Questões de Concurso Sobre formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo) em português

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Q633808 Português

TEXTO 1 – O futuro da medicina

      O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das profissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jornalistas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o de médico. Até aqui. A crer no médico e "geek" Eric Topol, autor de "The Patient Will See You Now" (o paciente vai vê-lo agora), está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá impactos positivos para os pacientes.

       Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já é possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão do que um dermatologista se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que exige medidas adicionais.

      Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma o celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar o smartphone num supermicroscópio que permite fazer diagnósticos ainda mais sofisticados.

      Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, fará com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, recorrendo ao médico em menor número de ocasiões e de preferência por via eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar a autonomia do paciente e abandonar o paternalismo que desde Hipócrates assombra a medicina.

      Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavelmente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hospitais caminhem para uma rápida extinção. Dando algum desconto para as previsões, "The Patient..." é uma excelente leitura para os interessados nas transformações da medicina.

                    Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 17/01/2016. 

“A crer no médico e “geek” Eric Topol”; essa oração reduzida equivale semanticamente a:
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Q633470 Português
No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais “exclamou” e “recuando” expressa ações 
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Q632564 Português

Leia o texto e responda as questões abaixo:


“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego”.

Ainda conforme a gramática da língua portuguesa, verbo é a palavra que geralmente demonstra ação e conjuga sua forma de acordo com o sujeito. Aponte a alternativa que apresenta somente verbos que foram utilizados e conjugados no texto:
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Q630166 Português

TEXTO 11

Entre as funções do técnico do IBGE, aparece a de “Executar de acordo com instruções e/ou orientações, as rotinas administrativas necessárias à manutenção da Unidade de Trabalho, desde o recebimento, a organização, a guarda e o encaminhamento de documentos institucionais e de interessados, utilizando os recursos de informática disponibilizados pela Instituição e os sistemas corporativos e federais”.


Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_pnad_jc_ab 


No texto 11, o gerúndio “utilizando” indica:

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Q621094 Português
TEXTO 2

“Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a sociedade."

                         (Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)
“Surgindo" e “constituindo" são formas de gerúndio; a forma verbal abaixo que NÃO pertence a esse modo verbal é:
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Q617079 Português
                                                TE ESPERANDO

                                                   LuanSantana

                            Mesmo que você não caia na minha cantada
                            Mesmo que você conheça outro cara
                            Na fila de um banco
                            Um tal de Fernando
                            Um lance, assim
                            Sem graça

                            Mesmo que vocês fiquem sem se gostar
                            Mesmo que vocês casem sem se amar
                             E depois de seis meses
                             Um olhe pro outro
                             E aí, pois é
                             Sei iá

                             Mesmo que você suporte este casamento
                              Por causa dos filhos, por muito tempo
                              Dez, vinte, trinta anos
                              Até se assustar com os seus cabelos brancos 

                              Um dia vai sentar numa cadeira de balanço
                              Vai lembrar do tempo em que tinha vinte anos
                              Vai lembrar de mim e se perguntar
                              Por onde esse cara deve estar?

                              E eu vou estar
                              Te esperando
                              Nem que já esteja velhinha gagá
                              Com noventa, viúva, sozinha
                              Não vou me importar V
                               ou ligar, te chamar pra sair
                               Namorar no sofá
                               Nem que seja além dessa vida
                               Eu vou estar
                               Te esperando 

                            (Letra retirada do site: http://ietras.mus.br/iuan-santana/te-esperando/) 
O verbo “esperar", que aparece logo no título da música cantada por Luan Santana, está no gerúndio. O que o uso dessa forma nominal do verbo sugere a respeito do sentido que é construído nessa canção? 
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Q617045 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 


                                               Aprender a desfazer

    O mundo tem aprendido que desfazer pode ser bem mais complicado que fazer. Pode ser mais difícil desfazer o aquecimento global. Pode ser impossível desfazer a destruição de uma floresta. Pode ser bem complicado desfazer o desaparecimento de uma espécie.

    No campo da tecnologia, entretanto, ainda estamos engatinhando. Quem não terá em casa um equipamento eletrônico antigo que não sabe a quem dar porque ninguém quer, nem onde descartar porque não há um local apropriado e muito menos desmontar, porque quase nunca aprendemos a desfazer, de maneira econômica, aquilo que fizemos em tecnologia?

