Questões de Concurso Sobre gêneros textuais em português

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Q3245883 Português
A QUESTÃO SE REFERE AO TEXTO A SEGUIR.

Presos na telinha

Estudos de imagem revelam dados preocupantes, especialmente para um cérebro em desenvolvimento: o excesso de exposição às telas está associado à redução de matéria branca e cinzenta do órgão. A internet está encolhendo cérebros

Paloma Oliveto | 12/02/25

    No início dos anos 1980, a TV a cabo se popularizou nos Estados Unidos. Com o aumento da grade de programação, um novo medo foi desbloqueado entre a classe média: o da televisão "abduzir" crianças e adolescentes. Não a1 toa, é exatamente o que acontece em um dos filmes de terror de maior sucesso da época, Poltergeist (1982), no qual a menininha Caroline é literalmente sugada pelo aparelho.

    Se, na obra escrita e produzida por Steven Spielberg, são fantasmas que puxam a protagonista-mirim para dentro da tela, na realidade, os pais temiam perder os filhos para o excesso de canais. De fato, a oferta excessiva de programas mudou a dinâmica das famílias.

  Diversos estudos exploraram o impacto negativo da TV em aspectos do comportamento infantojuvenil, incluindo maus hábitos alimentares, sedentarismo, redução de atividades sociais e queda no interesse pelos estudos. Além disso, pesquisas de longo prazo não só nos Estados Unidos atestaram redução na leitura e na pontuação em testes cognitivos.

   Mas mesmo quem cresceu com a "babá eletrônica" não estava preparado para o fenômeno que viria assombrar os pais décadas depois. O verdadeiro Poltergeist não viria da telona, mas da microtela dos smartphones, de onde 96% dos usuários de internet acessam a rede de computadores (dados do DataReportal).

   Agora, não estamos mais falando de um punhado de canais de televisão, mas de um conteúdo infinito disponível em qualquer lugar, 24 horas por dia. Adolescentes passam, em média, nove horas conectados, um número conservador, considerando que as pesquisas sobre o tema trabalham, geralmente, com autorrelato.

  Em um artigo para o site The Conversation, psiquiatras da Universidade Estadual de Wayne calcularam que, se uma pessoa passa "apenas" 50 horas por semana conectada entre os 13 e 18 anos, no fim, terá dedicado as2 telas mais do que os 12 anos passados na escola. Essa "graduação" on-line cobra seu preço: em todas as partes do mundo, independentemente da renda familiar, as estatísticas de ansiedade e de depressão entre crianças dispararam. Estudos de imagem revelam dados preocupantes, especialmente para um cérebro em desenvolvimento: o excesso de exposição as3 telas está associado a4 redução de matéria branca e cinzenta do órgão. A internet está encolhendo cérebros.

   Assim como na televisão, nem tudo é lixo na rede. Nos anos 1970, uma pesquisa constatou que crianças que assistiam a5 Vila Sésamo tinham um nível de letramento superior — 80% do programa era de conteúdo educativo. Agora, um estudo recente também encontrou ganhos cognitivos entre meninos e meninas que acessam, como os pais, conteúdos de qualidade.

  O problema é que, se na época de ouro da televisão, bastava desligar o botão para limitar a exposição, hoje, a não ser que os celulares sejam confiscados e trancafiados, é impossível fazer esse controle.

   Em Poltergeist, com a ajuda de orações, a família de Caroline consegue expulsar os espíritos que puxavam a menina para dentro da tela. Agora, talvez precisemos de um exorcismo para arrancar as crianças de lá.

Paloma Oliveto (Repórter sênior) - Formada na Universidade de Brasília, é especializada na cobertura de ciência e saúde há mais de uma década. Entre as premiações recebidas, estão primeiro lugar no Grande Prêmio Ayrton Senna e menção honrosa no Prêmio Esso. 

OLIVETO, Paloma. Presos na telinha. Correio Braziliense, 13 de fevereiro de 2025. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/02/7058174-presos-na-telinha.html. Acesso em: 13 fev. 2025. Adaptado para esta avaliação.
Analisando-se suas características de forma e de conteúdo, é possível afirmar que o texto apresentado constitui um exemplar do gênero
Alternativas
Q3238403 Português
Texto I.


Mensagem Publicitária

Atrás de cada criatura do universo existe um segredo muito simples: todas as espécies trabalham para proteger o nosso meio ambiente.

