Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

Foram encontradas 107.018 questões

Q2904616 Português

INSTRUÇÕES: As questões de 21 a 30 dizem respeito ao conteúdo do TEXTO 1.

Leia-o atentamente antes de respondê-las.


TEXTO 1

Para ler no consultório


Esta é para você. É, você mesmo, que está nessa sala de espera, e mexeu no cesto de revistas velhas ali do ladinho esquerdo do sofá. Você foi lá, catou uma revista bem do fundo, e abriu logo nesta página - que coincidência: justamente a que foi escrita para você.

Você não sabe a confusão que deu quando esta crônica foi publicada. Choveram e-mails indignados. Como pode alguém desperdiçar a última página de uma revista de atualidades para se dirigir a pessoas que só lerão o texto quando esta for uma revista de desatualidades?

Posso ser sincero? Essas pessoas não entendem xongas de sala de espera. Da ansiedade de quem está na iminência de uma obturação. Ou a ponto de um checkup. Ou ainda à beira de uma consulta de rotina. Nesse momento, a única notícia nova que queremos ouvir é "Pode entrar, é a sua vez". Enquanto isso não acontece, tratamos de buscar apoio em quem está na sala há muito mais tempo do que nós: as revistas do cesto.

Por mais que se tente, entretanto, é muito difícil manter a concentração na leitura, quando um olho está no relógio e o outro não desgruda da porta. Às vezes, por azar, os assuntos não ajudam, e você se sente na sala de espera errada. Quantas vezes você não está no consultório do dentista e a revista manda você para o consultório do cirurgião plástico? Não, não, não: não dá para pensar em lipo quando você está envolvido da cabeça aos pés num tratamento de canal.

Leitura de consultório é diferente de leitura de salão de beleza. No cabeleireiro as revistas precisam ter muitas figurinhas, para funcionar como material didático ("Eu quero o meu ASSIM") e de discussão ("Você não acha isso PAVOROSO?").

Já no consultório é o oposto: quanto mais letrinhas, melhor. As revistas da sala de espera servem para você dar a impressão de que está absorto em alguma coisa que não o relógio ou a porta, de modo a erguer uma barreira protetora que impeça o paciente que acabou de chegar - aquele ali! - de alugar seu ouvido para contar toda a sua vida pregressa e seus problemas de saúde, nos mínimos detalhes.

(Como é que eu sei que você não é desses que chegam a uma sala de espera e imediatamente passam a contar seus problemas de saúde nos mínimos detalhes? Ora, porque você foi até o cesto do lado esquerdo do sofá catar esta revista bem lá no fundo.).

Infelizmente, nem todas as pessoas têm essa sua sorte de abrir uma revista na sala de espera e deparar com uma crônica antiga escrita especialmente para elas. Houve muitos casos em que os pacientes leram esta coluna quando a revista ainda era nova. Alguns ficaram um pouco confusos, sem entender como uma revista velha poderia ter previsto tantas coisas que estão acontecendo agora. Outros se deram conta de que esta página só teria toda a graça dali a uns meses, e pela primeira vez na vida se lamentaram por encontrar uma revista nova no consultório.

O quê? A moça da recepção falou "Pode entrar, é a sua vez?". Desculpe, eu estava tão distraído no nosso papo que nem ouvi. Posso pedir um favor antes de você entrar? Coloque esta revista de novo no cesto. Lá no fundo. Isto ainda poderá ser útil para outras pessoas.

RICARDO FREIRE, Ricardo. Para ler no consultório. 20 fev.2009. Para ler no consultório.

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT43562-15230,00.html>

Acesso em: 08 maio 2013.

É CORRETO afirmar que o texto

Alternativas
Q2904579 Português

"Nesta época, no ano passado, começou a se constatar nas prateleiras dos supermercados uma "maquiagem" de produtos."; a correspondência correta entre os elementos presentes nessa primeira frase do texto é:

Alternativas
Q2904460 Português

“A mensagem focaliza o receptor e organiza-se de forma a influenciá-lo, chamar sua atenção. Aparece geralmente nos textos publicitários, nos discursos políticos, horóscopos, e textos em geral que visam persuadir o receptor.”


A caracterização acima melhor se refere à função:

Alternativas
Q2904457 Português

Observe a seguinte manchete do site de notícias UOL, de 03/10/2010:


Algoz de Nadal, García-López fatura o 2º título da carreira, em Bancoc


O espanhol Guillermo García-López não decepcionou após tirar de seu caminho o maior favorito ao título do torneio de Bancoc, na Tailândia. Neste domingo, ele ergueu sua s gunda taça da carreira, ao vencer o finlandês Jarkko Niem nen.

