Questões de Concurso
Sobre morfologia - verbos em português
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Leia o texto abaixo de modo a responder às questões de 11 a 13:
NÃO COMERÁS COMO ANTES
1 __ Uma nova revolução está em curso e promete transformar a indústria de alimentos e a
2 agropecuária, talvez em menos de duas décadas. Sabemos que as transformações digitais em série tiraram
3 os discos e CDs da estante e obrigaram a indústria fonográfica a reinventar-se. A indústria automotiva
4 debruça-se sobre os efeitos da sociedade uberizada e redesenha seus próximos passos com carros
5 elétricos, autônomos e drones automotivos pelo ar. A febre de aplicativos de bikes e patinetes aponta
6 para a chegada de uma nova geração decidida a desembarcar do sonho de ter um carro e do desejo de
7 dirigir. Os smart-phones não só transformaram o telefone fixo quase em enfeite, mas já obrigam até
8 potentes emissoras de televisão a repensar suas telinhas e modelos de negócio, isso para citar apenas um
9 aspecto. Testemunhamos uma série de mudanças de crenças, valores e certezas. Qual será a próxima
10 onda disruptiva? Possivelmente ela acontecerá pela boca. Ou em torno de todo o modelo que existe hoje
11 para alimentar as pessoas. Não comerás como antes. E não produzirás alimentos da mesma forma que se
12 faz hoje. Em questão de décadas, o que soa agora como um mandamento bíblico poderá fazer todo o
13 sentido.
14 __ É possível que a produção de tudo o que se come atualmente seja muito diferente em um futuro
15 não muito distante. O setor econômico que gira ao redor da circunferência de um prato de arroz, feijão,
16 alface, batata, tomate e carne, entre uma garfada geracional e outra, sofrerá impactos estruturais. Chegou
17 a hora de discutir o que a comida disruptiva – e toda a sua fascinante tecnologia – fará com o modus
18 operandi da indústria e da agropecuária e com a próxima etapa do agronegócio, quando a produção de
19 bifes de laboratório ganhar escala e se tornar acessível, por exemplo. Será que, nas próximas décadas, a
20 carne suculenta saboreada no almoço ainda vai depender da criação de gado para o abate, como sempre
21 funcionou no modelo tradicional da pecuária?
[...] (Veja, 12/06/19)
O título do texto apresenta o verbo na forma imperativa, que pode dar à frase um sentido de ordem ou um conselho. Mas, no corpo do texto, ao se referir a algo que está para acontecer, muitas vezes, empregam-se palavras (advérbios ou verbos) que sinalizam dúvida, possibilidade, incerteza. Dito isso, analise as sentenças abaixo elencadas, e assinale a alternativa que, tal como o título, indica certeza.
Analise a seguinte reflexão, escrita pelo escritor brasileiro Millôr Fernandes, para responder às questões a seguir.
_
“Se Deus me der força e saúde, hei de provar que ele não existe”.
Considere as alternativas a seguir e assinale a que NÃO indica um verbo presente na frase de Millôr Fernandes.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Desumanizado mundo novo
- Vivemos em um mundo repleto de ironias, de contradições, de paradoxos, em um mundo
- confuso e confusamente percebido, como escreveu Milton Santos. Vemos, de um lado, a
- tecnologia se desenvolver em uma velocidade cada vez maior, enquanto nós parecemos ir no
- sentido contrário, em um processo contínuo e acelerado de desumanização. É óbvio que o
- desenvolvimento tecnológico em si não é o causador do problema, mas o progresso humano
- está paulatinamente mais distante do progresso da máquina e das grandes cidades. É como se,
- para que um exista, o outro tenha que ceder espaço de si mesmo, adaptar-se, abnegar-se,
- transformar-se no que não é.
- Por mais que o desenvolvimento da ciência e da tecnologia seja importante e traga
- benefícios para a vida individual e coletiva, é preciso considerar que um mundo de coisas não é
- um mundo de pessoas. Todo “progresso” conseguido através da tecnologia deve servir como
- instrumento para que haja uma melhora na condição humana. Desse modo, caso não seja
- percebido um progresso similar entre o mundo das máquinas e o mundo dos homens, é
- necessário repensar e reorganizar as bases em que tal “desenvolvimento” tem ocorrido.
