Questões de Concurso
Sobre morfologia - verbos em português
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O TRABALHO DE CUIDADO NÃO REMUNERADO E MAL PAGO E A CRISE GLOBAL DA DESIGUALDADE
Texto: Ilusão de verdade
Lucília Diniz
Botas e mais botas. Muito provavelmente esse será o resultado de uma busca na internet ao perguntar o melhor calçado para fazer o Caminho de Santiago. De diferentes marcas, com o cano mais ou menos alto, novas e resistentes ou surradas e amaciadas, mas sempre botas.
Foi o que os buscadores recomendaram quando, anos atrás, meu marido, Luiz, e eu nos preparamos para nossa caminhada. Pois bem: nós descobrimos pela nossa própria experiência, a melhor alternativa para os muitos quilômetros de caminhada diários eram os tênis, com dois pares de meias.
As botas estavam lá, enchendo as telas à exaustão, a um toque dos nossos dedos. Como poderia não ser verdade? E, no entanto, como dizem, “na prática a teoria era outra”. Isso faz pensar sobre como hoje aceitamos respostas prontas, às vezes para nossa confusão.
Nada escapa ao “oráculo eletrônico”. A data de um evento obscuro, a sinopse de uma obra clássica ou a explicação de um teorema complicadíssimo: seja qual for o interesse, as trilhas cibernéticas, bem menos acidentadas que as do norte da Espanha, nos levam a um conhecimento instantâneo.
Anos atrás — uma fração de segundo em termos de tempo histórico — era preciso recorrer a enciclopédias, dicionários e especialistas atrás de uma informação. Hoje as respostas vêm em uma fração literal de segundo. E cada vez fica mais fácil. Quando nos limitávamos aos buscadores, tínhamos às vezes de cruzar dados incompletos. Agora, a inteligência artificial nos entrega o que procuramos com começo meio e fim. Não dá nem para desconfiar – mas deveríamos. Não à toa, até os próprios mecanismos de IA advertem que os conteúdos podem ter imprecisões.
Além do risco de erros, há uma questão mais sutil. Quem acredita que todo o saber vem pela tela do celular acaba deixando de dar valor a um conhecimento menos divulgado, gerado em universidades e outros estudos. Vivi um exemplo disso, quando, em seminário na França, aprendi com o químico francês Hervé This, especialista em gastronomia molecular, sobre a utilidade de resfriar o macarrão para tornar mais lenta a absorção de seus carboidratos.
Naquela época, como hoje, sempre
procurei variar minhas fontes de conhecimento.
Não fosse por isso, talvez não tivesse me
inteirado da produção científica de This, ainda
fora do alcance dos mecanismos de busca na
internet. Só teria tido essa mesma informação
poucos meses atrás. Quando li no The New York Times uma reportagem que explicava a “nova”
técnica viralizada nas mídias sociais. Fazer
longas investigações nos isentava de erros. Mas
dava tempo à dúvida e reflexão; tempo para
digerir a informação. Absorver um conhecimento
rápido é parecido com matar a fome comendo
fast-food. A satisfação é imediata. Mas os efeitos
posteriores nem sempre são benéficos.
O principal risco, penso eu, é acumularmos certezas inabaláveis. Um dado errôneo, mal-intencionado ou não, pode causar bem mais danos do que as dores ocasionadas por calçado errado. Por que abriremos os olhos para outras possibilidades quando “tudo indica” que já temos a resposta que procurávamos? O pior cego, hoje não é o que não quer ver, mas o que pensa que já viu. Como dizia o filósofo grego Parmênides cinco séculos antes de Cristo, “o maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão de verdade”.
Texto adaptado do site:
https://veja.abril.com.br/coluna/coluna-dalucilia/a-ilusao-da-verdade2/#google_vignettehttps://veja.abril.com.br/coluna
/coluna-da-lucilia/a-ilusao-da-verdade2/#google_vignette
Assinale a alternativa em que o verbo
sublinhado não está no passado (pretérito
imperfeito e pretérito perfeito do indicativo):
Julgue o item a seguir.
O aspecto verbal designa uma categoria gramatical que
manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a
ação expressa pelo verbo. Sendo assim, ele pode
considerá-la como concluída, ou seja, observada no seu
término, no seu resultado; ou pode considerá-la como
não concluída, ou seja, observada na sua duração, na sua
repetição.
Assinale a alternativa em que a flexão verbal está correta.
Julgue o item que se segue.
É facultativo assinalar com acento agudo as formas
verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo
"amámos", "louvámos", para distingui-las das
correspondentes formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos).
Julgue o item que se segue.
De acordo com a classificação dos modos verbais, o
modo subjuntivo só é usado em contextos de
interlocução, diferentemente do indicativo e do
imperativo. Por isso, o subjuntivo não possui 1ª pessoa
do singular nem 3ª pessoa representada por ele/ela, mas
por você.
Julgue o item subsequente.
É facultativo assinalar com acento agudo as formas
verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo
"amámos", "louvámos", para distingui-las das
correspondentes formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos).
Julgue o item subsequente.
Julgue o item subsequente.
De acordo com a regência verbal da Língua Portuguesa,
quando o verbo FAZER é empregado no sentido de tempo
transcorrido, ele pode ir para o plural, concordando com o
número, como ocorre em: Vão fazer cinco anos que
ingressei no serviço público.
Assinale a alternativa que apresente o tempo verbal do verbo em destaque no período: Sua ascensão foi meteórica, assim como seus tempos.
Internet:<www.periodicos.set.edu.br>
Acerca das ideias, da estrutura linguística e da seleção vocabular do texto, julgue o item.
No último período do texto, as formas verbais
“Tira‑se” (linha 35) e “foca‑se” (linha 38) apresentam
sujeito indeterminado.
Internet:<www.periodicos.set.edu.br>
Acerca das ideias, da estrutura linguística e da seleção vocabular do texto, julgue o item.
O emprego da primeira pessoa do plural na forma
verbal “Podemos” (linha 5) indica, no contexto, uma
referência à sociedade, em geral, e não a um grupo
específico de pessoas.