Questões de Concurso Sobre morfologia - verbos em português

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Q2510484 Português
História do lixo

        No início dos tempos, os primeiros homens eram nômades, moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população minoritária na Terra. Quando a comida começava a ficar escassa, mudavam-se para outra região, e seus resíduos, deixados no meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo.

        À medida que foram se civilizando, os seres humanos passaram a produzir objetos para promover seu conforto, como vasilhames de cerâmica, instrumentos para o plantio e roupas mais apropriadas. Também desenvolveram hábitos como a construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos e fixação permanente em um local. A produção de lixo consequentemente aumentou, mas ainda não constituía um problema mundial.

        Naturalmente, a população humana aumentou, e com a revolução industrial, a geração de lixo teve um grande impulso. A partir da segunda metade do século XX, a humanidade começou a se preocupar com o planeta onde vive. Fatos como o buraco na camada de ozônio e o aquecimento global da Terra despertaram a população mundial para os problemas ambientais.

        Até a metade do século, a composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, restos de comida. Com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas tornaram-se cada vez mais comuns na coleta. Há 50 anos, os bebês usavam fraldas de pano, tomavam sopa feita em casa e bebiam leite em garrafas reutilizáveis. Hoje, bebês usam fraldas descartáveis, tomam sopa em potinhos descartáveis e bebem leite em embalagens Tetrapak. Ao final de uma semana de vida, o lixo que produzem equivale, em volume, a quatro vezes o seu tamanho.

        Um dos maiores problemas do lixo é que muitas pessoas pensam que basta jogá-lo na lata e o problema da sujeira estará resolvido. Nada disso. O problema só começa aí.

    (Universidade Federal de Minas Gerais. “História do Lixo”. Adaptado)
Modificando-se para o plural o período “Quando a comida começava a ficar escassa[...]” (1º parágrafo), sua reescrita CORRETA será:
Alternativas
Q2510128 Português
Na oração: João faria tudo que lhe pedissem para salvar seu paciente. Sobre o verbo em destaque é correto considerar
Alternativas
Q2510065 Português
Caminhar pelo quarteirão é bom para saúde


    É comprovado que o simples ato de caminhar diariamente faz muito bem para a saúde e é um antídoto para o sedentarismo a quase todas as pessoas, independentemente da idade e da quantidade de exercícios físicos que faz semanalmente.

    Segundo a revista British Journal of Sports Medicine, caminhar de 9 a 10 mil passos diários reduz o risco de morte em mais de 1/3. Também diminui o risco de doenças cardiovasculares em pelo menos 20%. “Mesmo aumentos menores no número diário de passos mostraram benefício ___ saúde”, informam os pesquisadores.

    Já de acordo com o American Council of Exercise, mesmo o ato de caminhar em volta do quarteirão, no próprio bairro, já beneficia o corpo — e faz dessa atividade a mais acessível para cuidar da saúde. “De baixo risco e fácil de começar, a caminhada deve ser incentivada por causa de seus vários benefícios, que incluem redução da pressão arterial e melhora da saúde mental”.

    A entidade explica que a caminhada pelo bairro também ajuda ___ conectar as pessoas com seus vizinhos e a própria comunidade. “Só nos Estados Unidos, mais de um quinto dos adultos diz que frequentemente ou sempre se sente solitário ou isolado dos outros. Ao incentivar as pessoas a caminharem em suas vizinhanças, elas encontram mais oportunidades de se envolverem com os membros de suas comunidades, obtendo assim benefícios sociais e de saúde”, informa a ACE.

    Pesquisas apontam para a importância de “bairros que podem ser percorridos ___ pé” e da “caminhada como um meio de restaurar as conexões sociais”.

    Em tempos em que diversos serviços de saúde mundo afora indicam que há uma “epidemia de solidão” entre as pessoas adultas, a ACE defende que a caminhada pelo quarteirão acompanhado de um vizinho ou membro da comunidade traz vantagens adicionais semelhantes ___ de um “amigo do fitness”. “Ambos proporcionam um benefício social, bem como um fator de responsabilidade, o que aumenta a probabilidade de que a atividade física seja mantida e continuada”.