- Se analisarmos os altos índices (com projeções ainda maiores) de doenças psicológicas,
- perceberemos que as áreas com maior incidência são as grandes cidades, onde a modernidade,
- com todo o seu “progresso” material, consegue se “desenvolver” com maior êxito. Além disso,
- os jovens são o grupo mais afetado, o que não significa que outras pessoas não possam sofrer
- com os mesmos problemas. Esses dados separados podem não ter muito nexo. Contudo, se
- analisados juntos, fazem todo o sentido, já que há uma pressão muito maior sobre as atuais
- gerações para que elas consigam se afirmar e obter sucesso dentro dos parâmetros
- estabelecidos pela sociedade, pautada, evidentemente, pelo consumismo e espetacularização
- de bens que afirmam a magnificência do mundo líquido moderno.
- Com isso, na medida em que o “sucesso” não é atingido, uma vez que nem todos possuem
- os “pré-requisitos” necessários para adentrar no oásis de prazer da sociedade de consumo, nem
- os “talentos” necessários para agradar à plateia do espetáculo permanente, que é a nossa
- sociedade, passa-se a ter sujeitos frustrados, insatisfeitos e desindividualizados, que ao mesmo
- tempo em que não conseguem se encaixar no mundo, não conseguem reconhecer a si próprios.
- Em outras palavras, não há espaço para todos brilharem e/ou nem todos querem, de fato,
- “brilhar”. Logo, muitos acabam ficando no meio do caminho, entre ser um sujeito individual,
- mas desencaixado; ou ser um sujeito despersonalizado, porém ajustado. O preço cobrado por
- sair __ um lugar, mas não chegar __ outro, é ficar perdido da sociedade e, sobretudo, de si
- mesmo.
- Apesar desses casos serem, aparentemente, mais graves, não se deve entender que
- renunciar à própria individualidade em favor do cumprimento de protocolos sociais seja algo
- saudável ou normal. Pelo contrário, é no enquadramento, na subserviência às regras de uma
- sociedade que se apresenta em um temível estado patológico que reside o âmago do problema,
- pois é por meio da conversão de novas ovelhas que a “igreja” expande o seu rebanho e,
- consequentemente, o seu poder.
- É urgente repensar o nosso mundo e declarar a ironia de uma sociedade que transverte o
- fracasso em uma roupa de sucesso e que, ao criar a ilusão de uma sociedade de indivíduos,
- criou uma sociedade de massa, uniforme e prisioneira em um reino de ignorância, indiferença,
- egoísmo e apatia, em que todos, em alguma medida, vivem de forma mecânica, anônima,
- invisível e solitária, distantes de si, distantes do mundo, chorando as lágrimas escassas de
- quem não acredita mais no choro. Estamos todos doentes e precisamos nos curar. Entretanto, a
- cura não está na sanidade de um mundo aparentemente são, mas completamente adoecido, e
- sim na lou(cura) de ser a si mesmo e permitir que os outros também sejam, pois qualquer
- caminho que tomemos deve ter como destino o nosso ser.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/desumanizado-mundo-novo/. Acesso em 14 mar. 2019.
As formas verbais “exista” e “tenha”, localizadas na linha 07 do texto, estão conjugadas no:
A matéria jornalística abaixo exposta, extraída de Veja, 24/04/19, relata um episódio no âmbito da esfera político-econômica, ocorrência que desencadeou uma série de ações num curto intervalo de tempo. Por essa razão, muito importante se faz o domínio quanto ao emprego dos tempos verbais para retratar a trajetória dos fatos. Atente para as formas verbais em destaque no texto, de modo a responder ao que se pede nas questões (14) e (15).
“A quinta-feira 11 foi um marco duplo para o governo de Jair Bolsonaro. Na mesma data em que celebrava seus 100 primeiros dias na Presidência da República, Bolsonaro pôs em risco a imagem de adepto do liberalismo econômico, adotada durante a campanha eleitoral e, em grande parte, responsável por sua eleição. Ocorre que o dia 11 também era a data em que a Petrobras anunciaria o reajuste dos combustíveis, cujo preço permanecia congelado havia quinze dias. Em março, a companhia cedera a um apelo do governo, que pediu que o prazo de aumento do diesel fosse ampliado para pelo menos quinze dias. [...] Na noite da quinta-feira, o presidente da petroleira, Roberto Castelo Branco, estava no aeroporto do Rio de Janeiro, prestes a embarcar para os Estados Unidos, quando recebeu uma ligação do presidente da República. Segundo sua explicação no dia seguinte, no Twiter, Bolsonaro só queria entender como a estatal havia chegado àquele número, que, na repentina condição de conhecedor da matemática dos combustíveis, lhe parecia absurdo, “se comparado à inflação”. [...] Castelo Branco, que passaria a semana no exterior em conversa com investidores, convocou uma reunião de emergência com os diretores. A deliberação foi comandada do aeroporto mesmo, por telefone, e uma decisão saiu em minutos: o reajuste seria suspenso para que se revisitassem todos os cálculos e análises. [...] No fim da ligação, Castelo Branco informou aos diretores que anteciparia a volta ao Brasil para a segunda-feira. Não levou mais de meia hora para que a Petrobras alterasse o preço do diesel em seu site, voltando à cotação antiga. O que se deu a partir daí foi uma espécie de caos, no mercado e no governo [...].
