma do preço de paridade internacional (PPI)”, abrindo espaço para a negociação de preços que levem em consideração o cenário econômico nacional.
      Instituída em 2016, a política do PPI prevê que a PETROBRAS alinhe os valores que cobra das distribuidoras pelo combustível ao que é cobrado pelas importadoras que trazem o petróleo refinado em forma de diesel e gasolina para o Brasil.
      Questionado se haverá redução no preço da gasolina, Jean Paul Prates disse que as equipes estão avaliando o mercado sobre possíveis oscilações no preço do combustível. "A gente está avaliando a referência internacional e o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. O mercado nacional é composto pelo que é produzido aqui com o produto importado. Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso", concluiu.
      O presidente da companhia também garantiu que a venda dos ativos do Polo Bahia Terra, em negociação entre a PETROBRAS e um consórcio formado por PetroReconcavo e Eneva, está sendo reavaliada sob uma nova ótica e que nada está decidido. Segundo ele, “o que está assinado será cumprido; o que não está assinado será revisto".

Internet:www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).

Em relação às ideias do texto CB1A1-II, julgue o próximo item.


Infere-se do segundo parágrafo do texto, sobretudo pelo emprego da forma verbal "haverá", flexionada no tempo futuro, que Jean Paul Prates ainda não foi efetivado na presidência da PETROBRAS.



Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDEPES Órgão: Prefeitura de Marechal Deodoro - AL Provas: FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Analista de Controle Interno | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Médico Clínico Geral | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Bibliotecário | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Contador | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Profissional de Educação Física | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Enfermeiro | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Assistente Social | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Arquiteto e Urbanista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro Civil | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Engenheiro de Trânsito | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Farmacêutico | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fonoaudiólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Meio Ambiente | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fiscal de Tributos | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Fisioterapeuta | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Nutricionista | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Odontólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Psicólogo | FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Professor Artes / Ciências / Educação Física / Geografia / História / Inglês / Matemática / Música / Português |
Q2131767 Português
Aquela estrela é dela Vida, vento, vela, leva-me daqui
As velas do Mucuripe Vão sair para pescar Vou levar as minhas mágoas Prás águas fundas do mar Hoje a noite namorar Sem ter medo da saudade Sem vontade de casar
Calça nova de riscado Paletó de linho branco Que até o mês passado Lá no campo ainda era flor Sob o meu chapéu quebrado O sorriso ingênuo e franco De um rapaz novo encantado Com 20 anos de amor
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/fagner/45932/#abum:raimundo-fagner-1993>. Acesso em: 06 mar. 2023.

Dadas as afirmativas a respeito das marcas linguísticas da composição musical,

I. No verso: “Vida, vento, vela, leva-me daqui”, as vírgulas foram empregadas para separar orações que apresentam função sintática semelhante.
II. Em: “Vida, vento, vela, leva-me daqui”, o pronome oblíquo está proclítico, atendendo à eufonia, ou seja, ao som harmonioso do verso.
III. Nos versos: “Vão sair para pescar” / “Vou levar as minhas mágoas”, as locuções verbais, empregadas na linguagem informal, equivalem ao futuro do presente, formado pelo verbo “IR” no presente do indicativo mais o infinitivo do verbo principal.
IV. Nos versos: “Vão sair para pescar” / “Vou levar as minhas mágoas”, as locuções verbais são exemplos de tempos compostos.


verifica-se que está/ão correta/s apenas
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Q2130812 Português
Assinalar a alternativa em que o verbo está conjugado CORRETAMENTE: 
Alternativas
Q2128980 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 02 a seguir para responder à questão que a ele se refere.


Texto 02

Disponível em: https://brainly.com.br. Acesso em: 7 jan. 2023.

Sobre a estrutura do texto 02, é CORRETO afirmar que
I. A conjugação do verbo, no segundo quadro, permite afirmar que o personagem é um viking.
II. As expressões “de ouro”, “de prata” e “de cem anos” são acessórias e, por isso não interferem no sentido do que se quis dizer.
III. Os tipos de linguagem que compõem o texto são, exclusivamente: formal, verbal e objetiva.
IV. A pessoa verbal usada na primeira fala inclui o personagem entre aqueles os quais consideram que para ser feliz é necessário ter uma casa grande ou um navio imenso.
V. A linguagem não verbal do texto traz informações que estão relacionadas ao termo “vikings”, usado na primeira fala do texto.
Estão CORRETAS as afirmativas
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Q2128884 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Texto 04



Disponível em: https://medium.com/. Acesso em: 7 mar. 2023.

Analise as afirmativas, tendo em vista a organização morfossintática das falas do texto 04.
I - A conjunção “mas” insere, na terceira fala, uma ideia de contradição. II - A grafia “por quê” justifica-se por estar no final de frase interrogativa. III - O uso do “eles” em “Você já leu eles?” é uma marca da oralidade. IV - A frase “Você já leu eles?”, normativamente, seria “Você já os leu?”. V - O verbo “vive” insere, na primeira fala, uma ideia de continuidade.
Estão CORRETAS as afirmativas
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Q2128549 Português
  • Texto CGIAI-I


  •      Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que afinal, repetindo um gesto sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena de abril.


         Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é que, durante a viagem de ida, enquanto o "Constellation" da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.


         Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.


         Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta, provavelmente. Nada mais.


Rachel de Queiroz. Choveu! (com adaptações).

Sem alteração da coerência das ideias do texto CGIAl-I, a expressão de tempo e de modo verbal da oração "haja milho" (terceiro período do último parágrafo) seria preservada caso a forma verbal "haja" fosse substituída por

Alternativas
Q2128542 Português
  • Texto CGIAI-I


  •      Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que afinal, repetindo um gesto sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena de abril.


         Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é que, durante a viagem de ida, enquanto o "Constellation" da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.


         Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.


         Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta, provavelmente. Nada mais.


Rachel de Queiroz. Choveu! (com adaptações).

No terceiro período do segundo parágrafo do texto CGIAl-I, a forma verbal "levara" está flexionada no

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Q2122363 Português
A mulher ramada

      Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que levantava a cabeça do trabalho.
      E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aleias, cavaleiros partindo para a caça.
       Mas a ele, no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a viesse colher.
        Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que era tempo de ter uma companheira.
        No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas de rosa, o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva e rega mantivesse sempre molhados os pés da rosa.
        Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros, tênues galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que outra brotação se fizesse mais forte.
       Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por último, cuidado maior, a cabeça levemente inclinada para o lado.
       O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho. Depois, afastando-se para olhar, murmurou encantado:
        – Bom dia, Rosamulher.
      Agora levantando a cabeça do trabalho, não procurava mais a distância. Voltava-se para ela, sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.
      Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com seu mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E um dia em que o sol parecia mais morno do que de costume, viu de repente, na ponta dos dedos esgalhados, surgir a primeira brotação na primavera.
      Em pouco, o jardim vestiu o cetim das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no escuro da terra os bulbos acordaram, espreguiçando-se em pequenas pontas verdes.
    Mas enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro que, temendo que viesse a floração a romper tanta beleza, cortava rente todos os botões.
     De tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro. E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.
    Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurá-la, percebeu de longe a marca da sua ausência. Embaralhando- -se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas pétalas entre os olhos da mulher. E já outra no seio despontava.
      Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Nunca Rosamulher fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que jamais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.
       Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou.
     E sentindo sua espera, a mulher-rosa começou a brotar, lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes.
    Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção, retomando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.

(COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: ________. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São Paulo: Global, 2006. p. 22-28.)
Analise as afirmativas; marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Na sentença “E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, [...]” (3º§), o sinal indicativo de crase em “às vezes” se justifica porque se trata de uma expressão temporal. ( ) Em “Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro [...]” (13º§) há erro de regência verbal. ( ) Ao se reescrever, no plural, a frase “Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim,[...]” (4º§), o verbo auxiliar de “havia plantado” deve permanecer no singular, respeitando as normas de concordância verbal. ( ) Na frase “E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.” (14º§), a preposição “por” pode ser suprimida, sem que haja prejuízo de sentido. ( ) Em “Nunca Rosamulher fora tão rosa.” (16º§), o pretérito mais-que-perfeito foi usado para fazer referência a uma ação que aconteceu em um passado distante.
A sequência está correta em 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2022 - UNESP - Bibliotecário |
Q2120833 Português
Leia o texto para responder a questão.

Adultos incapazes de se orientar

        Professores de uma escola de elite me contaram algo espantoso. Perguntaram aos alunos o que aconteceria se caminhassem sempre em frente, pela calçada diante da escola, sem atravessar a rua. Pouquíssimos deles sabiam que voltariam à frente do colégio. Como sempre se deslocavam pela cidade de carro, não sabiam que a calçada de um quarteirão forma um quadrado, e que, se você segui-la, volta ao mesmo lugar.
           O ser humano nasce com enorme capacidade de se orientar no ambiente em que vive. Prova disso é que indígenas, em florestas tropicais densas, são capazes de caminhar dias de uma aldeia a outra sem se perder. Mas isso depende de treino e prática, como mostra claramente o exemplo dos alunos dessa escola.
      A novidade é que os cientistas conseguiram demonstrar que adultos têm diferentes capacidades de orientação dependendo de onde passaram a infância. Qual seria a capacidade de alguém que cresceu no campo? E como ela se compara com a de quem cresceu em cidades organizadas ou em cidades que parecem um labirinto?
        Para conseguir medir objetivamente a capacidade de orientação de milhares de adultos que cresceram em diferentes ambientes, os cientistas usaram o jogo de computador Sea Hero Quest (SHQ), desenvolvido para pacientes com Alzheimer. O jogador tem de se orientar em um labirinto de canais ou ruas para sair de um ponto e chegar a outro. Em cada nível, o desafio fica mais complexo, e já foi demonstrado que o sucesso nesse jogo mede muito bem a capacidade de orientação de pessoas saudáveis no mundo real.
        Os cientistas usaram dados de 3,9 milhões de jogadores de SHQ e pediram para eles preencherem um questionário sobre onde passaram a infância. Analisaram-se os mapas das cidades em que os 397.162 exitosos no desafio haviam crescido. Constatou-se que o sucesso no jogo é maior quanto maior é a complexidade do ambiente onde a pessoa cresceu.
        Quem teve poucos desafios na infância tem menos vantagens no jogo e menor capacidade de se orientar. É uma lição importante: nas cidades de baixa complexidade, privamos crianças de desenvolverem a capacidade de orientação. Mas tudo bem, existe o Waze para sanar essa deficiência educacional...

(Fernando Reinach. https://ciencia.estadao.com.br.
Publicado em 26.08.2022. Adaptado)
A frase elaborada com base no quarto parágrafo apresenta a relação entre os tempos verbais e o emprego da pontuação em conformidade com a norma-padrão em:
Alternativas
Respostas
141: D
142: D
143: C
144: A
145: E
146: E
147: A
148: E
149: A
150: C
151: C
152: E
153: A
154: D
155: A
156: E
157: E
158: E
159: B
160: C