National Geographic Brasil. Adaptado
Qual alternativa apresenta o desvio de norma-padrão do trecho abaixo?
Estamos casados há muito tempo. Fazem mais de vinte anos, eu acho, pelas minhas contas. Meus amigos dizem que é impossível, mas não é verdade. Comunicação é essencial.
Alternativas
Q2510011 Português

Agosto

Apenas uma rima para desgosto?


    Agosto, desgosto. Rimar, rima. Mas será verdade? Da minha parte, desde menino ouvia dizer em Minas “agosto, mês de desgosto”. Oitavo mês do ano, agosto retirou seu nome do imperador César Augusto. Não podia ter um patrono de mais sorte, em tudo por tudo benéfico. O século de Augusto, o quinto antes de Cristo, foi um brilho só. E ainda teve Mecenas, que passou o seu nome a todos os protetores das artes e das letras.

    A 13 de agosto de 1965, na TV Globo recém-inaugurada, que era então apenas o Canal 4 do Rio de Janeiro, Gláucio Gil abriu o seu programa à noite com as seguintes palavras: “Sexta-feira, 13 de agosto. Até agora, tudo bem”. E, trágica ilustração, caiu morto, fulminado por um infarto. Sua intenção era dizer um texto leve, meio humorístico, sobre o mês que tem fama de aziago. Os estudiosos do folclore colhem na fonte popular a certeza dogmática de que se trata de um mês de mau agouro, impróprio para casamento, mudança de casa ou início de qualquer empreendimento.

    Será assim só no Brasil? Não; na Argentina quem lava a cabeça em agosto, sobretudo se for mulher, está chamando a morte para si ou para alguém de sua família. Na França, agosto também não tem boa reputação. Com o calor e as férias, Paris fica entregue aos turistas e é, para o francês, o mês menos propício do ano. No Brasil, o dito popular se fortaleceu com a Primeira Guerra Mundial, em 1914. A notícia chegou aqui a primeiro de agosto. Mas de fato a guerra começou na Sérvia a 28 de julho. Antes do satélite, do telex e do DDI, o atraso ficou por conta do cabo submarino. Aprofundou-se, porém, a convicção de que agosto é um mês nefasto. Chegou por isso a inspirar uma canção popular. E um pesquisador já em 1925 garantia que se trata de um mês tradicionalmente desmancha- -prazeres da humanidade. A segunda-feira de agosto era apontada naquela altura como o dia mais agourento de todo o ano.

    Hoje, ninguém duvida, e os jornais nunca se esquecem de o dizer, este triste privilégio cabe à sexta-feira, 13. Sexta-feira, 13 e agosto — é um somatório de maus presságios, que a morte súbita de Gláucio Gil diante das câmeras só fez confirmar. Em 1954, onze anos antes, a suprema prova dos maus eflúvios de agosto veio com o suicídio de Getúlio Vargas. Fato singular: um chefe de Estado se matar na sede do governo.    

    Sete anos depois, em 1961, o Brasil era sacudido por outro abalo de dramáticas consequências — a renúncia de Jânio Quadros. Exatamente a 25 de agosto, tinha de ser, como foi, associada ao suicídio de Getúlio. No fundo, foi um suicídio simbólico. A renúncia permanece até hoje encoberta por uma aura de mistério. Jânio nunca deu explicação satisfatória. Se pretendia dar um golpe de Estado para ter plenos poderes, é fora de dúvida que se lembrou de Getúlio, ainda que inconscientemente. Ninguém no Brasil encarnou melhor do que Getúlio a astúcia no poder — e a ditadura.

        E nem sempre agosto é um mês aziago. Em Portugal se diz de maneira positiva que “maio come o trigo e agosto bebe o vinho”. Mas o padre Antônio Delicado, que no século XVII reuniu os Adágios portugueses, registra este: “Queres ver teu marido morto? Dá-lhe couves em agosto”. Que diabo de couves serão estas? Não importa. Para o padre Antônio Vieira, “o último sermão é o agosto dos pregadores, se se colhe algum fruto, neste sermão se colhe”. Aqui está uma visão propícia, portanto, do malfadado agosto.