     Funciona assim: quando um equipamento fica velho, pode ter muita riqueza dentro dele para ser reaproveitada. Com a ajuda da internet, você vai conseguir estimar quanto tem de plástico, vidro, metais comuns e preciosos até com boa aproximação. Feitas as contas, descobre-se rapidamente três grandes verdades da tecnologia de descaracterização de equipamentos:

1) Sem escala não há negócio. Não estamos falando de desmontar um celular, mas milhares deles;

2) O custo em tempo para desmontar o equipamento precisa ser muito menor que o valor que houver nele, caso contrário, não valerá a pena;

3) É preciso aproveitar tudo o que houver no equipamento para que a desmontagem seja, de verdade, rentável e não agrida o meio ambiente.

    O nome da matéria que trata do assunto? Eco Design ou Design Ecológico e, no Brasil, universidades como a de São Carlos fazem um belo trabalho a respeito. Gosto de definir o assunto como a arte de projetar coisas, pensando em desfazê-las de forma simples e não agressiva, quando não forem mais úteis.

      Como um exemplo vale mais que mil parágrafos, vou contar uma história. Corriam os idos dos anos noventa. Duas da manhã, eu virava uma noite de sexta-feira em um cliente na cidade do Rio de Janeiro, longe de casa, mais de uma semana, como na música.

      Estávamos eu e um funcionário local, o grande Najan, que de cliente já havia se tornado amigo, tanto que viramos noites juntos no trabalho. De repente, desespero total. Na máquina em que eu trabalhava, um moderníssimo PC 386, não havia um leitor de disquetes de 5 ¼ de polegada. Era gravar um disquete e ganhávamos a liberdade, eu para voltar para casa e encontrar a família e ele direto para a praia ou algum outro merecido prazer da cidade maravilhosa.

       - Deixa comigo, diz o Najan! Vou desmontar a unidade daquela máquina ali e trazer para cá, apontando para um equipamento modelo XT de marca que prefiro não dizer, já velho e perto da aposentadoria.

      Caixa de ferramentas em punho, eu de cá animado e compilando os programas para gravar e mandar para a produção, ele de lá começa a desmontagem . E é aí que você vai entender um pouco de design ecológico. Vinte minutos depois, saio correndo da minha cadeira para segurar o Najan. Ele, martelo de borracha na mão e desespero nos olhos estufados, dava pancadas, de leve é verdade, na velha máquina e dizia:

       - Um pai... Uma pancada... Paga escola a vida inteira... Outra pancada... Para um filho! Se sacrifica! Mais uma pancada... Pra ele projetar uma porcaria dessa. Pancada final.

      Na mesa jaziam todas as peças do computador, totalmente desmontado para permitir a remoção de uma simples unidade de disco. Desnecessário dizer que o dia amanheceu antes que a gente terminasse todo o serviço e a devolvêssemos a seu jazigo eterno no seio daquele velho XT.

       Se você olhar em volta na sua empresa e perceber que desmontar todos os equipamentos que estão lá vai ser complicado assim, passo o telefone do velho amigo Najan. Talvez ele ainda tenha o bom e velho martelo de borracha.

                                                  (Roberto Francisco Souza – Revista Ecológico – adaptado) 
Analise as assertivas a seguir:

I – Em “Corriam os idos dos anos noventa." e “descobre-se rapidamente três grandes..." as palavras sublinhadas são numerais cardinais.

II – No trecho “... e compilando os programas para gravar..." a forma verbal “compilando" está no particípio.

III – Em “...algum outro merecido prazer da cidade maravilhosa." o adjetivo “maravilhosa" qualifica o substantivo “cidade".

IV – Na frase “Paga escola a vida inteira..." não há exemplo de adjetivo.

Estão corretas: 
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Q616911 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 

                                        Pitangueira inspiradora 

      As árvores daquele bosque tornavam o residencial ainda mais atraente e harmonioso. Em pouco tempo, a pitangueira passou a mesclar o verde das folhas com vários tons de vermelho das frutinhas. Os pássaros sentiam-se em casa, como que num grande refeitório. As duas meninas, Luisa e Mariana, gostavam de brincar no bosque. Naquela manhã, sem nenhum ruído estrondoso, _________ uma fantástica ideia: colher pitangas e vender aos moradores. Colhidas as frutas, tocaram …...... campainha dos apartamentos: três pitangas por um real. Os rendimentos seriam destinados ao Projeto Mão Amiga, que _________ crianças em situação de vulnerabilidade social.