Analise as afirmações a seguir que abordam o funcionamento do tempo verbal.
I- As formas verbais simples - ANUNCIAR, PASSAR e ANTECIPAR -, conjugadas no futuro do pretérito, são passíveis de substituição pelas locuções verbais: IA/IRIA ANUNCIAR; IA/IRIA PASSAR e IA/IRIA ANTECIPAR.
II- A forma verbal simples CEDERA, conjugada no pretérito mais que perfeito é passível de substituição pelo tempo composto HAVIA CEDIDO, alternância também admissível entre as formas HAVIA CHEGADO e CHEGARA.
III- As formas verbais simples – RECEBER, CONVOCAR e INFORMAR, conjugadas no pretérito perfeito são passíveis de substituição pelas formas RECEBERA, CONVOCARA e INFORMARA, no pretérito mais que perfeito.
É CORRETO o que se afirma em:
Após a leitura do artigo abaixo, extraído de Veja - 06/03/19, responda às questões 3, 4 e 5:
AS UTIs ESTÃO NA UTI
Faltam vagas, médicos, recursos e medicamentos. O cenário dramático das unidades de terapia intensiva do país faz com que os profissionais muitas vezes tenham de escolher a quem ceder o leito.
A unidade de terapia intensiva é uma estrutura hospitalar caracterizada pela capacidade de atender pacientes em estado grave ou potencialmente grave. Para cumprir sua missão, deve ser dotada de recursos humanos e técnicos de excelência para minimizar o sofrimento das pessoas, aliviar e proporcionar conforto, e sobretudo promover a cura. Com o aumento de expectativa de vida da população e a predominância de doenças crônicas como as principais causas de mortalidade, a necessidade de leitos de UTI hoje é crescente no Brasil, à semelhança da maioria dos países desenvolvidos. A questão é que o cenário da terapia intensiva está muitíssimo aquém das necessidades da população – tanto em números quanto em quantidade.
Estudo recente do Conselho Federal de Medicina demonstrou que menos de 10% dos municípios brasileiros oferecem esse tipo de leito pelo Sistema Único de Saúde (SUS): apenas 532 de 5570 municípios. De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o Brasil tem quase 45000 leitos de UTI. Desses, 49% estão disponíveis para o SUS e 51%, para instituições privadas ou de saúde suplementar. Também chama a atenção a distribuição irregular dos leitos: a Região Sudeste concentra 53,4% do total. A Região Norte tem apenas 5%. A falta de leitos e a baixa qualidade do atendimento em terapia intensiva são constatadas nos dois sistemas de saúde, mas o cenário dramático é mais visível no SUS, pois os hospitais privados têm maior disponibilidade de recursos humanos e tecnológicos, além de melhores instalações físicas.
O dia a dia de um intensivista no Brasil, em especial de um hospital público, é feito de desafios inimagináveis: devemos escolher a quem ceder o leito (o paciente em estado mais grave entre milhares de outros em estado grave); determinar quem é o paciente que deverá receber hemodiálise (pois não há hemodiálise para todos que precisam dela); deixar de administrar o antibiótico adequado (por ele não estar acessível no hospital); ter de utilizar o tratamento menos eficiente; deixar de caminhar com o paciente na UTI pois não há equipe de fisioterapia; restringir a permanência da família ao lado do paciente (Não há infraestrutura para isso); não possibilitar dignidade durante o processo de morte... São muitos nãos. Ao não dispormos de terapias intensivas avançadas, não estamos cumprindo o artigo 196 da nossa constituição – a saúde é direito de todos e dever do Estado – no momento mais difícil que uma família enfrenta [...]
Analise o comportamento dos verbos auxiliares que integram as locuções verbais em destaque nos fragmentos textuais abaixo elencados:
I- O cenário dramático das unidades de terapia intensiva do país faz com que os profissionais muitas vezes tenham de escolher a quem ceder o leito.
