Questões de Concurso Sobre flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) em português

Foram encontradas 4.451 questões

Q1241884 Português
Quando não há indeterminação do sujeito, em qual dos casos abaixo, foi feito o emprego CORRETO do pronome se para formação do tempo verbal presente do indicativo, ao invés de voz passiva sintética?
Alternativas
Q1241883 Português
Qual das alternativas a seguir apresenta o futuro do modo subjuntivo?
Alternativas
Q1241029 Português
Leia o texto para responder as questões.

PSG aceita liberar Neymar por dinheiro mais dois jogadores do Barcelona, mas pede no mínimo €100 mi De acordo com "L'Équipe", condição foi discutida na reunião de terça-feira, em Paris, mas ainda não houve acordo porque clube catalão não possui essa quantia nos cofres

    Na reunião (sem acordo) entre representantes de Barcelona e Paris Saint-Germain que se deu na última terçafeira, em Paris, o clube francês informou que aceitaria liberar Neymar por no mínimo €100 milhões (R$ 452 milhões) mais dois jogadores do Barça. As informações são do jornal "L'Équipe".
    De acordo com o diário francês, o PSG pede essa quantia mínima para poder fechar uma contratação de peso ainda nessa janela - Donnarumma, do Milan, e Dybala, do Juventus, são dois alvos, por exemplo. No entanto, não houve acordo no encontro, porque o Barça, apertado, principalmente após as contratações de Griezmann (€120 milhões) e De Jong (€75 milhões a princípio), não tem esse dinheiro.
    Além disso, o Paris Saint-Germain impôs a condição de escolher a dedo os jogadores que seriam incluídos na negociação. Agradam ao diretor Leonardo nomes como o de Philippe Coutinho, de 27 anos, de Nelso Semedo, 25, e de Dembélé, 22. Por outro lado, o volante croata Rakitic, bastante especulado nessa troca, estaria descartado porque o clube contratou dois meio-campistas nessa janela: Idrissa Gueye (ex-Everton) e Ander Herrera (ex-Manchester United).
    É por isso que a negociação entre Paris Saint-Germain e Barcelona segue emperrada.
    Enquanto isso, Neymar treina sozinho no Paris SaintGermain, como aconteceu nesta última quarta-feira. O craque brasileiro não jogou as partidas oficiais da equipe: vitória por 2 a 1 sobre o Rennes na decisão da Supercopa da França, e vitória por 3 a 0 sobre o Nimes na abertura do Campeonato Francês.

Disponível em https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebolfrances/noticia/psg-aceita-liberar-neymar-por-dinheiro-dois-jogadores-do-barcelona-maspede-no-minimo-euro100-mi.ghtml 
Analise: “o PSG pede essa quantia mínima para poder fechar uma contratação de peso ainda nessa janela” o verbo em destaque está conjugado em qual tempo verbal?
Alternativas
Q1240401 Português
TEXTO 
Brumadinho, Mariana, impunidade e descaso

Nenhum dos envolvidos no desastre de 2015 foi responsabilizado, e a fiscalização continuou precária mesmo depois da primeira tragédia: ingredientes para mais uma catástrofe

