Questões de Português - Grafia e Emprego de Iniciais Maiúsculas para Concurso
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Texto 2
Notícia publicada na imprensa na penúltima semana de setembro de 2019:
“Tráfico da Rocinha ameaça quem joga lixo na rua
Bandidos espalham cartazes em área onde houve deslizamentos de terra nas últimas chuvas, alertando moradores para não despejar detritos em beco. Medida seria tomada porque venda de drogas é interrompida quando a região alaga”.
“O poderoso chefinho”
O chefe de um departamento, sentindo que seus subordinados não respeitavam a sua liderança, resolveu colocar uma placa na porta de seu escritório, onde se lia:
“Aqui quem manda sou eu.”
Após ter voltado de uma reunião, viu o seguinte bilhete junto à placa:
“Sua esposa ligou e pede para que devolva a placa”.
(Adaptação de texto da internet. Autor não identificado)
Observe as palavras a seguir:
1. excedente
2. expetáculo
3. experiência
4. excessão
Há erro ortográfico em:
INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de
respondê-la.
INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de
respondê-la.
Complete as lacunas abaixo:
Foi aprovada a lei que ______________ o aborto!
Assinale a alternativa que preencha adequadamente as lacunas acima:
Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das frases abaixo:
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ______ de entorpecentes com rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
Pessoas com baixa renda fazem pouco exercício no tempo livre
Pesquisa feita em Ermelino Matarazzo propõe ações
educativas para incentivar prática de atividades físicas no tempo livre
Por Ivanir Ferreira
A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento. Os mais pobres se exercitam menos em seu tempo livre e executam mais tarefas ocupacionais, como trabalhos domésticos, levantamento de cargas e deslocamento. Pesquisa feita pela USP, que entrevistou moradores do distrito de Ermelino Matarazzo, região de baixo nível socioeconômico da zona leste de São Paulo, propõe ações educativas e de prática de exercícios físicos para modificar este quadro.
Fazer atividade física por lazer resulta em mais saúde física e mental – redução de problemas cardiovasculares e sintomas de depressão e ansiedade. Já a atividade ocupacional (carregar e descarregar carga de um caminhão, por exemplo), ao longo do tempo, pode ocasionar problemas físicos, como desgaste das articulações, afirma Evelyn Helena Corgosinho Ribeiro, autora da pesquisa. Em 2006, um estudo feito pelo Ministério da Saúde revelou que 48,5% dos 54 mil entrevistados eram responsáveis pela maior parte da limpeza pesada da casa e que 42,8% carregavam peso/carga pesada ou caminhavam bastante para ir ao trabalho. Desses, somente 14,8% praticavam pelo menos 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada no lazer em cinco ou mais dias da semana.
Outro inquérito de base domiciliar feito pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (Gepaf), da Escola de Artes, Ciências e Humanidade (EACH) da USP, mostrou que 70% dos adultos do distrito de Ermelino Matarazzo não praticavam nenhuma atividade física no tempo de lazer e que 47,1% dos adultos não faziam, pelo menos, 150 minutos de atividade física no tempo de lazer ou como forma de deslocamento.
Com base nesses dados, Evelyn se propôs a buscar formas para avaliar a eficácia de ações de promoção de atividade física voltadas para a população de baixa renda daquela região. Participaram da pesquisa 157 adultos, homens e mulheres maiores de 18 anos, que frequentavam Unidades Básicas de Saúde. O estudo durou 18 meses.
As pessoas foram subdivididas em três grupos: o primeiro grupo obteve orientação supervisionada, com três sessões semanais de exercícios cardiorrespiratórios, de força e de flexibilidade. O segundo participou de sessões de discussões presenciais, orientação individual por telefone, e recebeu material educativo impresso, além de mensagens semanais de incentivo à prática regular de atividades físicas e de vivências, buscando o desenvolvimento de autonomia para a prática de atividade física. Neste grupo, a principal estratégia foi a orientação. Não tiveram exercícios estruturados. Faziam algumas vivências de prática de alongamento ou caminhada. O terceiro grupo (controle) não recebeu intervenção alguma. As avaliações foram feitas no início do estudo, depois de 12 meses de intervenção e seis meses depois de encerrado o período de intervenção.