Número 53 do ranking mundial _ Nieminen é 60º _ o tenista espanhol bateu Rafael Nadal na semifinal, sábado, em jogo de três sets. Na decisão, também teve parada dura, mas faturou o título pelo placar de 6-4, 3-6 e 6-4, em 1h54.

Com o resultado, que dá o 18º título a um espanhol este ano, García-López deve aparecer por volta da 40ª colocação do ranking da ATP. Ele havia enfrentado o finlandês apenas uma vez e havia perdido, em 2004.

Nieminen teve um grande desempenho no saque, com sete aces e 77% de aproveitamento de primeiro serviço, mas não foi o suficiente na luta também pelo segundo título da carreira.

García-López, de 27 anos, soube aproveitar melhor as chances e fechou a partida com uma quebra de saque no momento mais importante, em 5-4 no terceiro set.


Podemos concluir, de acordo com a notícia, que:

Alternativas
Q2904449 Português

Observe o trecho abaixo, retirado da música “É a vida”, de Victor & Leo:


Se você pensa que sou leigo

Nas coisas que dizem respeito ao coração

Se engana muito

Sou vivido

Conheço cada passo de uma paixão...


A palavra em destaque poderia ser substituída, com o mesmo significado, por:

Alternativas
Q2904369 Português

Leia o texto B para responder às questões de 31 a 39.


TEXTO B


DE ONDE VEM NOSSA MORAL


Numa prisão em Milwaukee, nos Estados Unidos, há uma disciplina rigorosa a ser seguida. Os presos têm de ficar em lugares específicos durante as atividades diárias de limpeza, exercícios e alimentação. Isso se tornou um problema para um jovem prisioneiro, que não conseguia entender o que os carcereiros queriam que ele fizesse. Foi aí que o grupo todo de presos passou a protegê-lo. Cada vez que o jovem Kidogo se sentia agitado e confuso, gritava. Os demais presos vinham em seu socorro, pegavam-lhe a mão e lhe indicavam o que fazer. Ao ouvir uma história dessas, tendemos a definir essa demonstração de solidariedade como um comportamento humanitário. Neste caso, estaríamos errados. Kidogo era um jovem bonobo, um primata parecido com um chimpanzé, e a prisão em que foi encarcerado é o zoológico de Milwaukee. Não há, portanto, nada de humano nesse comportamento, descrito pelo biólogo holandês Frans de Waal. [...]

Um campo de estudos vem dando força, nos últimos anos, à tese de que a moral não deriva da civilização, e sim de nossa própria “porção animal”. Recentes pesquisas de neurocientistas e psicólogos sugerem que os seres humanos têm um senso inato de certo e errado. Os cientistas usaram imagens de ressonância magnética para mapear quais áreas do cérebro são acionadas quando julgamentos morais são feitos. E descobriram que tomar uma decisão ética aumenta a atividade cerebral principalmente em regiões associadas a resposta emocionais. Portanto, resolver um dilema moral está ligado à emoção, ainda que regiões encarregadas do pensamento racional também sejam ativadas. O resultado das pesquisas reforça a tese de que já nascemos com um senso moral.

Mas, se os seres humanos vêm “equipados de fábrica” com um senso moral, por que não vivemos num mundo perfeito, em que todos fazem o bem uns aos outros? O pesquisador Marc Hauser, da Universidade Harvard, responde com um conceito emprestado do estudo da linguagem, desenvolvido pelo americano Noam Chomsky. A tese de Chomsky é que todos os seres humanos nascem sabendo as estruturas fundamentais da linguagem, que seriam comuns a todas as línguas. Mas o idioma que cada um falará dependerá do ambiente e da cultura onde cresce. Segundo Hauser, o mesmo ocorreria com a moral. Todos os seres humanos nascem com esse senso codificado em seu cérebro. A estrutura seria a mesma. Mas sua interpretação mudaria de acordo com os valores do ambiente. A ciência começa a nos mostrar de onde vem a moral. Mas isso não nos exime da responsabilidade de ensiná-la, praticá-la e vigiar os que se desviam dela.


(Texto adaptado - Revista Época,

10 de dezembro de 2007).


Acerca das idéias e da estrutura do texto B, pode-se afirmar que:


I. O “portanto”, no final do primeiro parágrafo, possui um caráter conclusivo.

II. O texto tem por principal objetivo criticar o senso moral do homem moderno

III. O título do texto relaciona-se objetivamente com o conteúdo abordado.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q2904196 Português

Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto apresentado abaixo.