    No Brasil, gato preto é sinal certo de desgraça. Gato preto na sexta-feira 13 é de meter medo em qualquer um. Se for em agosto, então, é o cúmulo da desdita. Sucede, porém, que as superstições mudam de mão e se entendem às vezes pelo avesso. Em Londres, gato preto é na certa good luck. Um gato preto em casa não só a protege como afasta qualquer misfortune. Igualmente na China um gato preto à noite é anúncio de felicidade. Se for em agosto, melhor ainda. Levado numa gaiola na noite do dia 13 de agosto, um gato preto pode fazer milagre na safra de cereais. O gato chinês chama a chuva e protege a lavoura.

    Muitos ditados que correm mundo ainda hoje tiveram origem rural, a partir do trabalho agrícola. E há por isso os que se ligam à meteorologia. No Brasil como em Portugal, numerosos são os dessa categoria que continuam vivos e válidos. Diz-se, por exemplo, que “gato de luva é sinal de chuva”. Seria o caso de perguntar primeiro o que é um gato de luva. Você sabe? Nem eu. E por que seria sinal de chuva? Mistério.

    Na verdade, o que importa é a rima. Se “luva” e “chuva” rimam, tanto basta. O gato entrou aí como Pilatos no credo. Afinal, o gato é um animal sagrado desde os remotos tempos do Egito. É fora de dúvida que o mês de agosto entre nós deve à rima com “desgosto” boa parte de sua carga negativa. Não há explicação lógica no domínio do esotérico. Lógica também não tem a poesia, a que se pede apenas que seja bela: “April is the cruelest month”, canta T.S. Eliot. Entre nós, seria preciso substituir abril pelo mês de agosto, já que abril aqui nada tem de cruel. E agosto não tem sido politicamente correto.    

    Entre os romanos, havia dias fastos e nefastos. Na Idade Média, havia horas abertas e fechadas, segundo estivessem mais ou menos à mercê do demônio. Ainda hoje, hoje talvez mais do que nunca, de volta a moda esotérica, o tempo e o calendário, em matéria de presságios, continuam sendo divididos por um critério que nada tem a ver com a lógica ou com o sistema solar. De resto, o sol foi um deus na Antiguidade e quem foi deus é sempre... divindade. No interior do Brasil, diz o povo que várias coisas não se devem fazer de dia. Noturnos, preferencialmente noturnos, são o nascimento e a morte.

    Agosto este ano pode nos reservar algumas surpresas. Esperemos que sejam favoráveis. De uma coisa estamos livres: nem o 13, nem o 24 caem numa sexta-feira. 13 é segunda-feira, um dia, desculpem, também considerado de maus bofes. E o 13 é por sua vez o número aziago por excelência, desde a Última Ceia de Cristo. Nos Estados Unidos não há nos hotéis 13º andar. Nos aviões, salta-se a poltrona 13, que ninguém quer. Como lá dizia o Hamlet ao Horácio, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia. “Yo no creo en brujerias, pero que las hay”...


(RESENDE, Otto Lara. 1992. Agosto, apenas uma rima para desgosto? Elle, São Paulo. Adaptado.)

    


Considere o seguinte trecho e o verbo nele sublinhado: Aprofundou-se, porém, a convicção de que agosto é um mês nefasto.” (3º§) É correto afirmar que o sujeito a que o verbo sublinhado se refere pode ser corretamente classificado como:
Alternativas
Q2510005 Português

Agosto

Apenas uma rima para desgosto?


    Agosto, desgosto. Rimar, rima. Mas será verdade? Da minha parte, desde menino ouvia dizer em Minas “agosto, mês de desgosto”. Oitavo mês do ano, agosto retirou seu nome do imperador César Augusto. Não podia ter um patrono de mais sorte, em tudo por tudo benéfico. O século de Augusto, o quinto antes de Cristo, foi um brilho só. E ainda teve Mecenas, que passou o seu nome a todos os protetores das artes e das letras.