Ao final, os resultados mostraram que as pessoas de ambos os grupos de intervenção obtiveram sucesso, aumentando significativamente a sua atividade física no tempo livre. Porém, seis meses após este período, quando o trabalho de intervenção foi cessado, o ganho foi mantido apenas para o grupo que recebeu orientação de conscientização sobre a importância da prática de atividade física. Desta forma, o estudo indicou que as ações que “possibilitaram a construção do conhecimento a partir de discussões em grupo e de vivências práticas se mostraram mais eficazes como proposta de estímulos para a prática de atividade física”.
Fonte: Disponível em:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/pessoas-com-baixa-renda-fazem-pouco-exercicio-no-tempo-livre>
Leia o texto “De volta à tradição”, apresentado abaixo,
o qual é parte do capítulo de um livro, e, a partir dele,
responda a questão que o segue.
De volta à tradição
Em 1930, ocorreu uma mudança na vida de Villa-Lobos que deu à sua obra uma nova orientação, bastante forte. Iniciavam-se aí os quinze anos, aproximadamente, em que Villa-Lobos se dedicaria totalmente a seu país. Com isso, chegava ao fim o papel da vanguarda parisiense, marcada pela ousadia inovadora e pela criatividade experimental. Villa-Lobos manteve-se ligado ao pensamento nacional-brasileiro, mas não se relacionava mais com o público parisiense curioso e versado, que esperava dele uma música impressionante pouco convencional, exótica e excêntrica. Seus companheiros, agora, eram os funcionários do regime Vargas, que se prevaleciam da fidelidade nacional, e os professores de música pouco experientes e pouco viajados.
O retorno às formas tradicionais da música brasileira deu-se simultaneamente com a dedicação à língua materna. Nessa fase, as obras vocais novamente adquiriram maior importância, e foi possível a Villa-Lobos mais uma vez cultivar o contato com os poetas. Dentre eles, sobressaíram-se dois, com os quais o compositor, além do trabalho profissional conjunto, também teve uma estreita amizade por toda sua vida: Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, os poetas mais musicados do Brasil. A relação deles com Villa-Lobos era de especial intensidade e confiança.
Manuel Bandeira originava-se da grande cidade de Recife, no noroeste de Pernambuco. No início comprometido com o Simbolismo, Bandeira uniu-se, como muitos literatos e artistas de sua geração, ao Modernismo. Ele tinha amizade com uma série inteira de compositores, como Villa-Lobos, Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Frutuoso Viana e Jaime Ovale. [...]
Carlos Drummond de Andrade foi o poeta lírico brasileiro mais representativo do século XX. No início, dedicava-se a poemas satíricos e logo foi influenciado pelo Modernismo e por Walt Whitman. Sua obra, no decorrer de sua fase criativa, dividiu-se em diversas facetas, em poemas do cotidiano, em poemas políticos e posteriormente, também, em obras metafísicas, como “A máquina do mundo”. [...]
NEGWER, M. Villa-Lobos. O florescimento da música brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 210-212. (adaptado)
Analise as assertivas a seguir, baseadas no terceiro parágrafo do texto, e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. “Simbolismo” está com a inicial maiúscula pelo mesmo motivo que “Modernismo” também está.
II. A expressão “ao Modernismo” é introduzida por uma preposição por causa do verbo que a rege.
III. O terceiro parágrafo do texto
apresenta três períodos, todos
compostos.
Linguista do Havaí nomeia primeiro
buraco negro já fotografado: Pōwehi
A palavra Pōwehi tem origem no Kumulipo, um canto tradicional do Havaí usado para descrever a criação do arquipélago, e significa “embelezada fonte escura de criação sem fim”. “Pō” quer dizer fonte escura e profunda de criação sem fim e “wehi” significa honrado com embelezamento. O nome foi criado pelo professor de linguística da Universidade do Havaí, Larry Kimura, a pedido dos astrônomos do arquipélago que participaram do projeto Telescópio de Horizonte de Eventos (EHT, em inglês). O grupo foi responsável por conduzir os estudos que tornaram possível fotografar pela primeira vez um buraco negro.