O colibri é um pequeno exemplo da colaboração dos pássaros nessa tarefa. Ele é um importante agente polinizador. Voando a uma velocidade de quase 50Km por hora, cada espécie de beija-flor visita uma grande quantidade de flores em busca de néctar e insetos.

Essa ave presta também um grande serviço à medicina. Sem a sua ajuda as lobeliáceas não se poderiam reproduzir. Dessa planta de belíssimas flores azuis se extrai a lobelina, usada como ressuscitador na insuficiência respiratória e no colapso periférico.

Entre os colibris há um gênero que se alimenta dos insetos transmissores da malária e febre amarela, desenvolvendo um combate biológico muito mais eficiente do que qualquer agente químico até hoje conhecido. Nos laboratórios, os beija-flores têm prestado relevantes serviços às pesquisas das doenças cardíacas e hepáticas.

Ajudando o homem nos estudos científicos ou trabalhando em liberdade na floresta, o pequeno beija-flor nos mostra a importância desta verdade: proteger a natureza é garantir o futuro.


Grupo Comind. 1977.  
Entre os textos a seguir, assinale aquele que pertence ao gênero narrativo.
Alternativas
Q3224028 Português
Texto I


Os riscos de normalizar o que é anormal (e como não ficar insensível)

A presença contínua de más notícias na tela pode fazer com que elas percam o significado

(Amanda Ruggeri, BBC Future)


Quando alguém fala em "normalizar" alguma coisa em 2024, geralmente é com sentido positivo.

Nas redes sociais e fora delas, tenho visto convocações para normalizar de tudo, desde o corpo das mães após o parto até conversar sobre a saúde mental no trabalho. A ideia, é claro, é romper esses tabus, que podem ser inúteis e até perigosos.

Mas existe outro tipo de normalização, que muitas pessoas não conhecem. Ela é menos consciente e mais perniciosa. E pode ser prejudicial.

É a normalização de tendências, situações e eventos que, na verdade, não deveriam ser considerados nada "normais". Ela pode também ser chamada de "dessensibilização" ou "habituação".

Os trágicos eventos verificados no início dos conflitos eram fatos novos e inesperados. Esses eventos chamam a atenção da mente, como sabem os psicólogos.

O tempo passou, a cobertura da imprensa continua, mas esses eventos já ocupam menos espaço nas manchetes em muitos países. E também não aparecem com a mesma frequência nas conversas.

Infelizmente, as pesquisas indicam que, quando uma guerra dura meses ou anos, cada semana de combate causa menos impacto do que a semana anterior.

E essa dessensibilização também se aplica à nossa vida diária.

Os jovens das cidades que crescem lado a lado com a violência, por exemplo, têm maior propensão a acabar pensando que a violência é normal. E as pessoas expressaram mais ansiedade com a covid quando a contagem de mortos era baixa, do que quando o número de vítimas fatais atingiu centenas de milhares de pessoas.

[...]

Em outras palavras, basta sermos expostos a qualquer coisa por tempo suficiente e aquilo estará normalizado. Mesmo se for algo ruim.

É claro que existem vantagens nesse processo. Até certo ponto, os seres humanos precisam se adaptar a novas circunstâncias e situações, não importa o quanto elas sejam difíceis.

Nossa espécie provavelmente não teria ido muito longe se tivéssemos permanecido em um estado perpétuo de choque e ansiedade – ou, pelo menos, não teria desenvolvido a capacidade emocional de imaginar, criar e resolver problemas. Mas também existem armadilhas muito claras.

[...]


(Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/05/osriscos-de-normalizar-o-que-e-anormal-e-como-nao-ficar-insensivel.shtml. Acesso em 5 de dezembro de 2024)
No segundo parágrafo, fala-se em normalizar conversas sobre “a saúde mental no trabalho”. Considerando que uma empresa desenvolvesse um programa para tratar desse assunto, ela usaria um ato de correspondência oficial, com texto idêntico e vários destinatários transmitindo instruções. Assinale a alternativa que apresenta a denominação desse ato. 
Alternativas
Q3220358 Português
É um gênero textual narrativo, geralmente curto, que conta uma história engraçada ou curiosa, muitas vezes com um desfecho inesperado. Ela tem um tom humorístico e pode ser baseada em fatos reais ou fictícios.
Estamos nos referindo à(ao):
Alternativas
Q3219846 Português
Texto IV- A relação entre consumo de água e energia com a inteligência artificial

