Questões de Concurso Sobre interpretação de textos em português

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Q3163655 Português

A compreensão e interpretação de textos exigem atenção à intenção comunicativa, à organização textual e aos elementos explícitos e implícitos. Sobre o tema, analise as afirmativas:



I. A denotação é o uso literal das palavras, enquanto a conotação traz significados subjetivos.


II. A interpretação textual deve considerar apenas o sentido denotativo das palavras.


III. Contexto e repertório cultural do leitor são elementos essenciais para a interpretação.



Sobre as afirmativas, é correto dizer que:

Alternativas
Q3163178 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.


Quais frutas secas são as melhores para a saúde? A ciência já sabe que elas fazem bem ao organismo 


    Nesta época de festas de fim de ano, com almoço e ceia de Natal, ceia de Ano Novo, as frutas secas se tornam destaque nas mesas de muitas famílias. E elas são uma ótima opção de alimento, mas não só nesse período, como para fazerem parte sempre da dieta alimentar do dia a dia.

    Embora a maioria das pessoas saiba que as frutas secas (como castanhas e nozes) contenham vitaminas e minerais, talvez você não saiba quantos benefícios à saúde estão associados a essas frutas secas saborosas.

    Algumas das vantagens que podem vir do consumo de frutas secas incluem a redução do risco de câncer, ossos mais fortes e, como elas mantêm os níveis de açúcar no sangue sob controle, um risco menor de contrair diabetes. Um estudo mostra que a ingestão de apenas 30 gramas de frutas secas por dia resulta em uma redução surpreendente de 21% no risco de doenças cardiovasculares.

    Talvez o mais surpreendente de tudo seja que, considerando seu alto teor calórico, as frutas secas consumidas com moderação não promovem ganho de peso – uma contradição das diretrizes dietéticas comuns da década de 1990.

    Na verdade, “as dietas que incluem a ingestão regular de frutas secas estão relacionadas à perda de peso”, afirma Deirdre Tobias, epidemiologista de obesidade e nutrição da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

    Isso se deve ao fato de que a gordura, a fibra e a proteína das frutas secas ajudam na sensação de saciedade, reduzem a fome e ajudam na saúde intestinal. Além disso, descobriu-se que há pelo menos 20% menos calorias do que o esperado nas castanhas, como amêndoas e nozes, porque algumas dessas calorias são excretadas nas fezes.

    A lista de benefícios do consumo das frutas secas se estende ainda mais à redução da pressão arterial, à melhora da função cognitiva, à redução dos níveis de colesterol e até mesmo à longevidade. “Se você deseja melhorar a qualidade da sua dieta, recomendo fortemente o consumo de mais frutas secas”, diz Katherine Zeratsky, nutricionista registrada na Mayo Clinic.

    Ao mesmo tempo, nem todas as frutas secas proporcionam os mesmos benefícios – e nenhuma noz deve ser consumida em excesso. “Mesmo que as calorias sejam menores do que a quantidade indicada na embalagem, um pequeno punhado de frutas secas ainda está carregado de calorias”, diz Jill Weisenberger, nutricionista registrada na Virgínia e autora de ”Prediabetes: A Complete Guide”.

    Algumas das melhores frutas para incluir em sua dieta compreendem: amêndoas, pistache, castanha-do-pará, amendoim e nozes.


Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/01/qual-e-omelhor-momento-para-comecar-um-novo-habito-e-realmente-mante-lo (adaptado).

Segundo o texto, por que é importante consumir frutas secas com moderação? 
Alternativas
Q3163177 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.


Quais frutas secas são as melhores para a saúde? A ciência já sabe que elas fazem bem ao organismo 


    Nesta época de festas de fim de ano, com almoço e ceia de Natal, ceia de Ano Novo, as frutas secas se tornam destaque nas mesas de muitas famílias. E elas são uma ótima opção de alimento, mas não só nesse período, como para fazerem parte sempre da dieta alimentar do dia a dia.