      Senti uma grande emoção quando recebi um saquinho com as moedas arrecadadas com a comercialização das pitangas. Um gesto que ultrapassou a quantidade para elevar a solidariedade. Pensei comigo: o mundo não está perdido, como alguns pensam. Quando crianças de sete anos colhem algumas frutinhas para ajudar outras crianças, em situação menos favorável, a esperança de um mundo novo deixa de ser distante e anônima. Nem os pais sabiam do incrível plano de ação fraterna. A alegria contagiou os presentes. O fato não sai da lembrança. Um aprendizado e tanto.

      Toda vez que meus olhos alcançarem uma pitangueira recordarei do doce coração das duas meninas que comercializaram pitangas, para auxiliar outras crianças em situação social desfavorável. Onde está alguém fazendo o bem, a emoção se torna incontida. Evidente que esses gestos deveriam estar multiplicados nos diversos ambientes de convivência humana. Afinal, a bondade nunca deixou de ser significativa. Talvez os humanos andaram um tanto esquecidos de tal prática. Aprender com as crianças é alcançar a essência.

      Nem todos levam jeito para comercializar pitangas. Porém, todos podem usar da criatividade que é inerente …...... bondade. Faz bem fazer o bem. Se não …...... nada para ser ofertado, ainda assim restam muitas opções: escutar quem necessita desabafar, abraçar quem já não tem motivos para continuar a caminhada, sorrir para quem foi tomado pela tristeza, acolher quem está sem rumo, amar quem nunca provou da gratuidade do amor. Antes que a pitangueira _________ novamente, é importante dar-se conta que somente um coração de criança é capaz de entender que a fraternidade é possível e que a solidariedade é um fruto encontrado em todas as estações. 

         (Frei Jaime Bettega – Jornal Correio Riograndense – 18/11/2015 – adaptado)
Leia o segmento: “... escutar quem necessita desabafar, abraçar quem já não tem motivos para continuar a caminhada, sorrir para quem foi tomado pela tristeza,...". De acordo com a gramática, os verbos em destaque estão na forma nominal denominada:
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Q614199 Português

Desmatamento no Brasil
   O Brasil tem feito grandes progressos em matéria de meio ambiente. Reduziu a extração ilegal de madeira, tem uma política ambiental severa e um sistema de alto nível para controlar esta política, mas ainda desmata uma área equivalente ao território de Israel a cada quatro anos.
     A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório para analisar o desempenho das políticas de proteção ambiental no Brasil, no qual apontou que, apesar de melhorias visíveis, o país ainda tem a maior perda de área florestal do mundo: 4.800 quilômetros quadrados, de acordo com dados de 2014.
    E uma das principais falhas de seu vasto programa ambiental é, para a OCDE, a longa brecha entre a legislação adotada e sua implementação de fato.
   “O crescimento econômico e urbano, a expansão agrícola e de infraestrutura também aumentaram o consumo de energia, o uso de recursos naturais e as pressões ambientais", aponta o relatório apresentado nesta quarta-feira, em Brasília.
     “Apesar da severa legislação ambiental, ainda há muitas lacunas na sua execução e cumprimento. No atual cenário de uma economia encolhendo, uma melhor integração dos objetivos ambientais e das políticas econômicas e setoriais ajudaria o Brasil a avançar no sentido de um desenvolvimento mais verde e mais sustentável, se assim o desejar", acrescenta o texto. 
     No entanto, este país que abriga a maior biodiversidade do planeta está longe de ser a dramática situação de 2004, quando a floresta perdeu 27.000 quilômetros quadrados de árvores. É também a nação dos BRICS com maior oferta de energia renovável e já reduziu suas emissões para níveis abaixo da meta estabelecida para 2020.
     Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura global a um máximo de 2°C desde o início da Revolução Industrial.
      O Brasil, que possui 12% da água doce do planeta, é um atorchave para um acordo bem-sucedido em Paris. Mas em meio a uma recessão econômica grave que irradia para todas as atividades, o país deve lutar para superar as barreiras estruturais, como a proliferação de organismos de controle do meio ambiente, a falta de capacitação profissional e a expansão urbana e agrícola, disse a OCDE.
(UOL Notícias, novembro de 2015) 
Assinale a opção que indica a forma verbal sublinhada que difere das demais no que diz respeito ao modo verbal.
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Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: BANESE Prova: FCC - 2012 - BANESE - Técnico Bancário |
Q611200 Português
Atenção:  A questão refere-se ao texto abaixo.