Fonte: LEME, Mariane A relação entre consumo de água e energia com a inteligência artificial. Disponível em: https://agua.org.br/blog/a-relacao-entre-consumode-agua-e-energia-com-a-inteligencia-artificial/.Acesso em: 24 set 2024.
Quanto à sua composição, estrutura e finalidade, o texto lido pode ser classificado como:
Alternativas
Q3219068 Português

Regulamentação da Polícia Penal – Desafios de Ontem e de Hoje

João Vitor Rodrigues Loureiro* 







Com relação aos gêneros textuais, o texto elaborado por João Vitor Rodrigues Loureiro pertence ao gênero
Alternativas
Q3218945 Português
Leia o Texto 2 para responder à questão.

TEXTO 2

Captura_de tela 2025-02-27 105100.png (462×651)


Fonte: <https://insvsaude.org/novembro-azul-cuidar-da-saude-tambem-e-coisa-de-homem/>. Acesso em: 10 dez. 2024.
Sob o ponto de vista dos gêneros textuais, o Texto 2 é classificado como:
Alternativas
Q3218565 Português
Leia o texto abaixo e analise suas características:

Informamos a todos os servidores que, devido à manutenção na rede elétrica, o expediente será suspenso a próxima sexta-feira, dia 15 de novembro. Pedimos que cada setor ajuste seu planejamento conforme necessário.
Atenciosamente,
Administração Geral.

Com base nas características do texto, é CORRETO afirmar que ele pertence ao gênero textual: 
Alternativas
Q3217356 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão: 


Você é um envelhescente? 


    Se você tem entre 55 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.


    Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 55 e os 70), existe a envelhescência.


    A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:


    – Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?

 

   – Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.


    – Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.


    – Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos… – Os adolescentes não têm ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.


    – Ninguém entende os adolescentes… Ninguém entende os envelhescentes…


    Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.


    – Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.


    – Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. Ninguém me entende é uma frase típica de envelhescentes.


    – Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.


    – O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.


    – Ambos adoram deitar e acordar tarde.


    – O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).


    – O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.

 

   – Ambos bebem escondidos.


    – Os adolescentes fumam maconha escondidos dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.


    – O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está

mentindo.

 

   – A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 55 aos 70. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.


    – Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:

 

   – É um eterno envelhescente! Que bom.


Mario Prata

    Em virtude de seu caráter mais informal, é comum observar no gênero textual ao qual pertence “Você é um evelhescente?”, pequenos desvios gramaticais típicos da oralidade, como uma espécie de licença poética, que aproxima a linguagem de seu hipotético interlocutor. Observe o excerto abaixo e assinale a alternativa que explique de forma adequada a inadequação às regras gramaticais presente neste:


Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.


Alternativas:

Alternativas
Q3217354 Português

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão: 


Você é um envelhescente? 


    Se você tem entre 55 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.


    Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 55 e os 70), existe a envelhescência.


    A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:


    – Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?

 

   – Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.


    – Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.


    – Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos… – Os adolescentes não têm ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.


    – Ninguém entende os adolescentes… Ninguém entende os envelhescentes…


    Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.


    – Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.


    – Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. Ninguém me entende é uma frase típica de envelhescentes.


    – Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.


    – O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.


    – Ambos adoram deitar e acordar tarde.


    – O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).


    – O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.

 

   – Ambos bebem escondidos.


    – Os adolescentes fumam maconha escondidos dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.


    – O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está

mentindo.

 

   – A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 55 aos 70. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.


    – Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:

 

   – É um eterno envelhescente! Que bom.


Mario Prata

    O texto acima, de autoria do escritor Mario Prata, tem em sua essência comentários irônicos a respeito de um aspecto da sociedade contemporânea. Em virtude disso, o texto em questão é um exemplo do gênero:
Alternativas
Q3216734 Português
A pescaria