    Embora a maioria das pessoas saiba que as frutas secas (como castanhas e nozes) contenham vitaminas e minerais, talvez você não saiba quantos benefícios à saúde estão associados a essas frutas secas saborosas.

    Algumas das vantagens que podem vir do consumo de frutas secas incluem a redução do risco de câncer, ossos mais fortes e, como elas mantêm os níveis de açúcar no sangue sob controle, um risco menor de contrair diabetes. Um estudo mostra que a ingestão de apenas 30 gramas de frutas secas por dia resulta em uma redução surpreendente de 21% no risco de doenças cardiovasculares.

    Talvez o mais surpreendente de tudo seja que, considerando seu alto teor calórico, as frutas secas consumidas com moderação não promovem ganho de peso – uma contradição das diretrizes dietéticas comuns da década de 1990.

    Na verdade, “as dietas que incluem a ingestão regular de frutas secas estão relacionadas à perda de peso”, afirma Deirdre Tobias, epidemiologista de obesidade e nutrição da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

    Isso se deve ao fato de que a gordura, a fibra e a proteína das frutas secas ajudam na sensação de saciedade, reduzem a fome e ajudam na saúde intestinal. Além disso, descobriu-se que há pelo menos 20% menos calorias do que o esperado nas castanhas, como amêndoas e nozes, porque algumas dessas calorias são excretadas nas fezes.

    A lista de benefícios do consumo das frutas secas se estende ainda mais à redução da pressão arterial, à melhora da função cognitiva, à redução dos níveis de colesterol e até mesmo à longevidade. “Se você deseja melhorar a qualidade da sua dieta, recomendo fortemente o consumo de mais frutas secas”, diz Katherine Zeratsky, nutricionista registrada na Mayo Clinic.

    Ao mesmo tempo, nem todas as frutas secas proporcionam os mesmos benefícios – e nenhuma noz deve ser consumida em excesso. “Mesmo que as calorias sejam menores do que a quantidade indicada na embalagem, um pequeno punhado de frutas secas ainda está carregado de calorias”, diz Jill Weisenberger, nutricionista registrada na Virgínia e autora de ”Prediabetes: A Complete Guide”.

    Algumas das melhores frutas para incluir em sua dieta compreendem: amêndoas, pistache, castanha-do-pará, amendoim e nozes.


Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/01/qual-e-omelhor-momento-para-comecar-um-novo-habito-e-realmente-mante-lo (adaptado).

De acordo com o texto, qual é o principal motivo pelo qual as frutas secas não promovem ganho de peso, apesar de seu alto teor calórico? 
Alternativas
Q3163176 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO.


Quais frutas secas são as melhores para a saúde? A ciência já sabe que elas fazem bem ao organismo 


    Nesta época de festas de fim de ano, com almoço e ceia de Natal, ceia de Ano Novo, as frutas secas se tornam destaque nas mesas de muitas famílias. E elas são uma ótima opção de alimento, mas não só nesse período, como para fazerem parte sempre da dieta alimentar do dia a dia.

    Embora a maioria das pessoas saiba que as frutas secas (como castanhas e nozes) contenham vitaminas e minerais, talvez você não saiba quantos benefícios à saúde estão associados a essas frutas secas saborosas.

    Algumas das vantagens que podem vir do consumo de frutas secas incluem a redução do risco de câncer, ossos mais fortes e, como elas mantêm os níveis de açúcar no sangue sob controle, um risco menor de contrair diabetes. Um estudo mostra que a ingestão de apenas 30 gramas de frutas secas por dia resulta em uma redução surpreendente de 21% no risco de doenças cardiovasculares.

    Talvez o mais surpreendente de tudo seja que, considerando seu alto teor calórico, as frutas secas consumidas com moderação não promovem ganho de peso – uma contradição das diretrizes dietéticas comuns da década de 1990.