II- Para cumprir sua missão, (a unidade de terapia intensiva) deve ser dotada de recursos humanos e técnicos de excelência para minimizar o sofrimento das pessoas, aliviar e proporcionar conforto, e sobretudo promover a cura.
III- O dia a dia de um intensivista no Brasil, em especial de um hospital público, é feito de desafios inimagináveis: devemos escolher a quem ceder o leito (o paciente em estado mais grave entre milhares de outros em estado grave). [...]
IV- Ao não dispormos de terapias intensivas avançadas, não estamos cumprindo o artigo 196 da nossa constituição – a saúde é direito de todos e dever do Estado.
Dentre os verbos auxiliares (ter/dever/estar) o sentido de OBRIGAÇÃO é expresso na(s) proposição(ões) indicada(s) em:
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 9.
MEMES, É PRA ISSO QUE EU PAGO INTERNET!
Por Jaider Morais
É indiscutível que a internet revolucionou nossas vidas com os serviços, redes sociais e informações em tempo real e sem barreiras geográficas. O tempo, em que ficamos conectados, aumenta a cada dia e sempre nos deparamos com coisas engraçadas, que de repente todo mundo está compartilhando e muitas vezes nem sabemos de onde veio ou qual a referência. Estamos falando dos memes, uma indústria acelerada que não brinca em serviço.
Pra quem gosta desse tipo de conteúdo (quase todo mundo), é motivo de orgulho morar no país que é considerado um grande e bem sucedido polo industrial desses maravilhosos conteúdos. Quem nunca leu por aí que o Brasil é uma fábrica de memes ou o país deles, ou ainda que brasileiro faz piada com tudo? Pois é, gente. Vamos ver um pouco de como isso surgiu e relembrar alguns clássicos.
Em poucas palavras, memes podem ser fotos/desenhos, em muitas vezes com frases em letras garrafais; gifs ou vídeos curtos; sons ou músicas e textos que quase sempre usam de uma boa dose de humor e se espalham rapidamente pela internet. A palavra meme vem de um termo grego e significa “imitação”. Foi usado pela primeira vez, em 1976, pelo escritor britânico Richard Dawkins em seu bestseller “O Gene Egoísta”. O conceito é bem amplo, mas em resumo ele descreveu meme como uma informação que se multiplica de cérebro em cérebro ou em locais onde a informação é armazenada (como livros). [...]
A gente adora fazer piada de tudo, né? Seja do entrevistador que cometeu uma gafe ao vivo; da celebridade que fez uma cara estranha; do jogador de futebol que caiu; do gatinho engraçado, dentre muitas outras. Em minha opinião, o surgimento dos memes para o brasileiro é a ilustração daquela frase: “essa arma” é poderosa e não pode cair em mãos erradas”.
Não que eu seja velho, mas eu me lembro dos memes que fizeram sucesso em vídeos e animações postadas nos primórdios das redes sociais ou que eram compartilhados por e-mail ou no infravermelho do celular. “Bebê dançarino”, “Vaca louca” e “A baratinha” são exemplos dos primeiros memes que eclodiram no meio tecnológico.
(Fonte: Design com Café)
Todo texto é elaborado com finalidades específicas e possui marcas que identificam quem o escreve. Assinale a alternativa que corretamente apresenta a pessoa do discurso utilizada, em sua maior extensão.
Leia o texto “Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos?” dos escritores Tory Oliveira e Paula Calçade, para responder às questões de 1 a 8 a seguir.
Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos? (adaptado)
Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abraçar quem se gosta, esconder seus sentimentos e não poder chorar. Para muitos meninos, essas são algumas das regras não escritas das masculinidades. Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de masculinidades abarca as regras sociais delimitadas aos homens para que eles construam sua maneira de agir consigo, com o outro e com a sociedade. Muito cedo se aprende que a pena para quem não seguir um código estrito, que define a masculinidade, é ser visto como “menos homem”, associado à feminilidade, e, assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos pares.
Segundo Marcelo Hailer, pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças, da PUC- SP, “A narrativa social valoriza homens brancos, heterossexuais, fortes, com condições econômicas favoráveis”. Para o pesquisador, a escola pode ser um campo de cobranças dessa performance masculina. A ausência de discussões sobre o impacto disso para meninos e meninas pode resultar em violência dentro do ambiente escolar. “Enquanto não houver debate nas escolas, esses valores vão continuar resultando em violência física e psicológica, porque não há outras alternativas para essas crianças lidarem com as angústias e dúvidas em outros lugares também”.