    O Jorge era, apesar de boêmio, um bom chefe de família. A sua mulher, que lhe sabia cavalheiro e bom marido, não se importava absolutamente com as suas extravagâncias. Eles viviam na maior paz e harmonia. Chegasse ele às dez, às onze ou às quatro horas da madrugada, a recepção era a mais cordial possível.
    Um dia pela semana santa, isto é, na quinta-feira da Paixão, Jorge chegou em casa e disse à mulher:
    – Eugênia, amanhã vou pescar e você me acorde cedo.
    Dona Eugênia recebeu a recomendação com todo o carinho e, no dia seguinte, logo pela manhã, pela madrugada, despertou o marido.
    Em chegando ao primeiro botequim, porém, abancou e pôs-se a beber. Comer e beber, a questão é começar; e ele tinha começado e continuou.
    Quando chegou aí pelo meio-dia, lembrou-se da pescaria que tinha prometido à mulher.
    – Como havia de ser? pensou ele de si para si.
    A canoa e os companheiros já deviam ter partido, e precisava levar os peixes.
    Entrou em uma confeitaria e comprou camarões, postas de peixe, siris, ostras, etc.
    Tomou o bonde e foi para casa. Entregou os embrulhos à mulher e foi dormir, tão cansado estava da pescaria. Às cinco horas, Dona Eugênia veio-lhe despertar.
    – Jorge! Jorge! Vem jantar.
    Ele ergueu-se e foi para a sala de refeições. Quando lá chegou e viu aqueles primores de confeitaria, perguntou à mulher:
    – Que diabo é isso? Estamos em piquenique?
    A mulher acudiu:
    – Isto é a pescaria que tu fizeste!

(Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/14915/a-pescaria. Acesso em: janeiro de 2024.)
A crônica é um gênero textual que combina reflexão, observação e prosa, com o objetivo de apresentar uma ideia ou percepção da realidade. É um texto curto, geralmente publicado em jornais, revistas ou blogs. Com base na interpretação da crônica “A pescaria”, é correto afirmar que:
Alternativas
Q3213205 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão:

    A obra musical "Admirável Chip Novo", da cantora Pitty, retrata a manipulação das ações humanas em razão do uso das tecnologias, que findam por influenciar o comportamento dos indivíduos. Não obstante, tal questão transcende a arte e mostra-se presente na realidade brasileira através da filtragem de dados na internet e sua utilização como ferramenta de determinação de atitudes, consequência direta do interesse do mercado globalizado e da vulnerabilidade dos usuários. Assim, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
    Convém ressaltar, a princípio, o estabelecimento do comércio virtual e sua contribuição para a continuidade da problemática. Quanto a esse fator, é válido considerar a alta capacidade publicitária da web, bem como sua consolidação enquanto espaço mercantil - possibilitador de compra e venda de produtos. Sob esse aspecto, o célebre geógrafo, Milton Santos, afirma a existência de relação entre o desenvolvimento técnico-científico e as demandas da globalização, justificando, assim, a constante oferta de conteúdos culturais e comerciais que podem ser adquiridos pelos usuários, de modo a fortalecer o mercado mundial e o capitalismo.
    Paralelo a isso, a imperícia social vinculada ao déficit em letramento digital fomenta a perpetuação do impasse. Nesse viés, as instituições educacionais ainda não são eficazes na educação tecnológica, por não contarem com estrutura profissional e material voltado ao tema. Ademais, a formação de indivíduos vulneráveis possibilita a ação do mecanismo que pode transformar comportamentos, tornando-os passíveis de alienação. Essa conjuntura contraria o Estado proposto pelo filósofo John Locke - assegurador de liberdade -, gerando falsa sensação de autonomia e expondo internautas a um ambiente não transparente, em que decisões são previamente programadas por outrem.
    Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave abordado. Posto isso, concerne ao Estado, mediante os Ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia, a criação de um plano educacional que vise a elucidar a população quanto aos riscos da navegação na rede e à necessidade de adaptação aos novos instrumentos digitais. Tal projeto deve ser instrumentalizado na oferta de aparelhos tecnológicos às escolas, para a promoção de palestras e aulas práticas sobre o uso da tecnologia, mediadas por técnicos e professores da área, objetivando a qualificação dos usuários e a prevenção de casos de manipulação de atitudes. Dessa maneira, o Brasil poderá garantir a liberdade de seus cidadãos e o Estado lockeano poderá ser consolidado.