    Na verdade, “as dietas que incluem a ingestão regular de frutas secas estão relacionadas à perda de peso”, afirma Deirdre Tobias, epidemiologista de obesidade e nutrição da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

    Isso se deve ao fato de que a gordura, a fibra e a proteína das frutas secas ajudam na sensação de saciedade, reduzem a fome e ajudam na saúde intestinal. Além disso, descobriu-se que há pelo menos 20% menos calorias do que o esperado nas castanhas, como amêndoas e nozes, porque algumas dessas calorias são excretadas nas fezes.

    A lista de benefícios do consumo das frutas secas se estende ainda mais à redução da pressão arterial, à melhora da função cognitiva, à redução dos níveis de colesterol e até mesmo à longevidade. “Se você deseja melhorar a qualidade da sua dieta, recomendo fortemente o consumo de mais frutas secas”, diz Katherine Zeratsky, nutricionista registrada na Mayo Clinic.

    Ao mesmo tempo, nem todas as frutas secas proporcionam os mesmos benefícios – e nenhuma noz deve ser consumida em excesso. “Mesmo que as calorias sejam menores do que a quantidade indicada na embalagem, um pequeno punhado de frutas secas ainda está carregado de calorias”, diz Jill Weisenberger, nutricionista registrada na Virgínia e autora de ”Prediabetes: A Complete Guide”.

    Algumas das melhores frutas para incluir em sua dieta compreendem: amêndoas, pistache, castanha-do-pará, amendoim e nozes.


Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/01/qual-e-omelhor-momento-para-comecar-um-novo-habito-e-realmente-mante-lo (adaptado).

Com base no texto, analise as assertivas a seguir:



I. As frutas secas, quando consumidas moderadamente, podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e melhorar a saúde intestinal.


II. A ingestão regular de frutas secas, mesmo em grandes quantidades, é recomendada por especialistas devido ao seu baixo impacto calórico.


III. O texto destaca que as frutas secas contêm fibras, proteínas e gorduras que promovem a saciedade e ajudam no controle do peso.


IV. Algumas frutas secas possuem mais calorias do que o indicado na embalagem, o que aumenta o risco de ganho de peso ao consumi-las.



Das assertivas, pode-se afirmar que: 

Alternativas
Q3163038 Português
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo

Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.


    O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural que permeia a cultura.


    O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.


    “O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.


    De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença gritante de 20 anos.


    “O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse Adelaide. (...)


    Envelhecimento ativo para todos?


    A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo “envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade de vida e saúde.


    As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras, atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um pouquinho melhor”, falou Silva.


    Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)


Longevidade e políticas públicas


    O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade, segundo Adelaide.


    “O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa. Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação, na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.


    De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade. Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras, jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.


Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.


    


    
Analise o excerto a seguir extraído do Texto: “O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade, segundo Adelaide.”. De acordo com o contexto apresentado, a palavra “arcabouço”, em destaque, pode ser substituída, sem que seja alterado o seu sentido, pelo termo
Alternativas
Q3163037 Português
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo

Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.


    O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural que permeia a cultura.


    O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.


    “O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.


    De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença gritante de 20 anos.


    “O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse Adelaide. (...)


    Envelhecimento ativo para todos?


    A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo “envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade de vida e saúde.


    As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras, atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um pouquinho melhor”, falou Silva.


    Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)


Longevidade e políticas públicas


    O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade, segundo Adelaide.


    “O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa. Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação, na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.


    De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade. Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras, jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.


Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.


    


    
De acordo com as características textuais predominantes, pode-se classificar o texto de Lucas Gabriel Marins, como pertencente ao gênero
Alternativas
Q3163036 Português
Envelhecer no Brasil não é igual para todo mundo

Questões sociais, de raça e de gênero têm um grande impacto no processo de envelhecimento.


    O envelhecimento é um processo natural que envolve alterações fisiológicas, estruturais e químicas nas células das pessoas. Mas essa mudança biológica inerente à vida não é igual para todo mundo. Além das questões físicas, o gênero, o contexto social e a raça têm um peso enorme nesse processo, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, repleto de desigualdades e com um racismo estrutural que permeia a cultura.


