Questões de Concurso Sobre gêneros textuais em português

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Q3042975 Português
Julgue o item a seguir. 

O tipo de texto conhecido como argumentação é aquele que visa defender uma opinião. Essa é a principal característica do gênero argumentativo. Nesta forma, manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste ou conclusão e sua finalidade é defender uma ideia, seja ela qual for.
Alternativas
Q3042962 Português
Julgue o item a seguir. 

O gênero textual descritivo é utilizado para representar detalhadamente pessoas, lugares, objetos ou eventos, transmitindo informações sensoriais e visuais para criar uma imagem vívida na mente dos leitores. 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Ibatiba - ES Provas: IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Matemática | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Atendimento Educacional Especializado na Área de Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo) - PEB AF ou PEB AI | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Atendimento Educacional Especializado na Área de Deficiência Mental/Intelectual - PEB AF ou PEB AI | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Atendimento Educacional Especializado na Área de Deficiência Visual - PEB AF ou PEB AI | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Atendimento Educacional Especializado na Área de Deficiência Auditiva - PEB AF ou PEB AI | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Educação Física | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Arte | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Inglês | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Geografia | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - História | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Ciências | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Língua Portuguesa | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Pedagogo | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor da Educação Básica dos Anos Finais - Não Habilitado (PEB-NM) | IBADE - 2023 - Prefeitura de Ibatiba - ES - Professor PEB - AF - Ensino Religioso |
Q3039914 Português

8 BILHÕES DE PESSOAS, UMA HUMANIDADE.

Assuntos da ONU

13 nov. 2022


Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fala sobre chegada da população mundial a oito bilhões em meados de novembro/22.


A população mundial chegará a oito bilhões em meados de novembro – resultado dos avanços científicos e das melhorias na alimentação, na saúde pública e no saneamento. No entanto, à medida que a nossa família humana cresce, está também cada vez mais dividida.

Bilhões de pessoas estão em dificuldades; centenas de milhões passam fome ou estão até subnutridas. Um número recorde de pessoas procura oportunidades, o alívio de dívidas e de dificuldades, das guerras e dos desastres climáticos.

Se não reduzirmos o enorme fosso entre os que têm e os que não têm, estaremos construindo um mundo de oito bilhões de pessoas repleto de tensões, desconfiança, crises e conflitos.

Os fatos falam por si só. Um pequeno grupo de bilionários possui a mesma riqueza que a metade mais pobre da população mundial. Os que estão entre os 1% mais ricos do mundo detêm um quinto do rendimento mundial. As pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres. À medida que o mundo se tornou mais rico e saudável nas últimas décadas, essas desigualdades também se agravaram.

Além dessas tendências de longo prazo, a aceleração da crise climática e a recuperação desigual da pandemia de COVID19 aumentam as desigualdades. Estamos na direção de uma catástrofe climática, com as emissões e as temperaturas em contínuo crescimento. Inundações, tempestades e secas estão devastando países que em quase nada contribuíram para o aquecimento global.

A guerra na Ucrânia agrava as atuais crises alimentar, energética e financeira, que atingem mais duramente as economias em desenvolvimento. Estas desigualdades têm um maior impacto nas mulheres e nas meninas e em grupos marginalizados que já são discriminados.

Muitos países do sul global enfrentam enormes dívidas, o agravamento da pobreza e da fome e os impactos crescentes da crise climática, tendo poucas oportunidades de investir numa recuperação sustentável da pandemia, na transição para as energias renováveis ou na educação e formação para a era digital. [...]

As divisões tóxicas e a falta de confiança causam atrasos e impasses numa série de questões, do desarmamento nuclear ao terrorismo, passando pela saúde. Devemos frear estas tendências prejudiciais, curar relações e encontrar soluções conjuntas para os nossos desafios comuns.

O primeiro passo passa por reconhecer que essas desigualdades desenfreadas são uma escolha que os países desenvolvidos têm a responsabilidade de reverter – já a partir deste mês na Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), no Egito, e na Cúpula do G20, em Bali. Espero que a COP27 resulte em um Pacto de Solidariedade Climática histórico sob o qual as economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum e combinem as suas capacidades e recursos para o benefício da humanidade. Os países mais ricos devem dar apoio financeiro e técnico às principais economias emergentes para a transição dos combustíveis fósseis. Esta é a nossa única esperança para cumprir as nossas metas climáticas.

Também apelo aos líderes da COP27 que cheguem a um acordo sobre um modelo de compensação aos países do sul global pelas perdas e os danos relacionados com o clima que já causam um enorme sofrimento.