As dificuldades para conciliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental travam as grandes obras de infraestrutura. Casos emblemáticos são a usina hidrelétrica de Belo Monte, o projeto de exploração do pré-sal e portos em São Paulo, Rio e Bahia, além do Rodoanel. Muitos dos projetos sofreram modificações por causa das pressões para atender às exigências ambientais. Ainda assim, ONGs e o Ministério Público questionam as obras por causa de seus grandes impactos.
Na avaliação do economista Sergio Besserman Vianna, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a visão que opõe desenvolvimento e questões ambientais é atrasada. "Esse anacronismo não corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial." Segundo ele, a economia ancorada no desenvolvimento a qualquer custo e nos combustíveis fósseis está no começo de seu declínio, e será substituída por uma economia de baixo carbono e baseada na manutenção dos recursos naturais. "É certo que essa transição ocorrerá e sairão na frente os países que eliminarem essa visão obsoleta de que ambiente e desenvolvimento não podem conviver."

(Afra Balazina e Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, Vida, A24, 20 de fevereiro de 2011, com adaptações)
"Esse anacronismo não corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial."
Considere as afirmativas feitas a partir do segmento transcrito acima. Está INCORRETO o que consta em:
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Q610534 Português
Texto

                           Museu homenageia a língua

      O Museu de Língua Portuguesa é o único espaço do mundo totalmente dedicado a um idioma. Localizado no prédio da Estação da Luz, restaurado recentemente, no centro histórico da cidade [de São Paulo] com mais falantes de português do mundo, o museu tem como atração, exclusivamente, a língua. No primeiro andar do prédio, o museu apresenta uma exposição temporária. O segundo andar do museu tem um telão que preenche um longo corredor, onde são projetados vídeos sobre o cotidiano da língua. No centro da sala, totens luminosos destacam os principais idiomas que contribuíram para a língua tal como é falada no Brasil hoje.

                                         (Adaptado. Graziela Beting, SP, Duetto Editorial
“O Museu de Língua Portuguesa é o único espaço do mundo totalmente dedicado a um idioma. Localizado no prédio da Estação da Luz, restaurado recentemente, no centro histórico da cidade [de São Paulo] com ...".

Nesse fragmento do texto, aparecem três particípios: dedicado, localizado e restaurado.

Esses particípios referem-se, respectivamente, a 
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Q607945 Português
MEIO SÉCULO DEPOIS...
Cristovam Buarque, O Globo, 07/09/2013

    A quase totalidade dos discursos de políticos é irrelevante. São logo esquecidos. Mas, nesta semana, comemora-se em todo o mundo os 50 anos do discurso do dr. Martin Luther King em que ele disse que tinha sonhos: de que seus quatro filhos não sofreriam preconceitos por causa da cor da pele; e de que os filhos dos ex-escravos e os filhos dos ex-donos de escravos seriam capazes de sentar juntos na mesma mesa, como irmãos.
   Meio século depois, nós também temos sonhos.
   Sonhamos que um dia nenhum dos filhos do Brasil será privado de uma educação de qualidade que lhes permita entender a lógica do mundo, deslumbrar-se com suas belezas, indignar-se com suas injustiças, falar e escrever seus idiomas, ter uma profissão que lhes permita usufruir e melhorar o mundo onde vivem.
    Para isso, sonhamos fazer com que a mais pobre criança tenha, desde sua primeira infância, uma escola com a qualidade das melhores do mundo, que um dia os filhos dos trabalhadores estudarão nas escolas dos filhos de seus patrões, os filhos das favelas nas escolas dos filhos dos condomínios e, em consequência, o Brasil terá pontes em lugar de muros entre suas classes e seus espaços urbanos.
      Sonhamos que não está distante o dia em que todos os brasileiros acreditarão que isso é preciso e é possível. Deixarão de considerar o sonho como um delírio de utopista ou demagogia de político. Olharão ao redor e verão que muitos outros países já fizeram esta revolução, que chegará tardia ao Brasil, como nos chegou tardiamente a libertação dos escravos. Lembrarão que até 1863, na terra do dr. King, e, por décadas mais no Brasil, a ideia de que os negros um dia seriam livres do cativeiro era vista como estupidez. E hoje o presidente da República deles é negro.
     Sonhamos também que, acreditando nos seus sonhos, o Brasil se levantará para realizá-los. Porque o sonho não se realiza quando ele é solitário, nem tampouco quando os sonhadores continuam deitados em berço esplêndido. Só quando é de todos e todos se levantam é que ele começa a ser realidade.
“Sonhamos que um dia nenhum dos filhos do Brasil será privado de uma educação de qualidade que lhes permita entender a lógica do mundo, deslumbrar-se com suas belezas, indignar-se com suas injustiças, falar e escrever seus idiomas, ter uma profissão que lhes permita usufruir e melhorar o mundo onde vivem".

