Questões de Concurso
Sobre morfologia - verbos em português
Foram encontradas 11.875 questões
Assinale a alternativa que apresenta correta flexão das formas verbais e adequada articulação de tempos e modos:
As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir.
A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade
José Ricardo Bandeira
A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.
E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.
Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.
Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.
Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.
Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2019
Considere os dois trechos a seguir.
Trecho 1
Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
Trecho 2
Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:
As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir.
A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade
José Ricardo Bandeira
A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.
E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.
Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.
Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.
Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.
Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2019
As questões 3, 4 e 5 referem-se ao parágrafo reproduzido a seguir.
E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:
As questões de nº 21 a nº 30 dizem respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-las.
(TEXTO)
Cirurgia ocular: a terapia genética que pode barrar 'causa mais comum de cegueira'
1 Uma mulher britânica se tornou a primeira pessoa
no mundo a ser submetida a uma terapia genética
que tenta deter a forma de cegueira mais comum
no Ocidente. Os cirurgiões injetaram um gene
5 sintético na parte de trás do olho de Janet Osborne
em uma tentativa de impedir a morte de mais
células. É o primeiro tratamento a atacar a causa
genética subjacente da degeneração macular
relacionada à idade (DMRI). "Tenho dificuldade de
10 reconhecer rostos com meu olho esquerdo porque
minha visão central está desfocada. Se esse
tratamento for capaz de impedir que isso piore, vai
ser incrível", diz Osborne à BBC.
(Fonte adaptada: https://g1.globo.com >acessdo em 20 de fevereiro de 2019)
“Os cirurgiões injetaram um gene sintético...” (linhas 4 e 5). Assinale a alternativa que contém a correta conversão para a voz passiva:
Leia o texto abaixo para responder as questões de 14 a 18
Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos:apilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noiteeles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (Dalton Trevisan)
Passando a oração “...calço a meia furada.” para a voz passiva, temos, sem prejuízo do sentido:
Leia o texto abaixo para responder as questões de 14 a 18
Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos:apilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noiteeles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (Dalton Trevisan)
Em: “Às suas violetas na janela, não lhes poupei água e elas murcham”. O verbo da primeira oração está no pretérito, enquanto o da segunda apresenta-se no presente. Isso se justifica porque o primeiro verbo:
Leia o texto abaixo para responder as questões de 01 a 10.
(Texto)
A delicada cesariana feita em bebe para retirar feto 'gêmeo' 1 Mónica Vaga estava no sétimo mês de gestação quando o médico notou algo muito raro em um exame de ultrassom. As imagens mostravam dois cordões umbilicais. mas Mónica não estava grávida 5 de gémeos. Era sua própria bebé, Itzamara, que carregava um feto no abdômen. O feto carregando um feto foi identificado em Barranquilla, na Colômbia. Especialistas calculam que a probabilidade desse tipo raro de gravidez é de uma 10 a cada 500 mil nascimentos. O Cirurgião Miguel Parra contou é Rádio Caracol que esse fenômeno é conhecido como fetus in feto e, se não for Identificado a tempo, pode colocar em risco a gravidez. O médico explica que o irmão gémeo se 15 desenvolve dentro do outro, em vez de crescer no útero da mãe. Esse tipo de gravidez normalmente é gerada a partir de um único zigoto, formado por um óvulo e um espermatozoide. (Ponto ~rads Mos pg r g(oeacanneasso a n 21 a ~To de 2019) |
Se o verbo “estava” (linha 1) fosse conjugado na primeira pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo, a alternativa correta seria:
Leia o texto abaixo para responder as questões de 01 a 08.
(Texto)
Americana de 76 anos é a primeira mulher a receber Prêmio Abel de matemática
1 O Prêmio Abel de Matemática foi concedido pela
primeira vez a uma mulher, a americana Karen
Uhlenbeck, especialista em equações derivadas
parciais, de acordo com anúncio feito pela
5 Academia Norueguesa de Ciências e Letras.
"Karen Uhlenbeck recebe o Prêmio Abel 2019 por
seu trabalho fundamental em análise geométrica e
teoria de calibre, que transformou dramaticamente
o cenário matemático", afirmou o presidente da
10 comissão Abel, Hans Munthe-Kaas. "Suas teorias
revolucionaram nossa compreensão de superfícies
mínimas, como a formada por bolhas de sabão, e
problemas de minimização gerais em dimensões
mais altas", acrescentou. Uhlenbeck, de 76 anos, é
15 professora visitante na Universidade de Princeton e
professora associada do Instituto de Estudos
Avançados (IAS) dos Estados Unidos.
(Fonte adaptada https://g1 globo. com>acesso em 21 de março de 2019)
"'Karen Uhlenbeck recebe o Prêmio Abel 2019...'" (linha 6). Com base na conversão da oração para a voz passiva, assinale a alternativa correta:
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
..
TEXTO
1--------- O regime capitalista de produção pressupõe a generalização da produção para a troca. Com a
2 expansão desta - entendida como expressão da diferenciação da divisão social do trabalho - ocorre
3 também a separação definitiva dos produtores diretos de mercadorias dos seus meios de produção.