A Cúpula do G20, em Bali, será uma oportunidade para abordar a situação dos países em desenvolvimento. Pedi às economias do G20 que adotem um pacote de estímulos que proporcionará aos governos do sul global investimentos e liquidez, e ajudará a aliviar e a reestruturar as suas dívidas.

Enquanto pressionamos, para que estas medidas de médio prazo sejam implementadas, estamos também trabalhando sem parar com todas as partes interessadas para impedir a crise mundial de alimentos. [...]

No entanto, entre todos estes sérios desafios, há também algumas boas notícias. O nosso mundo de oito bilhões de pessoas pode gerar enormes oportunidades para alguns dos países mais pobres, onde o crescimento populacional é mais elevado.

[...] Acredito no talento da humanidade e tenho uma enorme fé na solidariedade humana. Nestes tempos difíceis, seria bom lembrarmos as palavras de um dos observadores mais sábios da humanidade, Mahatma Gandhi: “O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos – mas não para a ganância de todos”.

Os grandes encontros mundiais deste mês devem ser uma oportunidade para começar a reduzir as divisões e a restaurar a confiança, com base na igualdade de direitos e de liberdades de cada membro desta forte família humana de oito bilhões de pessoas.


Adaptado

https://news.un.org

Após análise das principais características do texto lido, podemos classificá-lo quanto ao gênero em:
Alternativas
Q3039769 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


8 BILHÕES DE PESSOAS, UMA HUMANIDADE.
Assuntos da ONU
13 nov. 2022

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fala sobre chegada da população mundial a oito bilhões em meados de novembro/22.

A população mundial chegará a oito bilhões em meados de novembro – resultado dos avanços científicos e das melhorias na alimentação, na saúde pública e no saneamento. No entanto, à medida que a nossa família humana cresce, está também cada vez mais dividida.

Bilhões de pessoas estão em dificuldades; centenas de milhões passam fome ou estão até subnutridas. Um número recorde de pessoas procura oportunidades, o alívio de dívidas e de dificuldades, das guerras e dos desastres climáticos.

Se não reduzirmos o enorme fosso entre os que têm e os que não têm, estaremos construindo um mundo de oito bilhões de pessoas repleto de tensões, desconfiança, crises e conflitos.
Os fatos falam por si só. Um pequeno grupo de bilionários possui a mesma riqueza que a metade mais pobre da população mundial. Os que estão entre os 1% mais ricos do mundo detêm um quinto do rendimento mundial. As pessoas nos países mais ricos podem viver até 30 anos a mais do que nos países mais pobres. À medida que o mundo se tornou mais rico e saudável nas últimas décadas, essas desigualdades também se agravaram.

Além dessas tendências de longo prazo, a aceleração da crise climática e a recuperação desigual da pandemia de COVID19 aumentam as desigualdades. Estamos na direção de uma catástrofe climática, com as emissões e as temperaturas em contínuo crescimento. Inundações, tempestades e secas estão devastando países que em quase nada contribuíram para o aquecimento global.

A guerra na Ucrânia agrava as atuais crises alimentar, energética e financeira, que atingem mais duramente as economias em desenvolvimento. Estas desigualdades têm um maior impacto nas mulheres e nas meninas e em grupos marginalizados que já são discriminados. Muitos países do sul global enfrentam enormes dívidas, o agravamento da pobreza e da fome e os impactos crescentes da crise climática, tendo poucas oportunidades de investir numa recuperação sustentável da pandemia, na transição para as energias renováveis ou na educação e formação para a era digital. [...]

As divisões tóxicas e a falta de confiança causam atrasos e impasses numa série de questões, do desarmamento nuclear ao terrorismo, passando pela saúde. Devemos frear estas tendências prejudiciais, curar relações e encontrar soluções conjuntas para os nossos desafios comuns.

O primeiro passo passa por reconhecer que essas desigualdades desenfreadas são uma escolha que os países desenvolvidos têm a responsabilidade de reverter – já a partir deste mês na Conferência sobre as Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), no Egito, e na Cúpula do G20, em Bali. Espero que a COP27 resulte em um Pacto de Solidariedade Climática histórico sob o qual as economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum e combinem as suas capacidades e recursos para o benefício da humanidade. Os países mais ricos devem dar apoio financeiro e técnico às principais economias emergentes para a transição dos combustíveis fósseis. Esta é a nossa única esperança para cumprir as nossas metas climáticas.

Também apelo aos líderes da COP27 que cheguem a um acordo sobre um modelo de compensação aos países do sul global pelas perdas e os danos relacionados com o clima que já causam um enorme sofrimento.