    O primeiro dado que mostra a realidade do cenário local é a relação entre expectativa de vida e riqueza. Em Santa Catarina, estado com uma das maiores rendas médias per capita do Brasil, uma pessoa vivia em média 79,9 anos em 2019, segundo a última pesquisa sobre o assunto divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, no Maranhão, cuja renda é a menor do Brasil, a expectativa média de vida naquele ano foi de 71,4 anos.


    “O envelhecimento não é igual para pobres e para ricos, não é igual para alfabetizados e letrados, assim como também envelhecer na região Nordeste, por exemplo, não é a mesma coisa que envelhecer no Sul”, explicou Adelaide Paredes Moreira, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do mestrado profissional em gerontologia da mesma instituição.


    De acordo com Adelaide, estudos mostram que pessoas nascidas em lugares mais pobres tendem a ter de 10 a 20 anos a menos de expectativa de vida do que aquelas nascidas em locais mais ricos ou com situações econômicas melhores. O Mapa da Desigualdade da Capital Paulista de 2021, divulgado pela Rede Nossa São Paulo, mostra essa realidade dentro da maior cidade do país. No Jardim Paulista, bairro da região central de São Paulo, a média de vida dos moradores é de 80 anos, enquanto no Iguatemi, na zona leste, é de 60 anos – uma diferença gritante de 20 anos.


    “O Brasil tem uma desigualdade social muito presente, e isso vai refletir diretamente na esperança de vida dessas pessoas”, disse Adelaide. (...)


    Envelhecimento ativo para todos?


    A população mundial está ficando cada vez mais velha, e o Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a sexta nação do mundo com o maior número de idosos até 2025. Prevendo esse cenário global, a entidade adotou no final dos anos 1990 o termo “envelhecimento ativo”. O conceito diz que para o processo se tornar uma experiência positiva, a vida deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação (social) e segurança. Dessa forma, o idoso pode passar dos 60 anos com autonomia, independência, qualidade de vida e saúde.


    As desigualdades sociais e raciais, no entanto, dificultam o envelhecer ativo e saudável para alguns grupos. “As pessoas idosas negras, atualmente, são aquelas que menos aprenderam a ter vida social, porque elas são aquelas que menos recebem pessoas em casa, que menos frequentam a casa das pessoas, ou seja, elas só trabalham – e em um trabalho de baixa qualidade. E não dá para falar que a pessoa não quis se preparar para envelhecer. Ela até pensou nisso, mas tinha que pagar contas, acordar cedo, trabalhar mais tempo para o filho viver um pouquinho melhor”, falou Silva.


    Os próprios espaços com maior concentração de negros e pardos, como favelas, por exemplo, não facilitam um envelhecimento ativo prático, e ainda criam uma espécie de “segregação residencial”, disse Silva. “Você já foi em um local que tem muitas pessoas negras? Você percebe que o território não é bom para se viver, a qualidade e o acesso dos serviços não são bons, então as pessoas – tanto negras quanto brancas – que envelhecem nesses espaços não têm muitas possibilidades.” (...)


Longevidade e políticas públicas


    O Brasil tem políticas públicas robustas para o envelhecimento, que abordam capacitação, garantia de acesso à rede de serviços de saúde, acolhimento, entre outros pontos. Uma das principais legislações é o Estatuto da Pessoa Idosa, instituído em outubro de 2003 por meio da Lei nº 10.741. O grande problema desse arcabouço jurídico, no entanto, é que ele muitas vezes não é colocado em prática pela sociedade, segundo Adelaide.


    “O estatuto do idoso é realmente um dos principais instrumentos que veio dar suporte à política nacional de atenção à pessoa idosa. Eu acho que o que falta é a sociedade realmente tornar essa política algo efetivo, não só na saúde, mas também na educação, na habitação, na segurança social, e em políticas que garantam que a pessoa chegue à velhice e que, ao chegar lá, possa usufruir, nessa fase, de uma vida mais plena, de uma vida digna, e de uma vida feliz”, falou.