Na transformação de todas as formas verbais sublinhadas para formas nominais, a única que é inadequada é:

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Q597991 Português
Considere o trecho: “Pense na situação em que você deseja (ou é mais relevante para você) ser feliz. E não se esqueça: não desmereça os sentimentos negativos.” (linhas 25 e 26). Nele, predomina
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Q597855 Português
O que é (e o que não é) sustentabilidade
ODED GRAJEW

Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo. Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível.

GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S.Paulo. São Paulo, 7 maio 2013.
“Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões ambientais." (2º parágrafo)
Na passagem em análise, a forma verbal destacada é CORRETAMENTE substituída por
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Q597850 Português
O que é (e o que não é) sustentabilidade
ODED GRAJEW

Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo. Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível.

GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S.Paulo. São Paulo, 7 maio 2013.
“Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação." (15º parágrafo)
No período em análise, a locução verbal “temos solapado" indica
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Q597100 Português
Texto para responder à questão.

Atenção ao Sábado

    Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
    No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
   Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
   De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
    Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
    No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
    Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
    Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
    Domingo de manhã também é a rosa da semana.
    Não é propriamente rosa que eu quero dizer. ]

LISPECTOR, Clarice. Para não Esquecer. São Paulo: Editora Siciliano, 1992. 
O verbo em destaque, no trecho “antes do vento espantado PODER recomeçar", está corretamente classificado em: 
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Q591606 Português
                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>
Considere a passagem “A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização". É correto dizer que:
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Q589014 Português
      Texto: A civilização contra o porrete

      Recentemente, a 20 quilômetros da cidade de Frankfurt, Alemanha, pesquisadores encontraram um sítio arqueológico de sete mil anos, onde uma aldeia inteira teria sido exterminada por vizinhos inimigos enquanto dormia. Além dos golpes fatais na cabeça de cada um, havia, nesses restos mortais, sinais de torturas variadas espalhados pelos corpos das vítimas. Para começar, todos tinham as pernas quebradas, provavelmente para que não pudessem escapar à tortura.

      Como os agrupamentos humanos do neolítico não passavam de algumas dezenas de pessoas, o número de mortos massacrados a porrete, incluindo crianças, seria equivalente a algo em torno de 40 milhões de brasileiros, se sofrêssemos hoje um ataque das mesmas proporções. Diante disso, Hiroshima e Nagasaki não teriam passado de um entrevero desimportante, sem maiores pretensões e consequências.

      Não deve ser, portanto, verdade que o homem nasce bom e se torna mau, que nasce puro e a sociedade o corrompe com seus hábitos, com seu desenvolvimento e progresso. Mesmo que não existisse o semelhante, o homem encontraria onde exprimir sua violência. O bon sauvage que Jean-Jacques Rousseau, um precursor da democracia moderna, anunciou no século XVIII, nunca existiu. O homem sempre foi violento e essa violência nunca foi provocada apenas por necessidades incontroláveis como a fome. Na verdade, a violência apenas como fruto de necessidades é, ao contrário, uma característica dos outros animais.