A Cúpula do G20, em Bali, será uma oportunidade para abordar a situação dos países em desenvolvimento. Pedi às economias do G20 que adotem um pacote de estímulos que proporcionará aos governos do sul global investimentos e liquidez, e ajudará a aliviar e a reestruturar as suas dívidas. Enquanto pressionamos, para que estas medidas de médio prazo sejam implementadas, estamos também trabalhando sem parar com todas as partes interessadas para impedir a crise mundial de alimentos. [...]

No entanto, entre todos estes sérios desafios, há também algumas boas notícias. O nosso mundo de oito bilhões de pessoas pode gerar enormes oportunidades para alguns dos países mais pobres, onde o crescimento populacional é mais elevado. [...]

Acredito no talento da humanidade e tenho uma enorme fé na solidariedade humana. Nestes tempos difíceis, seria bom lembrarmos as palavras de um dos observadores mais sábios da humanidade, Mahatma Gandhi: “O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos – mas não para a ganância de todos”.

Os grandes encontros mundiais deste mês devem ser uma oportunidade para começar a reduzir as divisões e a restaurar a confiança, com base na igualdade de direitos e de liberdades de cada membro desta forte família humana de oito bilhões de pessoas.

Adaptado
https://news.un.org
Após análise das principais características do texto lido, podemos classificá-lo quanto ao gênero em:
Alternativas
Q3037241 Português
Ciclistas versus pedestres


Quem mais desobedece às regras de trânsito é o pedestre. Este insiste em andar na ciclovia. Já tive dois acidentes de bicicleta na ciclovia. Em ambos fui atropelado pelo pedestre, mas somente eu me machuquei. Estou cansado de ver pessoas atravessando fora da faixa, no sinal vermelho e em locais proibidos.


J.C.L.S.- Rio de Janeiro—RJ, In: “Caixa Postal”, Revista Época, 5 de nov. 2012, p.14.
O trecho em questão trata-se de um depoimento pessoal, este feito por alguém que relata uma experiência. Este gênero textual fica evidente devido à seguinte estratégia linguística:
Alternativas
Q3036546 Português
FACE A FACE
Mário Viana
        Telefonar voltou à moda. Depois de uma temporada intensa de e-mails, posts, voice-mails, memes e emojis, a quarentena nos fez redescobrir o prazer de ver os amigos – nem que seja pelo distanciamento social da chamada de vídeo. Quando o rosto conhecido surge na telinha do celular, falando de verdade com você, é como se um novo mundo antigo se descortinasse.
        Chamadas de vídeo lembram as festas de Natal de nossa infância, na parte em que a madrinha chegava carregando um presente bem vistoso. Só depois de adultos é que fomos descobrir as arapucas ocultas em cada rabanada. Na infância, bastava um pacote embrulhado em papel colorido pra coisa ficar excitante.
         Em tempos de isolamentos e rostos cobertos por máscaras, tem de haver um jeito de se sentir sócio do clube. A tecnologia tem dado conta do recado, com limites. Grupos de trabalho e debates, como os dos aplicativos Zoom e Team, são ótimos pra resolver problemas e esclarecer dúvidas, mas não suprem nossa carência de humanidade.
     Como disse um amigo esta semana, os aplicativos são os terrenos onde praticamos pequenos monólogos. Dificilmente alguém interrompe quem está falando. Falta a incompletude do diálogo, que só o telefonema permite.
      Quantas frases interrompidas, quantos assuntos deixados pela metade, quantos temas que mudam como o vento! Que delícia tudo isso! Tem nada melhor que desligar e bater na testa, esqueci de falar tal coisa. Ligação boa sempre deixa um rabicho de fora, desculpa esfarrapada pra outro telefonema – que, muitas vezes, não será dado.
      Na chamada de vídeo, ninguém fica esplendoroso. O bom é que ninguém também fica assustador – exceto os casos perdidos, claro. Alguns de nós ficam sem saber pra onde dirigir o olhar e outros se atrapalham com os ruídos corporais que podem atravessar o espaço através do celular.
      Sempre checamos nossa imagem, na pequena telinha que aparece como encarte. O cabelo está bom? Não, mas é o que temos para o momento. A roupa, a voz, parece até que vamos corrigir alguma coisa. Mas quando a conversa engata, esquecemos desses detalhes bestas – assim como na vida real.
      Muitas vezes, o melhor vem no fim, quando a conversa termina. Sobra um sorriso meio bobo na cara, aquela euforia de quem passou um dia gostoso na praia. A sensação de ter vivido um momento de prazer é o melhor efeito colateral dessas microtelevisões só nossas.