4 Expropriados, passam a ser possuidores de uma única mercadoria - sua força de trabalho.
5 Proletarizados, são convertidos em trabalhadores assalariados. Simples operadores dos instrumentos
6 de produção que não mais lhes pertencem.
7 --------- Para participar do processo de troca, para ter existência social, o produtor precisa então levar
8 sua mercadoria ao mercado, onde esta irá defrontar-se com todas as demais mercadorias. Seu
9 possuidor a leva "livremente" ao mercado e vende-a por tempo determinado, forma única de
10 continuar sobrevivendo. Não se aliena definitivamente dela, pois só agindo assim pode continuar
11 participando da troca. Caso contrário, nada mais teria a oferecer. Alienando-se de sua mercadoria
12 única, nada mais seria que um escravo - ele próprio mercadoria. Isso significa que alguém, o
13 comprador, proprietário do dinheiro e dos meios de produção, adquire o direito de usar essa força de
14 trabalho pelo tempo acordado. Caracteriza-se, assim, a dicotomia proprietários dos meios de
15 produção/proletários.
16--------- Os proprietários da força de trabalho, os trabalhadores, submetem-se, porque dessa maneira
17 integram-se eles próprios no mercado. Só assim podem ter acesso à mercadoria dinheiro -
18 representado neste caso pelo salário - passaporte único às demais mercadorias, o que lhes permite a
19 sobrevivência. Nesse sentido, percebe-se que o salário, expressão do valor da força de trabalho, não
20 importa os meios pelos quais seja estabelecido, não "deveria" descer a níveis que ameacem a própria
21 sobrevivência e reprodução da classe trabalhadora dada a importância para o capital, que a submete,
22 mas que dela necessita (até mesmo enquanto exército de reserva), para continuar sua trajetória de
23 valorização e acumulação. (Pelo menos até a fase atual, o capitalismo não conseguiu se descartar
24 definitivamente da força de trabalho, embora a substituição de trabalho vivo por trabalho morto seja
25 mais e mais acelerada).
26--------- O trabalho torna-se então alienado, vazio de sentido para o trabalhador, dado que o resultado
27 de sua atividade passa a ser propriedade de outrem. Nesse ponto, é bastante oportuna a seguinte
28 citação: "O antigo possuidor de dinheiro marcha adiante como capitalista, segue-o o possuidor da
29 força de trabalho como seu trabalhador, um, cheio de importância, sorriso satisfeito e ávido por
30 negócios; o outro, tímido, contrafeito, como alguém que levou a própria pele ao mercado e agora não
31 tem mais nada a esperar, exceto o - curtume." Revela-se aqui todo o significado do fato de a força de
32 trabalho ser transformada em uma mercadoria a mais, no mundo da produção capitalista, em que os
33 produtos do trabalho não mais pertencem a seus produtores, anônimos participantes de um espetáculo
34 no qual entram em cena sem nem mesmo perceber e no qual têm de permanecer independentemente
35 de sua vontade. Sua sobrevivência está agora delimitada por decisões que vão, cada vez mais,
36 afastando-se de seu domínio, às quais, por meios mais ou menos violentos, acabam sendo obrigados a
37 acatar. A "liberdade", não conquistada senão que imposta, que lhes permite colocar sua força de
38 trabalho à venda, significa a subordinação completa, definitiva, do trabalho ao capital. Este, sim,
39 impondo as regras e condições aos personagens que a ele são atrelados. O conflito é inerente e
40 intransponível. Ingenuidade querer eliminá-lo, mantendo-se intocadas as características do cenário
41 em que se insere.
...
FONTE: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/violencia-urbana-no-brasil.htm
A alternativa em que o termo transcrito expressa modo é
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
..
TEXTO
1--------- O regime capitalista de produção pressupõe a generalização da produção para a troca. Com a
2 expansão desta - entendida como expressão da diferenciação da divisão social do trabalho - ocorre
3 também a separação definitiva dos produtores diretos de mercadorias dos seus meios de produção.
4 Expropriados, passam a ser possuidores de uma única mercadoria - sua força de trabalho.
5 Proletarizados, são convertidos em trabalhadores assalariados. Simples operadores dos instrumentos
6 de produção que não mais lhes pertencem.
7 --------- Para participar do processo de troca, para ter existência social, o produtor precisa então levar
8 sua mercadoria ao mercado, onde esta irá defrontar-se com todas as demais mercadorias. Seu
9 possuidor a leva "livremente" ao mercado e vende-a por tempo determinado, forma única de
10 continuar sobrevivendo. Não se aliena definitivamente dela, pois só agindo assim pode continuar
11 participando da troca. Caso contrário, nada mais teria a oferecer. Alienando-se de sua mercadoria
12 única, nada mais seria que um escravo - ele próprio mercadoria. Isso significa que alguém, o
13 comprador, proprietário do dinheiro e dos meios de produção, adquire o direito de usar essa força de
14 trabalho pelo tempo acordado. Caracteriza-se, assim, a dicotomia proprietários dos meios de
15 produção/proletários.