       Pouco mais de três anos depois do desastre de Mariana, do qual Minas Gerais ainda luta para se recuperar, mais um rompimento de barragem da mineradora Vale assombra o país. Desta vez, como afirmou o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, o custo ambiental pode até ter sido menor que o de Mariana, mas o custo humano foi muito maior. (...) Como é possível que dois desastres dessas dimensões tenham ocorrido em um espaço que, para este tipo de situação, pode ser considerado curto?
         Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a britânica BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado, mas todas as informações que surgiram após o desastre de Brumadinho mostram que os esforços nem das empresas responsáveis, nem do Estado brasileiro foram suficientes para evitar que outro episódio catastrófico ocorresse. A empresa certamente sabe que a preservação e a prevenção compensam; os danos de imagem podem ser diferentes daqueles que atingem outros tipos de negócios – o público não pode simplesmente “boicotar” uma mineradora, por exemplo –, mas também existem, e a Vale sentiu, nesta segunda-feira, a perda de seu valor de mercado. Schvartsman chegou a dizer que a empresa fez todo o possível para garantir a segurança de suas barragens depois de Mariana, mas agora se sabe que “todo o possível” não bastou.
           A palavra ausente neste período entre Mariana e Brumadinho é “responsabilização”. O Ministério Público Federal denunciou 21 pessoas e as três empresas (Samarco, Vale e BHP Billiton) pelo desastre de Mariana, mas ainda não houve julgamento. A Gazeta do Povo apurou que, das 68 multas aplicadas após a tragédia de 2015, apenas uma está sendo paga, em 59 parcelas. A demora para que os responsáveis paguem pela sucessão de irresponsabilidades que levou ao desastre certamente não incentiva as mineradoras a manter boas práticas de prevenção de desastres que possam ir além do estritamente necessário.
          Os dados mais estarrecedores, no entanto, vieram dos relatórios governamentais que mostram uma inação quase completa do poder público na fiscalização do estado das barragens no país. O Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas, mostra que apenas 27% das barragens de rejeitos (caso tanto de Mariana quanto de Brumadinho) foram vistoriadas em 2017 pela Agência Nacional de Mineração. Há 45 barragens com “algum comprometimento importante que impacte a sua segurança”. A informalidade é a regra: 42% das barragens cadastradas nos órgãos de fiscalização não têm nenhum tipo de documento como outorga, autorização ou licença. E, nos poucos casos em que há vistoria, ela é feita por amostragem de algumas áreas da barragem, o que pode ignorar pontos críticos. É assim que tanto a barragem de Fundão, em Mariana, como a da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foram consideradas seguras. Ainda mais revoltante é a informação de que a Câmara de Atividades Minerárias da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais aprovou uma ampliação de 70% no complexo Paraopeba (onde se encontrava a barragem que estourou em Brumadinho) de forma apressada, rebaixando o potencial poluidor da operação para que o licenciamento ambiental pudesse pular fases.
             A atividade mineradora é atribuição da iniciativa privada, mas a fiscalização é uma obrigação do Estado. E os relatórios demonstram que o governo não deu importância a esse trabalho nem mesmo depois de Mariana. Como resultado desta omissão coletiva, dezenas, possivelmente centenas, de vidas perderam-se em Brumadinho. Mortes que poderiam ter sido evitadas se o caso de 2015 tivesse levado a uma responsabilização rápida por parte da Justiça, um trabalho mais cuidadoso por parte das empresas de mineração e uma fiscalização abrangente feita pelo governo.
Adaptado de: <https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/brumadinho-mariana-impunidade-e-descaso-6621e4i8qg00dhyqctji1wdh2/>.
Acesso em: 04 abr. 2019.