Fonte: https://vianices.wordpress.com/2020/07/26/face-a-face/
Acerca do gênero textual de Face a Face, pode-se afirmar: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: INAZ do Pará Órgão: Prefeitura de Barrolândia - TO Provas: INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Auditor Fiscal | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Assessor Jurídico | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Assistente Social | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Biomédico | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Contador | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Coordenador Pedagógico II | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Educador Físico | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Fisioterapeuta | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Médico | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Nutricionista | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Odontólogo | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Pedagogo | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Professor de Educação Física | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Professor P-II | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Psicólogo | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Psicopedagogo | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Tecnólogo em Agricultura Familiar e Sustentabilidade | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Tecnólogo em Gestão Hospitalar | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Médico Veterinário | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Farmacêutico | INAZ do Pará - 2024 - Prefeitura de Barrolândia - TO - Orientador Social |
Q3033352 Português
O amor deixa muito a desejar

(Arnaldo jabor)

[...]

    Eu deveria ter uns 6 anos, no máximo. Foi meu primeiro dia de aula no colégio, lá no Meier, onde a minha mãe me levou, pela Rua 24 de maio, coberta de folhas de mangueira que o vento derrubava. Fiquei sozinho, desamparado, sem pai nem mãe no colégio desconhecido. No pátio do recreio, as crianças corriam. Uma bola de borracha voou em minha direção e bateu em meu peito. Olhei e vi uma menina morena, de tranças com olhos negros, bem perto me pedindo a bola, nesse segundo, eu me apaixonei. Lembro-me de que seu queixo tinha um pequeno machucado, como um arranhão com mercúrio-cromo, lembro-me que ela tinha um nariz arrebitado, insolente e que, num lampejo, eu senti um tremor desconhecido, logo interrompido pelo jogo, pela bola que eu devolvi pelos gritos e correria no recreio. Ela deve ter me olhado no fundo dos olhos por uns três segundos, mas, até hoje, eu me lembro de sua expressão afogueada e vi que ela sentira também algum sinal do corpo, alguma informação do seu destino sexual de fêmea, alguma manifestação da matéria, alguma mensagem do DNA. Recordando a minha impressão de menino, tenho certeza de que os nossos olhos viram a mesma coisa, um no outro. Senti que eu fazia parte de um magnetismo da natureza que me envolvia, que envolvia a menina, que alguma coisa vibrava entre nós e senti que eu tinha um destino ligado àquele tipo de ser, gente que usava trança, que ria com dentes brancos e lábios vermelhos, que era diferente de mim e entendi vagamente que, sem aquela diferença, eu não me completaria. Ela voltou correndo para o jogo, vi suas pernas correndo e ela se virando com uma última olhada.

    Misteriosamente, nunca mais a encontrei naquela escola. Lembro-me que me lembrei dela quando vi aquele filme Love Story, não pelo medíocre filme, mas pelo rosto de Ali Mcgraww, que era exatamente o rosto que vivia na minha memória. Recordo também, com estranheza, que meu sentimento infantil foi de “impossibilidade”; aquele rosto me pareceu maravilhoso e impossível de ser atingido inteiramente, foi um instante mágico ao mesmo tempo de descoberta e de perda. Escrevendo agora, percebo que aquela sensação de profundo “sentido” que tive aos 6 anos pode ter marcado minha maneira de ser e de amar pelos tempos que viriam. Senti a presença de algo belíssimo e inapreensível que, hoje, velho de guerra, arrisco dizer que talvez seja essa a marca do amor: ser impossível.[...]


(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/crônica_do_amor_arnaldo_jabor/)
O gênero crônica narrativa evidencia uma construção textual relacionada a acontecimentos cotidianos. Além dessa característica vista no texto acima, também é possível identificar nele a seguinte característica:
Alternativas
Q3031981 Português

Leia o texto para responder à questão.


Guterres alerta que o planeta está "à beira do abismo" 


O secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou, esta quinta-feira, a alertar que o planeta está "à beira do abismo" devido às crises ambientais, durante a VI Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA6).

"O nosso planeta está à beira do precipício. Os ecossistemas estão em colapso", disse António Guterres num vídeo apresentado na abertura da cimeira ambiental de alto nível da UNEA-6, o principal órgão de tomada de decisões ambientais do mundo, realizado em Nairobi, no Quénia.

António Guterres sublinhou que o clima "está a implodir" e que "a culpa é da humanidade".

"As consequências, desde rios envenenados até à subida dos mares, afetam-nos a todos", alertou o secretário-geral da ONU, sublinhando que "os menos responsáveis são os que mais sofrem". 

Para combater esta crise, apelou a um trabalho "em conjunto (...) para colocar o mundo no caminho da sustentabilidade e acelerar o desenvolvimento sustentável".

"Isto significa tomar medidas urgentes para acelerar uma transição justa dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, adaptar-se a fenômenos meteorológicos extremos, proporcionar justiça climática, controlar a poluição e proteger e restaurar os ecossistemas", realçou.