16--------- Os proprietários da força de trabalho, os trabalhadores, submetem-se, porque dessa maneira
17 integram-se eles próprios no mercado. Só assim podem ter acesso à mercadoria dinheiro -
18 representado neste caso pelo salário - passaporte único às demais mercadorias, o que lhes permite a
19 sobrevivência. Nesse sentido, percebe-se que o salário, expressão do valor da força de trabalho, não
20 importa os meios pelos quais seja estabelecido, não "deveria" descer a níveis que ameacem a própria
21 sobrevivência e reprodução da classe trabalhadora dada a importância para o capital, que a submete,
22 mas que dela necessita (até mesmo enquanto exército de reserva), para continuar sua trajetória de
23 valorização e acumulação. (Pelo menos até a fase atual, o capitalismo não conseguiu se descartar
24 definitivamente da força de trabalho, embora a substituição de trabalho vivo por trabalho morto seja
25 mais e mais acelerada).
26--------- O trabalho torna-se então alienado, vazio de sentido para o trabalhador, dado que o resultado
27 de sua atividade passa a ser propriedade de outrem. Nesse ponto, é bastante oportuna a seguinte
28 citação: "O antigo possuidor de dinheiro marcha adiante como capitalista, segue-o o possuidor da
29 força de trabalho como seu trabalhador, um, cheio de importância, sorriso satisfeito e ávido por
30 negócios; o outro, tímido, contrafeito, como alguém que levou a própria pele ao mercado e agora não
31 tem mais nada a esperar, exceto o - curtume." Revela-se aqui todo o significado do fato de a força de
32 trabalho ser transformada em uma mercadoria a mais, no mundo da produção capitalista, em que os
33 produtos do trabalho não mais pertencem a seus produtores, anônimos participantes de um espetáculo
34 no qual entram em cena sem nem mesmo perceber e no qual têm de permanecer independentemente
35 de sua vontade. Sua sobrevivência está agora delimitada por decisões que vão, cada vez mais,
36 afastando-se de seu domínio, às quais, por meios mais ou menos violentos, acabam sendo obrigados a
37 acatar. A "liberdade", não conquistada senão que imposta, que lhes permite colocar sua força de
38 trabalho à venda, significa a subordinação completa, definitiva, do trabalho ao capital. Este, sim,
39 impondo as regras e condições aos personagens que a ele são atrelados. O conflito é inerente e
40 intransponível. Ingenuidade querer eliminá-lo, mantendo-se intocadas as características do cenário
41 em que se insere.
...
FONTE: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/violencia-urbana-no-brasil.htm
A forma verbal “levou”, observando o modo-temporal, pode ser substituída pela forma composta da alternativa
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
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TEXTO
1--------- O regime capitalista de produção pressupõe a generalização da produção para a troca. Com a
2 expansão desta - entendida como expressão da diferenciação da divisão social do trabalho - ocorre
3 também a separação definitiva dos produtores diretos de mercadorias dos seus meios de produção.
4 Expropriados, passam a ser possuidores de uma única mercadoria - sua força de trabalho.
5 Proletarizados, são convertidos em trabalhadores assalariados. Simples operadores dos instrumentos
6 de produção que não mais lhes pertencem.
7 --------- Para participar do processo de troca, para ter existência social, o produtor precisa então levar
8 sua mercadoria ao mercado, onde esta irá defrontar-se com todas as demais mercadorias. Seu
9 possuidor a leva "livremente" ao mercado e vende-a por tempo determinado, forma única de
10 continuar sobrevivendo. Não se aliena definitivamente dela, pois só agindo assim pode continuar
11 participando da troca. Caso contrário, nada mais teria a oferecer. Alienando-se de sua mercadoria
12 única, nada mais seria que um escravo - ele próprio mercadoria. Isso significa que alguém, o
13 comprador, proprietário do dinheiro e dos meios de produção, adquire o direito de usar essa força de
14 trabalho pelo tempo acordado. Caracteriza-se, assim, a dicotomia proprietários dos meios de
15 produção/proletários.
16--------- Os proprietários da força de trabalho, os trabalhadores, submetem-se, porque dessa maneira
17 integram-se eles próprios no mercado. Só assim podem ter acesso à mercadoria dinheiro -
18 representado neste caso pelo salário - passaporte único às demais mercadorias, o que lhes permite a
19 sobrevivência. Nesse sentido, percebe-se que o salário, expressão do valor da força de trabalho, não
20 importa os meios pelos quais seja estabelecido, não "deveria" descer a níveis que ameacem a própria
21 sobrevivência e reprodução da classe trabalhadora dada a importância para o capital, que a submete,
22 mas que dela necessita (até mesmo enquanto exército de reserva), para continuar sua trajetória de
23 valorização e acumulação. (Pelo menos até a fase atual, o capitalismo não conseguiu se descartar
24 definitivamente da força de trabalho, embora a substituição de trabalho vivo por trabalho morto seja
25 mais e mais acelerada).
