Questões de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) para Concurso
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Disponível em:<http://dialogoeducacional.blogspot.com.br/2011/11/prova-de-portugues-8-ano-interpretacao.html>
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.
Leia a tira, para responder à questão.
(Orlandeli, Grump. Diário da Região, 22.04.2018)
Para que _______ Killer Joe com chance de sucesso, seria necessário que o pequeno Grump também ________ o grandalhão. Mas o público considera pouco provável que ele o _________ ou _________ .
Leia o texto, para responder à questão.
Dar à luz
Todos sabem que a luz é um dos componentes indispensáveis para que haja vida. Além de ser um fenômeno físico, a luz e sua importância são elementos simbólicos utilizados, há séculos, por religiões, por estudiosos e pela cultura popular, como forma de ilustrar momentos de transição importantes vivenciados pela humanidade.
Culturalmente, a luz assume uma representação tão marcante quanto para a ciência e a tecnologia. Isso porque, em muitas nações, ela simboliza a própria vida. Não é por acaso que a expressão “dar à luz” representa um momento de celebração, de extrema felicidade, traduzindo o momento em que é dada ao homem a oportunidade de deixar o escuro do útero e passar a experimentar a luz do mundo, a luz que passará a ser a chama de sua própria existência.
“Trazer à luz” ou “lançar luz” acerca de um determinado assunto são expressões há muito utilizadas por estudiosos. Essas expressões significam a possibilidade de, por meio do conhecimento, da razão, compreender melhor e encontrar respostas para questões que, até então, o homem sem conhecimento não conseguiria enxergar, uma vez que estaria mergulhado nas trevas da ignorância. Por volta do ano 400 a.C., Platão relacionaria a luz ao conhecimento. Para o filósofo, a percepção do mundo exterior, à luz do sol, correspondia ao conhecimento produzido pelo intelecto, à luz da razão.
Por outro lado, é comum encontrar textos que se referem a parte da Idade Média como a idade das trevas, um período em que se utilizava da fé como mecanismo de controle, de imposição. E, ao fazer isso, os homens, não Deus, impediam o desenvolvimento cultural e a liberdade intelectual. Desde a Idade Média, governantes utilizam-se da conhecida estratégia de mergulhar a sociedade na ignorância para poder doutriná-la mais facilmente.
O acesso à liberdade intelectual passaria a ser conquistado graças a um movimento filosófico que surgiu na Europa, no século XVIII, movimento esse que ficou conhecido como Iluminismo. Novamente, o homem escolheria a luz para representar a única forma de trazer novas alternativas para que a humanidade pudesse sair das trevas.
Infelizmente, nem o Iluminismo nem qualquer outra tentativa de conter os períodos de obscuridade impediram que esta continuasse, de forma voraz e persistente, a assombrar os homens. As trevas ressurgem a cada dia nas guerras, na fome, na intolerância, no ódio, no preconceito, na corrupção e em outras formas que, talvez, a humanidade ainda desconheça.
Portanto, para os que não desejam viver na escuridão, a única opção é manter a chama do conhecimento acesa.
(Ademar Pereira dos Reis Filho. Diário da Região, 22.04.2018. Adaptado)
Para responder à questão, considere a seguinte passagem do texto:
Essas expressões significam a possibilidade de, por meio do conhecimento, da razão, compreender melhor e encontrar respostas para questões que, até então, o homem sem conhecimento não conseguiria enxergar, uma vez que estaria mergulhado nas trevas da ignorância.
É correto afirmar que, no contexto dessa passagem, as
formas verbais conseguiria e estaria, no futuro do pretérito do indicativo, expressam fatos
Nossa bactéria interior
Hélio Schwartsman
Se a consciência já parece bastante misteriosa quando tentamos circunscrevêla a um cérebro humano, ela fica ainda mais impenetrável quando se considera que a própria noção de corpo humano pode ser inadequada.
Com efeito, já há alguns anos vem ganhando espaço na biologia e na medicina a ideia de que precisamos pensar o corpo humano não como uma entidade à parte, mas no conjunto de suas relações com o meio ambiente, em especial em relação a sua interação com espécies microscópicas com as quais vivemos em promiscuidade há dezenas de milhares de anos. Aqui, nós perdemos um pouco de nós para nos tornarmos um superorganismo, no qual outros seres vivos, notadamente aqueles que habitam nosso corpo, ganham importância.