Segundo António Guterres, os países "devem definir objetivos nacionais para cumprir este quadro", ou seja, "criar novas contribuições a nível nacional para toda a economia antes de 2025 que estejam em linha com a limitação do aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius".

"Juntos, precisamos que os governos elaborem um novo tratado sobre a poluição causada pelo plástico e aumentem o financiamento para o desenvolvimento sustentável e para ações climáticas e de biodiversidade nos países em desenvolvimento", acrescentou.

Numa mensagem aos líderes da UNEA-6, que inclui o presidente queniano, William Ruto, e outros chefes de estado africanos, bem como vários ministros de todo o mundo, Guterres instou os países a "cumprirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU".

"Vocês têm muitas resoluções importantes diante de vocês, então aproveitem esta oportunidade para pressionar por soluções multilaterais. Vamos fazer o espírito de Nairobi funcionar mais uma vez", concluiu.

A UNEA-6 reúne mais de cinco mil representantes de governos, da sociedade civil e do setor privado no complexo da ONU na capital queniana desde segunda-feira e até hoje. 

Na sessão deste ano, a sexta desde o lançamento da Assembleia em 2014, os países devem avaliar cerca de 19 resoluções que cobrem desafios como parar a desertificação, combater a poluição atmosférica ou limitar a poluição química.

https://www.jn.pt/8490102869/, 29/02/2024

Sobre o gênero textual, é correto afirmar que
Alternativas
Q3031461 Português

Leia o bilhete a seguir para responder a questão. 



         

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/12530/blog-de-alfabetizacao-sequencia-didatica-para-trabalhar-genero-textual-bilhete. Acesso em: 29 jul. 2024.

Com base no bilhete e em seus conhecimentos sobre registro linguístico e gêneros textuais/discursivos, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q3031443 Português

O Texto VI é um editorial, leia-o para responder a questão.


CRACOLÂNDIAS ESPALHADAS


Grupos de usuários, antes restritos à região central, se dispersam por São Paulo


22 jul. 2024, às 22h00


    Apesar de existir equipamentos públicos de atendimento a dependentes químicos e pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, a principal abordagem da prefeitura sobre a cracolândia tem sido a policial, com operações para dispersar aglomerações de usuários da droga no centro da capital.

     Mas outros bairros possuem agrupamentos do tipo; e as ações das forças de segurança no centro podem ter contribuído para espalhar os dependentes para outras zonas da metrópole.

    É o que mostra levantamento exclusivo desta Folha, com dados da Secretaria de Segurança Pública obtidos por meio da Lei Folha de Acesso à Informação. O trabalho mostrou que, no ano passado, a cidade tinha 72 concentrações de usuários distribuídas em 47 bairros. No estado, 160, em 45 municípios.

    Na capital, a maioria estava na zona leste (20) e no centro (15). A periferia era a região mais afetada. Mas foram registradas aglomerações em bairros nobres, como Alto de Pinheiros e Pinheiros. São Bernardo e Guarulhos, na região metropolitana, lideram a lista estadual com 8 cada; Campinas, com 7, vem em seguida. 

    O consumo de crack a céu aberto por grandes grupos de usuários, como os vistos principalmente no centro, causa transtornos a moradores e comerciantes, não só com barulho e acúmulo de lixo nas vias, mas com aumento de crimes, como roubos e furtos. Já os usuários sofrem com a dependência. 

    Passa da hora de o poder público implementar uma política multidisciplinar integrada (saúde, segurança, moradia e geração de renda) contínua e de longo prazo para combater o problema sem infringir direitos humanos —casos da violência policial e de internações compulsórias indevidas.

    No setor específico da segurança, devem-se alocar recursos em inteligência investigativa, para conter o tráfico e eliminar fontes de financiamento das facções; e em policiamento ostensivo para proteger moradores e comerciantes.

    Caso contrário, as cracolândias continuarão a se espalhar. Em ano de eleições municipais, candidatos precisam mostrar projetos factíveis, e os eleitores devem exigi-los.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/07/cracolandias-espalhadas.shtml. Acesso em: 25 jul. 2024. 