26--------- O trabalho torna-se então alienado, vazio de sentido para o trabalhador, dado que o resultado
27 de sua atividade passa a ser propriedade de outrem. Nesse ponto, é bastante oportuna a seguinte
28 citação: "O antigo possuidor de dinheiro marcha adiante como capitalista, segue-o o possuidor da
29 força de trabalho como seu trabalhador, um, cheio de importância, sorriso satisfeito e ávido por
30 negócios; o outro, tímido, contrafeito, como alguém que levou a própria pele ao mercado e agora não
31 tem mais nada a esperar, exceto o - curtume." Revela-se aqui todo o significado do fato de a força de
32 trabalho ser transformada em uma mercadoria a mais, no mundo da produção capitalista, em que os
33 produtos do trabalho não mais pertencem a seus produtores, anônimos participantes de um espetáculo
34 no qual entram em cena sem nem mesmo perceber e no qual têm de permanecer independentemente
35 de sua vontade. Sua sobrevivência está agora delimitada por decisões que vão, cada vez mais,
36 afastando-se de seu domínio, às quais, por meios mais ou menos violentos, acabam sendo obrigados a
37 acatar. A "liberdade", não conquistada senão que imposta, que lhes permite colocar sua força de
38 trabalho à venda, significa a subordinação completa, definitiva, do trabalho ao capital. Este, sim,
39 impondo as regras e condições aos personagens que a ele são atrelados. O conflito é inerente e
40 intransponível. Ingenuidade querer eliminá-lo, mantendo-se intocadas as características do cenário
41 em que se insere.
...
FONTE: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/violencia-urbana-no-brasil.htm
O vocábulo “trabalhador” (L.26) tem como raiz primária de formação um
AS QUESTÕES DE 21 A 40 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
TEXTO
1 Uma das principais perguntas dos profissionais é a seguinte: Como posso me preparar para o atual
2 mercado de trabalho sem ser somente mais um? A resposta é: Você tem que buscar se diferenciar. Buscamos
3 remuneração, qualidade de vida, aprendizado contínuo, oportunidade de crescer. Mas, como conseguir tudo isso?
4 Como se diferenciar em um mercado tão competitivo?
5 Sem dúvida, atualmente, esperam-se cada vez mais várias mudanças de emprego ao longo da nossa
6 carreira. O mercado está cada vez mais competitivo e a melhor forma de lidar com a imprevisibilidade no futuro
7 será investir no conhecimento. Contudo, hoje em dia, não basta somente ser qualificado, é preciso ser competente.
8 Mas, o que são estes conceitos de qualificação e competência?
9 Vamos recorrer à história, onde na França, no período de pós guerra surge o conceito de qualificação
10 que determinava a padronização dos conteúdos da qualificação: a cada profissão, a cada posto de trabalho
11 correspondia um nível escolar; uma vez adquiridos os conhecimentos dessa categoria profissional, o trabalhador
12 poderia ali permanecer sem que lhe exigissem novas aprendizagens. Havia, assim, uma estável correspondência
13 entre “nível de formação” e “nível de qualificação” que garantia aos trabalhadores uma carreira profissional sólida
14 e previsível e permitia um planejamento educacional a partir da análise das ocupações. O sistema de qualificação
15 é concebido em torno da noção de nível padrão homologada pelo diploma. Mas, será que atualmente o diploma é
16 suficiente? Por exemplo, será que algum de vocês já presenciou o fato de o primeiro lugar de uma turma de
17 formados não conseguir emprego? Claro que não quero dizer que todo primeiro lugar não terá emprego, muitos
18 são extremamente competentes, mas, o que falta para aquele que não consegue emprego apesar de ser “medalha
19 de ouro” na faculdade?
20 Seu diferencial no mercado está em buscar mais do que a qualificação. Ter um diploma superior já
21 não é mais diferencial. O profissional precisa ser competente, ou seja, alinhar o conhecimento adquirido à
22 habilidade que está relacionada à aplicação produtiva do conhecimento, ou seja, as empresas querem profissionais
23 que saibam trabalhar em equipe, se comunicar, influenciar pessoas e tenham também atitude de
24 comprometimento, engajamento com o trabalho, pois, a atitude diz respeito a um sentimento ou a predisposição
25 da pessoa de querer fazer algo.
26 Alinhar conhecimento, habilidade e atitude determina a competência de um profissional. Vale
27 enfatizar que este processo é extremamente dinâmico. Com a velocidade de mudanças no mundo moderno, hoje
28 você pode ser competente, mas, amanhã, pode não ser mais. O que precisamos fazer?
29 Verifica-se no mercado que a maioria dos executivos continua investindo em estudos mesmo quando
30 chegam em posições privilegiadas na carreira. O profissional que constantemente busca a atualização é bem visto
31 pela empresa onde trabalha ou mesmo pelas que estão de olho no profissional que se destaca. O que se verifica é
32 que num momento de crescimento do Brasil, vemos uma situação dramática: as empresas precisam contratar, mas
33 muitas vezes, os desempregados não têm preparo para ocupar os postos. Ou seja, falta gente competente!!! No
34 mercado atual, é importante perceber que sucesso não é a ausência de problemas, mas sim a capacidade de resolver
35 estes problemas. Sucesso é competência aliada a consistência, por isso, todo profissional tem a obrigação de
36 melhorar, sempre.