Inicialmente, esses modelos foram utilizados para explicar com certo sucesso a obesidade (as floras intestinais de gordos e magros têm composições diferentes), doenças do intestino e moléstias cardíacas. Mas os pesquisadores foram ficando ambiciosos e agora falam no eixo cérebro-intestino, que parece desempenhar um papel em várias doenças mentais, incluindo transtornos de ansiedade, do afeto, autismo e até mesmo surtos psicóticos e Alzheimer. Não é que bactérias causem essas moléstias, mas modulam a manifestação e a severidade dos sintomas.
Particularmente interessante nesses modelos é que a flora intestinal é, em princípio, algo fácil de alterar com o uso de antibióticos, pro e prebióticos e de transplantes fecais. Já há quem fale em psicobióticos. É preciso dar um desconto ao entusiasmo dos pesquisadores, mas não há dúvidas de que é um campo promissor.
Vale destacar quanto de complexidade esse modelo acrescenta a nós mesmos. Deixamos de ser um corpo composto por 10 trilhões de células comandadas por 23 mil genes para nos tornarmos um bioma ao qual se somam 100 trilhões de bactérias e 3 milhões de genes não humanos.
Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwarts-man/2017/12/ 1940148-nossa-bacteria-interior.shtml>
Nossa bactéria interior
Hélio Schwartsman
Se a consciência já parece bastante misteriosa quando tentamos circunscrevêla a um cérebro humano, ela fica ainda mais impenetrável quando se considera que a própria noção de corpo humano pode ser inadequada.
Com efeito, já há alguns anos vem ganhando espaço na biologia e na medicina a ideia de que precisamos pensar o corpo humano não como uma entidade à parte, mas no conjunto de suas relações com o meio ambiente, em especial em relação a sua interação com espécies microscópicas com as quais vivemos em promiscuidade há dezenas de milhares de anos. Aqui, nós perdemos um pouco de nós para nos tornarmos um superorganismo, no qual outros seres vivos, notadamente aqueles que habitam nosso corpo, ganham importância.
Inicialmente, esses modelos foram utilizados para explicar com certo sucesso a obesidade (as floras intestinais de gordos e magros têm composições diferentes), doenças do intestino e moléstias cardíacas. Mas os pesquisadores foram ficando ambiciosos e agora falam no eixo cérebro-intestino, que parece desempenhar um papel em várias doenças mentais, incluindo transtornos de ansiedade, do afeto, autismo e até mesmo surtos psicóticos e Alzheimer. Não é que bactérias causem essas moléstias, mas modulam a manifestação e a severidade dos sintomas.
Particularmente interessante nesses modelos é que a flora intestinal é, em princípio, algo fácil de alterar com o uso de antibióticos, pro e prebióticos e de transplantes fecais. Já há quem fale em psicobióticos. É preciso dar um desconto ao entusiasmo dos pesquisadores, mas não há dúvidas de que é um campo promissor.
Vale destacar quanto de complexidade esse modelo acrescenta a nós mesmos. Deixamos de ser um corpo composto por 10 trilhões de células comandadas por 23 mil genes para nos tornarmos um bioma ao qual se somam 100 trilhões de bactérias e 3 milhões de genes não humanos.
Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwarts-man/2017/12/ 1940148-nossa-bacteria-interior.shtml>
Leia o texto para responder à questão.
Cotas têm prós e contras.
Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao final de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários, alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.
É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações afirmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se confirmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.
O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias. Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.
Ações afirmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos filhos das classes mais desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais críticos para o desenvolvimento do país.
Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação afirmativa foram desperdiçados.
Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.
Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a inteligência prevaleça.
(Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)
Leia o texto.
Termino o livro e fecho o computador, sabendo que por mais que os escritores escrevam, os músicos componham e cantem, os pintores e escultores joguem com formas, cores e luzes –, por mais que o contexto paralelo da arte expresse o profundo contraditório sentimento humano, embora dance à nossa frente e nos convoque até o último fio de lucidez, o essencial não tem nome nem forma: é descoberta e assombro, glória ou danação de cada um.
Lya Luft (disponível em: https://www.pensador.com/textos)
BEM PERTO DE LEO
Christophe Honoré
Capítulo I
Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.
Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.
Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó.
Três irmãos.
Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.
Tristão: 21.
Leo: 19.
Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!
Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:
(17 - 2)
- 10
5
cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.
Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.
É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]
Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de
Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.
Leia os quadrinhos para responder a questão.
(M. Schulz. Minduim Charles. O Estado de S. Paulo. 21.06.2019.
https://cultura.estadao.com.br)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, considerando a norma-padrão da Língua Portuguesa, as lacunas do texto a seguir.