Analise o seguinte período: “Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a britânica BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado, mas todas as informações que surgiram após o desastre de Brumadinho mostram que os esforços nem das empresas responsáveis, nem do Estado brasileiro foram suficientes para evitar que outro episódio catastrófico ocorresse.”. A respeito das formas verbais em destaque, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1240014 Português
A cidade caminhava devagar
Henrique Fendrich

    Então você que é o Henrique? Ah, mas é uma criança ainda. Meu filho fala muito de você, ele lê o que você escreve. Mas sente-se! Você gosta de ouvir sobre essas coisas de antigamente, não é? Caso raro, menino. A gente já não tem mais com quem falar, a não ser com os outros velhos. Só que os velhos vão morrendo, e com eles vão morrendo as histórias que eles tinham para contar. Olha, do meu tempo já são poucos por aqui. Da minha família mesmo, eu sou o último, não tenho mais irmão, cunhado, nada. Só na semana passada eu fui a dois enterros. Um foi o do velho Bubi. Esse você não deve ter conhecido. Era alfaiate, foi casado com uma prima minha. E a gente vai a esses enterros e fica pensando que dali a pouco pode ser a nossa vez. Mas faz parte, não é? É assim que a vida funciona e a gente só pode aceitar. 
    Agora, muita coisa mudou também. A cidade já é outra, nem se compara com a da minha época. As coisas caminhavam mais devagar naquele tempo. Hoje é essa correria toda, ninguém mais consegue sossegar. Mudou muita coisa, muitos costumes que a gente tinha foram ficando para trás. Olha, é preciso que se diga também que havia mais respeito. Eu vejo pelos meus próprios netos, quanta diferença no jeito que eles tratam os pais deles! Se deixar, são eles que governam a casa. Consegue ver aquele quadro ali na parede? Papai e mamãe… Eu ainda tinha que pedir bênção a eles. A gente fazia as refeições juntos todos os dias, e sempre no mesmo horário. Hoje é cada um para um lado, uma coisa estranha, sabe? Parece que as coisas mudam e a gente não se adapta. E vai a gente tentar falar algo… Ninguém ouve, olham para você como se tivessem muita pena da sua velhice.
    Aqui para cima tem um colégio. Cinco horas da tarde, eles saem em bando. A gente até evita estar na rua nesse horário. Por que você pensa que eles se preocupam com a gente? Só falta eles nos derrubarem, de tão rápido que eles andam. As calçadas são estreitas e, se a gente encontrar uma turma caminhando na nossa direção, quem você acha que precisa descer, eles ou nós, os velhos? É a gente… Nem parece que um dia eles também vão ficar velhos como a gente. A verdade é que as pessoas estão se afastando, não estão se importando mais umas com as outras. Nem os vizinhos a gente conhece mais. Faz mais de um mês que chegou vizinho novo na casa que era do Seu Erico e até agora a gente não sabe quem é que foi morar lá. A Isolda veio com umas histórias de a gente ir lá fazer amizade, mas eu falei para ela que essa gente vive em outro mundo, outros valores, e é capaz até de pensarem mal da gente se a gente for lá.
    Mas você deve achar que eu só sei reclamar, não é? Tem coisa boa também, claro que tem. Hoje as pessoas já não sofrem como na nossa época. Ali faltava tudo, a gente não tinha nem igreja para ir no domingo, imagine só. O padre aparecia uma vez a cada dois meses e olhe lá. E viajar para o centro? Só de carroça, e não tinha asfalto, não tinha nada. Se chovia, a estrada virava um lamaçal e a gente tinha que voltar. Isso mudou, hoje está melhor. Hoje tem todas essas tecnologias aí, é mais fácil tratar doença também. Olha, se eu vivesse no tempo do meu pai, acho que não teria chegado tão longe assim, porque ali não tinha os remédios que eles precisavam, né? Só que também tem essa questão da segurança, que hoje a gente não tem quase nenhuma. A gente tem até medo que alguém entre aqui em casa. São dois velhos, o que a gente vai poder fazer contra o ladrão?
    Mas vamos sentar e tomar um café, a Isolda já preparou. Tem cuque, lá da festa da igreja. Se você viesse ontem, teria encontrado meu filho, ele quem trouxe. Depois quero te mostrar o álbum de fotos do papai. Está meio gasto, as fotos estão amarelas… Mas é normal, né? São coisas de outro tempo. Do tempo em que a cidade caminhava mais devagar.