37 Como profissional, ficar imaginando como seria bom ver seu sonho realizado não vai torná-lo
38 realidade. Planejar e cumprir o passo-a-passo é que permitirá o sucesso da empreitada. Quem se limita ao dia-a-
39 dia de trabalho dificilmente consegue manter-se antenado com as tendências de sua área. Essas pessoas acabam
40 ficando muito funcionais, focadas apenas na execução. Para você se diferenciar no mercado, trace planos de
41 curto, médio e longo prazo, pense onde você quer estar daqui a 1, 2 ,5,10 anos e conduza sua vida profissional,
42 pois, se você não souber onde quer chegar, vai acabar encontrando pessoas que vão te utilizar para atingir os
43 objetivos delas. Lembre-se que a velocidade só faz sentido se você estiver na direção certa.
FONTE: http://inemp.com.br/o-seu-diferencial-no-mercado-de-trabalho/
Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “presenciou” (L.16), e a composta
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
TEXTO
1 A Filosofia e a Educação caminham juntas. É um elo que vive desde a antiguidade com Sócrates. O
2 Homem sempre buscou o melhor para si e para a realidade. Nesta busca da sabedoria, o pensamento foi útil. Já
3 que o aluno vive numa realidade de pensamento, a Filosofia é indispensável para sua busca. A Filosofia leva o
4 aluno à oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico, ou seja, permite a ele experimentar
5 um pensar individual.
6 Desde a antiguidade, o Homem preocupou-se em buscar respostas para si mesmo e para o mundo que
7 se volta para ele. Encontrar essas soluções era significativo. Nos tempos antigos, na era de Pitágoras, Homero,
8 Sócrates, não era através de livros, palestras ou outros meios e sim, apenas pelo pensar. Percorrendo o caminho
9 do tempo, chegando aos confins de hoje, o buscar de respostas para o homem se inicia na Escola, exercitando o
10 aluno a trabalhar com sua mente, ou seja, o homem é levado a pensar desde sua infância. Deste modo, o pensar
11 tem situado na história como ferramenta indispensável para ao Homem. Se a filosofia é o exercício do pensar, de
12 buscar a verdade, ou etimologicamente falando, “amigo da sabedoria”, ela é necessária para a Educação. Pois é
13 na Educação que o saber se eleva, se constrói. Se o modo de explorar a realidade desde a antiguidade foi pelo
14 meio da reflexão, do pensamento, hoje não é diferente. Hoje o papel da Filosofia é o mesmo desde o tempo de
15 Platão. Levantar questionamentos, procurar a razão, buscar a verdade e se abster do próprio ponto de vista para
16 aceitar a realidade que nos cerca. Filosofia e Educação caminham juntas. É impossível falar em educação e não
17 falar em Filosofia. Ainda que de forma inconsciente, o homem vivencia a filosofia em seu dia-a-dia. Tendo a
18 filosofia como o estudo que orienta o indivíduo tanto na visão concreta na visão de vida, como seus valores e
19 significados, é imprescindível quando se fala em conduta humana no geral. Portanto, no educar, que significa
20 orientar, conduzir, que é uma influência deliberada e sistemática de um ser "maduro" para um ser "imaturo",
21 através da instrução, ensino e disciplina e desenvolvimento "harmonioso" de todas as potencialidades do ser
22 humano, pode-se afirmar que não existe educação sem a associação filosófica. Não se pode negar que todas as
23 correntes filosóficas deram contribuições super valorosas na construção da educação. Ainda que o homem não
24 tenha consciência, educar, ensinar, torna-se sinônimo de filosofar. A educação esteve presente em toda a história
25 junto com a Filosofia. Com Sócrates, o homem voltou-se para sim mesmo, ou seja, o homem começou a
26 questionar. E este questionamento, este autoconhecimento do homem se dava, sobretudo com o diálogo mútuo.
27 Sócrates era defensor do diálogo como método da Educação. É um ponto importante para o ensino, pois,
28 atualmente é essencial que haja diálogo na sala de aula para um bom crescimento intelectual e humano também.