Aquele recado era para _________ transmitir ao meu colega assim que ele ________ à empresa. ________ ele não veio para o trabalho naquele dia.
Leia o texto para responder à questão.
Alugam-se amigos
Imagine sair com um amigo para um lanche ou uma caminhada e no final do encontro perguntar: “Quanto foi a conversa?” ou “Quanto devo pela companhia?”. Se o amigo for um amigo de fato, vai achar que você enlouqueceu. Mas se for um personal friend, que pode ser traduzido como amigo pessoal, ou, mais realisticamente, amigo de aluguel, tudo bem. Ele dá o preço, que varia, em média, de cinquenta a trezentos reais a hora, o cliente faz o cheque e, se o orçamento permitir, poderão se encontrar novamente.
A mais nova profissão do mercado chegou sem fazer alarde, mas agora já aparece em anúncios, e quem anuncia faz questão de esclarecer que não há qualquer conotação sexual ou amorosa nos relacionamentos com os clientes. O fato é que há pessoas pagando por uma sessão em que se conversa sobre a vida, o pôr do sol, os problemas, a família, a solidão ou um filme. O personal friend pode ser um estudante de direito, um professor de ginástica, um engenheiro, não importa, já que para ser um personal friend basta se apresentar como tal.
A pergunta que muitos se fazem é: por que alugar um amigo num mundo em que é possível ter setecentos amigos sem pagar nada? Afinal, não é o que permitem os sites de relacionamentos, em que se colecionam amigos às centenas? Ou essa fartura virtual, que faz com que muitos morram de inveja, não tem sido capaz de suprir as carências das pessoas?
Talvez se esteja perdendo a capacidade de fazer amizades. Estamos desaprendendo os caminhos da convivência. É uma constatação preocupante! Numa cultura que prega o individualismo, a competição e a desconfiança, é pouco provável que ferramentas criadas pela tecnologia transformem seus usuários numa grande e nobre família, unida pela amizade.
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
SALES, Herberto. O automóvel. In: Os melhores contos de Herberto Sales.
Seleção de Judith Grossmann. 2. ed. São Paulo: Global, 1999. p. 23.
Leia um trecho do romance “A Madona de Cedro”, de Antonio Callado, para responder à questão.
No primeiro dia no Rio de Janeiro, Delfino Montiel quase se afogou. Ele tinha aprendido a nadar menino ainda no rio das Velhas, na fazenda de seu tio Dilermando. Mas a corrente dos rios é honesta e determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens. O mar... Ora, quem vai entender o mar? Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara ao Rio. Atravessou a areia e foi entrando no mar numa espécie de exaltação. Queria chorar com aquela frescura de água azul, queria abraçar e beijar o mar. A primeira onda que lhe veio ao encontro, Delfino a recebeu de braços abertos. Ela o derrubou numa cascata de areia e espuma. Ele bebeu água, muita, mas estava embriagado de mar.
Só quando já se achava sentado na areia, arquejante, entre uma súcia de curiosos, é que Delfino compreendeu que quase tinha morrido afogado. Um dos que o havia salvo era um rapagão simpático que lhe perguntou:
– Você donde é que veio, patrício, de Cabrobó1 ou Caixa Prego2?
– De Congonhas do Campo, respondeu Delfino ingenuamente.
Muita gente riu em torno dele.
– Pois, se você ainda quer rever Congonhas, trate o mar com mais desconfiança.
Enquanto o rapaz se afastava, Delfino notou principalmente o riso de uma menina de cabelos cor de mel. Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava, mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.
Com os olhos fitos nela, Delfino a foi acompanhando com a vista enquanto a menina entrava no mar. Viu logo que era uma amiga íntima do mar. Viu-a furar uma primeira onda, ligeira e exata como uma agulha mergulhando na dobra azul de um pano. Quando ela se levantou do mergulho, o cabelo cor de mel estava preto e grudado ao pescoço, preto-esverdeado, como se ela tivesse voltado mais marinha do fundo do mar.
(Record/Altaya. Adaptado)
1Cabrobó é uma cidade pernambucana no sertão do São Francisco.
2Caixa Prego significa lugar muito distante, longínquo.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.
De onde veio o futebol?
Fonte: https://super.abril.com.br/sociedade/13-mentiras-em-que-todo-mundo-acredita/ Texto adaptado
especialmente para esta prova.
“Sou tudo o que fui, o que sou, o que serei.”
Assinale a opção em que todas as formas verbais que correspondem, respectivamente, às sublinhadas no fragmento acima, estão corretas.