“A maneira como os garotos são criados faz com que aprendam a esconder os sentimentos por trás de uma máscara de masculinidade” afirma o psicólogo americano William Pollack no documentário “A Máscara em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente na Netflix, o filme introduz o debate sobre masculinidades de maneira acessível, mostrando como essa construção rígida do que é ser homem impacta a vida, a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, isso se dá por meio da violência: quando está triste, com raiva, quando sente medo ou insegurança, em todos esses aspectos, a violência é uma fuga muito grande. Temos uma dificuldade de entender os sentimentos e de lidar com eles de maneira não violenta”, explica Caio César Santos, professor de Geografia, youtuber e pesquisador de masculinidades desde 2015.
(Fonte: Nova Escola)
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do texto abaixo, preservando-lhe o sentido original e a adequação à Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
Enquanto não _____ debate nas escolas, esses valores _____ resultando em violência física e psicológica, porque não _____ outras alternativas para essas crianças (...)”.
Texto 1
Atividade física pode evitar 10 mil casos
de câncer ao ano no Brasil
Cerca de 10 mil novos casos de câncer, entre eles o de mama e o de cólon, poderiam ser evitados no Brasil se houvesse mais adesão à prática da atividade física entre a população. Os resultados fazem parte de uma pesquisa feita no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com a Universidade de Harvard, a Universidade de Cambridge e a Universidade de Queensland. Um artigo sobre o assunto foi publicado na revista científica internacional Cancer Epidemio/ogy em julho de 2018.
Os dados sobre a falta de atividade física da população brasileira são alarmantes. A última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1 BGE), em 2013, mostra que aproximadamente metade das pessoas sequer atingiu a recomendação mínima preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prática por semana, ou seja, 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos em ritmo mais intenso.
As mulheres estão em desvantagem em relação aos homens. É maior o número de mulheres que não se exercitam, cerca de 51 %, enquanto os homens, é de 43%.
O de mama e o de cólon são os cânceres mais comuns e que poderiam ser evitados caso houvesse a prática regular de atividade física entre a população, segundo Leandro Fórnias Machado Rezende, um dos autores da pesquisa.
A prática regular da atividade física influencia no controle de peso e no nível de gordura, além de atuar diretamente sobre hormônios e marcadores inflamatórios. A falta dela aumenta o risco de incidência de alguns tipos de câncer, principalmente os que foram objetos de estudo, o de mama e o de cólon. A pesquisa trouxe mais detalhes sobre o assunto: os pesquisadores concluíram que até 8.600 casos de câncer em mulheres e 1. 700 casos de câncer em homens poderiam ter sido evitados simplesmente com o aumento dos exercícios semanais. Conforme afirma Rezende, esses casos correspondem a 19% da incidência de câncer de cólon e 12% de câncer de mama no Brasil.
De acordo com Rezende, os pesquisadores que trabalharam nesse estudo acreditam que os números possivelmente podem estar subestimados, já que há estudos recentes sugerindo uma possível relação de atividade física com a redução do risco de até 13 tipos de câncer.
(Por Redação - Editorias: Ciências da Saúde - URL Curta: jornal.usp.br/?p=184111)
Disponível em >htlps://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/atividade-fisica-pode-evitar-10miI-casos-de-cancer-ao-ano-no-brasiI/. Acesso em 18/05/2019. Adaptado.
Câncer e mulher fazem o plural com acréscimo de -es; possível faz o plural trocando-se o I por -is (possíveis).
Está correta a correspondência entre a palavra e sua respectiva forma de plural na seguinte opção:
O verbo “cantar” conjugado na primeira pessoa do singular no Presente do Indicativo é:
Analise o texto poético a seguir, de autoria do compositor brasileiro Sérgio Bittencourt, para responder às próximas questões.
“Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim”
No primeiro verso do poema, aparece o verbo “sentava”. Em relação à conjugação desse verbo, pode-se afirmar que está no:
Texto I
Saúde é um estado de completo
bem-estar físico, mental e social
Quando se fala em melhoria de saúde, a primeira coisa que vem à mente é a tecnologia com seu enorme potencial de transformar a maneira como lidamos com a saúde até hoje. As inovações se multiplicam em todas as especialidades e nos mais diversos campos, como genômica, robótica, nanotecnologia, big data, telemedicina etc., oferecendo novas possibilidades em diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças.