29 Ainda na antiguidade, para Platão e Aristóteles, apesar de possuírem pensamentos opostos, idealista e realista,
30 respectivamente, a Educação tinha um ponto em comum: formava o homem moralmente, em seu caráter. Ou seja,
31 a Educação transformava o homem. Percorrendo dentro da modernidade, chegando até Kant, a afirmação de Platão
32 não é muito diferente do mesmo. A Educação também transforma o homem em um indivíduo mais
33 comportamental, ou seja, de boa vivência na lei moral. Chegando à contemporaneidade, a reflexão feita por
34 Sócrates é pressuposital à John Dewey. Na questão do diálogo, Dewey também afirmava de sua importância,
35 principalmente nos trabalhos grupais. Outra semelhança é no método maiêutico de Sócrates. Dewey também
36 pensava que o professor devia levar ao aluno conteúdos em forma de questões, fazer com que o aluno refletisse,
37 conseguisse uma resposta. Durante a história, vários ramos de pensamentos surgiram, mas a forma de pensar é
38 única e a problematização do ser também. E a Educação foi instrumento desde a origem do pensar, desde a origem
39 da filosofia. Desta forma, não há como separar filosofia e Educação. A filosofia gera na Educação um método de
40 estudo, um método de pensamento. Gera um conceito novo de viver, uma forma nova de ver a realidade. Dentro
41 da Educação não é somente para o aluno que a filosofia é importante. As teorias são importantes para a formação
42 do professor. Todo professor deveria ter em mente tais teorias para aperfeiçoar seu desempenho em sala de aula;
43 estudar teorias, através da Filosofia da Educação, adentrando em filosofias atuais proporciona ao mestre qualidade
44 no seu desempenho enquanto professor. Pensar sobre a formação do educador em nosso tempo consiste num
45 grande desafio. A educação assume faces diferentes em cada período histórico, mas a essencialidade do professor
46 em buscar a interação com seu aluno não modificou. Para o aluno, que está numa evolução de conhecimento, de
47 aprendizagem, a Filosofia é a essencialidade de sua busca do saber. A Filosofia estimula o pensamento, o estudo,
48 o relacionamento humano e a liberdade da mente. A filosofia ajuda a partir do momento em que oferece subsídios
49 suficientes para o desenvolvimento do aluno na atividade intelectual para pensar. É imprescindível conhecer os
50 filósofos, suas histórias, seus pensamentos, pois são exemplos de homens que chegaram a uma realização, a uma
51 busca pela verdade. São exemplos de como o aluno pode conseguir compreender o seu redor, de como a reflexão
52 é importante para uma sociedade que anseia, e de como a autocrítica é de sumo valor para a sua maturidade. A
53 Filosofia é fundamental na vida de todo ser humano, visto que proporciona a prática de análise, reflexão e crítica
54 em benefício do encontro do conhecimento do mundo e do homem. O educando, tendo a filosofia como
55 companheira, se torna em um indivíduo de bom discernimento, de bom senso, possível a uma autoavaliação e
56 sempre buscará o novo.
Por Jaime Thomaz
FONTE: http://www.artigos.com/artigos-academicos/5400-a-importancia-da-filosofia-para-a-educacao
A forma verbal “haja” (L.28) indica uma ação
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
TEXTO
1 A Filosofia e a Educação caminham juntas. É um elo que vive desde a antiguidade com Sócrates. O
2 Homem sempre buscou o melhor para si e para a realidade. Nesta busca da sabedoria, o pensamento foi útil. Já
3 que o aluno vive numa realidade de pensamento, a Filosofia é indispensável para sua busca. A Filosofia leva o
4 aluno à oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico, ou seja, permite a ele experimentar
5 um pensar individual.
6 Desde a antiguidade, o Homem preocupou-se em buscar respostas para si mesmo e para o mundo que
7 se volta para ele. Encontrar essas soluções era significativo. Nos tempos antigos, na era de Pitágoras, Homero,
8 Sócrates, não era através de livros, palestras ou outros meios e sim, apenas pelo pensar. Percorrendo o caminho
9 do tempo, chegando aos confins de hoje, o buscar de respostas para o homem se inicia na Escola, exercitando o
10 aluno a trabalhar com sua mente, ou seja, o homem é levado a pensar desde sua infância. Deste modo, o pensar
11 tem situado na história como ferramenta indispensável para ao Homem. Se a filosofia é o exercício do pensar, de
12 buscar a verdade, ou etimologicamente falando, “amigo da sabedoria”, ela é necessária para a Educação. Pois é
13 na Educação que o saber se eleva, se constrói. Se o modo de explorar a realidade desde a antiguidade foi pelo
14 meio da reflexão, do pensamento, hoje não é diferente. Hoje o papel da Filosofia é o mesmo desde o tempo de
15 Platão. Levantar questionamentos, procurar a razão, buscar a verdade e se abster do próprio ponto de vista para
16 aceitar a realidade que nos cerca. Filosofia e Educação caminham juntas. É impossível falar em educação e não
17 falar em Filosofia. Ainda que de forma inconsciente, o homem vivencia a filosofia em seu dia-a-dia. Tendo a
18 filosofia como o estudo que orienta o indivíduo tanto na visão concreta na visão de vida, como seus valores e
19 significados, é imprescindível quando se fala em conduta humana no geral. Portanto, no educar, que significa
20 orientar, conduzir, que é uma influência deliberada e sistemática de um ser "maduro" para um ser "imaturo",
21 através da instrução, ensino e disciplina e desenvolvimento "harmonioso" de todas as potencialidades do ser
22 humano, pode-se afirmar que não existe educação sem a associação filosófica. Não se pode negar que todas as
23 correntes filosóficas deram contribuições super valorosas na construção da educação. Ainda que o homem não
24 tenha consciência, educar, ensinar, torna-se sinônimo de filosofar. A educação esteve presente em toda a história
25 junto com a Filosofia. Com Sócrates, o homem voltou-se para sim mesmo, ou seja, o homem começou a
26 questionar. E este questionamento, este autoconhecimento do homem se dava, sobretudo com o diálogo mútuo.
27 Sócrates era defensor do diálogo como método da Educação. É um ponto importante para o ensino, pois,
28 atualmente é essencial que haja diálogo na sala de aula para um bom crescimento intelectual e humano também.