    De acordo com a professora, a promoção e a efetivação de políticas públicas são poderosas ferramentas para aumentar a longevidade. Uma vida longeva, ainda de acordo com Adelaide, também está relacionada com alimentação saudável, prática de exercícios físicos, leituras, jogos e, principalmente, relações sociais – com familiares, amigos e a comunidade no geral.


Sobre o autor: Lucas Gabriel Marins é jornalista e futuro biólogo. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/60mais/envelhecer-bem/envelhecer-no-brasil-nao-e-igual-para-todo-mundo/. Com adaptações.


    


    
De acordo com as ideias apresentadas no Texto, por Lucas Gabriel Marins, o processo de envelhecimento
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162683 Português

Q1_10.png (674×470)



SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

Assinale a alternativa que escreve a frase a que o autor alude em "como o tal do 'mesmo', o ser misterioso citado nas placas de certos corredores..." (linhas 22-23), adaptando-a à norma gramatical.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162682 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

Assinale a alternativa em que a reescrita da expressão "elevada estima e consideração" (linha 20) mantém a correção gramatical e o sentido da expressão no texto.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162679 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

Os verbos oferecer, dar, emprestar e disponibilizar (linhas 03-04) são mencionados no texto como tendo em comum a ideia de alguém que:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162678 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

No trecho “A moléstia, contagiosa, é agravada pelos anglicismos selvagens de gente desacostumada a ler em português” (linhas 06-07), a expressão em destaque é utilizada para retomar um elemento anteriormente mencionado por um mecanismo de:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162677 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

No trecho “As estrepolias beletristas do juridiquês deixam no chinelo a fala empolada, que, hoje em dia, nunca ‘usa’, só ‘utiliza’” (linhas 17-18), a expressão em destaque:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162676 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

No terceiro parágrafo do texto, para defender seu ponto de vista, o autor:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: FCPC Órgão: UFC Prova: FCPC - 2025 - UFC - Assistente em Administração |
Q3162675 Português

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SERGIO LEO. A linguagem performática dos possuídos realizadores. Revista do Correio. 20/10/2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2024/10/6964579-cronica-cidade-nossa-a-linguagemperformatica-dos-possuidos-realizadores.html

No texto, no que diz respeito à linguagem usada na atualidade, o autor:
Alternativas
Q3162624 Português
Observe o seguinte texto:
“Há quem o chame de maluco, excêntrico, desvairado, mas ele não liga para esses xingamentos; todos os dias ele para o carro na praia de Ipanema, molha o corpo e se joga na areia, cobrindo o corpo com ela e, assim, volta ao carro”.
Nesse caso, a introdução do texto segue o modelo de 
Alternativas
Q3162623 Português
As frases abaixo mostram um processo de intensificação positiva ou negativa
Assinale a frase em que as palavras destacadas não comprovam essa estratégia.
Alternativas
Q3162622 Português

Os textos abaixo são descritivos de animais, objetos ou locais

Assinale o texto cuja finalidade é qualificar.

Alternativas
Q3162621 Português
Observe a seguinte descrição:
“Todas as formas estão diluídas. Cinco horas da manhã. A carroça do padeiro passa estrondando, fazendo tremer a quietude da cidade afundada, mas um instante depois o seu vulto e o seu ruído se dissolvem na cerração. O silêncio torna a cair”.
Em relação a essa descrição, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q3162620 Português
Observe o seguinte texto:
“Do alto do morro, a cidade parecia pequena, mas na praça do centro o movimento era grande num meio de um grande número de lojas para turistas, onde abundavam os produtos de artesanato em madeira”.
A técnica empregada na descrição desse texto é a de
Alternativas
Q3162619 Português
Inferências são as informações que deduzimos da leitura de um texto qualquer assinale a inferência incabível, entre as que foram feitas das frases abaixo.
Alternativas
Respostas
721: D
722: B
723: A
724: A
725: D
726: A
727: B
728: B
729: C
730: A
731: B
732: A
733: B
734: C
735: B
736: E
737: C
738: A
739: B
740: C