A sofisticação tecnológica é responsável por grandes saltos na medicina e seus avanços têm contribuído para que as pessoas possam viver cada vez mais e melhor. Neste sentido, é natural que tenha destaque e seja admirada.
Mas isso não pode ser impeditivo para que tenhamos uma visão mais ampla sobre a saúde e comecemos a prestar atenção em outros fatores igualmente impactantes, seja pelo potencial de gerar doenças ou de não permitir que as pessoas tenham uma vida saudável. Saúde não é somente ausência de enfermidade, e sim um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
A partir dessa definição, dada pela própria Organização Mundial de Saúde, é impossível pensarem melhoria de saúde sem um olhar mais amplo que considere outros elementos impactantes. Não se pode elevar o padrão de saúde sem melhorar as condições de saneamento básico e moradia, sem reduzir a violência urbana, os acidentes de trânsito, o consumo abusivo de álcool ou o tabagismo e também sem tratar da questão nutricional.
Combater a desnutrição em todas as suas formas é um dos maiores desafios que todos os países enfrentam porque quase um terço da população no mundo sofre, pelo menos, de uma forma de desnutrição, como deficiência de vitaminas e minerais, ou ainda de excesso de peso ou obesidade. A ONU considera a questão tão séria que mantém um plano de trabalho global prevendo ações para melhoria das condições nutricionais nos próximos dez anos.
No Brasil, de acordo com dados recentes, um terço das crianças está acima do peso. Entre os jovens de 13 a 17 anos, o índice de obesidade já chega a 7,8%. Excesso de peso é fator de risco para doenças crónicas do coração, hipertensão e diabetes, responsáveis por 78% dos óbitos no Brasil.
Parte desse problema ocorre, ou se agrava, porque substituímos alimentos e cereais in natura, ou minimamente processados, por produtos industrializados prontos para o consumo, em geral consumindo excesso de calorias, açúcar, sódio e outros ingredientes menos saudáveis. Além disso, não praticamos atividades físicas como é recomendável.
Um novo olhar sobre a saúde é responsabilidade dos governantes, dos gestores em saúde e também de cada indivíduo.
Cláudio Lottenberg
Disponível em https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/ saude-e-um-estado-de-completo-bem-estar-fisico-mental-esocial/(Acesso em 20/05/2019). Adaptado.
“um olhar mais amplo que considere outros elementos impactantes” (4o parágrafo)
A frase cujo verbo está empregado no mesmo tempo e modo do verbo em destaque acima é:
TEXTO 3
Por que ler Literatura?
Vamos, primeiramente, adotar como princípio que a Literatura é uma forma de arte, assim como a música, a pintura, a dança, a escultura e a arquitetura.
Há algo, porém, que a diferencia das demais manifestações artísticas. A Literatura nos permite, pela interação com o texto através do qual ela se manifesta, tomar contato com o vasto conjunto de experiências acumuladas pelo ser humano ao longo de sua trajetória. Sem que seja preciso vivê-las novamente.
Toda forma de arte apresenta um determinado conhecimento. Mas esta apresentação é feita de modo particularizado: o artista transpõe para um quadro, para uma música, para um livro, sua visão pessoal sobre determinada experiência ou acontecimento.
Dessa forma, observando as manifestações artísticas, temos condições de recuperar conhecimentos mais abstratos e sutis do que aqueles apresentados pelas ciências. Podemos, por exemplo, experimentar diferentes sensações ou estados de ânimo ou reconhecer que uma determinada obra expressa uma fantasia de seu autor...
Nesse sentido, apreciar a arte significa lidar com aquilo que nos caracteriza como seres humanos: nossos sentimentos e dúvidas, emoções e perplexidades; enfim, todas as particularidades relativas ao fato de estarmos vivos.
A arte, inclusivamente a arte literária, pode ser considerada, então, como um espelho muito especial, porque, além de nos mostrar a face do artista, permite-nos vislumbrar o cenário no qual produziu sua obra: a sociedade em que viveu.
Maria Luíza Abaurre et alli. Português, Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 2000. p. 311-312. Adaptado.
Assinale a alternativa em que o enunciado apresenta formas verbais conforme as regras de sua conjugação gramatical.
Os três pássaros do Rei Herodes
__Pela triste estrada de Belém, a Virgem Maria, tendo o
Menino Jesus ao colo, fugia do rei Herodes.