    A 13 de agosto de 1965, na TV Globo recém-inaugurada, que era então apenas o Canal 4 do Rio de Janeiro, Gláucio Gil abriu o seu programa à noite com as seguintes palavras: “Sexta-feira, 13 de agosto. Até agora, tudo bem”. E, trágica ilustração, caiu morto, fulminado por um infarto. Sua intenção era dizer um texto leve, meio humorístico, sobre o mês que tem fama de aziago. Os estudiosos do folclore colhem na fonte popular a certeza dogmática de que se trata de um mês de mau agouro, impróprio para casamento, mudança de casa ou início de qualquer empreendimento.

    Será assim só no Brasil? Não; na Argentina quem lava a cabeça em agosto, sobretudo se for mulher, está chamando a morte para si ou para alguém de sua família. Na França, agosto também não tem boa reputação. Com o calor e as férias, Paris fica entregue aos turistas e é, para o francês, o mês menos propício do ano. No Brasil, o dito popular se fortaleceu com a Primeira Guerra Mundial, em 1914. A notícia chegou aqui a primeiro de agosto. Mas de fato a guerra começou na Sérvia a 28 de julho. Antes do satélite, do telex e do DDI, o atraso ficou por conta do cabo submarino. Aprofundou-se, porém, a convicção de que agosto é um mês nefasto. Chegou por isso a inspirar uma canção popular. E um pesquisador já em 1925 garantia que se trata de um mês tradicionalmente desmancha- -prazeres da humanidade. A segunda-feira de agosto era apontada naquela altura como o dia mais agourento de todo o ano.

    Hoje, ninguém duvida, e os jornais nunca se esquecem de o dizer, este triste privilégio cabe à sexta-feira, 13. Sexta-feira, 13 e agosto — é um somatório de maus presságios, que a morte súbita de Gláucio Gil diante das câmeras só fez confirmar. Em 1954, onze anos antes, a suprema prova dos maus eflúvios de agosto veio com o suicídio de Getúlio Vargas. Fato singular: um chefe de Estado se matar na sede do governo.    

    Sete anos depois, em 1961, o Brasil era sacudido por outro abalo de dramáticas consequências — a renúncia de Jânio Quadros. Exatamente a 25 de agosto, tinha de ser, como foi, associada ao suicídio de Getúlio. No fundo, foi um suicídio simbólico. A renúncia permanece até hoje encoberta por uma aura de mistério. Jânio nunca deu explicação satisfatória. Se pretendia dar um golpe de Estado para ter plenos poderes, é fora de dúvida que se lembrou de Getúlio, ainda que inconscientemente. Ninguém no Brasil encarnou melhor do que Getúlio a astúcia no poder — e a ditadura.

        E nem sempre agosto é um mês aziago. Em Portugal se diz de maneira positiva que “maio come o trigo e agosto bebe o vinho”. Mas o padre Antônio Delicado, que no século XVII reuniu os Adágios portugueses, registra este: “Queres ver teu marido morto? Dá-lhe couves em agosto”. Que diabo de couves serão estas? Não importa. Para o padre Antônio Vieira, “o último sermão é o agosto dos pregadores, se se colhe algum fruto, neste sermão se colhe”. Aqui está uma visão propícia, portanto, do malfadado agosto.

    No Brasil, gato preto é sinal certo de desgraça. Gato preto na sexta-feira 13 é de meter medo em qualquer um. Se for em agosto, então, é o cúmulo da desdita. Sucede, porém, que as superstições mudam de mão e se entendem às vezes pelo avesso. Em Londres, gato preto é na certa good luck. Um gato preto em casa não só a protege como afasta qualquer misfortune. Igualmente na China um gato preto à noite é anúncio de felicidade. Se for em agosto, melhor ainda. Levado numa gaiola na noite do dia 13 de agosto, um gato preto pode fazer milagre na safra de cereais. O gato chinês chama a chuva e protege a lavoura.