(Rylla Lídice Varela de Melo, 19 anos, de Ipanguaçu/RN)
Que gênero predomina no texto acima, ao se analisar cada uma de suas partes?
Alternativas
Q3212204 Português
Para parar de fumar
Revista Pesquisa FAPESP


Em julho de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a primeira diretriz para atender quem deseja parar de fumar cigarros, narguilés, charutos e tabaco de enrolar: cerca de 750 milhões de pessoas no mundo, a maioria sem acesso a serviços de apoio. As recomendações da OMS incluem suporte comportamental fornecido por profissionais da saúde e tratamentos com os fármacos vareniclina, bupropiona e citisina, que reduzem o desejo por nicotina e amenizam os sintomas da abstinência. Em novembro, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido anunciou que começará a distribuir a vareniclina para ajudar cerca de 85 mil pessoas a parar de fumar e evitar até 9.500 mortes relacionadas ao tabagismo nos próximos cinco anos. O NHS registrou 400 mil internações hospitalares associadas ao tabagismo em 2022 e 2023, com gastos anuais de £ 2,5 bilhões (R$ 19 bilhões) em tratamentos para as doenças decorrentes dessa dependência. O tratamento é oferecido por meio de uma colaboração com a empresa farmacêutica Teva UK, que fornece uma nova versão genérica para o NHS. No Brasil, a venda de vareniclina foi suspensa em 2021 por causa de teores acima do permitido de um composto cancerígeno, a N-nitrosodimetilamina (OMS, 2 de julho; NHS, 12 de novembro).


Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/para-parar-de-fumar/ . Acesso em: 26 jan. 2025. Adaptado para esta avaliação.

Analisando-se sua estruturação e seu conteúdo, é possível afirmar que o texto apresentado é um exemplar do gênero 
Alternativas
Q3208495 Português
Texto II


Governo federal lança campanha Feminicídio Zero na Sapucaí

O Ministério das Mulheres lançou nesta sexta-feira (7), no Rio de Janeiro, a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí. Com a mensagem principal "nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada", peças da campanha serão expostas em diferentes espaços do Sambódromo, em painéis, faixas na avenida serão carregadas por mulheres, adesivos nas portas dos banheiros e em materiais gráficos distribuídos durante o carnaval.

A ação tem a parceria do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). As mensagens que vão chegar aos foliões lembram que o carnaval é um momento de festejar e não de assediar. [...].

"Para ter igualdade, precisamos estar vivas, inteiras, sem ser violentadas e estupradas. Acredito que é possível mudar a sociedade brasileira para que ela não seja de violência, mas de respeito às mulheres. Temos feito nossa parte com política pública e investimento em recursos. Mas só isso não basta. Cada ser humano deve entender que isso é um problema de todos. Precisamos ouvir o grito das mulheres e das crianças", disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

[...]

"A razão de estarmos aqui juntos é lembrar que nós temos que nos unir para lutar contra a violência. Feminicídio começa com vários sinais. Não podemos nos calar. E no carnaval vamos marcar fortemente essa luta, que precisa ser de todos contra o machismo e misoginia na sociedade", acrescentou Nísia.

"Nenhum tipo de violência ou assédio é normal e aceitável. Seguimos reafirmando essa luta para que toda mulher do país seja livre e respeitada. Carnaval é feito a muitas mãos por mulheres negras trabalhadoras. É uma luta que começou há muito tempo. Enquanto for normal ver mulher sendo assassinada e silenciada, a gente precisa lutar cada vez mais", disse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A prefeitura da cidade também participa das ações no carnaval e vê a festa como uma oportunidade de aumentar o engajamento da sociedade com a pauta.

"Essa violência de que falamos, aflige todas nós em algum momento da vida. Queremos promover políticas transformadoras. [...]. ” Esse ano, o sábado das campeãs cai no dia 8, o Dia Internacional da Mulher, e é mais uma oportunidade para defender essa causa e fazer uma cidade mais segura para as mulheres", disse a secretária de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro, Joyce Trindade.


Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br . Acesso em: 10/02/2025.
Sobre o gênero textual, julgue as assertivas a seguir:
( )Predomínio da linguagem denotativa.
( )A escolha vocabular possibilita múltiplas interpretações aos leitores.
( )É marcado pela impessoalidade e objetividade no texto.
( )Objetiva criticar a violência vivida pelas mulheres de forma subjetiva, apresentando opiniões femininas.
A sequência CORRETA é:
Alternativas
Q3208491 Português
Texto I




Disponível em: https://www.cnj.jus.br/. Acesso em: 09/02/25.
Assinale a alternativa que NÃO condiz com o gênero textual apresentado.
Alternativas
Q3206813 Português






Disponível em: <https://www.zinecultural.com/blog/melhores-tirinhas-da-mafalda>
Acesso em: 10/09/2024)
Nos comunicamos por códigos que podem ser tanto verbais quanto não verbais. O gênero textual “tirinha” promove interação entre essas duas linguagens, aspecto chamado de multimodalidade por Luiz Fernando Gomes (2010).
Na tirinha de Mafalda, a multimodalidade contribui para
Alternativas
Q3206163 Português

Leia o texto abaixo, para responder à questão 18.