__Aflita e triste ia em meio do caminho quando encontrou um
pombo, que lhe perguntou:
__- Para onde vais, Maria?
__- Fugimos da maldade do rei Herodes – respondeu ela.
Mas como naquele momento se ouvisse o tropel dos soldados
que a perseguiam, o pombo voou assustado.
__Continuou Maria a desassossegada viagem e, pouco
adiante, encontrou uma codorniz que lhe fez a mesma pergunta
que o pombo e, tal qual este, inteirada do perigo, tratou de fugir.
__Finalmente, encontrou-se com uma cotovia que, assim que
soube do perigo que assustava a Virgem, escondeu-a e ao
menino, atrás de cerrado grupo de árvores que ali existia.
__Os soldados de Herodes encontraram o pombo e dele
souberam o caminho seguido pelos fugitivos.
__Mais para a frente a codorniz não hesitou em seguir o
exemplo do pombo.
__Ao fim de algum tempo de marcha, surgiram à frente da
cotovia. Viste passar por aqui uma moça com uma criança no
regaço?
__- Vi sim – respondeu o pequenino pássaro. Foram por ali.
__E indicou aos soldados um caminho que se via ao longe. E
assim afastou da Virgem e de Jesus os seus malvados
perseguidores.
__Deus castigou o pombo e a codorniz.
__O primeiro, que tinha uma linda voz, passou a emitir, desde
então, um eterno queixume.
__A segunda passou a voar tão baixo, tão baixo, que se
tornou presa fácil de qualquer caçador inexperiente.
__E a cotovia recebeu o prêmio de ser a esplêndida
anunciadora do sol a cada dia que desponta.
[...] que a perseguiam... O verbo grifado no presente do subjuntivo e na 2ª pessoa do plural assume a forma
Leia as frases do cartum para responder às questões de números 10 e 11.
(Miguel Paiva. O Globo)
Reescrevendo as frases do cartum, obtém-se versão correta, quanto à conjugação verbal, em:
TEXTO
As línguas vivas foram influenciadas pela
migração do campo para a cidade. Idiomas
falados em determinadas regiões rurais e por
apenas alguns milhares de pessoas, corriam
perigo quando estas se mudavam para zonas
urbanas. Tais línguas regionais também sofriam
quando a cultura citadina, através dos novos
meios de comunicação, chegava ao campo. Da
mesma forma, estavam em risco se a invasão de
algum idioma mais popular – o inglês ou o russo,
por exemplo – oferecesse mais esperança de
emprego, melhor educação ou acesso a
entretenimento. Fora da Europa, centenas de
línguas nativas vivas e vigorosas em 1900
passaram a ser faladas por apenas alguns
milhares de pessoas. Quando um idioma sofria
tal decadência, a maioria dos falantes o usava
somente em parte de seu cotidiano, muitas vezes
sem explorar todos os seus recursos e suas
complexidades, pois os ouvintes de tal língua,
especialmente os jovens, não a conheciam por
completo. Das mais de 6 mil línguas do mundo,
a maioria tinha, relativamente, poucos falantes
no final do século. Elas estavam sob ameaça,
uma vez que o rádio, a televisão, os jornais e os
livros davam preferência àquelas faladas pela
maioria. O iídiche possui hoje cerca de um terço
dos falantes que tinha em 1900, quando era
usado nas regiões centrais e leste da Europa. O
íngrio e outros dois idiomas falados nas
proximidades do Mar Báltico reuniam, em 1970,
somente algumas poucas centenas de falantes
cada um. A língua dálmata, usada no litoral leste
do Mar Adriático, sumiu em 1898. O manx, que
se falava na Ilha de Man, no Mar da Irlanda, foi
extinto em 1974. Na Austrália, vários idiomas se
perderam. Um erudito estudou cinco línguas
vivas de aborígenes, da região tropical de
Queensland, e revelou com tristeza, em 1992,
que três estavam extintas, uma tinha apenas dez
falantes e a última continuava viva apenas na
mente de um falante solitário. Não eram línguas
simples, que morreram por falta de flexibilidade
e vocabulário. A maioria possuía uma gramática
complexa e um impressionante léxico de cerca
de 10 mil palavras. Entre as numerosas línguas
em risco pelo mundo, a maioria não sobreviveu.
(BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do
Século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento, p. 287).
Na última palavra do texto, o autor utilizou o verbo “sobreviver” no seguinte tempo verbal:
As questões 7 a 10 se referem ao texto a seguir:
Dezenas de pessoas participaram no último sábado (05) de mais uma edição da Pedalada Rosa, organizada pelo Governo Municipal através da Fundação de Esportes e Secretaria de Saúde, com o objetivo de mobilizar pessoas em relação ____ importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e colo do útero.