29 Ainda na antiguidade, para Platão e Aristóteles, apesar de possuírem pensamentos opostos, idealista e realista,
30 respectivamente, a Educação tinha um ponto em comum: formava o homem moralmente, em seu caráter. Ou seja,
31 a Educação transformava o homem. Percorrendo dentro da modernidade, chegando até Kant, a afirmação de Platão
32 não é muito diferente do mesmo. A Educação também transforma o homem em um indivíduo mais
33 comportamental, ou seja, de boa vivência na lei moral. Chegando à contemporaneidade, a reflexão feita por
34 Sócrates é pressuposital à John Dewey. Na questão do diálogo, Dewey também afirmava de sua importância,
35 principalmente nos trabalhos grupais. Outra semelhança é no método maiêutico de Sócrates. Dewey também
36 pensava que o professor devia levar ao aluno conteúdos em forma de questões, fazer com que o aluno refletisse,
37 conseguisse uma resposta. Durante a história, vários ramos de pensamentos surgiram, mas a forma de pensar é
38 única e a problematização do ser também. E a Educação foi instrumento desde a origem do pensar, desde a origem
39 da filosofia. Desta forma, não há como separar filosofia e Educação. A filosofia gera na Educação um método de
40 estudo, um método de pensamento. Gera um conceito novo de viver, uma forma nova de ver a realidade. Dentro
41 da Educação não é somente para o aluno que a filosofia é importante. As teorias são importantes para a formação
42 do professor. Todo professor deveria ter em mente tais teorias para aperfeiçoar seu desempenho em sala de aula;
43 estudar teorias, através da Filosofia da Educação, adentrando em filosofias atuais proporciona ao mestre qualidade
44 no seu desempenho enquanto professor. Pensar sobre a formação do educador em nosso tempo consiste num
45 grande desafio. A educação assume faces diferentes em cada período histórico, mas a essencialidade do professor
46 em buscar a interação com seu aluno não modificou. Para o aluno, que está numa evolução de conhecimento, de
47 aprendizagem, a Filosofia é a essencialidade de sua busca do saber. A Filosofia estimula o pensamento, o estudo,
48 o relacionamento humano e a liberdade da mente. A filosofia ajuda a partir do momento em que oferece subsídios
49 suficientes para o desenvolvimento do aluno na atividade intelectual para pensar. É imprescindível conhecer os
50 filósofos, suas histórias, seus pensamentos, pois são exemplos de homens que chegaram a uma realização, a uma
51 busca pela verdade. São exemplos de como o aluno pode conseguir compreender o seu redor, de como a reflexão
52 é importante para uma sociedade que anseia, e de como a autocrítica é de sumo valor para a sua maturidade. A
53 Filosofia é fundamental na vida de todo ser humano, visto que proporciona a prática de análise, reflexão e crítica
54 em benefício do encontro do conhecimento do mundo e do homem. O educando, tendo a filosofia como
55 companheira, se torna em um indivíduo de bom discernimento, de bom senso, possível a uma autoavaliação e
56 sempre buscará o novo.
Por Jaime Thomaz
FONTE: http://www.artigos.com/artigos-academicos/5400-a-importancia-da-filosofia-para-a-educacao
Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “buscou” (L.2), e a composta
Admitem três formas de plural os nomes da alternativa
Há erro na conjugação verbal em
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
TEXTO
1 No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar
2 o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e
3 em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.
4 Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar
5 aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e
6 atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular.
7 Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos
8 de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles têm razão. Filosofia não cai no
9 vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.
10 Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa
11 disciplina?
12 Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na
13 equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.
14 Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula
15 de Filosofia.
16 Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às
17 verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações.
18 A sua preocupação está voltada a uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão
19 humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso
20 enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.
21 A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e
22 interpretados como simples equações matemáticas.
23 Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso íntimo, onde
24 se encontra a razão de nosso existir.
25 Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que
26 caminhar. Essa caminhada é infinita, vai abrindo os horizontes à medida que caminhamos.
27 É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso
28 valor que possui em si.
29 Sem Filosofia nossa vida seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.
30 A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade
31 de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.
32 Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua
33 compreensão exige essa busca.
34 Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair,
35 multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados
36 nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física.
37 Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem
38 que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como
39 nenhuma ciência ajuda a compreender.
40 Hoje, questões ligadas à vida, a ética, a moral, aos direitos humanos exigem muita reflexão, a qual a
41 filosofia ajuda, e sem a qual caímos no dogmatismo ou não compreendemos a vida na sua essência.
42 Aos poucos vamos percebendo melhor quanto a Filosofia faz parte da nossa vida. Muitos usam a Filosofia
43 sem nunca terem estudado algo especificamente ligado a ela. É difícil encontrar um termo para definir Filosofia,
44 porém, não podemos compreendê-la separada da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa vida, pois ela é
45 intrínseca a nós. Não somos nós que escolhemos a Filosofia, mas é ela quem nos escolhe.
46 [...]
47 Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis
48 diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas.
49 Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos
50 damos mal. A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir
51 diante de fatos, pois não podemos aplicar a tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim
52 sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem
53 sabermos o porque de todas essas coisas.
54 [...]