A imagem foi capturada por uma rede global de telescópios criada para obter informações sobre esses corpos celestes caracterizados por ter campos gravitacionais tão fortes que nem a matéria nem a luz conseguem escapar de sua atração. O Havaí teve uma participação especial na descoberta, já que dois dos telescópios usados para tirar a foto estavam localizados no arquipélago.
“Pōwehi é um nome poderoso porque traz verdades sobre a imagem do buraco negro que vemos”, disse Jessica Dempsey, diretora de um dos telescópios usados no Havaí, em vídeo publicado pela Universidade do Havaí. O nome, contudo, ainda não é oficial. Para ser oficializado, é necessário que todos os cientistas envolvidos no projeto aprovem formalmente a ideia e que a União Astronômica Internacional dê a confirmação final.Até agora, o nome utilizado pelos cientistas para se referirem ao buraco negro é M87*, já que o corpo celeste está localizado no centro da Messier 87, uma enorme galáxia no aglomerado próximo ao de Virgem, a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra.“ Ter o privilégio de dar um nome havaiano à primeira confirmação científica de um buraco negro é muito significativo para mim”, afirmou Kimura em comunicado. “Eu espero que possamos continuar a nomear futuros buracos negros da astronomia havaiana de acordo com o Kumulipo”.
Como foi possível obter a foto do Pōwehi? O anel luminoso que se vê na imagem é, na verdade, o que os astrônomos chamam de “horizonte de eventos”: um halo de poeira e gás no contorno desse buraco. O disco captado na foto contém matéria que é acelerada a altas velocidades pela força gravitacional e que terminará por ser engolida ou ejetada para longe, escapando da voracidade do corpo celeste. O halo tem a forma de um crescente porque as partículas voltadas para a Terra aparentam estar mais rápidas – e brilhantes – do que as que estão do outro lado. No centro da imagem, está o que os cientistas chamaram de “sombra do buraco negro”, a região onde o buraco propriamente dito está localizado e que, por não emitir luz, não pode ser observada. Físicos estimam que o corpo celeste seja 2,5 vezes menor do que sua sombra. O buraco no centro da Messier 87 tem uma massa 6,5 bilhões de vezes maior que a do nosso Sol.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/ciencia/linguistado-havai-nomeia-primeiro-buraco-negro-ja-fotografadopowehi/>
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base no texto.
( ) As palavras “arquipélago”, “astrônomos”, “científica”, “próximo” e “terminará” seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
( ) As palavras “Telescópio” (1° parágrafo) e “telescópios” (2° parágrafo) são grafadas com letra inicial maiúscula e minúscula por serem nome próprio e nome comum, respectivamente.
( ) As palavras “telescópio”, “necessário”, “galáxia”, “matéria” e “privilégio” seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
( ) As palavras “Havaí”, “inglês”, “até”, “gás” e “já” seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Em “a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra” e “dar um nome havaiano à primeira confirmação científica” (3° parágrafo), o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo nas duas ocorrências de “a”.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
É sabido que a linguagem empregada em letras de músicas pode assumir um caráter mais informal e, por isso, apresenta desvios do que apregoa a norma-padrão.
Nesse sentido, analise o trecho em destaque da letra de música a seguir.
“Eu vou trocar meu celular num Nokia tijolão
Que só manda mensagem e faz ligação
Se eu ver mais um vídeo seu, sem eu, sendo feliz
Certeza que a minha vida vai ‘tá por um triz.”
(Tijolão – Jorge e Mateus)
Assinale a alternativa em que a letra de música também apresenta um desvio na conjugação do verbo, como o destacado na letra de Jorge e Mateus.