Adaptado de: <http://www.aescotilha.com.br/cronicas/henrique-fendrich/a-cidade-caminhava-devagar>  . Acesso em: 28 jun. 2019.

A respeito das formas dos verbos, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.


( ) Em “E a gente vai a esses enterros e fica pensando que dali a pouco pode ser a nossa vez.”, a palavra “pensando” descreve uma ação que se estende em determinado período de tempo, mas, nesse contexto, ela indica o modo como é realizada a ação.

( ) Em “Você gosta de ouvir sobre essas coisas de antigamente, não é?”, a palavra “ouvir” descreve o significado principal do verbo.

( ) Em “Olha, se eu vivesse no tempo do meu pai, acho que não teria chegado tão longe assim, porque ali não tinha os remédios que eles precisavam, né?”, a forma que indica que a ação de chegar está concluída, no caso, “chegado”, está correta. O uso da forma “chego”, nessa oração, estaria menos adequado em um contexto de linguagem formal.

Alternativas
Q1240000 Português
A cidade caminhava devagar
Henrique Fendrich

    Então você que é o Henrique? Ah, mas é uma criança ainda. Meu filho fala muito de você, ele lê o que você escreve. Mas sente-se! Você gosta de ouvir sobre essas coisas de antigamente, não é? Caso raro, menino. A gente já não tem mais com quem falar, a não ser com os outros velhos. Só que os velhos vão morrendo, e com eles vão morrendo as histórias que eles tinham para contar. Olha, do meu tempo já são poucos por aqui. Da minha família mesmo, eu sou o último, não tenho mais irmão, cunhado, nada. Só na semana passada eu fui a dois enterros. Um foi o do velho Bubi. Esse você não deve ter conhecido. Era alfaiate, foi casado com uma prima minha. E a gente vai a esses enterros e fica pensando que dali a pouco pode ser a nossa vez. Mas faz parte, não é? É assim que a vida funciona e a gente só pode aceitar. 
    Agora, muita coisa mudou também. A cidade já é outra, nem se compara com a da minha época. As coisas caminhavam mais devagar naquele tempo. Hoje é essa correria toda, ninguém mais consegue sossegar. Mudou muita coisa, muitos costumes que a gente tinha foram ficando para trás. Olha, é preciso que se diga também que havia mais respeito. Eu vejo pelos meus próprios netos, quanta diferença no jeito que eles tratam os pais deles! Se deixar, são eles que governam a casa. Consegue ver aquele quadro ali na parede? Papai e mamãe… Eu ainda tinha que pedir bênção a eles. A gente fazia as refeições juntos todos os dias, e sempre no mesmo horário. Hoje é cada um para um lado, uma coisa estranha, sabe? Parece que as coisas mudam e a gente não se adapta. E vai a gente tentar falar algo… Ninguém ouve, olham para você como se tivessem muita pena da sua velhice.
    Aqui para cima tem um colégio. Cinco horas da tarde, eles saem em bando. A gente até evita estar na rua nesse horário. Por que você pensa que eles se preocupam com a gente? Só falta eles nos derrubarem, de tão rápido que eles andam. As calçadas são estreitas e, se a gente encontrar uma turma caminhando na nossa direção, quem você acha que precisa descer, eles ou nós, os velhos? É a gente… Nem parece que um dia eles também vão ficar velhos como a gente. A verdade é que as pessoas estão se afastando, não estão se importando mais umas com as outras. Nem os vizinhos a gente conhece mais. Faz mais de um mês que chegou vizinho novo na casa que era do Seu Erico e até agora a gente não sabe quem é que foi morar lá. A Isolda veio com umas histórias de a gente ir lá fazer amizade, mas eu falei para ela que essa gente vive em outro mundo, outros valores, e é capaz até de pensarem mal da gente se a gente for lá.
    Mas você deve achar que eu só sei reclamar, não é? Tem coisa boa também, claro que tem. Hoje as pessoas já não sofrem como na nossa época. Ali faltava tudo, a gente não tinha nem igreja para ir no domingo, imagine só. O padre aparecia uma vez a cada dois meses e olhe lá. E viajar para o centro? Só de carroça, e não tinha asfalto, não tinha nada. Se chovia, a estrada virava um lamaçal e a gente tinha que voltar. Isso mudou, hoje está melhor. Hoje tem todas essas tecnologias aí, é mais fácil tratar doença também. Olha, se eu vivesse no tempo do meu pai, acho que não teria chegado tão longe assim, porque ali não tinha os remédios que eles precisavam, né? Só que também tem essa questão da segurança, que hoje a gente não tem quase nenhuma. A gente tem até medo que alguém entre aqui em casa. São dois velhos, o que a gente vai poder fazer contra o ladrão?
    Mas vamos sentar e tomar um café, a Isolda já preparou. Tem cuque, lá da festa da igreja. Se você viesse ontem, teria encontrado meu filho, ele quem trouxe. Depois quero te mostrar o álbum de fotos do papai. Está meio gasto, as fotos estão amarelas… Mas é normal, né? São coisas de outro tempo. Do tempo em que a cidade caminhava mais devagar.