    Muitos ditados que correm mundo ainda hoje tiveram origem rural, a partir do trabalho agrícola. E há por isso os que se ligam à meteorologia. No Brasil como em Portugal, numerosos são os dessa categoria que continuam vivos e válidos. Diz-se, por exemplo, que “gato de luva é sinal de chuva”. Seria o caso de perguntar primeiro o que é um gato de luva. Você sabe? Nem eu. E por que seria sinal de chuva? Mistério.

    Na verdade, o que importa é a rima. Se “luva” e “chuva” rimam, tanto basta. O gato entrou aí como Pilatos no credo. Afinal, o gato é um animal sagrado desde os remotos tempos do Egito. É fora de dúvida que o mês de agosto entre nós deve à rima com “desgosto” boa parte de sua carga negativa. Não há explicação lógica no domínio do esotérico. Lógica também não tem a poesia, a que se pede apenas que seja bela: “April is the cruelest month”, canta T.S. Eliot. Entre nós, seria preciso substituir abril pelo mês de agosto, já que abril aqui nada tem de cruel. E agosto não tem sido politicamente correto.    

    Entre os romanos, havia dias fastos e nefastos. Na Idade Média, havia horas abertas e fechadas, segundo estivessem mais ou menos à mercê do demônio. Ainda hoje, hoje talvez mais do que nunca, de volta a moda esotérica, o tempo e o calendário, em matéria de presságios, continuam sendo divididos por um critério que nada tem a ver com a lógica ou com o sistema solar. De resto, o sol foi um deus na Antiguidade e quem foi deus é sempre... divindade. No interior do Brasil, diz o povo que várias coisas não se devem fazer de dia. Noturnos, preferencialmente noturnos, são o nascimento e a morte.

    Agosto este ano pode nos reservar algumas surpresas. Esperemos que sejam favoráveis. De uma coisa estamos livres: nem o 13, nem o 24 caem numa sexta-feira. 13 é segunda-feira, um dia, desculpem, também considerado de maus bofes. E o 13 é por sua vez o número aziago por excelência, desde a Última Ceia de Cristo. Nos Estados Unidos não há nos hotéis 13º andar. Nos aviões, salta-se a poltrona 13, que ninguém quer. Como lá dizia o Hamlet ao Horácio, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia. “Yo no creo en brujerias, pero que las hay”...


(RESENDE, Otto Lara. 1992. Agosto, apenas uma rima para desgosto? Elle, São Paulo. Adaptado.)

    


Considere o dito popular “Queres ver teu marido morto? -lhe couves em agosto.” (6º§). É correto afirmar que os verbos nele sublinhados estão, respectiva e corretamente, conjugados nos modos:
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Q2509856 Português







(Fonte: Instagram) 

O humor estabelecido entre os títulos dos livros e a inscrição nas estátuas é devido ao fato de que os verbos SER e IR são classificados como:
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Q2509853 Português
      Verificam-se resquícios de um passado não muito distante na história da sociedade brasileira, rondando a forma de fazer políticas públicas: autoritarismo e conservadorismo. Não há uma prática de consulta ampliada à sociedade através dos seus setores organizados, não se efetivando desta forma um nexo entre a sociedade civil e a sociedade política, ainda que seja positiva a crescente preocupação com controles sociais e a multiplicação de conselhos na área social, com participação de diversas representações – por outro lado, é tema complexo o da representação.


        Na sua grande maioria, as políticas públicas são desconhecidas e ignoradas pela sociedade. Há uma tendência de inaugurações ou lançamentos de programas. Constroem-se quadras de esporte mas não se analisa com a comunidade prioridades ou formas de efetivá-las; lançam-se programas mas ao mesmo tempo não haveria preocupação com o processo de implantação e implementação de programas; não se faz um acompanhamento crítico e nem uma prestação de contas à população sobre gastos públicos.