      A violência é uma perversão da natureza humana. Ela está na origem da espécie, em sua luta pela sobrevivência, mas também no desejo de se impor ao outro. O homem é, por exemplo, o único animal capaz de torturar um seu igual, o único a fazer da violência uma manifestação cultural.

      Grande parte dos crimes cometidos em nossas ruas é provocada por um desejo incontrolável produzido por nós mesmos, sem que a vítima tenha nada a ver com isso. Na maior parte das vezes, esse desejo tem origem em nosso exibicionismo, na necessidade de conquistarmos o que o outro já tem, fruto da propaganda que nos fala todo dia das maravilhas que não estão a nosso alcance. Só a educação pode evitar essa prática criminosa do desejo. Ou a civilização.

      A civilização, ao contrário do que certos naturistas querem, inclusive alguns pais do Iluminismo, como o próprio Rousseau, é um conjunto de arranjos impostos às relações humanas para evitar a inevitável violência que não temos individualmente forças para conter. É como se fossem regras restritivas e sucessivas, criadas pela consciência humana por medo de sua própria violência. Um jeito de conviver com seu semelhante, sem necessidade de se impor pelo porrete.

      É provável que nunca consigamos extinguir a violência entre os homens; mas essa fatalidade não justifica sermos solidários ou mesmo complacentes com ela. O papel da civilização será sempre o de domesticar a violência, criar condições para que ela não seja admissível e muito menos indispensável, seja na forma de guerras coletivas, seja na de conflitos individuais. Nenhum de seus formatos é justo, mesmo que exercido em nome de ideologias, de programas políticos, de lutas pelo poder. Se as ideias exigem violência para se concretizarem, elas devem estar erradas.

                                                                 Cacá Diegues. O Globo, 30/08/2015. Fragmento.
Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/a-civilizacao-contra-porrete-17344948#ixzz3kiZVuJ3E 
“sem necessidade de se impor pelo porrete". O verbo em destaque encontra-se na forma nominal do infinitivo. Segundo as normas gramaticais para a língua padrão, essa mesma forma preenche corretamente a lacuna existente em:
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Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2015 - MGS - Nível Fundamental Incompleto |
Q587546 Português

Texto II

Meninos

Sentado à soleira da porta

Menino triste

Que nunca leu Júlio Verne

Menino que não joga bilboquê

Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda

Rodando na bicicleta

O mar autônomo sem fim

É triste a luta das classes.

                        (Murilo Mendes)

Vocabulário:

Júlio Verne - importante escritor francês do século XIX bilboquê - tipo de brinquedo 

Dentre as palavras destacadas abaixo, retiradas do poema, apenas uma NÃO é substantivo. Assinale-a.
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Ano: 2015 Banca: NUCEPE Órgão: SEDUC-PI Prova: NUCEPE - 2015 - SEDUC-PI - Professor |
Q587454 Português
O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

   Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura significa compreender o trabalho como princípio educativo, o que não significa “aprender fazendo”, nem é sinônimo de formar para o exercício do trabalho. Considerar o trabalho como princípio educativo equivale dizer que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso, se apropria dela e pode transformá-la. Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira mediação entre o homem e a realidade material e social.
   O trabalho também se constitui como prática econômica, obviamente porque nós garantimos nossa existência, produzindo riquezas e satisfazendo necessidades. Na sociedade moderna a relação econômica vai se tornando fundamento da profissionalização. Mas sob a perspectiva da integração entre
trabalho, ciência e cultura, a profissionalização se opõe à simples formação para o mercado de trabalho. Antes, ela incorpora valores ético-políticos e conteúdos históricos e científicos que caracterizam a práxis humana.
   Portanto, formar profissionalmente não é preparar exclusivamente para o exercício do trabalho, mas é proporcionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades modernas, com as suas conquistas e os seus reveses, e também habilitar as pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões, sem nunca se esgotar a elas.
(DOCUMENTO BASE Brasília/2007. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO.
http://portal.mec.gov.br/. Acesso em 8.11.2015)
O trecho que NÃO apresenta, no destaque, verbo em uma das suas formas nominais é
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Respostas
481: C
482: B
483: A
484: A
485: B
486: C
487: B
488: C
489: E
490: B
491: A
492: C
493: B
494: B
495: A
496: E
497: C
498: C
499: A
500: D