55 Existem inúmeros exemplos a esse respeito. Numa relação de Amizade, por exemplo. Se não há um
56 conhecimento maior de ambas as partes, esse sentimento morre logo. Quando nos conhecemos melhor interiormente
57 e conhecemos também o outro, as dificuldades e dúvidas que aparecerão serão superadas e entendidas com maior
58 facilidade, pois sabemos que em cada pessoa há um bem maior e que pode, deve e precisa ser conhecido. Uma
59 amizade que fica só nas aparências é como uma casa construída sobre a areia. Na primeira tempestade, na primeira
60 ventania, desmorona. Cai por terra. Uma amizade alicerçada na verdade, no conhecimento interior do outro e de si,
61 as tempestades vindouras não terão forças suficientes para destruir. O que permanece é aquilo que está alicerçado
62 na razão e no coração ao mesmo tempo. O restante é passageiro e ilusório.
63 [...]
64 A Filosofia acontece no dia-a-dia da nossa vida, basta nos darmos conta disso. Filosofia é refletir sobre
65 as coisas que acontecem, são ditas e ouvidas. Não se limita apenas a perguntarmos POR QUÊ?, mas precisamos ir
66 mais adiante. Precisamos nos perguntar do nível de verdade daquilo que a TV apresenta. Aquilo que muitas revistas
67 trazem em suas páginas. Não podemos nos esquecer que eles têm seu ponto de vista e seus interesses, mas estes
68 não deveriam ocultar a verdade. A interpretação de uma notícia, seu posicionamento crítico e argumentação, é uma
69 forma de fazer Filosofia. Aceitar tal e qual tudo o que jornais, TV e revistas nos apresentam é uma forma de
70 ignorância. Precisamos ter cuidado. Isso não quer dizer que todos e em todas as ocasiões mentem, ou faltam com a
71 verdade. Porém, sempre, sem exceção precisamos nos perguntar pela verdade dos fatos.
72 Quantas vezes os repórteres são induzidos a manipularem notícias sobre determinados acontecimentos e
73 assuntos. Sempre que possível seria importante ler ou assistir mais de um jornal e depois fazer um paralelo entre
74 eles. Isso exige tempo e vontade. Podemos discutir com outras pessoas para ouvir seu ponto de vista que ajuda-nos
75 a abrir nossos horizontes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, em nosso mundo individual, mais ignorantes
76 nos tornamos. A abertura, a experiência, o diálogo, a leitura, nos tornam pessoas abertas e conhecedoras da verdade.
77 Buscar sempre a verdade dos acontecimentos, dos fatos é uma atitude filosófica.
78 Se pararmos e pensarmos neste momento o quanto refletimos sobre tudo o que acontece, ouvimos e
79 vemos, nos daremos conta que nem sempre fazemos isso e não fazemos porque simplesmente não queremos, pois
80 todos nós podemos e sabemos.
81 [...]
82 Precisamos nos perguntar qual o nível de conhecimento que uma pessoa tem dos acontecimentos
83 históricos quando escreve novela, filme, minissérie. Será que aquilo é a verdade? Será que é a melhor forma de ver
84 o acontecimento?
85 Estes e outros inúmeros fatos fazem parte do nosso cotidiano.
(Hermes José Novakoski)
FONTE: http://www.profdoni.pro.br/home/index.php/menu-principal/filosofia-2/252-para-que-estudar-filosofia
Funciona, no texto, como agente da ação verbal
Considere o seguinte trecho:
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima na ordem em que aparecem no texto.
Transpondo a frase “Os resultados da pesquisa estão sendo analisados pelos cientistas” para a voz ativa, obtém-se a forma verbal:
AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO
TEXTO
- As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal
- expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou
- forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico,
- relativamente lento.
- A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do
- século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica
- Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão
- da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu
- profundas transformações no mundo do trabalho.
- Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina
- no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual
- momento, essa situação ganhou novas e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a
- informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também
- por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
- Além disso, observa-se também a crescente terciarização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados
- passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a
- precarização das condições do trabalho, para a crise das representações sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
- Outro aspecto das transformações no mundo do trabalho ao longo da Terceira Revolução Industrial também está
- ligado à questão espacial entre campo e cidade. Ocorreu uma intensa mecanização dos meios rurais e o desenvolvimento de
- técnicas e mecanismos agrícolas que propiciaram um grande desemprego nesse meio, o que contribuiu para a intensificação do
- êxodo rural, isto é, uma migração em massa da população do campo para a cidade.
- O trabalho, tanto no meio urbano quanto no meio rural, passou a ser exigido muito mais em sua qualificação técnica,
- uma vez que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos específicos que não podem ser realizados
- por um profissional que não possui uma determinada formação. Tal contexto contribui para a emergência da contradição:
- aumento do número de empregos e aumento do número de desempregados, uma vez que a massa de trabalhadores que não
- consegue se adequar às novas condições de trabalho não alcança oportunidades.
- Como resultado há um crescimento na geração de emprego nos setores informais, onde não há leis e direitos
- trabalhistas, tendo em vista que esse setor caracteriza-se pela sua desregulamentação e pela ausência de uma hierarquia
- organizada de trabalho (a maior parte é informal). O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre eles, a pirataria,
- bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX e início do século XXI.
Por Rodolfo Alves Pena. FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-na-terceira-revolucao-industrial.htm
Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “estabeleceu” (L.8) e a composta