(Mary Garcia Castro e Miriam Abramovay - trecho do livro "Por um novo paradigma do fazer políticas". Fonte: dominiopublico.gov.br)
Nos trechos "Verificam-se resquícios", "Constroem-se quadras de esporte" e "lançam-se programas", constata-se a formação da:
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Q2509701 Português





(Fonte: Facebook)

Na tirinha, SABE e É são flexões dos verbos SABER e SER em qual modo e tempo?
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Q2509585 Português
Um amor conquistado

    Encontrei Ivan Lessa na fila de lotação do bairro e estávamos conversando, quando Ivan se espantou e me disse: olhe que coisa esquisita. Olhei para trás e vi, da esquina para a gente, um homem vindo com seu tranquilo cachorro puxado pela correia. Só que não era cachorro. A atitude toda era de cachorro, e a do homem era a de um homem com o seu cão. Este é que não era. Tinha focinho acompridado de quem pode beber em copo fundo, rabo longo e duro – poderia, é verdade, ser apenas uma variação individual da raça. Ivan levantou a hipótese de quati, mas achei o bicho muito cachorro demais para ser quati, ou seria o quati mais resignado e enganado que jamais vi.

    Enquanto isso, o homem calmamente vindo. Calmamente, não; havia uma tensão nele, era uma calma de quem aceitou luta: seu ar era de um natural desafiador. Não se tratava de um pitoresco; era por coragem que andava em público com o seu bicho. Ivan sugeriu a hipótese de outro animal de que na hora não se lembrou o nome. Mas nada me convencia. Só depois entendi que minha atrapalhação não era propriamente minha, vinha de que aquele bicho já não sabia mais quem ele era, e não podia, portanto, me transmitir uma imagem nítida.

    Até que o homem passou perto. Sem um sorriso, costas duras, altivamente se expondo – não, nunca foi fácil passar diante da fila humana. Fingia prescindir de admiração ou piedade; mas cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho.

    – Que bicho é esse? Perguntei-lhe, e intuitivamente meu tom foi suave para não feri-lo com uma curiosidade. Perguntei que bicho era aquele, mas na pergunta o tom talvez incluísse: “por que é que você faz isso? Que carência é essa que faz você inventar um cachorro? E por que não um cachorro mesmo, então? Pois se os cachorros existem! Ou você não teve outro modo de possuir a graça desse bicho senão com uma coleira? Mas você esmaga uma rosa se apertá-la com força!”. Sei que o tom é uma unidade indivisível por palavras, sei que estou esmagando uma rosa, mas estilhaçar o silêncio em palavras é um dos meus modos desajeitados de amar o silêncio, e é assim que muitas vezes tenho matado o que compreendo. (Se bem que, glória a Deus, sei mais silêncio que palavras.)

    O homem, sem parar, respondeu curto, embora sem aspereza. E era quati mesmo. Ficamos olhando. Nem Ivan nem eu sorrimos, ninguém na fila riu – esse era o tom, essa era a intuição. Ficamos olhando.

    Era um quati que se pensava cachorro. Às vezes, com seus gestos de cachorro, retinha o passo para cheirar as coisas, o que retesava a correia e retinha um pouco o dono, na usual sincronização de homem e cachorro. Fiquei olhando esse quati que não sabe quem é. Imagino: se o homem o leva para brincar na praça, tem uma hora que o quati se constrange todo: “mas, santo Deus, por que é que os cachorros me olham tanto?”. Imagino também que, depois de um perfeito dia de cachorro, o quati se diga melancólico, olhando as estrelas; “que tenho afinal? Que me falta? Sou tão feliz como qualquer cachorro, por que então este vazio, esta nostalgia? Que ânsia é esta, como se eu só amasse o que não conheço?”. E o homem, o único a poder livrá-lo da pergunta, esse homem nunca lhe dirá para não perdê-lo para sempre.

    Penso também na iminência de ódio que há no quati. Ele sente amor e gratidão pelo homem. Mas por dentro não há como a verdade deixar de existir: e o quati só não percebe que o odeia porque está vitalmente confuso.