Sobre o contexto situacional no qual se insere e se estrutura o texto, assinale a alternativa CORRETA. 
Alternativas
Q3030961 Português
Caixa de sapato

     “Preciso de um tempo.” Foi o que ela disse...Ou melhor, foi o que ela quis dizer.
     Nas entrelinhas do que escreveu, estava lá: me dê um tempo. Motivo, ou desculpa, também havia. Não chamaria de motivo bobo; pelo contrário, era um motivo que eu respeitava, assim como respeitaria qualquer decisão dela.
    O problema é que eu estava cego... Cego de amor. Confesso que mesmo que parecesse tão claro o que aconteceria em seguida, ainda me restou uma dúvida, uma esperança. Foi como se ela me jogasse de um precipício, mas segurasse uma de minhas mãos enquanto eu estava pendurado; e a esperança de que ela me desse sua outra mão, e me puxasse de volta, não passou de uma ilusão. Eu caí.
     Talvez o problema tenha sido eu, mas não me arrependo de nada que fiz.
    A todo momento fui sincero sobre o que sentia; mas talvez ela devesse ter dito a verdade logo de uma vez: foi lindo o que aconteceu com a gente, mas não dá mais. Me pouparia do sofrimento e a pouparia de usar uma desculpa.
   “Eu te amo”, ela disse. Mas um amor como ela descrevia não se acabaria em dias, em semanas. Pensava comigo mesmo: “talvez eu não fosse bom pra ela”, mas esse não é o ponto. Tudo o que fiz foi tratá-la com respeito, com afeto, com amor; mas parece que, pra ela, eu fui só mais um.
    Ela precisava de um tempo, e eu dei esse tempo, mesmo eu não querendo isso. Mas foi o melhor a se fazer.
    De que adiantaria tê-la ao meu lado, se o que, ou quem, ela queria não estava ali? Eu mesmo respondo: nada.
    Eu apenas estaria me enganando.
   “Nunca vou esquecer o que aconteceu com a gente, o nosso amor”; não, farei o possível para esquecer, porque, por mais lindo que tenha sido, aquela gota de esperança que ela deixou pingar sobre mim, me machucou ainda mais hoje.
   Guardei os bons momentos em uma caixa, e essa caixa... Bem, essa caixa sempre estará ali, quando quiser me lembrar de tudo; mas, como uma caixa de sapato, que guardamos no fundo de um armário, e esquecemos lá, espero que o mesmo aconteça com essas lembranças.
    O amor? Não o culpo, mas quero esquecer. Não por raiva, não por ódio a ele, mas por mim, pra que eu possa me sentir bem. Apesar de o amor ser aquilo que nos mantêm vivos, eu não estaria vivo por dentro mesmo que eu quisesse. Eu a amei incondicionalmente, com todas as minhas verdades, mas se não era o suficiente: paciência.
    Quem sabe, um dia, encontrar alguém para quem o que eu tenho a oferecer realmente valha a pena, alguém que me ame da mesma forma. Até lá desejo a ela toda felicidade do mundo, e pra mim... Bom, pra mim eu desejo que cada dia mais aquelas lembranças sejam esquecidas, e que todas as palavras ditas e digitadas voem pelo ar, e se dispersem com o vento, e, além disso, felicidade plena, aguardando, não desesperadamente, mas sim que inevitavelmente ela apareça; não qualquer uma, mas aquela que Deus modelou.

(TROVA, Vitor. Pensador, Crônicas para se ler em qualquer lugar, 2022. Adaptado.)
O gênero textual crônica expõe temáticas que são corriqueiras no cotidiano, narrando situações sob uma ótica particular e criativa. Em determinado momento, o personagem menciona o que pretende fazer com os seus sentimentos tendo em vista o título do texto; assinale-o.
Alternativas
Q3030553 Português

TEXTO II


RAPIDINHO


    Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem. Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem, agora podem ser realizadas em poucas semanas, ou até em poucos dias.

    Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, mas sempre muito devagar. Também na utilização dos meios de transporte, o tempo transcorria com lentidão. A partir da metade do século XIX, foram sendo adotados meios de locomoção mais velozes. Na utilização dos meios de comunicação, o que existia foi substituído pelas maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo, se podemos fazer depressa o que nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações?

    Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XIII: “Tempo é dinheiro”. E explicava: se você desperdiça a possibilidade de ganhar uma moeda, não está perdendo apenas a moeda que deixou de ganhar, mas de fato está se privando das muitas pilhas de moedas que poderia adquirir por meio de bons e oportunos investimentos. Foi para assimilar a lição de Franklin que passamos a necessitar de relógios cada vez mais precisos e aperfeiçoados. Devemos medir rigorosamente o tempo para poder aproveitá-lo com rigor.

    Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nossos movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas, para depois voltarmos, correndo para casa. Sabemos que, na nossa sociedade, os mais rápidos são os vitoriosos. 

    Impõem-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos obrigados a viver, não estaremos pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer? Uma reflexão condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial? O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco?


(KONDER,Leandro,in O Globo,29 set.1996. Apud:A palavra: expressão e criatividade. Gil Carlos Pereira. São Paulo: Moderna. 1997. P. 47. Texto adaptado.).