Adaptado de: <http://www.aescotilha.com.br/cronicas/henrique-fendrich/a-cidade-caminhava-devagar>  . Acesso em: 28 jun. 2019.

Em qual forma verbal está a palavra “tivessem” na oração “Ninguém ouve, olham para você como se tivessem muita pena da sua velhice.”?
Alternativas
Q1239947 Português
Sinais da velhice
Quando a moça dá lugar no ônibus
Juremir Machado da Silva

    Ando de ônibus. É o meu meio de transporte favorito. Aprendo nas viagens. Leio. Não preciso de tecnologia para encontrar um ônibus que me leve ao destino. Tenho falado muito do tempo que passa e me torna idoso. Escrevi, no passado, sobre a crise dos 40. Hoje, trato da chegada dos 60. Os sinais da velhice são claros. Outrora, quando jovem, eu não usava palavras como outrora. Depois, alunas passaram a me chamar de “senhor” e de “seu Juremir”. No ônibus, começaram a levantar para me dar o lugar”. Meninos também. Agora, ficou pior.
            Conto a história. Eu estava em pé no ônibus. Sem aperto. Confortável. A menina viu e levantou-se. Cavalheirescamente eu fiz sinal com a mão de que ela podia continuar sentada. Não deu certo. Ela insistiu. Nada podia detêla. Estava determinada a me ceder o lugar. Um furacão. Tentei demovê-la com elegância. Não queria falar para não demonstrar ressentimento ou humilhação. [...] 
        Eu já gritava interiormente: “Não quero esse lugar de maneira alguma”. A menina não se intimidava. Ela estava certa de cumprir o seu dever moral. Ceder o lugar para o velhinho. Rebatia: “Aceite a sua condição, reconheça a sua idade, cumpra o seu dever: sente-se”. Temi que começássemos a falar em voz alta. Era um confronto de gerações. Por um momento, refleti: por que essa situação me incomoda tanto? Não respondi. A menina já estava no corredor. O lugar vago se oferecia. A moça, sentada ao lado, continuava com as pernas no corredor abrindo passagem para a minha instalação no banco da janela. Eu me recusava a capitular. A plateia aguardava ansiosamente o desfecho. Qual seria?
       Por alguns minutos, ficamos os dois em pé, a menina e eu, sem nos olharmos. Foi um longo breve momento de tensão. [...] 
      O acaso entrou em campo para resolver o impasse. Alguém se levantou noutro lugar para descer. Corri para o novo banco disponível. Era uma questão de honra. Fui salvo pela sorte. 
A menina ficou em pé. Não voltou para o seu lugar. O banco permaneceu vazio até que uma jovem senhora o ocupou. O tempo passou. Meus cabelos brancos me denunciam. O menino que eu sinto dentro de mim já não convence. Visto de fora, sou um velho. Preciso urgentemente me acostumar com essa ideia. O tempo de viajar em pé no ônibus passou para mim. Salvo em casos de falta de educação. O meu problema, porém, é o contrário.
Adaptado de: : <https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/
cr%C3%B4nica-sinais-da-velhice-1.343355>.. Acesso em: 24 jun. 2019.
Em relação ao texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q1239674 Português