Os participantes pedalaram da Praça da Bandeira, no Centro da cidade, até ____ rótula do bairro Perequê, passando também pelo bairro Vila Nova. Mulheres, homens e crianças participaram do evento, que se tornou tradição na cidade. [...]
A Pedalada Rosa fez parte da programação dos 187 anos de Porto Belo, comemorado neste mês de outubro. A programação segue até o final do mês, e ainda conta com o corte do bolo e parabéns ____ Porto Belo, no dia 13 de outubro, _____ 15h.
Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/ind ex/ver/codMapaItem/4326/codNoticia/579494 Acesso em: 07/out/2019.[adaptado]
No texto, “segue” está sendo usado no presente do indicativo. Assinale a alternativa em que o verbo SEGUIR esteja conjugado na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo:
As questões 1 a 6 se referem ao texto a seguir:
No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]
Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/ind ex/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]
Se passarmos a oração “Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde.” para a voz ativa, teremos:
As questões 1 a 6 se referem ao texto a seguir:
No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]
Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/ind ex/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]
“Designa um fato passado, mas não concluído. Transmite uma ideia de continuidade e duração, podendo indicar, por exemplo, uma ação que se configurou como hábito”. Assinale a alternativa que contenha o tempo e o modo verbal a que se refere essa afirmativa e que contenha um exemplo correto dessa conjugação utilizada no texto:
TEXTO
Os Estados Unidos desenvolveram-se bastante
durante boa parte da década de 1920. Carros
lustrosos corriam pelas estradas, e bairros
residenciais com casas novas financiadas por
uma grande quantidade de bancos se
espalhavam por toda parte. A bolsa de valores
fervilhava, uma vez que era absurdamente fácil
tomar dinheiro emprestado para comprar
ações. Na quinta-feira de 24 de outubro de
1929, a bolsa de valores de Nova Iorque abriu
movimentada, com poucos sinais de
instabilidade. Então, por algum motivo real ou
não, uma histeria pessimista se instalou,
aumentando a cada hora que passava. Quase
todos queriam vender e, quando os preços
caíram bruscamente, apareceram os caçadores
de pechinchas, os quais descobriram, uma hora
mais tarde, que tais pechinchas não existiam
mais. Naquele dia, o número total de ações
vendidas superou em mais de 50% as vendas
em qualquer outro dia na história da bolsa. No
período de algumas semanas, as ações norte-
americanas se valorizaram um pouco e logo
caíram mais do que haviam subido. Com essa
queda, os valores dos imóveis também
diminuíram. Em outros países, os preços de
praticamente todas as principais
“commodities”, com exceção do ouro,
sofreram queda. Era bastante normal que um
“boom” econômico fosse seguido por uma
recessão, mas aquela era assustadoramente
grave. O medo deu lugar ao pânico. Nove mil
estabelecimentos bancários cerraram as portas
apenas nos Estados Unidos, além de terem sido
fechados os principais bancos da Áustria, da
Alemanha, da Tchecoslováquia e de outras
nações prósperas. Na França, a política
monetária, com o intuito de acumular reservas
de ouro, aumentou o massacre internacional. A
maioria das pessoas parou de comprar
produtos que não considerava essenciais.
Novos carros não eram facilmente vendidos e
a indústria automobilística em Detroit e em
Turim passou a comprar menos aço e borracha.
(BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do
Século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento,
2011, p. 103).
O verbo “superar”, utilizada pelo autor na linha 20 do texto, está conjugado em qual tempo verbal?
A humanidade comunica-se pela internet - só no Brasil já são quase 80 milhões de usuários -, mas isso não significa que ela seja, como gostam de dizer, uma "mídia" que promove a convergência de todas as outras "mídias". Ela é capaz de fornecer ferramentas para que um conteúdo atinja grandes audiências de um só golpe, ao vivo, assim como permite que duas pessoas falem entre si, reservadamente. Acima disso, porém, ela abre outras portas, muitas outras. Pensá-la simplesmente pelo paradigma da comunicação é estreitá-la, amofiná-la - e, principalmente, ameaçar a liberdade que ela encerra.
(Eugênio Bucci, jornalista, O Estado de S.Paulo 20 de outubro de 2011 | 03h07)
Em qual tempo verbal está a maioria dos verbos do trecho?