O texto “Rapidinho” enquadra-se no gênero artigo e sua tipologia textual de base é:
Alternativas
Q3030449 Português

Leia o texto III para responder à questão.


Texto III


Eloquência singular


    Mal iniciara seu discurso, o deputado embatucou:

    – Senhor Presidente: eu não sou daqueles que...

    O verbo ia para o singular ou para o plural? Tudo indicava o plural. No entanto, podia perfeitamente ser o singular:

– Não sou daqueles que… 

    Não sou daqueles que recusam… No plural soava melhor. Mas era preciso precaver-se contra essas armadilhas da linguagem – que recusa? – ele que tão facilmente caía nelas, e era logo massacrado com um aparte. Não sou daqueles que… Resolveu ganhar tempo:

    – …embora perfeitamente cônscio das minhas altas responsabilidades como representante do povo nesta Casa, não sou…

    Daqueles que recusa, evidentemente. Como é que podia ter pensado em plural? Era um desses casos que os gramáticos registram nas suas questiúnculas de português: ia para o singular, não tinha dúvida. Idiotismo de linguagem, devia ser.

    …daqueles que, em momentos de extrema gravidade, como este que o Brasil atravessa…

    Safara-se porque nem se lembrava do verbo que pretendia usar:

    – Não sou daqueles que…

    Daqueles que o quê? Qualquer coisa, contanto que atravessasse de uma vez essa traiçoeira pinguela gramatical em que sua oratória lamentavelmente se havia metido logo de saída. Mas a concordância? Qualquer verbo servia, desde que conjugado corretamente, no singular. Ou no plural:

    – Não sou daqueles que, dizia eu – e é bom que se repita sempre, senhor Presidente, para que possamos ser dignos da confiança em nós depositada…

    Intercalava orações e mais orações, voltando sempre ao ponto de partida, incapaz de se definir por esta ou aquela concordância.

    [...]

    Intercalou mais uma oração e foi em frente com bravura, disposto a tudo, afirmando não ser daqueles que…

    – Como?

    Acolheu a interrupção com um suspiro de alívio:

    – Não ouvi bem o aparte do nobre deputado.

    Silêncio. Ninguém dera aparte nenhum.

    – Vossa Excelência, por obséquio, queira falar mais alto, que não ouvi bem – e apontava, agoniado, um dos deputados mais próximos.

    – Eu? Mas eu não disse nada…

    – Terei o maior prazer em responder ao aparte do nobre colega. Qualquer aparte.

    O silêncio continuava. Interessados, os demais deputados se agrupavam em torno do orador, aguardando o desfecho daquela agonia, que agora já era, como no verso de Bilac, a agonia do herói e a agonia da tarde.

    – Que é que você acha? – cochichou um.

    – Acho que vai para o singular.

    – Pois eu não: para o plural, é lógico.

    O orador seguia na sua luta:

    – Como afirmava no começo de meu discurso, senhor Presidente…

    Tirou o lenço do bolso e enxugou o suor da testa.

    Vontade de aproveitar-se do gesto e pedir ajuda ao próprio Presidente da mesa: por favor, apura aí pra mim, como é que é, me tira desta…

    – Quero comunicar ao nobre orador que o seu tempo se acha esgotado.

    – Apenas algumas palavras, senhor Presidente, para terminar o meu discurso: e antes de terminar, quero deixar bem claro que, a esta altura de minha existência, depois de mais de vinte anos de vida pública…

    E entrava por novos desvios:

    – Muito embora… sabendo perfeitamente… os imperativos de minha consciência cívica… senhor Presidente… e o declaro peremptoriamente… não sou daqueles que…

    O Presidente voltou a adverti-lo de que seu tempo se esgotara. Não havia mais por onde fugir:

    – Senhor Presidente, meus nobres colegas!

    Resolveu arrematar de qualquer maneira. Encheu o peito e desfechou:

    – Em suma: não sou daqueles. Tenho dito.

    Houve um suspiro de alívio em todo o plenário, as palmas romperam. Muito bem! Muito bem! O orador foi vivamente cumprimentado.



(SABINO, Fernando. Eloquência singular. In: A companheira de viagem. Rio de Janeiro: sabiá, 1965. Adaptado.)

Considerando-se o gênero textual discurso e suas características; pode-se afirmar que, no texto:
Alternativas
Q3029826 Português

TEXTO VIII


Q39_50_1.png (402×715)Q39_50_2.png (397×243)Q39_50_3.png (401×187)


VERÍSSIMO, Luís Fernando. A História, mais ou menos. In: O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994, p. 30-1. (Para gostar de ler.)

O gênero do texto VIII se configura como uma crônica porque
Alternativas
Q3029825 Português

TEXTO VII


Q37_38.png (392×328)


MARCUSCHI, 2005, p.19.