Imagem associada para resolução da questão


No primeiro parágrafo, o autor

Alternativas
Q2903734 Português

Texto 3 para responder as questões de 8 a 10.



Uso de agrotóxicos eleva o risco à saúde
de trabalhadores rurais

1 (23/11/2013) O comércio irregular de
agrotóxicos pela internet, em parte alimentado por produtos
falsificados, sem registro e vendidos por empresas
4 fantasmas, eleva o risco à saúde de trabalhadores rurais que
têm contato com produtos químicos. Com predomínio de
minifúndios voltados à produção de uvas e hortigranjeiros,
7 Bento Gonçalves é o município gaúcho com o maior
número de registros de intoxicação por agrotóxicos no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação do
10 governo federal.
De 2007 à metade deste ano, Bento Gonçalves teve
94 — quase um quinto — dos 458 casos do estado. Mas o
13 tamanho do problema é maior do que indicam os números.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostra que, para cada registro de intoxicação por
16 agrotóxicos, outros 50 casos deixaram de ser verificados.


Disponível em: < http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/ 2013/11/uso-de-agrotoxicos-eleva-o-risco-a-saude-de-trabalhadoresrurais- 4342272.html >. Acesso em: 5/5/2014, com adaptações.

Quanto à tipologia, o texto classifica-se, predominantemente, como

Alternativas
Q2903723 Português

Texto 3 para responder as questões de 8 a 10.



Uso de agrotóxicos eleva o risco à saúde
de trabalhadores rurais

1 (23/11/2013) O comércio irregular de
agrotóxicos pela internet, em parte alimentado por produtos
falsificados, sem registro e vendidos por empresas
4 fantasmas, eleva o risco à saúde de trabalhadores rurais que
têm contato com produtos químicos. Com predomínio de
minifúndios voltados à produção de uvas e hortigranjeiros,
7 Bento Gonçalves é o município gaúcho com o maior
número de registros de intoxicação por agrotóxicos no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação do
10 governo federal.
De 2007 à metade deste ano, Bento Gonçalves teve
94 — quase um quinto — dos 458 casos do estado. Mas o
13 tamanho do problema é maior do que indicam os números.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostra que, para cada registro de intoxicação por
16 agrotóxicos, outros 50 casos deixaram de ser verificados.


Disponível em: < http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/ 2013/11/uso-de-agrotoxicos-eleva-o-risco-a-saude-de-trabalhadoresrurais- 4342272.html >. Acesso em: 5/5/2014, com adaptações.

Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem coerente com o texto.

Alternativas
Q2903707 Português

Texto 2 para responder as questões de 4 a 7.



Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/ CARTAZ_0.jpg >. Acesso em: 5/5/2014.

Caso o autor resolvesse substituir o termo destacado, em “Dê alimentos orgânicos para seus filhos.”, por um pronome pessoal oblíquo, de acordo com a norma-padrão, o novo texto deveria ser

Alternativas
Q2903705 Português

Texto 2 para responder as questões de 4 a 7.



Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/ CARTAZ_0.jpg >. Acesso em: 5/5/2014.

Com base nas informações e no propósito principal do texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2903703 Português

Texto 1 para responder as questões de 1 a 3.


O que são alimentos orgânicos


1 Na agricultura orgânica, não é permitido o uso de
substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio
ambiente. Não são utilizados fertilizantes sintéticos solúveis,
4 agrotóxicos e transgênicos. O Brasil, em função de possuir
diferentes tipos de solo e clima, uma biodiversidade incrível
aliada a uma grande diversidade cultural, é sem dúvida um
7 dos países com maior potencial para o crescimento da
produção orgânica.
Para ser considerado orgânico, o produto tem que ser
10 produzido em um ambiente de produção orgânica, onde se
utilizam como base do processo produtivo os princípios
agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo,
13 da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as
14 relações sociais e culturais.


Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimentosustentavel/ organicos/o-que-e-agricultura-organica >. Acesso em: 5/5/2014, com adaptações.

Caso o autor resolvesse substituir o trecho destacado na oração “em função de possuir diferentes tipos de solo e clima” (linhas 4 e 5), de acordo com a norma-padrão e o sentido original do texto, a nova redação deveria ser

Alternativas
Q2903699 Português

Texto 1 para responder as questões de 1 a 3.