As concepções do islamismo e do cristianismo haviam se modificado. Seus modos de pensar eram semelhantes em 1900. Nessa época, as nações cristãs zelavam pela instituição da família, eram mais atentas ao uso excessivo do álcool e consideravam o domingo um dia sagrado. Sua atitude em relação às mulheres era mais parecida com a atitude dos islâmicos do que é hoje. Os crimes mais graves eram vistos com mais severidade e frequentemente punidos com a morte. O domingo em Iowa tinha muito em comum com a sexta-feira no Cairo. Nos cem anos que se seguiram, as nações cristãs se tornaram mais seculares. O modo de vida norte-americano fazia propaganda do álcool e das drogas, além de tolerar aventuras sexuais e rebeldia dos jovens. Os muçulmanos mais devotos rejeitavam o espírito mercantilista, o consumismo e a moral frouxa que o Ocidente ostentava através da televisão, dos filmes de Hollywood e do estilo de vida das estrelas pop internacionais. O Islã deplorava as rápidas mudanças do Ocidente, e o Ocidente deplorava a lentidão das mudanças no Islã. O Ocidente lamentava a falta de liberdades pessoais do Islã, e o Islã lamentava o que o Ocidente havia feito com a própria liberdade. Nas décadas seguintes, o Islã vicejou. Hábil em conservar seus fiéis, empenhava-se em atrair mais partidários. As crianças muçulmanas abraçavam a religião dos pais – e as famílias costumavam ser numerosas. Em 1893, os muçulmanos representavam cerca de 12% da população global; exatamente um século mais tarde, esse índice havia chegado aos 18%. Era a segunda religião em número de fiéis, maior que o número de hinduístas e budistas somados. Os cristãos ainda eram mais numerosos, com um terço da população do planeta, mas sua liderança estava – e está - sob ameaça. Atualmente, estima-se que 1,6 bilhão de pessoas professem a religião islâmica.

(BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 165). 

Na linha 4 do texto, o autor conjuga o verbo “zelar” em qual modo?
Alternativas
Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Pitangueiras - SP
Q1237688 Português
Todo filho é pai da morte de seu pai    Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.  É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. 
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai. 
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. 
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. 
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática.  A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.  Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.  A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.  Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. 
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? 
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete. E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.  Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.  No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:  — Deixa que eu ajudo.  Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo. 
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.  Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.  Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.  Embalou o pai de um lado para o outro.  Aninhou o pai.  Acalmou o pai.  E apenas dizia, sussurrado:  — Estou aqui, estou aqui, pai!  O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.  
(Autor desconhecido. Disponível em: http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/. Dezembro de 2016.) 

Em “É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.” (4º§), é correto afirmar que a ação verbal evidencia uma:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE
Q1236856 Português
Os debates travados na Câmara e pela imprensa em torno da Lei do Ventre Livre fizeram da emancipação dos escravos uma questão nacional. O projeto do governo foi apresentado à Câmara em 12 de maio de 1871. Para alguns, o projeto era avançado demais, para outros, excessivamente tímido. Os defensores do projeto usaram argumentos morais e econômicos. Argumentavam que o trabalho livre era mais produtivo que o escravo. Diziam que a existência da escravidão era uma barreira à imigração, pois que os imigrantes recusavam-se a vir para um país de escravos. A emancipação abriria as portas à tão desejada imigração. Usando de argumentos morais, denunciavam os que, em nome do direito de propriedade, defendiam a escravidão e se opunham à aprovação do projeto. Não era legítimo invocar o direito de propriedade em se tratando de escravos. “Propriedade de escravos” − dizia Torres Homem, político famoso, homem de cor e de origens modestas que chegara ao Senado depois de brilhante carreira – “era uma monstruosa violação do direito natural.” “A maioria dos escravos brasileiros” − afirmava ele − “descendia de escravos introduzidos no país por um tráfico não só desumano como criminoso. Nada pois mais justo que se tomassem medidas para acabar com a escravidão.” Em contrapartida, os mais arraigados defensores da escravidão consideravam o projeto uma intromissão indébita do governo na atividade privada. Argumentavam que o projeto ameaçava o direito de propriedade garantido pela Constituição. Segundo a prática, que datava do período colonial, o filho de mãe escrava pertencia ao senhor. Qualquer lei que viesse a conceder liberdade ao filho de escrava era, pois, um atentado à propriedade e, o que era pior, abria a porta a todas as formas de abusos contra esse direito. Acusavam o projeto de ameaçar de ruína os proprietários e de pôr em risco a economia nacional e a ordem pública. Diziam ainda que, emancipando-se os filhos e mantendo os pais no cativeiro, criar-se-iam nas senzalas duas classes de indivíduos, minando, dessa forma, a instituição escravista pois não tardaria muito para que os escravos questionassem a legitimidade de sua situação. 
(Adaptado de: COSTA, Emília Viotti da. A Abolição. São Paulo: Editora Unesp, 2010, p. 49-52) 
A forma verbal que confere caráter hipotético ao enunciado está em: 
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Peruíbe - SP
Q1232729 Português
De princípio a interessou o nome da aeronave: não “zepelim” nem dirigível; o grande fuso de metal brilhante chamava-se modernissimamente blimp. Pequeno como um brinquedo, independente, amável. A algumas centenas de metros da sua casa ficava a base aérea dos soldados americanos e o poste de amarração dos dirigíveis. E de vez em quando eles deixavam o poste e davam uma volta, como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de voo. Assim, aos olhos da menina, o blimp1 existia como um animal de vida própria; fascinava-a como prodígio mecânico que era, e principalmente ela o achava lindo, todo feito de prata, librando-se2 majestosamente pouco abaixo das nuvens. Não pensara nunca em entrar nele; não pensara sequer que pudesse alguém andar dentro dele. Verdade que via lá dentro umas cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não davam impressão de realidade. O seu primeiro contato com a tripulação do dirigível começou de maneira puramente ocasional. Acabara o café da manhã; a menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu-se. Vivia naquela base como um frade no seu convento – sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da casa, sacudindo um pano, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já sobrevoara aquela casa, vira gente entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo-as e, se algumas erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando pelo céu. Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita – o sol lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à janela, agitou os braços, gritou: “Amigo!, amigo!” – embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam ouvir-se nada. Gostaria de lhe atirar uma flor, um mimo. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como uma bala de canhão. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha iluminada, num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.
(Os cem melhores contos brasileiros do século. Org. Italo Moriconi – Objetiva, 2001. Adaptado) 1. blimp: dirigível 2. librando-se: flutuando, equilibrando-se 3. vogando: flutuando
Considere a frase elaborada a partir de ideias do segundo parágrafo.
Lá de cima, depois que o tripulante ________________ aquele pano branco tremulante, seu coração solitário comoveu-se, pois _____________ naquela base militar recluso como um religioso em um convento.
Para que a frase mantenha o sentido do texto, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, pelas formas verbais:
Alternativas
Q1219317 Português