Assinale a opção que corresponde a um gênero textual.
Alternativas
Q3029824 Português

TEXTO VII


Q37_38.png (392×328)


MARCUSCHI, 2005, p.19.

No texto VII, destaca-se a ideia de que gêneros textuais são
Alternativas
Q3029821 Português

TEXTO V


Q33_34.png (397×110)


MARCUSCHI 2001, p. 25.

Requerer para a oralidade a sistematização em gêneros textuais significa 
Alternativas
Q3029818 Português

TEXTO IV


Q31_32.png (405×213)



Adaptado de MARCUSCHI, 2002, p.28. 

Com base no texto IV, é correto afirmar que o gênero se relaciona com os tipos, porque
Alternativas
Q3029438 Português
Leia os textos e responda a questão.


TEXTO I

Cientistas americanos estudam o caso de uma mulher portadora de uma rara condição, em resultado da qual ela não tem medo de nada.(Folha de S. Paulo, 17 de dezembro de 2010. Cotidiano)


TEXTO II

A mulher sem medo
MOACYR SCLIAR

       Ele não sabia o que o esperava quando, levado mais pela curiosidade do que pela paixão, começou a namorar a mulher sem medo. Na verdade havia aí também um elemento interesseiro; tinha um projeto secreto, que era o de escrever um livro chamado "A Vida com a Mulher sem Medo", uma obra que, imaginava, poderia fazer enorme sucesso, trazendo-lhe fama e fortuna. Mas ele não tinha a menor ideia do que viria a acontecer.
       Dominador, o homem queria ser o rei da casa. Suas ordens deveriam ser rigorosamente obedecidas pela mulher. Mas como impor sua vontade? Como muitos ele recorria a ameaças: quero o café servido às nove horas da manhã, senão... E aí vinham as advertências: senão eu grito com você, senão eu bato em você, senão eu deixo você sem comida.
       Acontece que a mulher simplesmente não tomava conhecimento disso; ao contrário, ria às gargalhadas. Não temia gritos, não temia tapas, não temia qualquer tipo de castigo. E até dizia, gentil: "Bem que eu queria ficar assustada com suas ameaças, como prova de consideração e de afeto, mas você vê, não consigo."
       Aquilo, além de humilhá-lo profundamente, deixava-o completamente perturbado. Meter medo na mulher transformou-se para ele em questão de honra. Tinha de vê-la pálida, trêmula, gritando por socorro.
       Como fazê-lo? Pensou muito a respeito e chegou a uma conclusão: para amedrontá-la só barata ou rato. Resolveu optar pela barata, por uma questão de facilidade: perto de onde moravam havia um velho depósito abandonado, cheio de baratas. Foi até lá e conseguiu quatro exemplares, que guardou num vidro de boca larga.
       Voltou para casa e ficou esperando que a mulher chegasse, quando então soltaria as baratas. Já antegozava a cena: ela sem dúvida subiria numa cadeira, gritando histericamente. E ele enfim se sentiria o vencedor.
       Foi neste momento que o rato apareceu. Coisa surpreendente, porque ali não havia ratos, sobretudo um roedor como aquele, enorme, ameaçador, o Rei dos Ratos. Quando a mulher finalmente retornou encontrou-o de pé sobre uma cadeira, agarrado ao vidro com as baratas, gritando histericamente.
       Fazendo jus à fama ela não demonstrou o menor temor; ao contrário, ria às gargalhadas. Foi buscar uma vassoura, caçou o rato pela sala, conseguiu encurralá-lo e liquidou-o sem maiores problemas. Feito que ajudou o homem, ainda trêmulo, a descer da cadeira. E aí viu que ele segurava o vidro com as quatro baratas. O que deixou-a assombrada: o que pretendia ele fazer com os pobres insetos? Ou aquilo era um novo tipo de perversão?
       Àquela altura ele já nem sabia o que dizer. Confessar que se tratava do derradeiro truque para assustá-la seria um vexame, mesmo porque, como ele agora o constatava, ela não tinha medo de baratas, assim como não tivera medo do rato. O jeito era aceitar a situação. E admitir que viver com uma mulher sem medo era uma coisa no mínimo amedrontadora. 
Depois de concluída a leitura podemos afirmar que os textos I e II pertencem, respectivamente, aos gêneros: 
Alternativas
Q3028658 Português
Um professor lecionava sobre a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Assinale a opção que contradiz a explicação do professor.
Alternativas
Respostas
61: C
62: C
63: E
64: E
65: D
66: A
67: A
68: E
69: E
70: B
71: D
72: A
73: A
74: B
75: D
76: C
77: B
78: A
79: C
80: C