    Mas se ao quati fosse de súbito revelado o mistério de sua verdadeira natureza? Tremo ao pensar no fatal acaso que fizesse esse quati inesperadamente defrontar-se com outro quati, e nele reconhecer-se, ao pensar nesse instante em que ele ia sentir o mais feliz pudor que nos é dado: eu... nós... Bem sei, ele teria direito, quando soubesse, de massacrar o homem com o ódio pelo que de pior um ser pode fazer a outro ser – adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo. Eu sou pelo bicho, tomo o partido das vítimas do amor ruim. Mas imploro ao quati que perdoe o homem, e que o perdoe com muito amor. Antes de abandoná-lo, é claro.

(LISPECTOR, Clarice. Elenco de cronistas modernos – 25ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.)
Em todas as transcrições textuais, as formas verbais destacadas estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO em:
Alternativas
Q2509507 Português
Considerando o trecho “o tempo que a Terra leva para”, assinale a alternativa que apresenta corretamente o verbo da frase.
Alternativas
Q2509500 Português
O plural da palavra “mês” é:
Alternativas
Q2508658 Português
Julgue o item subsequente.

Os verbos abundantes são aqueles que apresentam formas diferentes para o particípio passado regular e irregular, sendo que o uso de uma ou outra forma é totalmente intercambiável, como em "aceitado" e "aceito".
Alternativas
Q2508651 Português
Julgue o item subsequente.

Os verbos impessoais são conjugados normalmente em todas as pessoas do singular e do plural, como "haver", que pode ser usado em "Eles hão de ter razão".

Alternativas
Q2508205 Português
Texto 2


Envelhecer


Mario Quintana


Antes, todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.



Disponível em: <https://revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-demario-quintana/.> Acesso em: 25 mar. 2024.
O acento circunflexo na palavra “vêm” corresponde
Alternativas
Q2508119 Português

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2024/01/as-redes-sociais-como-um-espac-de-expressao-do-sofrimento-clr5haqqr001s015aujhwf9fy.html – texto adaptado especialmente para esta prova). 

Analise as assertivas a seguir:

I. A palavra “dispositivos” (l. 24) é formada por prefixação.
II. A forma verbal “viram” (l. 12) está conjugado no tempo verbal pretérito perfeito do modo indicativo.
III. A palavra “acolhimento” apresenta 1 dígrafo consonantal e 1 dígrafo vocálico.

Quais estão corretas?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2024 - CRO-AM - Advogado |
Q2507731 Português
Texto para o item.





Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
Em relação aos aspectos gerais do texto, julgue o item seguinte.
Na linha 14, a locução verbal “fosse proibida” concorda com “realização”.
Alternativas
Q2507433 Português
Em qual das frases abaixo o tempo e o modo verbal estão empregados corretamente?
Alternativas
Q2507161 Português
Assinale a alternativa que apresenta a relação adequada entre SUBSTANTIVO e VERBO:
Alternativas
Q2506929 Português

Racismo é um problema, sim!



Por Carlos Padeiro








(Disponível em: www.uol/esporte/especiais/racismo-e-xenofobia-no-futebol.htm#racismo-e-um-problema-sim – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta conjugação da forma verbal sublinhada no trecho a seguir no pretérito imperfeito do indicativo: “Alguns usaram a dedicação total ao trabalho para obter o reconhecimento europeu pelo suor”.
Alternativas
Q2506928 Português

Racismo é um problema, sim!



Por Carlos Padeiro








(Disponível em: www.uol/esporte/especiais/racismo-e-xenofobia-no-futebol.htm#racismo-e-um-problema-sim – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica quantas outras alterações seriam obrigatoriamente necessárias caso substituíssemos a palavra “jogadores” por sua forma singular no trecho a seguir: “É preciso pensar de que maneira os jogadores podem contribuir diante desse problema. Eles têm visibilidade, têm espaço para atuar coletivamente”.
Alternativas
Respostas
1401: D
1402: C
1403: D
1404: A
1405: B
1406: A
1407: D
1408: A
1409: B
1410: E
1411: A
1412: E
1413: E
1414: B
1415: D
1416: C
1417: D
1418: D
1419: A
1420: C