A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

(Texto)


Se o verbo “mostram” (linha 4) fosse conjugado na segunda pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo, a alternativa CORRETA seria:
Alternativas
Q1219279 Português
Examine o parágrafo a seguir, extraído da obra Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para responder a próxima questão.

“Eram esses os seus hábitos; ultimamente, porém, mudara um pouco; e isso provocava comentários no bairro. Além do compadre e da filha, as únicas pessoas que o visitavam até então, nos últimos dias, era visto entrar em sua casa, três vezes por semana e em dias certos, um senhor baixo, magro, pálido, com um violão agasalhado numa bolsa de camurça. Logo pela primeira vez o caso intrigou a vizinhança. Um violão em casa tão respeitável! Que seria?
No trecho “ultimamente, porém, mudara um pouco”, o verbo “mudara” está conjugado no tempo:
Alternativas
Q1219220 Português
Leia o texto para responder a questão.

É bom saber antes de viajar para a Suíça
escrito por Fernanda

A Suíça é um dos países mais belos da Europa. É um país famoso por seus alpes, relógios, queijos, chocolates e belos lagos. Embora seja muito tranquilo e seguro viajar para a Suíça é bom saber algumas coisas para ter uma viagem tranquila e sem transtornos.
Idioma
A Suíça tem 4 idiomas oficiais: alemão (na verdade o franco-alemão), italiano, francês e romanche (este falado por uma minoria). Visitei só a parte alemã e embora o inglês não seja uma língua oficial no país não tive problemas e falei em inglês nos hotéis, restaurantes e atrações.
Visto de Turismo para a Suíça
Brasileiros não precisam de visto de turismo para viagens com duração de até 90 dias.
Seguro Viagem Obrigatório
A Suíça faz parte do Tratado de Schengen e exige um seguro viagem obrigatório com cobertura mínima de € 30.000 que garanta assistência médica por doença ou acidente. Os cartões de crédito Platinum ou categoria superior oferecem esse seguro gratuitamente caso a passagem tenha sido comprada com o cartão. Caso você não possua um cartão dessa categoria, pode contratar um particular. Já precisei utilizar algumas vezes e nunca tive problemas. Sempre fui bem atendida e encaminhada para hospitais bons.
Vacinas
Nenhuma vacina é exigida para viajar para a Suíça.
Moeda
A moeda oficial da Suíça é o franco suíço.
Qual moeda levar?
Acabei levando franco suíço mesmo (comprei no Brasil). O interessante é que a cotação do franco suíço é mais próxima do dólar do que do euro. Tanto é que sobraram alguns francos suíços e acabei trocando por dólar, pois a cotação era praticamente de 1 para 1. Dá para olhar a cotação nesse site https://www.ubs.com/global/en/quotes.html.
Vale lembrar que os bancos e Western Union (onde troquei um pouco de franco que sobrou por dólar) cobram uma taxa entre 4 a 5 francos para fazer a conversão.
Quanto se gasta em uma viagem para a Suíça?
A Suíça é cara. Isso é um fato. Além da hospedagem, o maior peso no bolso do turista é com a alimentação. Um almoço fica na faixa dos CHF 25 a 35 por pessoa em um restaurante. Uma opção para fugir desses preços é comer nos supermercados. As redes de mercado Migros e Coop oferecem opções de lanches e comida (alguns supermercados têm restaurantes) a preços mais amigáveis.
Beba água gratuitamente na Suíça
Há muitas fontes de água potável espalhadas pelas cidades da Suíça. Vale a pena carregar uma garrafa de água vazia na bolsa e/ou mochila e ir abastecendo ao longo do dia. A água é geladinha e uma delícia.
Wi-fi grátis
A dificuldade não é encontrar wi-fi grátis e de qualidade na Suíça, a dificuldade é se conectar na rede já que para fazer o primeiro acesso os lugares costumam enviar um sms para o seu celular. Ou seja, se você não está com o roaming ligado, o sms não chega e você não consegue conectar. Os únicos lugares que eu conseguia conectar sem problemas e que seguiam o fluxo normal de “escolher uma rede e digitar uma senha” eram os hotéis.
Acabei comprando um chip pré-pago lá mesmo na Suíça. Paguei CHF 19,9 já com um plano de internet para 7 dias.
Transporte na Suíça
A melhor maneira de se locomover na Suíça é de trem. A malha ferroviária é realmente impecável, os trens são confortáveis e rápidos. Se a intenção é se locomover bastante durante os dias da viagem, não tenha dúvidas e compre o Swiss Travel Pass. Em um primeiro momento os valores assustam, mas compensa muito e é uma ótima economia, até porque inclui não só o transporte ilimitado nos trens, como a uso gratuito do transporte público na maioria das cidades, passeios de barco e descontos em muitas atrações.
Dica: baixe o app da SBB/CFF para poder ver os horários dos trens.
Alugar carro também é uma opção dependendo da quantidade de pessoas que farão a viagem. Pode ficar mais barato do que os passes de trem.
É seguro viajar para a Suíça?
A Suíça é um dos países mais seguros que já conheci. Não tive nenhum tipo de problema. Obviamente é sempre bom tomar cuidado com seus pertences pessoais e não dar bobeira, mas é um país super seguro.
Hospedagem na Suíça
O padrão de hospedagem na Suíça é ótimo tanto para hostels como para hotéis. Para quem quer economizar a dica é se hospedar em um hostel (albergue). Passei na frente de um em Interlaken e fiquei impressionada com a estrutura.
Em relação aos hotéis dá para encontrar hotéis com preços bons (para o padrão Suíça obviamente). Em Zurique, os valores dos hotéis reduzem consideravelmente durante os finais de semana, então fica a dica: programe sua viagem para Zurique durante um fim de semana.
Adaptado de https://www.precisoviajar.com/viajar-para-a-suica/
Assinale a alternativa que apresenta um verbo conjugado no Pretérito Perfeito do Indicativo.
Alternativas
Q1219046 Português
Leia o texto

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe-se lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é que sabe,
E vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas
Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade 
Considere o seguinte verso, extraído do poema:
“Já esqueci a língua em que comia”.
Analise as afirmativas feitas sobre ele.
1. Os dois verbos da frase pertencem à segunda conjugação e estão no pretérito perfeito e imperfeito, respectivamente. 2. Se o verbo “esquecer” fosse pronominal (esquecer-se), ao seu complemento “a língua” deveria ser acrescentada uma preposição (de = da língua). 3. Há na frase dois artigos definidos. 4. As palavras “Góis” e “língua” são acentuadas pela mesma regra. 5. As palavras conectoras “em que” podem ser substituídas por “na qual” e o sentido não se altera, pois “que” é pronome relativo e permite essa substituição.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q1218796 Português


Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed.

São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 138-41 (com adaptações).

Com relação às propriedades gramaticais e à coerência do texto 9A2-I, julgue o item a seguir.


A forma verbal “experimentaram” (l.2) encontra-se no pretérito perfeito do modo indicativo, logo se depreende que os “tempos pré-modernos” (l.1) acabaram.


Alternativas
Q1218007 Português

Instrução: Leia o poema a seguir e responda à questão.  

INFÂNCIA


é quando as portas são fechadas

e abertas ao mesmo tempo,

é quando estamos metade na luz

e a outra metade na escuridão,

é quando o mundo real chama

e preferimos outro...

(QUINTANA, M. Esconderijos do tempo. Rio de Janeiro: L&PM, 1980.) 