Figura 3


Q_18.png (518×312)


Disponível em: <https://juniao.com.br/chargecartum/ilustra_artigo_thiago_historia_unica_72/> Acesso

em: 21 set.2024.



Marcuschi (2008) explora a linguagem verbal como uma das principais ferramentas de comunicação e construção de sentido, destacando sua importância nos contextos de usos dos gêneros textuais. 


A partir de uma análise da charge, qual alternativa melhor explica a função da linguagem verbal escrita?


Alternativas
Q3206152 Português
Os gêneros textuais exercem uma função primordial no desenvolvimento das competências de leitura e escrita no contexto educacional. Eles são utilizados como instrumentos mediadores do ensino de diferentes tópicos, além de promoverem a interação social.

Conforme Marquesi, Pauliukonis e Elias (2017), os gêneros digitais têm um papel crucial no ambiente escolar, uma vez que
Alternativas
Q3205381 Português
Leia o texto para responder à questão.


Esse poema é para quem?


As aparências enganam. Sempre existe a nudez da verdade por baixo das casualidades


Publicado em 17 de novembro de 2023 | Por Fabrício Carpinejar


O ciúme é falar sem pensar. É falhar sem pensar.


    Se você tivesse se reservado o direito de meditar por alguns minutos, chegaria à conclusão de que não há nada de comprometedor no comportamento do outro

    As aparências enganam. Sempre existe a nudez da verdade por baixo das casualidades.

    Eu diria até que o ciúme é mais preventivo do que real. Você o usa para sondar, para avisar, para advertir, nem tem aquela pretensão toda de desmascarar alguém.

    Eu sinto ciúme, minha esposa sente ciúme. Tentamos controlar o nosso radar para não culminar na chatice da possessividade e na arbitrariedade do controle. 

    Já protagonizei cenas em que falei algo e me arrependi de ter duvidado de Beatriz. Foi bobagem da minha parte sob o pretexto de preocupação e receio quanto à segurança. Antes — hoje confesso com vergonha — achava um perigo ela ir sozinha a uma roda de samba. Como se ela não pudesse se defender. Como se ela fosse minha filha menor de idade. Só faltava recomendar não beber.

    O melhor ciúme é o que se mostra mesmo infundado, o que deixa o ciumento com cara de detetive fracassado e renova a lealdade entre o casal.

    Minha esposa encontrou uma folha com a minha letra em cima da mesa.

Estava escrito:

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

    A ausência é um estar em mim.

    E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim”.

    E logo veio me questionar, brandindo a folha, sobre para quem eu tinha feito aquele poema lindo.

Já chegou chutando a porta:

    — Espero que não tenha sido para nenhuma ex!

    Ela pensava que eu estava tendo uma recaída. Não tinha cabimento. Escorpianos não têm recaídas. São vingativos, ora bolas. Quando esquecem uma pessoa, enterram-na para sempre.

    Fiz cara de culpado para criar suspense — não sou bobo de perder essa chance de ter razão, são momentos raros no meu relacionamento — e respondi:

    — Foi um sentimento sincero. Não podemos censurar. Trata-se de uma saudade violenta.

Ela se mostrava contrariada:

— Tá confessando, então…

Antes que apanhasse sem concluir a história, larguei uma charada:

    — Mas acho que será difícil descobrir de quem o poema fala.

Ela ficou intrigada:

— __________?

Eu esclareci:

    — Pois a pessoa que escreveu está morta. É um poema de Carlos Drummond de Andrade.

    — Da próxima vez que sentir ciúme, saiba com quem está casada. Eu não escrevo tão bem.


CARPINEJAR, Fabrício. Esse poema é para quem? O Tempo, 17 de novembro de 2023. Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/essepoema-e-para-quem-1.3275457. Acesso em: 10 jan. 2024. Adaptado.
Analisando-se o conteúdo e a forma do texto apresentado, pode-se afirmar que ele é um exemplar do gênero textual
Alternativas
Q3203740 Português
Assinale a alternativa que não representa um gênero textual:
Alternativas
Respostas
21: C
22: C
23: D
24: E
25: E
26: B
27: A
28: B
29: C
30: D
31: E
32: C
33: D
34: D
35: C
36: A
37: B
38: B
39: E
40: D