O que são alimentos orgânicos


1 Na agricultura orgânica, não é permitido o uso de
substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio
ambiente. Não são utilizados fertilizantes sintéticos solúveis,
4 agrotóxicos e transgênicos. O Brasil, em função de possuir
diferentes tipos de solo e clima, uma biodiversidade incrível
aliada a uma grande diversidade cultural, é sem dúvida um
7 dos países com maior potencial para o crescimento da
produção orgânica.
Para ser considerado orgânico, o produto tem que ser
10 produzido em um ambiente de produção orgânica, onde se
utilizam como base do processo produtivo os princípios
agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo,
13 da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando as
14 relações sociais e culturais.


Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimentosustentavel/ organicos/o-que-e-agricultura-organica >. Acesso em: 5/5/2014, com adaptações.

De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa que apresenta outra redação possível para “Na agricultura orgânica, não é permitido o uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente.” (linhas de 1 a 3).

Alternativas
Q2903503 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

Leia as frases a seguir.


A morte do advogado ocorreu no Museu.

O advogado era conhecedor da obra de Villa-Lobos.

Reunindo-se as duas frases num só período, obtém-se, sem prejuízo semântico:

Alternativas
Q2903501 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

No segmento "...na era dos santos, era acompanhada pelo transe..." (l. 26), as palavras em destaque guardam entre si relação semântica de:

Alternativas
Q2903499 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

Seria mantida a clareza, a coerência e a coesão do texto, caso se substituísse a expressão sublinhada abaixo por dois pontos, no segmento:

Alternativas
Q2903490 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

Em “Foi um trabalho de amor, poucos amavam tanto Villa-Lobos” (l. 6/7), se estabelece entre as duas orações relação semântica de:

Alternativas
Q2903488 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

Constitui expressão de coesão referencial anafórica o emprego da expressão:

Alternativas
Q2903483 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de nº 01 a 10.

A ARTE DE MORRER


Num artigo publicado na semana passada na Folha de São

Paulo, Ruy Castro narrou as extraordinárias circunstâncias da mor-

te do advogado Henrique Gandelman, um especialista em direitos

autorais que, entre outros feitos, dedicou anos à tarefa de trazer os

5 direitos sobre a obra de Villa-Lobos, desencaminhados mundo afo-

ra, para o espólio do artista. “Foi um trabalho de amor, poucos ama-

vam tanto Villa-Lobos”, escreve Ruy Castro. Gandelman, que estu-

dou música na juventude, era, além de defensor dos direitos, um

profundo conhecedor da obra do grande compositor brasileiro. No

10 dia 24 de setembro, ele ia dar uma palestra no Museu Villa-Lobos,

no Rio de Janeiro, e receber uma homenagem. Enquanto, no ca-

marim, esperava a hora de se apresentar, o sistema de som come-

çou a tocar a Floresta Amazônica. Gandelman, de mãos dadas com

a mulher, comentou: “Fico sempre arrepiado de ouvir isso. O Villa é

15 mesmo o maior”. E mais não disse, nem lhe foi perguntado. Soltou

um suspiro e caiu morto. Aneurisma. Tinha 80 anos.

É o caso de dizer, para cunhar uma expressão nova, que “a

vida imita a arte”.

Ruy Castro chamou a morte de Gandelman de “a morte ideal”.

20 O advogado morreu sob o impacto de uma emoção estética, e não

uma emoção estética qualquer, mas da obra predileta, ou uma das

obras prediletas, do artista predileto. Os santos morrem, ou morri-

am, com antevisões do paraíso. Santa Teresa de Ávila morreu di-

zendo: “Chegou enfim a hora, Senhor, de nos vermos face a face”.

25 São Francisco disse: "Seja bem-vinda, irmã morte”. A morte ideal,

na era dos santos, era acompanhada pelo transe mística. Numa

era laica, de valores racionalistas, como a nossa, a arte substitui 0

misticismo no provimento de uma elevação espiritual compatível

com esse momento grave entre todos que é o momento da morte.

30__O som de Villa-Lobos substitui a citara dos anjos que os místicos

começavam a ouvir na iminência da morte. Mas não é só nisso que a

morte ideal do homem de hoje se diferencia da do antigo. Morte ide-

al, hoje, é a morte repentina, sem dor, sem remédios e sem UTI, De

preferência, tão repentina que poupe até da consciência de que se

35 está morrendo. Os santos morriam tão conscientes da morte que até:

podiam saudar sua chegada. Antes deles, Sócrates morreu despe-

dindo-se dos amigos e filosofando sobre a morte. Para os gregos,

era a morte ideal. Em nosso tempo, um valor altamente apreciado é

a morte que nos poupe da angústia, ou do susto, ou do pânico, de

40 saber que se está morrendo. É uma espécie de ludíbrio que aplicamos

na morte. O.k., você chegou. Mas nem nos demos conta disso.