Os verbos empregados no poema encontram-se no presente do indicativo e expressam
Alternativas
Q1218005 Português

Instrução: Leia atentamente o texto e responda à questão. 

     Jovem, eu sonhava ter uma grande biblioteca. E fui assim pela vida, comprando os livros que podia. Tive de desenvolver métodos para controlar minha voracidade, porque o dinheiro e o tempo eram poucos. Entrava na livraria, separava todos os livros que desejava comprar e, ao me aproximar do caixa, colocava-os sobre o balcão e me perguntava diante de cada um: “Tenho necessidade imediata desse livro? Tenho outros, em casa, ainda não lidos? Posso esperar?” E assim ia pegando cada um deles e os devolvendo às prateleiras. A despeito desse método de controle, cheguei a ter uma biblioteca significativa, mais do que suficiente para as minhas necessidades.

     Notei, à medida que envelhecia, uma mudança nas minhas preferências: passei a ter mais prazer na seção dos livros de arte nas livrarias. Os livros de ciência a gente lê uma vez, fica sabendo e não tem necessidade de ler de novo. Com os livros de arte acontece diferente. Cada vez que os abrimos é um encantamento novo! Creio que meu amor pelos livros de arte tem a ver com experiências infantis.   

(ALVES, Rubem. Disponível em: https://rubemalves.wordpress.com. Acesso em: 26/07/2019.)  

Assinale a alternativa em que a forma verbal nela apresentada NÃO se encontra no mesmo tempo das demais formas verbais.
Alternativas
Q1215787 Português
Na última linha do texto, o autor conjugou o verbo “continuar” em qual tempo verbal?
Alternativas
Q1215609 Português
Vergonha parcelada
Gregorio Duvivier
       Não estranhe se você me vir levando as mãos ao rosto no meio da rua e gritando comigo mesmo: “Não! Não, Gregorio! Por que você fez isso, cara?”. Sofro de uma síndrome comum: a da vergonha parcelada. Algumas situações me causam tanto embaraço que pago por elas a vida inteira. A cada vez que uma vergonha antiga me vem à cabeça, sofro como se fosse a primeira vez que estivesse sofrendo.
      Não parecem vergonhas monumentais, são vergonhas ridículas – mas é isso o que faz delas monumentais. Exemplo: no aeroporto de Congonhas, pedi um café. “Carioca?” – a moça perguntou. “Sou”, respondi, achando que ela queria saber minha procedência.
     A moça pensou que eu tinha feito uma piadinha péssima e retribuiu com o pior tipo de sorriso – aquele cheio da misericórdia. Tive vontade de me esconder debaixo dos bancos do salão de embarque pelo simples fato de que alguém no mundo tinha achado que eu era uma pessoa que faria aquele tipo de piada. Até hoje, só passo em frente à Casa do Pão de Queijo de Congonhas com uma mochila escondendo o rosto.
       Outro dia, chovia a cântaros – deve fazer um bom tempo, porque faz um bom tempo que não chove a cântaros. Acenava desesperadamente para os táxis, em frente ao Shopping da Gávea. Eis que um sujeito surge e começa a fazer o mesmo, alguns passos à minha frente. Todo ser humano civilizado sabe que, a partir do momento em que uma pessoa acena para os táxis, os outros candidatos tem que se posicionar atrás dela. Na frente, nunca. Revoltado, intercedi: “Amigo, desculpa, cheguei antes”. Ao que ele respondeu, humilde: “To chamando táxi pra você. Sou segurança do shopping”. E conseguiu um táxi, e abriu a porta pra mim, e eu entrei, e ele bateu a porta, e junto com a porta se abateu sobre mim o peso da miséria humana.
       Encontrei um amigo de longa data. Não lembrava seu nome, e ainda hoje não lembro –talvez fosse Marcelo. Consegui disfarçar chamando o amigo de “brother”, até que sua namorada me perguntou: “Há quanto tempo você conhece o Marcelo?”. Respondi: “Desculpa, não sei de quem você tá falando”. O Marcelo em questão, perplexo, me observava com um misto de tristeza pelo esquecimento e espanto pela minha estupidez.
        Enquanto escrevo essa crônica, algumas vezes precisei interromper a digitação para levar as mãos ao rosto e exclamar, em voz alta: “Não! Não, Gregorio! Por que você fez isso, cara?”.
Fonte: DUVIVIER, Gregorio. Vergonha parcelada. Folha de S.Paulo, 6 abr. 2015.

(1)Encontrei um (2)amigo de longa data. Não (3)lembrava seu nome, e (4)ainda hoje não lembro – talvez fosse Marcelo.”


Analise os termos destacados do trecho do texto e assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Respostas
1841: B
1842: C
1843: A
1844: B
1845: A
1846: C
1847: A
1848: B
1849: D
1850: C
1851: E
1852: C
1853: A
1854: B
1855: D
1856: C
1857: B
1858: C
1859: B
1860: B