A visita foi humilhada por um anfitrião que nem olhou para a sua cara,

(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, 7 de outubro de 2009, com adaptações)

acerca da ocupação profissional de Henrique Gandelman, pode-se afirmar que o advogado:

Alternativas
Q2903118 Português

INSTRUÇÕES: As questões de 21 a 30 dizem respeito ao conteúdo do TEXTO 1.

Leia-o atentamente antes de respondê-las.


TEXTO 1

Para ler no consultório


Esta é para você. É, você mesmo, que está nessa sala de espera, e mexeu no cesto de revistas velhas ali do ladinho esquerdo do sofá. Você foi lá, catou uma revista bem do fundo, e abriu logo nesta página - que coincidência: justamente a que foi escrita para você.

Você não sabe a confusão que deu quando esta crônica foi publicada. Choveram e-mails indignados. Como pode alguém desperdiçar a última página de uma revista de atualidades para se dirigir a pessoas que só lerão o texto quando esta for uma revista de desatualidades?

Posso ser sincero? Essas pessoas não entendem xongas de sala de espera. Da ansiedade de quem está na iminência de uma obturação. Ou a ponto de um checkup. Ou ainda à beira de uma consulta de rotina. Nesse momento, a única notícia nova que queremos ouvir é "Pode entrar, é a sua vez". Enquanto isso não acontece, tratamos de buscar apoio em quem está na sala há muito mais tempo do que nós: as revistas do cesto.

Por mais que se tente, entretanto, é muito difícil manter a concentração na leitura, quando um olho está no relógio e o outro não desgruda da porta. Às vezes, por azar, os assuntos não ajudam, e você se sente na sala de espera errada. Quantas vezes você não está no consultório do dentista e a revista manda você para o consultório do cirurgião plástico? Não, não, não: não dá para pensar em lipo quando você está envolvido da cabeça aos pés num tratamento de canal.

Leitura de consultório é diferente de leitura de salão de beleza. No cabeleireiro as revistas precisam ter muitas figurinhas, para funcionar como material didático ("Eu quero o meu ASSIM") e de discussão ("Você não acha isso PAVOROSO?").

Já no consultório é o oposto: quanto mais letrinhas, melhor. As revistas da sala de espera servem para você dar a impressão de que está absorto em alguma coisa que não o relógio ou a porta, de modo a erguer uma barreira protetora que impeça o paciente que acabou de chegar - aquele ali! - de alugar seu ouvido para contar toda a sua vida pregressa e seus problemas de saúde, nos mínimos detalhes.

(Como é que eu sei que você não é desses que chegam a uma sala de espera e imediatamente passam a contar seus problemas de saúde nos mínimos detalhes? Ora, porque você foi até o cesto do lado esquerdo do sofá catar esta revista bem lá no fundo.).

Infelizmente, nem todas as pessoas têm essa sua sorte de abrir uma revista na sala de espera e deparar com uma crônica antiga escrita especialmente para elas. Houve muitos casos em que os pacientes leram esta coluna quando a revista ainda era nova. Alguns ficaram um pouco confusos, sem entender como uma revista velha poderia ter previsto tantas coisas que estão acontecendo agora. Outros se deram conta de que esta página só teria toda a graça dali a uns meses, e pela primeira vez na vida se lamentaram por encontrar uma revista nova no consultório.

O quê? A moça da recepção falou "Pode entrar, é a sua vez?". Desculpe, eu estava tão distraído no nosso papo que nem ouvi. Posso pedir um favor antes de você entrar? Coloque esta revista de novo no cesto. Lá no fundo. Isto ainda poderá ser útil para outras pessoas.

RICARDO FREIRE, Ricardo. Para ler no consultório. 20 fev.2009. Para ler no consultório.

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT43562-15230,00.html>

Acesso em: 08 maio 2013.

No primeiro parágrafo, o termo “Esta” que introduz o período “Esta é para você.”, só NÃO pode se referir

Alternativas
Respostas
6941: C
6942: E
6943: A
6944: E
6945: D
6946: B
6947: C
6948: A
6949: D
6950: D
6951: E
6952: B
6953: C
6954: D
6955: B
6956: E
6957: A
6958: C
6959: D
6960: A